Ludwig Van Beethoven Atividade Física Adaptada e Saúde Dados do IBGE CENSO 2000 Dados do IBGE CENSO 2000 Número de deficiências detectadas Visual 16.573.937 Motora 7.879.601 Auditiva 5.750.809 Mental 2.848.684 Física 1.422.224 1
Deficiências no Brasil Generalidades 24,5 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência 14, 5% da população total A cada 100 brasileiros, 14 apresentam alguma limitação física ou sensorial. predominam no caso de deficiência mental, física (principalmente quando da falta de um membro) e auditiva. predominam nas deficiências motoras (incapacidade de caminhar ou subir escadas) e visão. Deficiências Definições Portaria Nº 298, de 9 de agosto de 2001 (Decreto Nº 3298, de 20/12/99) II perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte: de 25 a 40 decibéis (db) surdez leve; de 41 a 55 db surdez moderada; de 56 a 70 db surdez acentuada; de 71 a 90 db surdez severa; acima de 91 db surdez profunda; anacusia Curiosidades O aumento da poluição sonora nas últimas décadas tem sido muito prejudicial. Estatísticas levantadas entre 1971 e 1990, época que marcou o auge do Heavy Metal e do Punk, mostram que o número de pessoas entre 18 e 44 anos com problemas relacionados à audição aumentou em 17%. Entre 46 e 64 anos, o aumento foi de 26%. Os dados são da National Health Interview Survey. Curiosidades Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que 10% da população mundial sofre de problemas auditivos. A rubéola, que atinge mulheres durante a gestação, é uma das principais causas da surdez congênita. A falta de controle de doenças que se tornaram epidêmicas, como a meningite, e as lesões causadas pelo comércio livre e o uso indiscriminado de drogas ototóxicas (tóxicas para o ouvido), são agravantes da surdez no Brasil, o que já não acontece em países de primeiro mundo. A audição é tão importante que, dentre os órgãos do sentido, o ouvido é o único que permanece em alerta as 24 horas do dia. 2
Curiosidades Houve muitas mortes (1500) e esterilizações forçadas de deficientes auditivos no holocausto. Eles foram considerados sem utilidade pelos alemães. O Som Quando as moléculas de ar vibram, elas batem umas contra as outras, fazendo com que as vibrações se espalhem pelo ar sob a forma de ondas, produzindo o som. O Som O Som 3
Características do Som Intensidade do Som CARACTERÍSTICA DETERMINADA POR UNIDADE DE MEDIDA Intensidade Comprimento da onda Quanto > a onda, mais FORTE o som. Quanto < o comprimento da onda, mais FRACO o som Decibel (db) Freqüência N o de ondas num determinado período de tempo Quanto > o no de ondas, mais ALTO o som (agudo). Quanto < o no de ondas, mais BAIXO o som (grave) Hertz (Hz) ou ciclos por segundo QUADRO I Qualidade do Som muito baixo Decibéis 0-20 Tipo de Ruído farfalhar das folhas baixo 20-40 conversação silenciosa moderado 40-60 conversação normal alto muito alto ensurdecedor 60-80 80-100 100-120 ruído médio de fábrica ou trânsito apito de guarda e ruído de caminhão ruído de discoteca e de avião decolando 4
Freqüência do Som Freqüência do Som A maioria das pessoas com audição normal consegue perceber freqüências entre 20 a 20.000 Hz. O audiograma inclui apenas freqüências entre 125 e 8.000 Hz (as mais importantes na comunicação cotidiana). Freqüência do Som Audiometria Três frequências: : 500, 1000 e 2000 Hz são enfatizadas em relação à perda da audição da fala e vice-versa. versa. Pessoas que ouvem frequências acima de 2000 Hz têm dificuldade em reconhecer sons de letras de alta frequência como o s, z, p, b, t, h, v, f. Determina as alterações da audição em relação aos estímulos acústicos 5
Audiometria Definição Deficiência auditiva é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis. Decibéis Decibel é uma unidade de medida da intensidade do som. Sensibilidade Auditiva Sensibilidade Auditiva 6
Sensibilidade Auditiva Sensibilidade Auditiva Sensibilidade Auditiva Sensibilidade Auditiva 7
Sensibilidade Auditiva Fisiologia da Audição Graus de severidade da deficiência auditiva Audição Normal - Diminuição da audição em até 15 db. Suave Perdas entre 16 e 25 db. Surdez Leve Perdas entre 26 e 40 db. Surdez Moderada - Perdas entre 41 e 55 db Surdez Moderadamente Severa Perdas entre 56 e 70 db Surdez Severa Perdas entre 70 e 90 db. Surdez Profunda Acima de 91 db Classificação da deficiência auditiva Congênita a. hereditariedade, b. viroses maternas (rubéola, sarampo) doenças tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose), c. ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez. 8
Classificação da deficiência auditiva Adquirida a. predisposição genética (otosclerose( otosclerose), b. meningite, c. ingestão de remédios ototóxicos, Deficiência auditiva congênita - 62% dos casos. Deficiência auditiva adquirida 38% dos casos. d. exposição a sons impactantes (explosão) e. viroses Tipos de deficiência auditiva a. Deficiência auditiva condutiva b. Deficiência auditiva sensório-neural neural c. Deficiência auditiva mista Causas da deficiência auditiva condutiva Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo. Otite externa: Otite média 9
Causas da deficiência auditiva condutiva Corpo estranho do conduto auditivo externo. Cerume ou corpos estranhos do conduto auditivo externo. Otite externa: Otite média Causas da deficiência auditiva condutiva Perfuração e recuperação da membrana timpânica Estenose ou atresia do conduto auditivo externo (redução de calibre ou ausência do conduto auditivo externo). Perfurações da membrana timpânica: Fissuras Palatinas Obstrução da tuba auditiva 10
Otite Média Otite Média Tuba Auditiva Causas da deficiência auditiva sensório-neural neural PAIR Causas pré-natais: 1. Hereditárias. 2. Não hereditárias Causas perinatais: 1. Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento 2. Trauma de Parto Causas pós-natais 1. Infecções 2. Drogas ototóxicas 3. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) 4. Traumas físicos que afetam o osso temporal 11
Causas da deficiência auditiva sensório-neural neural Causas pós-natais 1. Infecções 2. Drogas ototóxicas 3. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) 4. Traumas físicos que afetam o osso temporal Fatores de risco para a surdez do bebê 0 a 28 dias HISTÓRIA FAMILIAR INFECÇÃO INTRAUTERINA ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS Fatores de risco para a surdez do bebê 0 a 28 dias MENINGITE BACTERIANA NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS Fatores de risco para a surdez do criança 29 dias a 2 anos OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE HÁ ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA MEDICAÇÃO OTOTÓXICA OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS INFECÇÃO DE OUVIDO PERSISTENTE OU RECORRENTE POR MAIS DE 3 MESES 12
Fatores de risco para a surdez do adulto USO CONTINUADO DE WALKMAN TRABALHO EM AMBIENTE DE ALTO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA INFECÇÃO DE OUVIDO CONSTANTE Aparelhos auditivos Só devem ser usados com recomendação médica, depois da avaliação do otorrinolaringologista e depois de se investigar as causas da perda auditiva. Tipos de aparelhos intracanal (colocado dentro do conduto auditivo); microcanal (não aparece, fica na entrada do conduto auditivo); e externo retro-auricular (colocado atrás da orelha). Micro canal É posicionado no conduto auditivo, como avanço da tecnologia foi possível o desenvolvimento do micro canal de uma forma que seja adaptado dentro do canal do ouvido, é recomendado para perdas de audição leves, moderadas e profundas Aparelhos Aparelhos Intra canal Seus componentes são menores que o do intra-auricular auricular porém fica mais escondido no ouvido é recomendado para perdas de audição leves e moderadas. 13
Aparelhos Intra auricular É posicionado no pavilhão auricular, ele é recomendado para perdas de audição moderadas e severas. Aparelhos Retro auricular É posicionado atrás do ouvido e o som é transmitido (conduzido) para o ouvido através de um molde que é adaptado no ouvido, ele é recomendado para perdas de audição leve, moderada e profunda. Teste da orelhinha Diagnóstico O ideal seria avaliar a capacidade auditiva do bebê ainda na maternidade Recém-nascido: O bebê não acorda ou não se assusta com um barulho forte e súbito; O bebê não pára de chorar, quando a mãe usa apenas a voz para acalmá-lo; lo; O bebê não procura a origem do barulho, virando a cabeça na direção da fonte sonora, isso já numa fase posterior do desenvolvimento; O bebê é exageradamente quieto. 14
Diagnóstico A partir de 1 ano As primeiras palavras aparecem tarde (só com 3 ou 4 anos); Não responde ao ser chamada em voz normal; Quando de costas, não se volta para a pessoa que lhe dirige a palavra; Apresenta: Excesso de comunicação gestual e pouca emissão de palavras; Fala extremamente alta ou baixa; Cabeça virada para ouvir melhor; Olhar dirigido para os lábios de quem fala e não para os olhos; Troca e omissão de fonemas na fala e na escrita.. Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Não é correto dizer que alguém é surdo- mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, outras não; Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque em seu braço levemente; Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar; 15
Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha; Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas; Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer; Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou. 16
Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam de repetir para que sejam entendidas Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva? Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método; Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete supondo que ela não possa entendê-lo. Características Afetivas Associam-se mais com pares semelhantes; Podem apresentar menor desenvolvimento social; Ansiosos e medrosos porque sabem que não podem ser avisados rapidamente de um perigo iminente; Podem apresentar capacidade de concentração reduzida (distração) Características Cognitivas Capacidade de compreender abstrações pode ser diminuída; Maior dificuldade na formação de conceitos. 17
Características Psicomotoras Não possuem repertório de feedback auditivo, afetando a capacidade de relacionar espaço e movimento. Possuem movimentos sem propósito - hiperatividade Educação Física - Pode contribuir significativamente para melhoria da linguagem do indivíduo (comunicação total) - Dança como expressão não-verbal - Cuidados com exercícios que bloqueiem o campo visual. Características Psicomotoras Postura pobre; As vezes possuem uma marcha onde arrastam os pés; Desenvolvimento motor pode estar abaixo do normal; Equilíbrio e agilidade podem ser deficientes. Relação Professor / Aluno DA Enxergar a criança, mais que a deficiência Estar informado sobre a etiologia, local e gravidade da lesão. Procurar ajuda da família ou mesmo de outros profissionais envolvidos com a criança. 18
Relação Professor / Aluno DA Usar todos os recursos possíveis para comunicar-se procurando certificar-se de que o aluno compreendeu a mensagem; Manter-se em frente ao aluno enquanto estiver falando; Considerar as limitações, mas enfatizar as capacidades. Relação Professor / Aluno DA Não mudar constantemente as regras de uma determinada atividade; Não demonstrar impaciência quando não estiver entendendo o que o aluno quer dizer; Não articular exageradamente as palavras; Substituir as pistas sonoras por visuais, se necessário. Educação Física desenvolver a adaptação ao espaço físico e humano da escola; estimular o desenvolvimento da coordenação motora global; estimular o desenvolvimento da fixação ocular; estimular o desenvolvimento da habilidade de apreensão fina; estimular o desenvolvimento viso-manual; estimular o desenvolvimento do esquema corporal; estimular o desenvolvimento do equilíbrio estático e dinâmico; Educação Física estimular o desenvolvimento da capacidade de tensionar e relaxar; estimular o desenvolvimento da capacidade de rolar, sentar, engatinhar; estimular o desenvolvimento da independência de locomoção (andar, correr, subir, descer); estimular o desenvolvimento da coordenação bimanual; adquirir controle de respiração; favorecer a percepção do fator tempo ; favorecer a percepção do fator espaço. 19
Educação Física Atividades que devem acontecer com DA Equilíbrio estático e dinâmico Estimulação proprioceptiva Coordenação motora Controle corporal Consciência corporal Noções espaço-temporais Ritmo Condicionamento físico Exercícios respiratórios e relaxamento Jogos e atividades em grupo. Esporte e DA O atleta DA não é um atleta deficiente na maioria das situações. Entretanto há competições específicas como o World Winter Games for Deafs ou o World Summer Games for Deafs. Classificação (a) (b) (c) perda auditiva de 55dB no melhor ouvido cidadão de uma nação membro do CISS - International não utiliza artefatos auditivos ou implantes cocleares durante o evento. 20
Esporte e DA 2005 20th Summer Deaflympics Melbourne, Australia Seqüência 1 Três meio polichinelo, 1 giro de 360 o, um agachamento, duas palmas com os braços e mãos sobre a cabeça e termina na pose ao lado: Seqüência 2 Dar quatro passos a frente, elevar alternadamente um dos joelhos ao mesmo tempo que estralha os dedos, fazer quatro circunduções do quadril, fazer quatro saltitos com pés unidos para trás e acabar na pose ao lado: Alfabeto de Sinais 21