Itaúsa Investimentos Itaú S.A.

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Transcrição:

Itaúsa Investimentos Itaú S.A. FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA Data-Base: 31.12.2009 (conforme Anexo 24 da Instrução CVM nº 480 de 7 de dezembro de 2009 Instrução CVM 480 ) Identificação Sede Diretoria de Relações com Investidores Auditores Independentes da Companhia Agente Escriturador Atendimento aos Acionistas Jornais nos quais a Companhia divulga Informações Site na Internet Itaúsa Investimentos Itaú S.A., sociedade por ações inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.532.644/0001-15, com seus atos constitutivos devidamente arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o NIRE 35300022220, registrada como companhia aberta perante à Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) sob o nº 007617 ( Emissora ). A sede social do Emissor está localizada na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Olavo Setubal, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 04344-902 A área de Relações com Investidores da Itaúsa está localizada na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Conceição 11º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. O Diretor de Relações com Investidores é o Sr. Henri Penchas. O telefone do Departamento de Relações com Investidores é (0xx11) 5019 1677, o fax é (0xx11) 5019 1678 e o e-mail é hp.drinvest@itau-unibanco.com.br BDO Auditores Independentes para os exercícios encerrados em 31/12/2009, 31/12/2008 e 31/12/2007 Itaú Corretora de Valores S.A. O atendimento aos acionistas do Emissor é realizado nas agências do Itaú Unibanco S.A., cuja sede está localizada na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Torre Olavo Setubal, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 04344-902 Diário Oficial do Estado de São Paulo e Valor Econômico http://www.itausa.com.br As informações constantes da página na rede mundial de computadores (website na Internet) da Companhia não são partes integrantes deste Formulário de Referência Data da última atualização deste Formulário de Referência 11/01/2011 (originalmente apresentado em 30/06/2010, reapresentado em 08/07/2010 em decorrência da Assembléia Geral Extraordinária de 30 de junho de 2010, reapresentação 20/08/2010, 16/09/2010 e em 21/12/2010) 1

ÍNDICE ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS RESPONSÁVEIS PELO CONTEÚDO DO FORMULÁRIO 3 ITEM 2. AUDITORES 4 ITEM 3. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS SELECIONADAS 5 ITEM 4. FATORES DE RISCO 9 ITEM 5. RISCOS DE MERCADO 34 ITEM 6. HISTÓRICO DO EMISSOR 40 ITEM 7. ATIVIDADES DO EMISSOR 68 ITEM 8. GRUPO ECONÔMICO 114 ITEM 9. ATIVOS RELEVANTES 117 ITEM 10. COMENTÁRIOS DOS DIRETORES 122 ITEM 11. PROJEÇÕES 165 ITEM 12. ASSEMBLEIA GERAL E ADMINISTRAÇÃO 166 ITEM 13. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES 193 ITEM 14. RECURSOS HUMANOS 202 ITEM 15. CONTROLE 204 ITEM 16. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 209 ITEM 17. CAPITAL SOCIAL 213 ITEM 18. VALORES MOBILIÁRIOS 216 ITEM 19. PLANOS DE RECOMPRA E VALORES MOBILIÁRIOS EM TESOURARIA 223 ITEM 20. POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS 225 ITEM 21. POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES 227 ITEM 22. NEGÓCIOS EXTRAORDINÁRIOS 229 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE O FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA (INSTRUÇÃO CVM 480) 230 2

DECLARAÇÃO ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A., CNPJ 61.532.644/0001-15, com sede na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha nº 100, Torre Olavo Setubal, em São Paulo (SP), neste ato representado por seus Diretores abaixo assinados, DECLARA que: a) reviram o formulário de referência; b) todas as informações contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480, em especial aos arts. 14 a 19; c) o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômicofinanceira do EMISSOR e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos. São Paulo (SP), 30 de junho de 2010. ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A. ALFREDO EGYDIO ARRUDA VILLELA FILHO Diretor Presidente HENRI PENCHAS Diretor de Relações com Investidores 3

ITEM 2 - AUDITORES 2.1. Em relação aos auditores independentes, indicar: 2009 2008 2007 a. Nome empresarial BDO Auditores Independentes BDO Trevisan Auditores Independentes BDO Trevisan Auditores Independentes b. Nome das pessoas responsáveis Orlando Octávio de Freitas Junior Orlando Octávio de Freitas Junior Orlando Octávio de Freitas Junior b. CPF 084.911.468-78 084.911.468-78 084.911.468-78 b. Telefone 3138-5025 3138-5025 3138-5025 b. E-mail orlando@bdobrazil.com.br orlando@bdobrazil.com.br orlando@bdobrazil.com.br c. Data de contratação dos serviços 29.04.2009 22.02.2008 17.01.2007 d. Descrição dos serviços contratados 1. Contrato de prestação de serviços de auditoria das demonstrações contábeis. 1. Contrato de prestação de serviços de auditoria das demonstrações contábeis. 1. Contrato de prestação de serviços de auditoria das demonstrações contábeis. e. Eventual substituição do auditor: Não aplicável Não aplicável Não aplicável i. Justificativa da substituição Não aplicável Não aplicável Não aplicável ii. Eventuais razões apresentadas pelo auditor em discordância da justificativa do emissor para sua substituição, conforme regulamentação da CVM específica a respeito da matéria Não aplicável Não aplicável Não aplicável 2.2. Informar montante total de remuneração dos auditores independentes no último exercício social, discriminando os honorários relativos a serviços de auditoria e os relativos a quaisquer outros serviços prestados A remuneração dos auditores independentes relativa ao último exercício social, findo em 31.12.2009 corresponde ao montante de R$ 190.309,00 que englobam os valores referente aos serviços de auditoria. 2.3. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes Não há. 4

ITEM 3 - INFORMAÇÕES FINANCEIRAS SELECIONADAS 3.1. Com base nas demonstrações financeiras ou, quando o emissor estiver obrigado a divulgar informações financeiras consolidadas, com base nas demonstrações financeiras consolidadas, elaborar tabela informando: R$ milhões, exceto quando indicado 2009 2008 2007 Patrimônio líquido 19.786 16.592 15.676 Ativo total 615.962 643.201 300.036 Receita líquida 19.352 15.500 14.028 Resultado bruto 16.046 12.203 11.238 Resultado líquido 3.930 2.700 3.988 Número de ações, ex-tesouraria (*) 4.345.833 3.881.480 3.526.409 Valor patrimonial da ação (R$) 4,55 4,27 4,45 Resultado líquido por ação (R$) 0,90 0,70 1,13 (*) Em milhares. 3.2. Caso o emissor tenha divulgado, no decorrer do último exercício social, ou deseje divulgar neste formulário medições não contábeis, como Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ou Lajir (lucro antes de juros e imposto de renda), o emissor deve: a) Informar o valor das medições não contábeis Não aplicável. b) Fazer as conciliações entre os valores divulgados e os valores das demonstrações financeiras auditadas Não aplicável. c) Explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações Não aplicável. 3.3. Identificar e comentar qualquer evento subsequente às últimas demonstrações financeiras de encerramento de exercício social que as altere substancialmente Não houve nenhum evento subseqüente às últimas demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31.12.2009. 3.4. Descrever a política de destinação dos resultados dos 3 últimos exercícios sociais, indicando: Juntamente com as demonstrações contábeis, o Conselho de Administração apresenta à assembleia geral ordinária proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, sendo que as principais destinações são (i) 5% para a Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social, (ii) distribuição de dividendos aos acionistas (veja itens b e c abaixo) e (iii) constituição das seguintes reservas estatutárias: Reserva para Equalização de Dividendos: tem por finalidade garantir recursos para pagamento de dividendos, inclusive na forma de juros sobre o capital próprio, ou suas antecipações, visando a manter o fluxo de remuneração aos acionistas. Ela é limitada a 40% do valor do capital social e é formada com recursos: (a) equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76, (b) equivalentes a até 100% da parcela realizada de Reservas de Reavaliação, lançada a lucros acumulados, (c) equivalentes a até 100% do montante de ajustes de exercícios anteriores, lançado a lucros acumulados e (d) decorrentes do crédito correspondente às antecipações de dividendos. Reserva para Reforço do Capital de Giro: tem por finalidade garantir meios financeiros para a operação da Emissora. Ela é limitada a 30% do valor do capital social, sendo formada com recursos equivalentes a até 20% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 5

Reserva para Aumento de Capital de Empresas Participadas: tem por finalidade garantir o exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas. Ela é limitada a 30% do valor do capital social, sendo formada com recursos equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. Por proposta do Conselho de Administração serão periodicamente capitalizadas parcelas dessas reservas para que o respectivo montante não exceda o limite de 95% (noventa e cinco por cento) do capital social. O saldo dessas reservas, somado ao da Reserva Legal, não poderá ultrapassar o capital social. a) Regras sobre retenção de lucros Não houve alterações em nossas regras sobre retenção de lucros nos últimos três exercícios sociais. Nos termos da Lei 6.404/76, e alterações posteriores, os acionistas podem deliberar, em assembleia geral e por proposta da Administração, reter parte do lucro líquido do exercício que estiver em orçamento de capital previamente aprovado. Ademais, o dividendo mínimo obrigatório pode deixar de ser pago no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembleia geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da Emissora. Nos últimos 3 exercícios sociais, não houve retenção de lucros, tendo sido pago valor de dividendo igual ou superior ao dividendo mínimo obrigatório (veja item 3.5 abaixo). b) Regras sobre distribuição de dividendos Não houve alterações em nossas regras sobre distribuição de dividendos nos últimos três exercícios sociais. Os acionistas têm direito a receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importância equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras "a" e "b" do inciso I do artigo 202 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. Por deliberação do Conselho de Administração podem ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório, com base no artigo 9º, 7º, da Lei nº 9.249/95. Além disso, nossa administração pode deliberar a distribuição de lucros adicionais sempre que o entender conveniente para a Emissora e/ou seus acionistas. Tais distribuições não significam que, no futuro, haverá distribuições de lucros adicionais ao dividendo mínimo obrigatório. Para maiores detalhes sobre os percentuais de lucros distribuídos nos últimos 3 exercícios, veja o item 3.5 abaixo. c) Periodicidade das distribuições de dividendos Com relação aos 3 últimos exercícios sociais, o dividendo obrigatório é distribuído trimestralmente ou com intervalos menores no decorrer do próprio exercício e até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as respectivas demonstrações contábeis. O pagamento do dividendo obrigatório é efetuado com base na posição acionária do último dia útil do mês anterior e com pagamento no primeiro dia útil do mês subsequente. Podem, ainda, ser declarados dividendos intermediários, sob qualquer das modalidades facultadas pelo artigo 204 da Lei nº 6.404/76. A parte do dividendo obrigatório que tiver sido paga antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da Reserva para Equalização de Dividendos será creditada à mesma reserva. d) Eventuais restrições à distribuição de dividendos impostas por legislação ou regulamentação especial aplicável ao emissor, assim como contratos, decisões judiciais, administrativas ou arbitrais Não houve. 6

3.5. Em forma de tabela, indicar, para cada um dos 3 últimos exercícios sociais: R$ milhões 2009 2008 2007 Lucro líquido ajustado para fins de dividendos 2.757 6.541 3.693 Dividendo Mínimo Obrigatório 689 1.635 925 Reversão / (Constituição) da Reserva de Lucros a Realizar 220 (220) 240 Dividendos / JCP após a Reserva de Lucros a Realizar 909 1.415 1.165 Dividendo distribuído 1.232 1.415 1.165 Percentual de dividendo por lucro líquido ajustado 44,7% 21,6% 31,5% Dividendo distribuído por classe e espécie de ações: 1.232 1.415 1.165 Ações ordinárias 473 543 444 Juros sobre capital próprio 380 395 379 Dividendo mínimo 93 148 65 Ações preferenciais 759 872 721 Juros sobre capital próprio 609 634 616 Dividendo prioritário 27 24 22 Dividendo mínimo 123 214 83 Data de pagamento do dividendo (a) (a) (a) Taxa de retorno em relação ao patrimônio líquido 11,8% 30,8% 22,6% Lucro líquido retido 0 0 0 Notas: (a) Parcelas trimestrais com pagamento no 1º dia útil de cada trimestre a partir de julho de cada ano e parcelas complementares com pagamento em agosto, março e junho de cada ano. 3.6. Informar se, nos 3 últimos exercícios sociais, foram declarados dividendos a conta de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores Em 2009 foi revertido o valor de R$ 220 milhões a título de Reservas de Lucros a Realizar constituída no ano anterior e adicionada ao montante de Dividendos a provisionados em 2009. Em 2008 foi constituído o montante de R$ 220 milhões à parte excedente do dividendo mínimo obrigatório em relação à parcela realizada do lucro líquido do exercício de 2008, constituída de acordo com o artigo 197 da lei das Sociedades por Ações. Em 2007 foi revertido o valor de R$ 240 milhões a título de Reservas de Lucros a Realizar constituída no ano anterior e adicionada ao montante de Dividendos provisionados em 2007. 3.7. Em forma de tabela, descrever o nível de endividamento do emissor, indicando: R$ milhões 2009 Montante total de dívida, de qualquer natureza 1.134 Índice de endividamento (1) 4,6% OBS: Dados obtidos do Balanço individual da emissora. (1) Passivo circulante mais o não-circulante, dividido pelo patrimônio líquido 7

3.8. Em forma de tabela, separando por dívidas com garantia real, dívidas com garantia flutuante e dívidas quirografárias, indicar o montante de obrigações do emissor de acordo com o prazo de vencimento: R$ milhões Dívidas com garantia real Dívidas com garantia flutuante Dívidas quirografárias Inferior a 1 ano - - 1.098 Superior a 1 ano e inferior a 3 anos - - 36 Superior a 3 anos e inferior a 5 anos - - - Superior a 5 anos - - - OBS: Dívida em Milhões de Reais. Dados obtidos do Balanço Individual da emissora. 3.9. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes Todas as informações relevantes foram expostas nos itens anteriores. 8

ITEM 4 - FATORES DE RISCO 4.1. Descrever fatores de risco que possam influenciar a decisão de investimento, em especial, aqueles relacionados: Os resultados da Itaúsa dependem diretamente das operações, atividades e resultados de suas controladas e coligadas, em especial das seguintes companhias abertas controladas pela Itaúsa: Itaú Unibanco Holding S.A. ( Itaú Unibanco Holding ), Duratex S.A. ( Duratex ), Elekeiroz S.A. ( Elekeiroz ), e Itautec S.A. ( Itautec ). Como a Itaúsa é uma sociedade de participações (holding), os fatores de risco que podem influenciar a decisão de investimento em seus valores mobiliários são essencialmente decorrentes dos fatores de risco a que estão expostas suas controladas e coligadas. Os investidores e potenciais investidores da Itaúsa deverão ler com atenção o presente formulário de referência, na sua totalidade. Os negócios, os resultados operacionais e a situação financeira das controladas e coligadas da Itaúsa e, por consequência, os resultados e a situação financeira da Itaúsa, poderão ser afetados de forma adversa se quaisquer desses riscos se materializarem e, em tal hipótese, os preços de negociação dos valores mobiliários da Itaúsa poderão cair, e seus investidores poderão perder todo ou parte do seu investimento. Os investidores e potenciais investidores da Itaúsa devem observar que os fatores de risco descritos nas alíneas deste item 4.1 não são os únicos riscos enfrentados ou relacionados a um investimento em seus valores mobiliários. Estes são os riscos considerados pela Itaúsa como aqueles que podem influenciar a decisão de investimento em seus valores mobiliários. Pode haver riscos adicionais que atualmente a Itaúsa considera irrelevantes ou que atualmente desconhece, e quaisquer destes riscos podem ter efeitos semelhantes aos descritos abaixo. a) Ao emissor A Itaúsa é uma companhia cujos resultados dependem dos resultados das suas controladas e coligadas. Os resultados da Itaúsa dependem diretamente das operações, atividades e resultados de suas controladas e coligadas. As principais controladas da Itaúsa são Itaú Unibanco Holding, Duratex, Elekeiroz e Itautec, sendo todas elas companhias abertas e com riscos específicos de seus negócios. A capacidade da Itaúsa de cumprir com suas obrigações financeiras e de pagar dividendos aos seus acionistas, inclusive sobre a forma de juros sobre o capital próprio, depende da distribuição dos lucros de suas controladas e coligadas. Não há garantia de que tais recursos serão disponibilizados à Itaúsa ou que serão suficientes para o cumprimento de suas obrigações financeiras e para o pagamento de dividendos a seus acionistas. A Itaúsa, diretamente ou por meio de suas controladas e coligadas, está exposta aos efeitos das turbulências e volatilidades nos mercados financeiros globais e na economia dos países em que tem negócios, especialmente o Brasil. Os mercados financeiros globais deterioraram-se acentuadamente desde o final de 2007. Grandes instituições financeiras, inclusive alguns dos maiores bancos comerciais, bancos de investimentos e seguradoras globais têm passado por dificuldades significativas, especialmente devido à falta de liquidez e depreciação dos ativos financeiros. Estas dificuldades restringiram a capacidade de grandes instituições financeiras globais continuarem realizando operações de empréstimo e causaram prejuízos. Além disso, as inadimplências de certas instituições financeiras, e até mesmo dúvidas sobre a solvência das mesmas e do setor de serviços financeiros, têm levado, de forma geral, a problemas de liquidez do mercado como um todo e poderiam levar a prejuízos ou inadimplências por parte de outras instituições e à falência das mesmas. A Itaúsa, diretamente ou por meio de suas controladas e coligadas, está exposta a turbulências e volatilidade dos mercados financeiros globais em virtude dos seus efeitos sobre o ambiente econômico e financeiro dos países em que opera, especialmente o Brasil, tais como o desaquecimento da economia, o aumento na taxa de desemprego, a redução no poder aquisitivo da população brasileira e a falta de disponibilidade de crédito. O Itaú Unibanco Holding, por meio de suas controladas e coligadas, empresta principalmente a tomadores brasileiros, e os efeitos econômicos citados podem prejudicar significativamente seus clientes e aumentar as operações de crédito em atraso ou inadimplidas, e como resultado, aumentar o risco associado à sua atividade de crédito e obrigar tais sociedades a fazer revisões correspondentes em seus modelos de gestão de risco e de reserva para não pagamentos de empréstimos. Por exemplo, em 2009, as 9

controladas do Itaú Unibanco Holding tiveram um aumento do índice de inadimplência em empréstimos com atraso acima de 90 dias, que passou de 3,9% em 31 de dezembro de 2008 para 5,6% em 31 de dezembro de 2009. A crise financeira global teve consequências significativas para o Brasil e em outros países em que as controladas e coligadas da Itaúsa operam, incluindo volatilidade no valor das ações, em juros e no mercado de crédito, uma desaceleração econômica geral, e taxas de câmbio voláteis que podem, direta ou indiretamente, afetar negativamente o preço de mercado de títulos brasileiros e terem um efeito adverso relevante nos negócios, nos resultados operacionais e na situação financeira das controladas e coligadas da Itaúsa e, por consequência, nos resultados e na situação financeira da Itaúsa. Além disso, falhas institucionais e as turbulências do mercado financeiro no Brasil e em outros países em que as controladas e coligadas da Itaúsa operam poderiam restringir o acesso da Itaúsa e de tais sociedades ao mercado de capitais. A continuidade ou a piora da turbulência ou da volatilidade nos mercados financeiros globais poderiam levar a outros efeitos negativos no ambiente econômico e financeiro brasileiro e nos outros países em que as controladas e coligadas da Itaúsa operam, o que poderia ter um efeito material adverso sobre a Itaúsa. A integração dos negócios adquiridos ou incorporados envolve certos riscos que podem ter um efeito material adverso sobre a Itaúsa. A Itaúsa, diretamente ou por meio de suas controladas e coligadas, envolveu-se em uma série de fusões e aquisições no passado e pode fazer novas aquisições como parte de sua estratégia de crescimento nos setores em que atua. Recentemente, essas operações incluíram a associação entre o Itaú e o Unibanco, anunciada no último trimestre de 2008, aprovada pelo Banco Central no primeiro trimestre de 2009 e pendente de aprovação das autoridades reguladoras brasileiras de defesa da concorrência. Acreditamos que estas operações irão contribuir para o crescimento da Itaúsa e a competitividade das controladas e coligadas da Itaúsa nos setores em que atuam. Qualquer aquisição e fusão de instituições e ativos, bem como a integração de tais instituições e ativos, envolvem certos riscos, incluindo o risco de que: a integração de novas redes, sistemas de informação, de pessoal, de riscos financeiros e de contabilidade e outros sistemas de gestão, planejamento financeiro e elaboração de relatórios, produtos e bases de clientes no negócio existente possam se deparar com dificuldades ou custos inesperados e despesas operacionais; a empresa adquirente incorra em passivos ou contingências inesperadas relacionadas com as empresas adquiridas, que podem não ser totalmente indenizáveis pelas contrapartes nos contratos de fusão ou aquisição; autoridades reguladoras de defesa da concorrência, dentre outras, possam impor restrições ou limitações nos termos da aquisição ou fusão, solicitar a disposição de certos ativos ou negócios ou recusar a aprovação de tal transação, e a Itaúsa ou suas controladas e coligadas podem não conseguir alcançar as sinergias financeiras e operacionais e outros benefícios esperados das fusões e aquisições. Se a Itaúsa ou suas controladas e coligadas não conseguirem aproveitar as oportunidades de crescimento dos negócios, a redução de custos e outros benefícios que preveem a partir de fusões e aquisições ou incorrerem em maiores custos de integração do que o estimado, os resultados e a situação financeira da Itaúsa podem ser afetados adversamente. O valor dos investimentos da Itaúsa e de suas controladas e coligadas em valores mobiliários e derivativos está sujeito a flutuações de mercado devido a mudanças nas condições econômicas brasileiras ou internacionais, as quais podem produzir prejuízos relevantes. Em 31 de dezembro de 2009, títulos negociáveis representavam R$ 120.910 mil, ou 19,63% dos ativos consolidados da Itaúsa, e os derivativos representavam R$ 5.939 mil, ou 0,96% dos passivos consolidados da Itaúsa, e ganhos e perdas de investimentos realizados e não realizados tiveram e continuarão a ter um impacto significativo nos resultados da Itaúsa. Estes ganhos e perdas, registrados quando os investimentos em valores mobiliários são vendidos ou ajustados a valor de mercado (no caso de títulos negociáveis), ou quando os derivativos são ajustados a valor de mercado, podem flutuar consideravelmente de um período para o outro e são afetados pelas condições econômicas domésticas e internacionais. Além disso, as controladas e coligadas da Itaúsa realizam operações de derivativos, relacionados a ativos diversos. Se, por exemplo, o Itaú Unibanco Holding realizar operações com derivativos para se proteger contra uma diminuição no valor do real e nas taxas de juros e o valor do real aumentar ou as taxas de juros aumentarem, o Itaú Unibanco Holding pode 10

incorrer em perdas financeiras. Essas perdas poderiam afetar adversa e materialmente os resultados operacionais e situação financeira da Itaúsa. Ganhos e perdas na carteira de investimentos das controladas e coligadas da Itaúsa podem não continuar a contribuir para a receita líquida em níveis consistentes com os períodos mais recentes, ou não contribuir de forma alguma e tais sociedades podem não realizar as valorizações ou desvalorizações atualmente existentes em seu portfólio de investimentos consolidado ou em qualquer dos ativos desse portfólio. Exposição à dívida do governo federal brasileiro pode vir a afetar negativamente a Itaúsa. Como muitas outras sociedades brasileiras, a Itaúsa investe em títulos de dívida do governo brasileiro. Em 31 de dezembro de 2009, aproximadamente 24% da carteira de títulos da Itaúsa, representando 1% de seus ativos, era composta de títulos de dívida emitidos pelo governo brasileiro. Na mesma data, aproximadamente 7,2% de todos os ativos e 36,5% da carteira de títulos do Itaú Unibanco Holding eram compostos por esses títulos. Qualquer falha por parte do governo brasileiro de efetuar pagamentos pontuais nos termos desses títulos, ou uma redução significativa no valor de mercado desses títulos, terá um efeito adverso relevante para a Itaúsa. As políticas, procedimentos e métodos de gestão de riscos de mercado, crédito e operacional das controladas e coligadas da Itaúsa podem não ser totalmente eficazes para atenuar a exposição da Itaúsa a riscos não identificados ou imprevistos. Os métodos, procedimentos e políticas de gestão de riscos de mercado, crédito e operacional das controladas e coligadas da Itaúsa, em especial das controladas do Itaú Unibanco Holding, incluindo as suas ferramentas de modelos estatísticos, tais como o value at risk (VaR), o teste de estresse e as análises de sensibilidade, podem não ser totalmente eficazes para atenuar a exposição ao risco da Itaúsa em todos os ambientes econômicos ou contra todos os tipos de riscos, incluindo riscos que a Itaúsa ou suas controladas e coligadas não conseguem identificar ou prever. Alguns dos instrumentos qualitativos e quantitativos para o gerenciamento de risco são baseados em observações do comportamento histórico do mercado. As controladas da Itaúsa aplicam ferramentas estatísticas, entre outras, a estas observações para quantificar seu risco de exposição. Estas ferramentas qualitativas e quantitativas podem não prever todo tipo de exposições de risco futuro. Estas exposições ao risco poderiam, por exemplo, ser decorrentes de fatores que as controladas e coligadas da Itaúsa não preveem ou avaliam corretamente em seus modelos estatísticos. Isto limitaria a capacidade dessas sociedades de administrar seus riscos. As perdas das controladas e coligadas da Itaúsa, portanto, poderiam ser significativamente maior do que as indicadas pela análise histórica. Além disso, a modelagem quantitativa utilizada por essas sociedades não leva em consideração todos os riscos. A abordagem qualitativa para a gestão destes riscos pode se revelar insuficiente, expondo a Itaúsa a perdas inesperadas relevantes. Se os clientes existentes ou potenciais acreditarem que a gestão de risco da Itaúsa ou de suas controladas e coligadas é inadequada, tais clientes ou potenciais clientes podem realizar seus negócios em outra instituição. Isto poderia prejudicar a reputação da Itaúsa e de suas controladas e coligadas, bem como as suas receitas e lucros. Além disso, os negócios das controladas e coligadas da Itaúsa, em especial do Itaú Unibanco Holding, dependem da capacidade de processar um grande número de transações de forma segura, eficiente e precisa. Perdas podem resultar de pessoas despreparadas, sistemas e procedimentos de controles internos inadequados ou falhos, falhas de sistemas de informação ou de eventos externos que interrompam as operações normais do negócio. A Itaúsa também enfrenta o risco de que a estrutura dos controles e procedimentos de suas controladas e coligadas para mitigação de risco operacional se revelem insuficientes ou que sejam contornáveis. Se as expectativas das controladas e coligadas da Itaúsa que atuam no ramo securitário e previdenciário estiverem incorretas ou suas reservas para pagamento de sinistros e reclamações de segurados forem inadequadas, a rentabilidade dos produtos securitários e previdenciários de tais controladas e coligadas e, por consequência, os resultados e a situação financeira da Itaúsa podem ser adversamente afetados de modo relevante. As controladas e coligadas da Itaúsa que atuam no ramo securitário e previdenciário definem os preços e estabelecem cálculos para vários dos seus produtos securitários e de previdência, respectivamente, com base em estimativas atuariais ou estatísticas. A precificação dos produtos securitários e de previdência e a formação de reservas para pagar os sinistros e reclamações são especificamente baseadas em modelos que incluem várias premissas e projeções que são inerentemente incertas e que envolvem uma série de juízos de valor, inclusive quanto ao nível e/ou tempo de recebimento ou pagamento de prêmios, contribuições, 11

benefícios, reclamações, despesas, requerimentos, juros, resultados de investimentos, taxas de juros, aposentadoria, mortalidade, morbidade e persistência. Embora se revise anualmente os preços dos produtos securitários e de previdência e a adequação das reservas, as controladas e coligadas da Itaúsa não podem determinar com precisão os montantes que efetivamente terão que pagar, ou o momento de pagamento dos atuais benefícios, sinistros e despesas, ou se os ativos que suportam as respectivas responsabilidades dessas sociedades, somados aos respectivos prêmios futuros e contribuições, irão ser suficientes para o pagamento dos respectivos benefícios e sinistros. Dessa forma, a ocorrência de desvios significativos nas premissas utilizadas para precificação poderia ter um efeito adverso na rentabilidade dos produtos de seguros e de previdência das controladas e coligadas da Itaúsa. Adicionalmente, se as controladas ou coligadas da Itaúsa concluíssem que as reservas e os prêmios futuros são insuficientes para cobrir futuros sinistros de apólices e reclamações, essas sociedades teriam que elevar suas reservas e registrar tais efeitos em suas demonstrações financeiras no período em que a determinação de aumento de reservas é feito, o que pode afetar adversamente os resultados operacionais e a situação financeira de referidas controladas e coligadas e, por consequência, os resultados e a situação financeira da Itaúsa. Acidentes relacionados às instalações físicas de controladas da Itaúsa podem ter efeito substancialmente adverso sobre os resultados dessas controladas, com reflexos, em menor grau, nos resultados da Itaúsa. As controladas Duratex, Elekeiroz e Itautec estão expostas a riscos relacionados a suas instalações físicas. Essas instalações físicas estão expostas a riscos diversos, tais como acidentes, incêndios e enchentes, que podem comprometer o resultado e o andamento da produção. A Duratex possui diretamente ou através de operações de arrendamento rural terras, principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, em extensão total aproximada de 209 mil hectares, em que mantém atividade de reflorestamento com eucalipto, predominantemente. A ocorrência de incêndios, pragas exóticas ou estresse hídrico pode alterar de forma adversa o nível de produtividade florestal, por área plantada, o que pode afetar adversamente os resultados da Duratex. A unidade industrial da Itautec, localizada na cidade de Jundiaí, em São Paulo, é responsável pela fabricação dos produtos de informática e automações, os quais são responsáveis por parcela significativa das receitas da Itautec. Apesar de ser integralmente coberta através de apólices de seguros contratadas junto a empresas de reconhecida atuação no mercado brasileiro, a perda ou interrupção temporária da produção poderá afetar adversamente o desempenho operacional, as margens e os resultados da Itautec. Além disso, por atuar na indústria de produtos químicos, a Elekeiroz está exposta a riscos de vazamentos de insumos, produtos e utilidades, explosões, incêndios e outros acidentes associados em suas instalações. Estes riscos podem resultar em danos pessoais, inclusive de perda de vida, danos ou destruição de imóveis e equipamentos e danos ambientais. Um eventual acidente de grandes proporções em uma das unidades da Elekeiroz pode obrigá-la a suspender temporariamente as operações, resultando em custos de reparação e perda de receita de vendas em valores eventualmente superiores às coberturas de seguros relativos a danos e lucros cessantes, além de imposição de reparação de danos, multas e outras penalidades por órgãos ambientais. Os riscos acima descritos, se concretizados, podem afetar adversamente os resultados operacionais e a situação financeira de nossas controladas, com reflexos, em menor grau, nos resultados e na situação financeira da Itaúsa. Os resultados de controladas e coligadas da Itaúsa podem sofrer impactos decorrentes da interrupção na importação de insumos ou de barreiras na exportação dos seus produtos. A Elekeiroz e a Itautec obtêm parte dos seus insumos no mercado internacional e exporta parte da sua produção para países de praticamente todos os continentes. A eventual interrupção no suprimento de algum insumo importante pode afetar a produção de determinados produtos, resultando em perdas nos resultados operacionais da Elekeiroz e da Itautec, com reflexos nos resultados da Itaúsa. Eventuais barreiras tarifárias ou não tarifárias bem como outras políticas implantadas pelos países destinatários das exportações da Elekeiroz, Itautec e Duratex, podem resultar em redução das suas receitas de vendas e resultados. No caso da Elekeiroz, a comercialização para os países europeus, em particular, está condicionada à adequação dos requisitos estabelecidos no regulamento REACH (Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals) que entrou em vigor em 1º de junho de 2007 e tem até o ano 2018 12

para a finalização do processo de registro. Os produtos químicos que não forem registrados na European Chemicals Agency nos prazos estabelecidos, não poderão ser comercializados na União Européia. Eventual não obtenção, pela Elekeiroz, do registro de seus produtos químicos nos prazos exigidos pode causar efeitos materiais adversos em seus negócios e, em menor grau, nos resultados da Itaúsa. Além disso, uma mudança de governo em determinado país pode acarretar insegurança operacional às controladas da Itaúsa que exportam produtos, incluindo Duratex, Elekeiroz e Itautec. Esta situação pode se dar através de medidas de protecionismo à indústria nacional e pode acarretar na cobrança diferenciada de impostos, criação de barreiras alfandegárias contra componentes importados e, inclusive em casos mais extremos, na nacionalização do ativo. b) A seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle O acionista controlador tem o poder de direcionar os negócios da Itaúsa. Em 31 de dezembro de 2009, a acionista controladora da Itaúsa, família Egydio de Souza Aranha, detinha, de maneira direta, 60,97% do capital votante e 34,43% do capital total da Itaúsa. Veja o item 8.2(a). Dessa forma, a família Egydio de Souza Aranha tem o poder de exercer o controle da Itaúsa, inclusive o de eleger seus conselheiros e diretores e determinar o resultado de qualquer ato que exija a aprovação dos acionistas, entre eles as transações com partes relacionadas, as reorganizações societárias e os pagamentos de dividendos. Além disso, os interesses da família Egydio de Souza Aranha podem ser diferentes dos seus interesses como titular dos valores mobiliários da Itaúsa. c) A seus acionistas A relativa volatilidade e ausência de liquidez dos mercados brasileiros de títulos e valores mobiliários podem limitar, de forma significativa, a capacidade de os investidores da Itaúsa venderem suas ações de emissão da Itaúsa pelo preço e na época em que desejarem. O investimento em títulos negociados em mercados emergentes, como o Brasil, por exemplo, envolve com frequência um risco maior que o investimento em títulos de emissores nos Estados Unidos da América ou em outros países, sendo que esses investimentos são geralmente considerados de natureza mais especulativa. O mercado brasileiro de títulos e valores mobiliários é significativamente menor, menos líquido, mais concentrado e pode ser mais volátil do que os principais mercados nos Estados Unidos da América ou em outros países. Existe também uma maior concentração, no mercado brasileiro, de títulos e valores mobiliários em comparação aos principais mercados de títulos e valores mobiliários, como os Estados Unidos da América ou outros países. As dez maiores companhias em termos de capitalização do mercado representavam 54,7% da capitalização total de mercado da BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, ou BM&FBOVESPA, em 31 de dezembro de 2009. As dez principais ações em termos de volume de negociação representavam 45,8%, 53,1% e 44,8% de todas as ações negociadas na BM&FBOVESPA em 2007, 2008 e 2009, respectivamente. Podemos não pagar dividendos ou juros sobre o capital próprio aos acionistas titulares de nossas ações. De acordo com nosso Estatuto Social, devemos pagar aos nossos acionistas 25% de nosso lucro líquido anual, calculado e ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações, sob a forma de dividendo ou juros sobre o capital próprio, sendo que as ações preferenciais conferem a seus titulares prioridade no recebimento de dividendo mínimo anual de R$ 0,01 por ação, não cumulativo. Para mais informações, ver o Item 18.1 (a). O lucro líquido pode ser capitalizado, utilizado para compensar prejuízo ou então retido, conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações, podendo não ser disponibilizado para pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio. O pagamento de dividendos a nossos acionistas não é obrigatório em qualquer exercício em que nosso Conselho de Administração determinar que a distribuição de dividendos é incompatível com a nossa situação financeira naquele momento. 13

É possível que a Itaúsa precise aumentar o seu capital social no futuro, o que poderá diluir a participação acionária do investidor. É possível que a Itaúsa precise obter recursos adicionais no futuro para executar sua estratégia de crescimento. Nesse sentido, a Itaúsa pode precisar aumentar seu capital social por meio de uma ou mais ofertas subsequentes de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações. A oferta de uma quantidade significativa de ações da Itaúsa, que pode não prever o direito de preferência aos então acionistas da Itaúsa, nos termos do artigo 172 da Lei das Sociedades por Ações, poderá afetar adversamente o preço de mercado das ações da Itaúsa e diluir a participação dos acionistas no capital social da Itaúsa. d) A suas controladas e coligadas Como a Itaúsa é uma sociedade de participações (holding), os fatores de risco que podem influenciar a decisão de investimento em seus valores mobiliários são essencialmente decorrentes dos fatores de risco a que estão expostas suas controladas e coligadas. Desse modo, os fatores de risco relacionados às controladas e coligadas da Itaúsa, que a Itaúsa considera que podem influenciar a decisão de investimento nos valores mobiliários da Itaúsa, estão descritos nas alíneas (a) a (c) e (e) a (i) deste item 4.1. e) A seus fornecedores Introdução Como a Itaúsa é uma sociedade de participações (holding), a Itaúsa não está exposta a riscos relacionados com fornecedores que possam influenciar a decisão de investimento nos valores mobiliários da Itaúsa. No entanto, controladas da Itaúsa atuam em diversos setores e estão expostas a riscos relacionados a seus respectivos fornecedores. Parte das controladas da Itaúsa depende de insumos específicos ofertados por número limitado de fornecedores, o que as expõem e, em menor grau, expõe a Itaúsa, a riscos de aumento de preços ou escassez de matéria prima. O mercado fornecedor de resinas, utilizadas pela Duratex para o processo de fabricação de painéis, é caracterizado por poucos fornecedores com alto grau de especialização e dependência do preço internacional de commodities. Esta situação pode acarretar períodos de maior dificuldade financeira para o fornecedor, podendo colocar em risco o fornecimento. Situação semelhante ocorre com outros insumos da Duratex: (i) o fornecimento de papéis é feito por empresas nacionais com elevado nível de ocupação industrial, e preço de insumo atrelado ao preço da celulose internacional; (ii) as matérias-prima não ferrosas possuem mercado atrelado à variação de preços de commodities internacionais; e (iii) em cerâmica, o fornecimento é feito por empresas menores, de caráter familiar, que têm o seu fornecimento afetado por questões climáticas e ambientais, típicas da exploração de jazidas minerais. Ainda com relação à Duratex, seus negócios podem ser afetados adversamente pelo aumento no preço dos insumos ou escassez dos mesmos. Figuram entre os principais insumos de produção da Divisão Madeira a madeira, resinas, papéis e energia elétrica. Na Divisão Deca, os principais insumos são mão de obra e metais, em especial liga de cobre. A Elekeiroz atua no setor químico, que apresenta como característica a integração da cadeia produtiva, com os produtores de segunda geração integrados às centrais petroquímicas. O site industrial localizado no pólo petroquímico de Camaçari está ligado por dutos à central petroquímica local (Braskem) e aos fornecedores de gases industriais e gás natural. A Elekeiroz possui contratos que garantem o fornecimento de matérias-primas (propeno e orto-xileno) e utilidades (vapor, gás, água tratada), porém eventuais falhas no fornecimento decorrentes de problemas nas unidades dos fornecedores ou a interrupção do fornecimento por qualquer outro motivo, como a não renovação dos contratos, podem resultar na indisponibilidade destes insumos e consequentemente obrigar a Elekeiroz a reduzir ou até mesmo paralisar sua produção, com efeitos negativos sobre seus resultados operacionais e, consequentemente, sobre os resultados da Itaúsa. Além disso, como é comum na cadeia produtiva da indústria química, um único insumo base é bastante relevante na composição de custos da Elekeiroz. O principal insumo da Elekeiroz é o propeno, adquirido da Braskem e utilizado na fabricação dos oxoalcoois, que são vendidos ao mercado ou utilizados pela Elekeiroz na fabricação de plastificantes. Em 2009, esse insumo respondeu por 23% do custo total dos produtos vendidos da Elekeiroz. A volatilidade nos preços deste insumo nos mercados internacionais, e da taxa de câmbio R$/US$, podem resultar em variações significativas nos custos da Elekeiroz. Na impossibilidade de repasse aos preços de vendas, os eventuais aumentos no preço do propeno ou de outros insumos relevantes, entre os quais enxofre, 14

ortoxileno, benzeno, gás natural e energia elétrica, podem afetar adversa e substancialmente o resultado da Elekeiroz, com reflexos, em menor grau, nos resultados da Itaúsa. O mercado mundial de unidades de processamento de dados (processadores), utilizados pela Itautec na fabricação de seus produtos, é representado por dois grandes fabricantes, sendo que um desses fabricantes detém parcela substancial do mercado. Na ausência de fornecimento por esse fabricante, o mercado mundial será afetado, o que poderá obrigar a Itautec a reduzir ou até mesmo paralisar sua produção, com efeitos substancialmente adversos sobre seus resultados operacionais e, em menor grau, nos resultados da Itaúsa. Além disso, no segmento de sistemas operacionais, um grande fabricante detém parcela substancial do mercado com a comercialização de licenças de uso, sendo que eventuais restrições no fornecimento de tais licenças à Itautec poderá acarretar dificuldades competitivas para a Itautec, se as alternativas disponíveis não forem julgadas satisfatórias pela totalidade do mercado. f) A seus clientes Introdução Como a Itaúsa é uma sociedade de participações, ela não está exposta a riscos, relacionados com seus clientes, que possam influenciar a decisão de investimento nos valores mobiliários da Itaúsa. No entanto, controladas da Itaúsa atuam em diversos setores e estão expostas a riscos relacionados a seus respectivos clientes. Alterações no perfil dos negócios do Itaú Unibanco Holding podem afetar negativamente sua carteira de crédito e, por consequência, os resultados da Itaúsa. Em 31 de dezembro de 2009, a carteira de crédito e financiamento consolidada do Itaú Unibanco Holding era de R$245.951 milhões, comparado a R$241.043 milhões em 31 de dezembro de 2008. Seu saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa era de R$ 24.052 milhões, representando 9,8% de sua carteira de crédito total em 31 de dezembro de 2009, comparada a R$19.972 milhões, representando 8,3 % de sua carteira de crédito total em 31 de dezembro de 2008. A qualidade da carteira de crédito consolidada do Itaú Unibanco Holding está sujeita a alterações no perfil de seus negócios, as quais podem resultar de crescimento orgânico ou de aquisições e depende da situação econômica nacional e, em menor grau, da internacional. Alterações negativas que afetem qualquer dos setores aos quais o Itaú Unibanco Holding tem exposição de crédito significativa, eventos políticos dentro e fora do Brasil ou a variabilidade da atividade econômica podem ter um impacto negativo em seus negócios e resultados operacionais e, por consequência, nos resultados da Itaúsa. Adicionalmente, a experiência histórica de perdas de crédito pode não ser indicativa de perdas de crédito futuras. Além disso, a estratégia do Itaú Unibanco Holding inclui esforços para expandir significativamente a sua carteira de crédito, bem como aumentar o número de clientes, principalmente pessoas físicas e as pequenas e médias empresas do mercado. Determinados produtos financeiros oferecidos a pessoas físicas e outros clientes geralmente se caracterizam por margens mais elevadas, bem como por maiores riscos de inadimplência. Um futuro aumento da carteira de crédito do Itaú Unibanco Holding, bem como um direcionamento para produtos de maiores margens e de maior risco, poderia resultar em taxas de inadimplência maiores, o que poderia ter um efeito adverso relevante sobre sua situação financeira e resultados de suas operações e, por consequência, nos resultados da Itaúsa. A Itaúsa e suas controladas e coligadas podem incorrer em perdas associadas com riscos de exposição de contrapartes. A Itaúsa e suas controladas e coligadas estão sujeitas à possibilidade de que suas contrapartes não honrem suas obrigações contratuais. Estas contrapartes podem não cumprir com suas obrigações devido à falência, à falta de liquidez, falha operacional ou por outros motivos. Este risco pode surgir, por exemplo, quando as controladas e coligadas da Itaúsa contratam seguro ou resseguro, concedem linhas de crédito ou celebram outros contratos nos quais as contrapartes têm a obrigação de fazer pagamentos, tais como contratos de compra e venda ou prestação de serviços firmados pelas controladas ou coligadas da Itaúsa que operam no ramo industrial. Esse risco também pode surgir, por exemplo, quando a Itaúsa ou suas controladas e coligadas executam operações no mercado de câmbio ou de outros ativos, que venham a não ser liquidados no momento requerido devido à não entrega pela contraparte ou à falha de sistemas de compensação pelos agentes de câmbio, de câmaras de compensação ou de outros intermediários financeiros. Além disso, a Itaúsa e suas controladas e coligadas frequentemente transacionam com contrapartes na indústria de serviços 15

financeiros, incluindo corretores e comerciantes, bancos comerciais, bancos de investimento, fundos mútuos e de hedge, entre outros clientes institucionais. Algumas de nossas principais controladas apresentam alto índice de concentração de vendas, o que as expõem a risco de redução súbita de demanda. Em 2009, os vinte maiores clientes da Duratex responderam por aproximadamente 30% de suas vendas. A perda de qualquer grande cliente, a redução no volume de suas compras ou a deterioração em sua capacidade financeira pode afetar adversamente os negócios e resultados operacionais e financeiros da Duratex, com reflexos, em menor grau, nos resultados da Itaúsa. Além disso, o relacionamento comercial da Duratex normalmente não é regido por contratos, mas sim pela dinâmica baseada nas condições de oferta e demanda. Desta forma, clientes eventuais podem ter uma maior dificuldade de abastecimento em momentos de mercado muito aquecido ou clientes podem passar a se abastecer com concorrentes. Adicionalmente, parcela substancial da receita da Itautec é representada por vendas realizadas para empresas controladas pelo Itaú Unibanco Holding, sendo que, em 2009, essa parcela representou 21% da receita bruta consolidada da Itautec e suas controladas. Eventuais reduções súbitas na demanda por parte de referidas empresas pode afetar adversamente os negócios e resultados operacionais e financeiros da Itautec, com reflexos, em menor grau, nos resultados da Itaúsa, caso não seja possível redirecionar a produção para outros clientes. g) Aos setores da economia nos quais o emissor atue Introdução Como a Itaúsa é uma sociedade de participações, não atua diretamente em um setor da economia. No entanto, as principais controladas e coligadas da Itaúsa atuam em diversos setores, como os setores financeiro, imobiliário, indústria de painéis de madeira, louças e metais sanitários, química, e eletrônica. O governo brasileiro exerceu, e continua a exercer, influência sobre a economia brasileira. Essa influência e as condições política e econômica brasileiras podem afetar adversamente os negócios, a situação financeira e resultados da Itaúsa e de suas controladas e coligadas. O governo brasileiro frequentemente intervém na economia brasileira e realiza mudanças nas políticas e nas regulamentações. As medidas tomadas pelo governo brasileiro já envolveram, no passado, entre outras medidas, aumentos nas taxas de juros, mudanças na política fiscal, controle de preços, controles de limite de capital e restrições a determinadas importações e, antes da implantação do atual regime de câmbio flutuante, desvalorizações da moeda. Os negócios, situação financeira e resultados da Itaúsa poderão ser negativamente afetados de modo relevante por mudanças na política ou nas regulamentações que envolvem ou afetam fatores como: taxas de juros; compulsório; requerimentos de capital, liquidez e mercado de crédito; crescimento da economia, inflação e volatilidade cambial; políticas e regras fiscais; controles cambiais e outras restrições sobre remessas para o exterior; aumentos nas taxas de desemprego, reduções nos salários e níveis de renda e outros fatores que influenciam a capacidade dos clientes das controladas e coligadas da Itaúsa de cumprirem suas obrigações; e outros desdobramentos políticos, sociais e econômicos no Brasil. Como controladora de bancos no Brasil, a maioria das receitas, despesas, ativos e passivo da Itaúsa estão diretamente atrelados às taxas de juros. Portanto, os resultados das operações e situação financeira do Itaú Unibanco Holding e da Itaúsa são significativamente afetados pela inflação, flutuações nas taxas de juros e de políticas monetárias relacionadas, que podem ter um efeito material adverso sobre o crescimento da economia brasileira e sobre o Itaú Unibanco Holding, incluindo sua carteira de crédito, seu custo de captação e sua receita de operações de crédito e, por consequência, um efeito adverso relevante sobre os resultados da Itaúsa. Adicionalmente, mudanças nas administrações podem resultar em mudanças nas políticas governamentais que podem afetar a Itaúsa. A incerteza sobre se o governo brasileiro no futuro implantará 16