RELATÓRIO. Escola Profissional de Espinho. Área Territorial de Inspeção do Norte

Documentos relacionados
RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite S. JOÃO DA MADEIRA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional de Gaia VILA NOVA DE GAIA RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO. Escola Profissional de Braga BRAGA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arcos de Valdevez. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins CHAVES. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior Pólo de Monção MONÇÃO. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Lousada. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Escola Secundária Prof. Doutor Flávio Pinto F. Resende CINFÃES. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional do Alto Lima ARCOS DE VALDEVEZ RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO. ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS DE MELO Covilhã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arouca AROUCA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO. Área Territorial de Inspeção do Centro

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus VILA REAL. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Escola Profissional Agostinho Roseta - Pólo de Castelo Branco. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Escola Tecnológica e Profissional da Sertã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena RIBEIRA DE PENA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. EFTA - Escola de Formação em Turismo de Aveiro. Área Territorial de Inspeção do Centro

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO. Escola Profissional Vasconcellos Lebre. Mealhada. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO POMBAL ETAP - ESCOLA TECNOLÓGICA, ARTÍSTICA E PROFISSIONAL DE POMBAL. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Dr. Ramiro Salgado TORRE DE MONCORVO

Normas e Critérios Gerais de Avaliação. Cursos Profissionais

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA PRÁTICA SIMULADA DOS CURSOS VOCACIONAIS (9º ANO)

RELATÓRIO EPTOLIVA OLIVEIRA DO HOSPITAL ESCOLA PROFISSIONAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL, TÁBUA E ARGANIL. Área Territorial de Inspeção do Centro

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Resende

REGULAMENTO INTERNO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO 2018/19

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (FCT)

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

Página 1 de 5. Anexo VII - Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho dos Cursos Profissionais

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Regulamento da Formação Contexto Trabalho (Nos termos do artigo 18º da Portaria n.º 235-A/2018 de 23 de agosto)

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

REGULAMENTO FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (CURSOS PROFISSIONAIS)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

Regulamento Interno EPADRC. Índice

Cursos Profissionais Nível 4

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

CURSOS PROFISSIONAIS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS HENRIQUES NOGUEIRA

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

Regulamento FCT. (Formação em Contexto de Trabalho) Cursos Profissionais

REGULAMENTO DOS CURSOS VOCACIONAIS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO

DOCUMENTO ORIENTADOR DE AVALIAÇÃO

I - Regulamento para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos Curriculares Alternativos (PCA) para o ano letivo de 2015/2016

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Escola Secundária /3 de Amarante

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

2- A matriz curricular de referência dos cursos vocacionais do ensino básico de 3º ciclo é a seguinte:

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Regulamento Geral da Formação em Contexto de Trabalho. (Nos termos do artº 5º da Portaria nº 74-A/2013, de 15 de fevereiro)

Terceiro Ciclo da Avaliação Externa das Escolas. Campos de análise Referentes Indicadores

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO 2018/2019

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR JOSÉ DE BRITO EB 2,3/S DE PINTOR JOSÉ DE BRITO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

RELATÓRIO. Escola Profissional de Penafirme. Área Territorial de Inspeção Sul

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

ANEXO III ANEXO AO CAPÍTULO XV FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

ESCOLA PROFISSIONAL ABREU CALLADO Ano letivo 2015/2016

Agrupamento de Escolas da Bemposta

Regulamento da Prova de Aptidão Profissional

REGULAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

Colégio Torre Dona Chama

Transcrição:

RELATÓRIO 2018 Área Territorial de Inspeção do Norte

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de escolaridade. Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a concretização deste objetivo. Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profissionais que tem como objetivos: Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais; Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes; Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos com vista à elaboração de propostas de alteração. O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade cursos, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas. Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da formação profissional dos jovens. A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção. 1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspetores formula as seguintes considerações: IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 1. A (ESPE), distrito de Aveiro, é um estabelecimento de ensino de natureza privada, com Autorização de Funcionamento n.º 27, propriedade da CEPROF Centros Escolares de Ensino Profissional, Lda., com sede na cidade de Espinho. A ESPE, criada por celebração de contrato-programa de 23 de agosto de 1990, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro, apresenta oferta formativa ao nível dos ensinos básico e secundário, designadamente cursos de educação e formação e cursos profissionais de Nível IV. 2. A população escolar é constituída por 287 alunos/formandos, distribuídos por 14 turmas, dos quais 37 (2 turmas) nos cursos de educação e formação de Empregado de Andares e Operador de Logística e 254 (12 turmas) nos cursos profissionais de Técnico de Comércio, de Técnico de Mecatrónica, de Técnico de Receção e de Técnico de Turismo. 3. A ESPE dispõe de 28 trabalhadores com funções docentes: 10 professores do quadro, oito contratados e 10 formadores externos. O pessoal não docente é constituído por 20 trabalhadores: seis assistentes técnicos, 10 assistentes operacionais e quatro com outras funções, designadamente uma psicóloga e três diretores. 4. As instalações e os equipamentos revelam-se modernizados e ajustados ao funcionamento dos cursos profissionais ministrados. Não possui instalações desportivas próprias, desenvolvendo a prática da Educação Física no pavilhão desportivo da Associação Académica de Espinho. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1.- Documentos Orientadores 1.1. O projeto educativo está atualizado (aprovado em 01-09-2017) e é válido para o triénio 2017-2018 a 2019-2020. A sua conceção foi sustentada através de um diagnóstico estratégico baseado na análise SWOT, com a identificação de pontos fortes, áreas de melhoria, oportunidades e ameaças. Apesar de terem sido consideradas identidades de contexto socioeconómico local e as especificidades da via profissionalizante do ensino que preconiza, a auscultação da comunidade educativa, da comunidade local e de stakeolders de concelhos limítrofes em que a ESPE tem intervenção, surge como uma área de necessário investimento. Este documento define modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo dos formandos e contém objetivos, metas e estratégias. Contudo, as metas não são avaliáveis, o que não permite a sua monitorização e avaliação final, não sendo possível, deste modo, a verificação do grau de concretização dos objetivos definidos e a consequente redefinição das estratégias estabelecidas. 1.2. O plano anual de atividades integra a planificação e programação de ações para os diversos cursos profissionais, definindo os objetivos, calendarização e os responsáveis. Não é percetível a articulação deste documento com o projeto educativo, nem como as atividades a desenvolver concorrem para a consecução dos seus objetivos. 1.3. O regulamento interno, apesar de contemplar a organização e o funcionamento da coordenação pedagógica, a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas, os mecanismos de reposição 2

das horas de formação, a organização e o funcionamento da Formação em Contexto de Trabalho (FCT), a calendarização, conceção e desenvolvimento da Prova de Aptidão Profissional (PAP), a avaliação e a assiduidade, não estabelece: (i) os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação e de recuperação dos módulos em atraso; (ii). a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração; e (iii) a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização. 2.- Oferta Formativa e sua divulgação 2.1. A oferta formativa, no âmbito dos cursos profissionais de nível secundário, está homologada e tem em consideração as necessidades dos setores empresarial e social e dos formandos e a adequabilidade das instalações e dos equipamentos, bem como a demais logística associada ao desenvolvimento da formação ministrada. 2.2. A ESPE divulga os cursos profissionais de modo a incentivar a aceitação do ensino profissional pela comunidade educativa, planifica e desenvolve atividades, integradas nos seus documentos orientadores da ação educativa, de exploração vocacional junto dos formandos. A organização de ações de sensibilização junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas, assim como a criação de mecanismos para monitorizar novas exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais ainda não mereceram a devida atenção dos responsáveis do estabelecimento. 3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais 3.1. As turmas em funcionamento estão autorizadas pela Direção de Serviços de Educação do Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e cumprem os requisitos legalmente estipulados. 3.2. A distribuição da carga horária global prevista na matriz dos cursos profissionais é considerada na elaboração dos horários dos formandos. Contudo, não se encontra assegurado um equilíbrio semanal e diário nos referidos horários já que, nos planos individuais de trabalho da FCT de alguns cursos está previsto o cumprimento diário de sete horas, seis dias por semana o que perfaz 42 horas semanais em vez de, no máximo, sete horas diárias e 35 horas semanais. 3.3. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço. 3.4. A ESPE não possui refeitório próprio e o intervalo definido para almoço dos alunos/formandos é apenas de uma hora em vez de uma hora e trinta minutos. 4.- Formação em contexto de trabalho 4.1. A Escola celebrou previamente protocolos com entidades de acolhimento que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos e foi elaborado um plano de trabalho individual, com a participação das partes envolvidas, que o assinaram. 4.2. O contrato de formação não foi subscrito apenas entre a ESPE e o formando, mas também com a participação da entidade de acolhimento. O plano de trabalho individual, a anexar a este documento, genericamente, prevê a identificação do conteúdo, o horário e local da realização das atividades e os respetivos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes da Escola e da entidade onde se realiza a FCT. Todavia, não inclui a programação das atividades 3

específicas a desenvolver na empresa pública ou privada, o período de realização com o total de horas de formação, bem como as formas de monitorização e de acompanhamento. 4.3. Os critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT não foram definidos, pelo que a sua distribuição atende aos seus interesses e propostas, à proximidade da sua residência, aos resultados e ao seu perfil, tendo em consideração as caraterísticas e as condições exigidas pela(s) entidade(s) de acolhimento. 5.- Serviço docente 5.1. A ESPE designou os diretores de curso, professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à PAP e professores orientadores da FCT e afetou, aos respetivos horários, as horas para o exercício da maioria destas funções. Porém, o diretor de curso nem sempre é um docente que leciona as disciplinas da componente de formação técnica o que poderá dificultar o exercício das suas competências. 5.2. Os horários dos professores orientadores da FCT e dos orientadores e acompanhantes da PAP estão elaborados de modo a permitir, designadamente, o acompanhamento dos formandos, as deslocações às entidades de acolhimento durante os períodos em que se desenvolve a FCT e para a orientação, acompanhamento e concretização do projeto da PAP. 5.3. No que respeita à formação contínua e qualificação dos recursos humanos, não foram frequentadas ações de formação contínua acreditadas no âmbito do ensino profissional, tendo apenas sido realizada formação interna nas áreas das TIC e da gestão de conflitos. 6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica 6.1. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica asseguram as funções de apoio e enquadramento dos docentes no que respeita à coordenação dos professores/formadores, à organização e utilização dos materiais e recursos e a monitorização educativa, tendo em conta a regularidade da análise e reflexão sobre processos e resultados escolares. 6.2. Os diretores de curso organizam e coordenam as atividades a desenvolver no âmbito da componente de formação técnica, asseguram a articulação entre a Escola e as entidades de acolhimento da FCT, coordenam e acompanham a avaliação dos cursos, intervêm no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP e promovem a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio socioeducativo. Porém, não asseguram completamente a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação. 6.3. Os diretores de turma fazem o acompanhamento do progresso dos formandos, tendo em conta as suas necessidades educativas, a avaliação qualitativa do perfil de progressão dos mesmos, a indicação das atividades de recuperação e ou de enriquecimento, e informam-nos e/ou os encarregados de educação sobre os progressos escolares alcançados. 6.4. Os professores orientadores da FCT asseguram, em conjunto com a Escola e o formando, as condições logísticas necessárias à realização da FCT, acompanham a execução do plano de trabalho individual, controlam a assiduidade e a pontualidade, colaboram na elaboração dos relatórios da FCT e avaliam, em conjunto com o tutor, os seus desempenhos propondo a classificação aos respetivos conselhos de turma. 6.5. Os tutores da FCT, bem como os professores orientadores e acompanhantes da PAP, exercem as funções previstas nos normativos legais, prestando um apoio próximo e constante a todos os formandos. 4

7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais 7.1. A ESPE estabelece parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas de forma a assegurar a realização da FCT em diversas empresas e instituições, a desenvolver atividades que concorrem para o fomento de competências sociais e profissionais dos formandos, a contribuir para uma melhor convergência entre os seus interesses e a formação desenvolvida na Escola e as necessidades dos diversos setores socioeconómicos e a concorrer para a qualificação dos recursos humanos do setor económico e social da região e para a criação efetiva de emprego. 8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais 8.1. Foi selecionada para análise uma amostra aleatória de 24 processos individuais de formandos que concluíram os cursos profissionais no último triénio. 8.2. Nos seus processos individuais constam a identificação e classificação dos módulos concluídos em cada disciplina, bem como a classificação final das disciplinas concluídas, a identificação e classificação da FCT desenvolvida com sucesso e a identificação do projeto da PAP e respetiva classificação final. Contudo, não consta a designação da empresa/s em que decorreu a FCT. GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1.- Gestão curricular 1.1. No âmbito do planeamento pedagógico, a ESPE revela uma intencionalidade estratégica em ministrar uma formação adequada às saídas e perfis de desempenho profissional dos cursos que ministra. Nesse sentido, a modularização do currículo tem em consideração os conteúdos programáticos, as capacidades intelectuais, sociais e profissionais que os formandos devem adquirir no final do curso. Todavia, ainda não é evidente o contributo de cada uma e de todas as disciplinas para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que se pretende que cada formando adquira no final do seu percurso, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, bem como as atividades interdisciplinares e transdisciplinares que substanciam a vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e integrado no respetivo projeto educativo. 1.2. A ESPE planifica e desenvolve diversas atividades e projetos integradores, designadamente nas áreas da mecatrónica e da robótica, com resultados visíveis ao nível da qualidade da formação dos seus formandos, reconhecida pela comunidade. Verifica-se, assim, existir uma articulação regular entre as disciplinas da componente de formação técnica, envolvendo, pontualmente, algumas disciplinas da componente sociocultural, designadamente o Inglês. Porém, esta prática ainda não se estende às diferentes disciplinas e componentes de formação, até porque não se encontram previstos tempos de trabalho comuns entre docentes e/ou equipas pedagógicas dos diferentes cursos profissionais, com essa finalidade. 1.3. As aprendizagens visadas nos planos de trabalho individuais da FCT têm em consideração a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação. Contudo, não preveem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho. 1.4. A conceção do projeto da PAP centra-se em temas desenvolvidos pelos formandos, individualmente e em grupo, tendo em consideração a ligação com o contexto de trabalho, a sequência de atividades e a integração de diferentes saberes e capacidades, numa perspetiva transdisciplinar. Muitos dos projetos são reveladores de uma significativa capacidade de 5

mobilização de recursos humanos e materiais, uns planeados e desenvolvidos com o objetivo de melhorar a funcionalidade de alguns equipamentos da Escola, outros destinados à participação em eventos e concursos de dimensão nacional e internacional e, outros ainda projetados para induzir melhorias nas entidades de acolhimento onde se realiza a FCT. 1.5. Para além de serem considerados os contextos de trabalho, a elaboração do relatório final, as avaliações intermédias, a autoavaliação do formando nas diferentes fases de desenvolvimento do projeto e a apresentação do relatório final, o professor orientador e acompanhante faz um acompanhamento permanente e sistemático dos projetos da PAP, com reflexos na sua qualidade, inovação e pertinência. 1.6. A ESPE, desde há, sensivelmente, três anos, tem utilizado como metodologia a prestação de apoio individualizado aos formandos com dificuldades em atingir os objetivos dos diferentes módulos ou com módulos em atraso, por parte dos respetivos docentes, com recurso a atividades diferenciadoras, dentro da sala de aula, e, fora da componente letiva, em horários acordados entre ambos. Estas medidas têm-se revelado ajustados às necessidades e dificuldades dos formandos, com resultados visíveis ao nível da recuperação dos módulos em atraso e, consequentemente, das taxas de conclusão dos cursos. 1.7. Os diretores de turma e os diretores de curso monitorizam, mensalmente, o grau de concretização dos módulos das diferentes disciplinas, impulsionando a (re)definição das estratégias de recuperação e potenciando, deste modo, a melhoria dos níveis de sucesso alcançados. 1.8. Acresce ainda que são desenvolvidos diversos projetos que incorporam novas tecnologias, materiais e equipamentos que, como é disso exemplo a participação em eventos nacionais e internacionais, na área da robótica, que promovem a aplicação e a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de iniciativa e de criatividade, o trabalho em equipa e a cooperação dos formandos. 2.- Avaliação das aprendizagens 2.1. Os critérios e procedimentos de avaliação gerais e por disciplina, definidos e aprovados em sede de conselho pedagógico, são divulgados aos diferentes intervenientes. Contudo, os critérios definidos ainda não consideram a especificidade os perfis de desempenho, as capacidades transversais a todo o plano de estudos e a participação dos formandos em projetos de ligação da escola com a comunidade e o mundo do trabalho. 2.2. Por seu turno, os descritores de nível de desempenho estabelecidos para cada domínio ainda não estão associados a uma escala de avaliação, não sendo, ainda, realizada, em cada curso, a aferição, entre os professores, dos critérios de avaliação relativos às aprendizagens e aos projetos profissionais. 2.3. Encontra-se formalmente prevista a utilização de diferentes modalidades de avaliação. Todavia, a avaliação diagnóstica apenas é utilizada no início de cada ano letivo e ainda não se constitui como um elemento de adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagens dos formandos. 2.4. A avaliação formativa apresenta um caráter sistemático e contínuo e é utilizada para reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promover a diferenciação pedagógica, informá-los e/ou encarregados de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos e incrementar a sua autoestima. 2.5. O momento da avaliação sumativa interna, quer para a realização dos diferentes módulos, quer para a sua recuperação, é negociado entre o formando e o professor. As classificações dos módulos, da FCT e da PAP são registadas em suporte digital. Contudo, as pautas, preenchidas em reunião de conselho de turma de avaliação, apenas contêm as classificações dos módulos, uma vez que as 6

classificações da FCT e das PAP são afixadas em documento próprio. 2.6. Os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização não estão definidos no respetivo regulamento. As propostas de classificação final, obtida através de uma média ponderada, calculada em função das classificações obtidas pelo formando e do número de horas de formação nos dois anos em que a mesma se concretizou, têm sido colocadas à aprovação dos respetivos conselhos de turma, ouvido o tutor designado pela entidade de acolhimento. 2.7. Existem procedimentos internos de registo de assiduidade, de acompanhamento, de avaliações intermédias e finais do professor orientador da FCT e do tutor, bem como da autoavaliação do formando. 2.8. Os critérios de avaliação da PAP encontram-se definidos no respetivo regulamento, sendo o respetivo júri designado pelo Diretor, nos termos da lei. 2.9. A ESPE tem dado cumprimento aos requisitos previstos nos normativos para efeito de conclusão dos cursos profissionais, nomeadamente ao nível da assiduidade e aproveitamento dos formandos, tendo emitido os respetivos diplomas e certificados de qualificações nos termos estabelecidos na lei. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1.- Resultados por curso e ciclo de formação 1.1. Os resultados analisados referem-se aos cursos profissionais concluídos em 2015, 2016 e 2017 (ciclos de formação 2012-2013 a 2014-2015, 2013-2014 a 2015-2016 e 2014-2015 a 2016-2017) - Técnico de Eletrónica e Telecomunicações, Técnico de Organização de Eventos, Técnico de Receção, Técnico de Turismo, Técnico de Vendas, bem como ao curso de Técnico de Mecatrónica nos ciclos de formação em que funcionou na ESPE. 1.2. No curso de Técnico de Mecatrónica, verifica-se uma tendência ascendente nas taxas de conclusão acompanhada pelas tendências descendentes nas taxas de não conclusão por desistência e por módulos em atraso. Registam-se tendências descendentes nas taxas de empregabilidade e de empregabilidade na área de educação e formação, embora 61,5% dos formandos tenha ficado empregado na área do curso. Relativamente ao prosseguimento de estudos, apesar da tendência ascendente que se verifica, não é uma opção para os formandos, dado que apenas seis (11,5%), dos 52 que concluíram o curso, optaram por essa via. Curso Profissional de Técnico de Mecatrónica 10 8 6 Técnico de Mecatrónica - Taxas de conclusão 42,4% 55,6% 92, 5 3 Técnico de Mecatrónica - Taxas de não conclusão por desistência 33,3% 33,3% 1 4, Anos de Conclusão - Ciclos de formação 7

5 3 Técnico de Mecatrónica - Taxas de não conclusão por existência de módulos em atraso 24,2% 1 11,1% 4, 10 8 6 Técnico de Mecatrónica - Taxas de empregabilidade 85,7% 80, 60,9% 10 8 6 Técnico de Mecatrónica - Taxas de Empregabilidasde na Área de Educação e Formação 78,6% 46,7% 60,9% 5 3 Técnico de Mecatrónica - Taxas de prossegimento de estudos 20, 1 0, 13, 1.3. No que se refere aos restantes cursos verifica-se uma tendência ascendente das taxas médias de conclusão e tendências descendentes das taxas médias de não conclusão por desistência e por módulos em atraso. As taxas médias de empregabilidade nas respetivas áreas de educação e formação embora apresentem uma tendência ascendente, dos 169 formandos que concluíram os respetivos cursos, apenas 66 (39%) ficou empregado na respetiva área e 18 (10,6%) optaram pelo prosseguimento de estudos. Os outros cursos profissionais concluídos em 2015, 2016 e 2017 na ESPE 10 8 6 Tendência das taxas médias de conclusão 79,7% 61,6% 42,7% 5 3 1 Tendência das taxas médias de não conclusão por desistência 33,3% 25,9% 20,3% 8

5 Tendência das taxas médias de não conclusão por existência de módulos em atraso 10 Tendência das taxas médias de empregabilidade 3 24, 12,5% 1 0, 8 58, 58, 6 50,8% 10 8 6 Tendência das taxas médias de empregabilidade na área de educação e formação 53,6% 67,5% 80, 5 3 Tendência das taxas médias de prosseguimento de estudos 12,2% 1 10,1% 10,2% 2.- Monitorização e avaliação dos resultados 2.1. No âmbito do projeto de implementação do sistema de garantia da qualidade alinhado com o quadro EQAVET (Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissional), a ESPE realiza a monitorização e avaliação dos seus resultados, tendo definido como principais indicadores as taxas de conclusão dos cursos, de empregabilidade, de empregabilidade nas áreas de formação e o grau de satisfação dos empregadores, relativamente aos diplomados que forma. 2.2. Com recurso à plataforma informática em uso na ESPE (Portal Escolar), as taxas de sucesso e de desistência são permanentemente monitorizadas pela equipa de autoavaliação, pelos diretores de curso e pelos diretores de turma. O grau de satisfação das empresas empregadoras é obtido através da utilização de questionários. 2.3. Os resultados são analisados pela equipa de autoavaliação e em sede de conselho pedagógico de modo a identificar, por curso, as componentes curriculares onde se verificou sucesso ou insucesso e a avaliar as razões explicativas, a ponderar as causas das taxas de conclusão obtidas no ciclo de formação, a identificar as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos (ciclo de formação), a avaliar, tomando como referência as taxas de empregabilidade na área de formação, a aceitação externa do nível de formação prestado e a satisfação das necessidades formativas do tecido económico e social e a apreciar a articulação com as empresas locais no sentido de proporcionar a inserção no mercado de trabalho dos formandos que concluíram os cursos. Falta, porém, a análise das variáveis que explicam a percentagem de formandos que não concluíram o curso em três anos e os fatores explicativos das 9

desistências/abandono escolar. 3.- Capacidade de melhoria 3.1. No seguimento do processo de autoavaliação, a ESPE elaborou um plano de melhoria para o ciclo formativo 2014-2017, onde são identificados os pontos fortes e as áreas de melhoria, sendo estabelecidas prioridades. Os planos de ação visam, fundamentalmente, a melhoria do sucesso dos formandos e são divulgados junto da comunidade escolar. 3.2. Os planos de ação contêm as áreas de melhoria, os objetivos e as metas a serem alcançados, as ações a desenvolver e respetiva calendarização, as tarefas específicas a serem executadas em cada uma das ações, os responsáveis para a tarefa ou tarefas, os indicadores de realização dos objetivos e das metas e a avaliação do seu impacto. Contudo, os seus efeitos ainda não foram totalmente avaliados e divulgados e não foram elaborados ou reformulados outros planos de ação para o ano letivo em curso. 10

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1. Disponibilizar no sítio na internet da ESPE toda a informação ainda não publicitada relacionada com o desenvolvimento da sua atividade, de acordo com o n.º 2, do artigo 39.º, do Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro conjugado com o artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho. 2. Auscultar a comunidade educativa, os representantes da comunidade local e demais stakeolders em próxima revisão/atualização do projeto educativo, definindo metas avaliáveis de forma a eliminar a subjetividade, reforçar o compromisso, identificar a ambição, fomentar a melhoria contínua e promover a inovação. 3. Elaborar o plano anual de atividades de forma articulada com os objetivos e metas definidos no projeto educativo, de modo a que o seu desenvolvimento concorra para a consecução efetiva dos objetivos definidos naquele documento, no respeito pelo previsto na alínea c), do n.º 1, do artigo 9.º, do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, com as alterações introduzidas e aditadas pelos artigos 2.º e 3.º, do Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho. 4. Promover ações de sensibilização junto dos pais e encarregados de educação no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas. 5. Incluir, no regulamento interno, os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação, os mecanismos de recuperação dos módulos em atraso e a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração, bem como a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização como determina o n.º 2, do artigo 5.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho (doravante referida apenas a Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações), de forma a garantir o previsto na alínea b), do n.º 1, do artigo 9.º, do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, com as alterações introduzidas e aditadas pelos artigos 2.º e 3.º, do Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho. 6. Assegurar, na gestão da carga horária dos cursos profissionais, o equilíbrio semanal e diário da FCT, não excedendo a duração de 35 horas semanais e de sete horas diárias, nos termos do n.º 7, do artigo 3.º e do n.º 2, do artigo 7.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 7. Organizar os horários dos formandos respeitando o tempo mínimo de 90 minutos de intervalo para almoço, conforme estabelecido no n.º 4, do artigo 23.º, do Despacho Normativo n.º 7-B/2015, de 7 de maio, com a redação dada pelos Despachos Normativos n.º 1-H/2016, de 14 de abril, e n.º 1- B/2017, de 17 de abril, que o republica. 8. Subscrever entre a ESPE e o formando um contrato de formação que integre o plano de trabalho individual, este assinado pelo órgão competente da Escola, pela entidade de acolhimento, pelo formando e ainda pelo encarregado de educação, caso seja menor de idade e que identifique os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, o horário e local da realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento e os respetivos responsáveis, bem como os direitos e 11

deveres dos diversos intervenientes do Agrupamento e da entidade onde se realiza a FCT, nos termos do n.º 5 e n.º 6 do artigo 3.º da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 9. Definir os critérios para a distribuição dos alunos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT, nos termos do disposto na alínea c), do n.º 1, do artigo 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 10. Incentivar os docentes à frequência de ações de formação direcionadas especificamente para o ensino profissional, designadamente para a avaliação e para a gestão modular do currículo, no sentido de potenciar o desenvolvimento profissional, a motivação e mobilização para novas formas de organização pedagógica, reforçando os impactos nas práticas letivas e nos resultados dos formandos, de forma a concretizar os objetivos e metas do projeto educativo, bem como a promover um ensino de qualidade, em conformidade com a alínea f), do artigo 21.º, conjugada com as alíneas b) e f), do artigo 26.º, do Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho. 11. Asseverar que os diretores de curso promovem a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação e a gestão modular, na aplicação do currículo de forma flexível ao longo do ciclo de formação, em conformidade com a alínea a), do n.º 2, do artigo 8.º, e n.º 3, do artigo 18.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 12. Incluir no registo individual do percurso do formando a designação da empresa/s em que decorreu a FCT, nos termos do disposto na alínea b), do n.º 2, do artigo 22.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1. Assegurar que a modularização do currículo considere o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que se pretende que cada formando adquira no final do seu percurso, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida e as atividades interdisciplinares e transdisciplinares que substanciam a vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e integrado no respetivo projeto educativo. 2. Garantir que as aprendizagens visadas em todos os planos de trabalho individuais da FCT contemplem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho nos termos do n.º 11, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 3. Explicitar os critérios e os procedimentos de avaliação de acordo com o definido nos artigos 10.º e 12.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 4. Assegurar que em cada curso é realizada a aferição, entre os professores, dos critérios de avaliação relativos às aprendizagens e aos projetos profissionais. 5. Utilizar a avaliação diagnóstica no início de cada módulo, no sentido de reajustar o planeamento aos ritmos de aprendizagem dos alunos, de acordo com o previsto na alínea b), do n.º 2, do artigo 10.º, Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 6. Garantir que as classificações da FCT e da PAP sejam registadas em pauta, nas reuniões de avaliação de conselho de turma, de acordo com o definido no n.º 2, alínea e), do artigo 4.º, no n.º 2, alínea e), do artigo 18.º e no n.º 6 do artigo 22.º, todos da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, e respetivas alterações. 12

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1. Aprofundar a análise dos resultados de modo a identificar as variáveis que explicam a percentagem de alunos que não concluíram o curso em três anos e os fatores explicativos das desistências/abandonos escolares. 2. Proceder à avaliação e divulgação dos efeitos dos planos de melhoria, bem como à avaliação e divulgação do impacto das ações de melhoria implementadas, na comunidade educativa. 3. Elaborar e/ou reformular sistemática e continuamente os planos de melhoria de modo a que se consolide uma cultura de autoavaliação e de melhoria contínua na Escola. Espinho 20-04-18 A equipa inspetiva Carlos Miranda José Moreira Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte Maria Madalena Moreira 2018-07-17 Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 10918/2017, de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 238, de 13 de dezembro de 2017 13