Introdução à Eucaliptocultura 11ª. Reunião de Atualização em Eucaliptocultura 9 a 11 de Novembro de 2.010
Introdução à Eucaliptocultura - Potencial Plantadas; Econômico das Florestas - Importância Brasil; do Gênero Eucalyptus no - Importância do cultivo do Eucalyptus
Potencial Econômico das Florestas Plantadas!
Setor Florestal Mundial! 5% Plantada 35% 95% Nativa Plantada 65% Nativa Cobertura Florestal Suprimento Madeira
Uso do Solo no Brasil! Agricultura 10% Pastagens 20% Outros 9% Florestas Plantadas 1% Florestas em Regeneração 18% Florestas Naturais 42% Na verdade 0.6 % - 4% do PIB (US$ 21 bilhões) - Exportações US$ 5.4 bilhões (10%) - Empregos: 2 milhões - > 70% $ Oriundo das Florestas Plantadas
Florestas Plantadas = 100.000 ha 3.0 milhões ha Eucalyptus 1.8 milhões ha Pinus
Uso e Consumo de Madeira no Brasil - 300 milhões de m³ por ano: 200 milhões de m³ Nativas 100 milhões de m³ Plantadas ORIGEM Florestas Nativas Lenha Carvão USOS DA MADEIRA Serraria, Laminação,Compensados Florestas Plantadas Lenha Carvão Celulose Serraria, Laminação,Compensados Postes, Cercas, Mourões Construção Civil
Uso e Demanda de Madeira em São Paulo Exemplo: - 21 milhões m³/ ano: 8 milhões m³ Celulose e Papel 11 milhões m³ Energia/Carvão 2 milhões m³ Estruturas - Produtividade Média 20 m³/ha/ano - Área Reflorestada de 800.000 ha - Produção: 16 milhões m³/ ano - Déficit 5 milhões m³/ano (IMPORTADOR)
Déficit de 5 milhões m 3 /ano... Estratégias p/ auto-suficiência em madeira? - Aumentar a produtividade das florestas plantadas. - Aumentar a área plantada em propriedades agrícolas (estímulo).
Importância do Gênero do Eucalyptus 1. Introdução do Gênero - Principais demandas - Seleção do material 2. Características do Gênero: - Adaptabilidade - Diversidade
Reflorestamentos em São Paulo Grande potencial de área p/ as florestas plantadas Mesmo onde há plantios a oferta é baixa pelo elevado consumo
Características do Eucalyptus Ótima adaptação edafoclimática no Brasil!
Espécies e Procedências de Eucalyptus
- Antes de 1900 Eucalyptus ornamentação - Em 1904 Necessidade de madeira para Locomotivas e dormentes (CPEF FEPASA) - Dr. Edmundo Navarro Andrade viaja à Austrália e ganha 155 espécies Eucalyptus de J.Maiden do Jardim Botânico de Sydney - Testa todas as espécies, além de inúmeras nativas e conclue que o Eucalyptus era a melhor opção para a Compania (E.saligna, E.alba e E.citriodora)
Dr. Navarro em 1925
- De 1920 a 1960 Lenta expansão do plantio de para lenha, carvão e Celulose/Papel após 1954 (Compania Suzano) (400.000 ha) - De 1965 a 1985 Incentivo Fiscal para plantio de matéria-prima visando desenvolvimento de Indústrias de Base Florestal visando substituir importações - Escolas (UFV, UFPr, USP) e Institutos Floretais (IPEF, SIF, FUPEF) e estudos de adaptabilidade a nível nacional
7000 6000 5000 4000 3000 Pinus Others 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 2000 1000 0 Plantios de sementes Year Eucalyptus 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1967 1968 1969 Accum ulated P lanted Area (1000 ha)
Características do Eucalyptus Alta diversidade de espécies!
- Melhoramento Estabelecimento Áreas de Produção de Sementes e Pomares de Sementes - 1970 Introdução E.grandis Coff s Harbour - 1974 Inicia-se a propagação clonal na Aracruz, ES, usando híbridos naturais de E. grandis x urophylla resistentes ao cancro (Cryphonectria resistance) - 1980 Amplo resgate genético (EMBRAPA e Empresas) de 40 espécies e inúmeras procedências na Australia (CSIRO)
Espécie Uso Densidade Altura Floração Clima E. benthami celulose 0,55-0,65 g/cm³ 25 a 40 metros Março a Maio subtropical E. botryoides construção 0,70-0,75 g/cm³ 15 a 25 metros Dezembro a Março subtropical E. deanei construção 0,50-0,65 g/cm³ 30 a 60 metros Março a Maio subtropical E. dunnii construção 0,60-0,70 g/cm³ 30 a 60 metros Abril a Junho subtropical E. globulus celulose e óleo 0,55-0,65 g/cm³ 20 a 50 metros Setembro a Dezembro subtropical E. maculata construção 0,75-0,85 g/cm³ 25 a 40 metros Maio a Setembro subtropical E. melliodora construção e mel 0,55-0,70 g/cm³ 15 a 20 metros Setembro a Fevereiro subtropical E. microcorys construção e móveis 0,55-0,70 g/cm³ 25 a 55 metros Agosto a Dezembro subtropical E. nitens celulose e móveis 0,45-0,55 g/cm³ 30 a 60 metros Janeiro a Março subtropical E. pilulares construção e carvão 0,60-0,70 g/cm3 25 a 60 metros Dezembro a Março subtropical E. propinqua construção 0,75-0,85 g/cm³ 25 a 40 metros Janeiro a Abril subtropical E. punctata construção 0,55-0,70 g/cm³ 15 a 30 metros Dezembro a Abril subtropical E. saligna celulose e construção 0,50-0,65 g/cm³ 25 a 50 metros Janeiro a Abril subtropical E. viminalis celulose 0,45-0,55 g/cm³ 25 a 45 metros Janeiro a Maio subtropical E. umbra construção 0,55-0,65 g/cm³ 10 a 25 metros Setembro a Dezembro subtropical a tropical E. camaldulensis construção e carvão 0,70-0,75 g/cm3 20 a 30 metros Dezembro a Abril subtropical e tropical E. dunnii x urophylla construção e carvão 0,65 a 0,75 g/cm³ 20 a 40 metros Abril a Junho subtropical e tropical E. grandis celulose e serraria 0,45-0,55 g/cm³ 30 a 60 metros Abril a Agosto subtropical e tropical E. grandis x camaldulensis construção e carvão 0,60-0,70 g/cm³ 25 a 35 metros Janeiro a Março subtropical e tropical E. paniculata construção e carvão 0,80-1,10 g/cm³ 25 a 40 metros Maio a Dezembro subtropical e tropical E. phaeotricha construção e móveis 0,50-0,60 g/gm³ 15 a 30 metros Janeiro a Fevereiro subtropical e tropical E. resinifera construção 0,70-0,85 g/cm³ 25 a 40 metros Outubro a Fevereiro subtropical e tropical E. robusta construção 0,60-0,75 g/cm³ 20 a 25 metros Maio a Setembro subtropical e tropical E. brassiana lenha e carvão 0,60-0,70 g/cm³ 15 a 20 metros Dezembro a Abril tropical E. citriodora construção e óleo 0,75-0,85 g/cm³ 20 a 40 metros Junho a Novembro tropical E. cloeziana construção e carvão 0,70-0,80 g/cm³ 25 a 45 metros novembro a fevereiro tropical E. deglupta Móveis e mel 0,45-0,60 g/cm³ 30 a 50 metros Janeiro a Maio Tropical E. exserta construção e lenha 0,70-0,75 g/cm³ 15 a 25 metros novembro a fevereiro tropical E. pellita construção e carvão 0,65-0,75 g/cm³ 15 a 30 metros Dezembro a Fevereiro tropical E. ptychocarpa ornamental e mel 0,60-0,70 g/cm³ 10 a 15 metros Janeiro a Março tropical E. tereticornis construção e carvão 0,70-0,80 g/cm³ 20 a 40 metros Junho a Novembro tropical E. torelliana construção, carvão e mel 0,70-0,75 g/cm3 15 a 25 metros Maio a Outubro tropical E. urophylla construção, celulose e mel 0,50-0,60 g/cm³ 25 a 45 metros Dezembro a Maio tropical
E.grandis Coff s Harbour E.grandis Atherton
Características do Eucalyptus Espécies pioneiras (rápido crescimento) + Talhadia = manejo da brotação
-Espécies Pioneiras (Rápido Crescimento): Celulose = 6/7 anos Energia, lenha e construção civil = 4 6 anos Serraria e estruturas = 10 20 anos 6 anos 4 anos 1965 12 m³ ha - 1 ano - 1 = 72 m 3 2000 s 80 m³ ha - 1 ano -1 = 240 m 3
Eucalyptus: Sistema Silvicultural Talhadia - Condução das brotações
0 a 6 anos 6 / 8º ano
Características do Eucalyptus Grande potencial de uso (versatilidade)! USOS MÚLTIPLOS: celulose, energia (lenha e carvão), serraria, mel, óleo essencial, ornamentação, mourões, estruturas e movelaria!
Eucalyptus Exemplos de Uso da Madeira: - Energia (lenha e carvão) - Fonte de C (carvão) - Fonte de Fibra Curta (Celulose/Papel) - Madeira Roliça (mourões e postes) - Madeira Serrada (estrutura, móveis) - Densidade: 0.45 a 0.85 g/cm³
Eucalyptus
E. citriodora Óleo Essencial
Mel
Importância do Cultivo do Eucalyptus 1. Aumento produtividade: - Tecnologia - Bom Manejo Florestal 2. Aumento área plantada: - Extensão
Considerações Finais... A demanda por madeira no Brasil é um fato crescente (ótimo mercado). O cultivo do Eucalyptus é uma alternativa econômica para o produtor rural. Hoje é possível obter florestas plantadas de alta produtividade e com usos múltiplos. O aumento das florestas plantadas contribui significativamente para a conservação das nativas. A extensão é fundamental para os produtores rurais aprimorarem os conhecimentos técnicos e silviculturais sobre a cultura doeucalyptus.
Obrigado! Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi/SP