PAEL. EXECUÇÃO e ACOMPANHAMENTO Município do Fundão. Departamento de Administração Finanças

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Transcrição:

PAEL EXECUÇÃO e ACOMPANHAMENTO 2016

1. Introdução Este relatório dá cumprimento ao estipulado na alínea a) do n.º1 do artigo 12.º da lei n.º 43/12 de 28 de Agosto, regulamentada pela Portaria n.º 281-A/2012 de 14 de Setembro, quanto ao acompanhamento e monitorização do Programa de Apoio á Economia Local, doravante designado por PAEL, mais concretamente ao Plano de Ajustamento Financeiro (PAF), programa decorrente e obrigatório para a celebração do empréstimo do PAEL, que teve como finalidade o pagamento de divida anterior a 2012. Visa também este relatório, para além de abordar as medidas constantes no PAEL, referenciar a evolução das principais receitas e despesas do Orçamento e ainda a evolução da dívida, proporcionando um resumo da situação Financeira atual da Câmara Municipal, isto porque, a gestão Financeira do Município é mais complexa e abrangente do que as medidas estipuladas no PAF, sendo certo, que os indicadores vertidos no PAF, bem como, as projeções futuras, tiveram em conta uma conjuntura interna, baseada nas contas do Município do Ano 2011 e 2012. Página 2 de 20

2. Execução e Acompanhamento 2.1 EMPRESTIMOS A adesão ao PAEL, proporcionou a candidatura a empréstimos para pagamento de dividas e levou a vinculação a um programa de ajustamento Financeiro que terá a mesma duração que o cronograma de amortização do empréstimo celebrado com o Estado central, ou seja, 20 anos. Para além do empréstimo do PAEL, foram ainda celebrados quatro empréstimos, tendo como finalidade e designação, Saneamento Financeiro. Estes empréstimos foram indexados ao programa de adesão ao PAEL. 2.1.1 Empréstimo PAEL Não existindo período de carência, o Município procedeu até a data ao pagamento das primeiras amortizações do empréstimo no valor de 6.128.257,15 A 31 de Dezembro de 2016 o valor em divida com o empréstimo PAEL totalizava 30.642.442,07. Quadro I: Amortização do empréstimo referente ao PAEL: Mai-13 Nov-13 Mai-14 Nov-14 Mai-15 Nov-15 Jan-16 Mai-16 Amortização 551.667,69 928.693,12 928.693,12 928.693,12 928.693,12 928.693,12 4.565,00 928.558,86 Capital em divida 36.219.032 35.290.338 34.361.645 33.432.952 32.504.259 31.575.566 31.571.001 30.642.442 Página 3 de 20

2.1.2 Empréstimo de Saneamento A adesão ao PAEL foi complementada com a contratação de quatro empréstimos no âmbito de uma operação de Saneamento Financeiro, de forma a reprogramar a dívida remanescente, num valor total de 11.500.000,00. Foram consultadas diversas entidades bancárias, tendo sido contratado os referidos empréstimos à Caixa Geral de Depósitos, à Caixa de Crédito Agrícola, ao BPI e ao Millennium BCP: Quadro II: Amortização dos empréstimos de Saneamento Financeiro: A 31 de Dezembro 2016, o valor em divida com os empréstimos de saneamento totalizava 9.762.873,73 Bancos Amortização - 2016 Juro - 2016 Capital em divida 227 272,69 78 775,26 1 912 878,90 117 537,09 55 022,62 1 216 867,81 150 985,68 122 984,40 1 777 801,10 475 782,81 204 584,55 4 855 325,92 Página 4 de 20

2.2 PAGAMENTOS EM ATRASO O princípio fundamental da LCPA, e constante do artigo 7º da lei, é que A execução orçamental não pode conduzir, em qualquer momento, a um aumento dos pagamentos em atraso, e para efeitos do disposto no referido artigo no final de cada mês os pagamentos em atraso não podem ser superiores aos verificados no final do mês anterior (art.º 14º DL 127/2012 de 21 de junho). Á data de 31 de Dezembro de 2016, o valor dos Pagamentos em Atraso registados e reportados para a Direção Geral das Autarquias Locais eram nulos. Quadro III: Pagamentos em Atraso registados na DGAL: Após 90 dias Após 120 dias Após 240 dias Após 360 dias Valor Total 31/03/2012 209.859,90 1.300.949,91 1.501.969,89 39.124.425,06 42.137.204,76 31/03/2013 575.571,48 2.779.559,83 1.564.033,38 39.628.882,03 44.548.046,72 31/12/2014 0 0 0 0 0 31/12/2015 0 0 0 0 0 31/12/2016 0 0 0 0 0 2.3 CONTROLO E MONOTORIZAÇÂO DA MEDIDAS DO PAF/PAEL Neste ponto encontram-se vertidas medidas de contenção de despesa e de maximização de receita, desdobradas e alinhadas com o Plano de Ajustamento Financeiro apresentado e validado, pela DGAL e Tribunal de Contas, identificando-se medidas, podendo ser sempre adicionadas outras ou não, com os impactos verificados / esperados e as respetivas observações, bem como as que já se encontram em vigor. Desta forma, as medidas de otimização da receita e de redução/contenção da despesa, já implementadas e em implementação a 31 de Dezembro de 2016, são as seguintes: Página 5 de 20

AUMENTO DA RECEITA: Fixação nas taxas máximas do IMI: tendo em conta factores como o fim da isenções concedidas no último grande período de elevado índice de construção civil (2001-2005), o processo de reavaliação de imoveis pela Autoridade Tributaria, a proposta de correcção de coeficientes de localização á Comissão Nacional de Avaliação de Prédios, enviada para aprovação no fim de 2014 e ainda a defesa dos interesses da população do Concelho, decidiram os órgãos Municipais manter a taxa máxima do IMI nos níveis da taxa apresentada na data do contrato PAEL. A execução deste imposto no ano de 2016, no valor de 3.586.162,17, foi superior ao estimado no PAF, em 545.506,67. Quadro IV: evolução das receitas provenientes do IMI: 2011 2012 2013 2014 2015 2016 IMI 2.605.046,94 2.744.652,55 3.377.019,44 3.732.016,01 3.857.353,39 3 586 162,17 Fixação na taxa máxima da Derrama: tendo em conta a sua posição geográfica, o sente maior responsabilidade no apoio, requalificação e expansão das empresas, cuja sede se situa neste concelho e que, efetivamente, estruturam o tecido empresarial nele existente. Porém, relativamente a taxa, espera-se sempre um reflexo positivo, ano após ano, através da melhoria da conjuntura micro e macro económica e a respetiva reativação da atividade económica do concelho. Em 2016, o arrecadou cerca de 23.100,00 Página 6 de 20

Gráfico 1: evolução da derrama: 40 000,00 35 000,00 30 000,00 25 000,00 20 000,00 15 000,00 10 000,00 5 000,00 0,00 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Derrama Fixação nas taxas máximas da participação no IRS: manutenção das taxas máximas da participação no IRS prevista nos termos do artigo 20.º da Lei das Finanças Locais. Quadro V: evolução das receitas provenientes da participação fixa no IRS: 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Participação Fixa no IRS 210.348,00 573.140,00 573.140,00 593.188,00 746.237,00 748.901,00 Maximização dos preços cobrados pelo município: Em curso, verifica-se o estudo do setor do saneamento e a aplicação universal da respetiva disponibilidade. Também no sector dos resíduos sólidos confirma-se a aplicação universal e equitativa do utilizador-pagador. Valor dos resíduos sólidos 2011: 792.684,32 Valor dos resíduos sólidos 2012: 886.303,43 Valor dos resíduos sólidos 2013: 797.421,12 Valor dos resíduos sólidos 2014: 891.801,09 Valor dos resíduos sólidos 2015: 970.460,18 Valor dos resíduos sólidos 2016: 906.314,85 Página 7 de 20

Regista-se uma evolução positiva, desde de 2011, devido nomeadamente a eficiência da cobrança. Otimização e racionalização das taxas cobradas pelo município: atualização da respetiva tabela de taxas e licenças: Taxas, multas e outras penalidades 2013: 255.891,38 Taxas, multas e outras penalidades 2014: 394.332,41 Taxas, multas e outras penalidades 2015: 373.018,27 Taxas, multas e outras penalidades 2016: 371.642,94 Comparativamente com os anos pós PAEL, verificam-se valores superiores a 2013 e próximos de 2014, denotando-se assim um esforço na otimização da cobrança das taxas tendo em conta a complexidade do panorama socioeconómico do Concelho. Aperfeiçoamento dos processos e do controlo sobre os factos suscetíveis de gerarem a cobrança de taxas e preços municipais, bem como ao nível da aplicação de coimas e da promoção dos processos de execução fiscal a cargo do Município: Mercados e feiras 2013: 198.499,23 Mercados e feiras 2014: 249.527,47 Mercados e feiras 2015: 258.522,02 Mercados e feiras 2016: 217.654.18 Com a instalação do sistema de gestão de faturação (SGF) no final de 2013 e a dinamização de procedimentos de fiscalização, nomeadamente no setor dos mercados e feiras, conseguiu-se um aumento de receita. Venda de património Em 2016, o Município arrecadou 445.000,00 em vendas de bens de investimento Página 8 de 20

Gráfico 2: vendas de património 2011-2016: 2016 2015 2014 2013 venda de patrimonio 2012 2011 0 200000 400000 600000 Outras medidas com impacte no aumento da receita: Microgeração: Micogeração 2011 19.766,62 2012 169.389,47 2013 150.331,52 2014 148.710,99 2015 149.023,14 2016 112.414,61 Tendo em conta que para análise das medidas, foi tido em conta como ano base o ano de 2011, verifica-se ao longo dos anos uma evolução e um impacto positiva em termos de receita. Generg: Generg 2011 336.369,22 2012 408.383,08 2013 511.778,00 2014 540.030,09 Página 9 de 20

2015 512.781,13 2016 483.254,72 Mesmo com a redução de produção de energia por parte da Generg, existe um aumento de receita significativo entre 2011 e 2016 que demonstra que a medida foi cumprida, REDUÇÃO DA DESPESA: A integração do Município no PAEL deve permitir a racionalização de atividades que tenham impacto direto na diminuição de custos de funcionamento de infraestruturas municipais, salvaguardando apenas a prestação de serviços públicos que permitam assegurar as necessidades básicas da população. Redução/contenção/racionalização da despesa municipal com pessoal Tendo por base o ano 2013 (uma vez que em 2011 e 2012 existiram cortes nos subsídios) verifica-se uma diminuição significativa de cerca de 537.000. Em relação ao ano anterior, não obstante a reposição de cortes e actualização do salario mínimo, houve uma redução global de 245.794,42 Gráfico 3: Despesas com pessoal: 6200000 6100000 6000000 5900000 5800000 5700000 5600000 5500000 5400000 5300000 2013 2014 2015 2016 Despesas com o pessoal Página 10 de 20

Redução/contenção/racionalização da despesa municipal com aquisição de bens serviços correntes e de capital: A entrada em vigor da lei dos compromissos e pagamentos em atraso contribuiu decisivamente para o controlo e respetiva diminuição das aquisições de bens e serviços. Ano Aquisição de Bens e Serviços Aquisição de Bens de capital Total 2011 5.897.236,04 9.168.328,27 15.065.564,31 2012 6.436.274,51 8.765.861,07 15.202.135,58 2013 15.776.821,13 38.836.350,35 54.613.171,48 2014 6.386.711,68 3.983.018,14 10.369.729,82 2015 6 622 315,25 5 767 922,00 12 390 237,25 2016 6 536 177,66 1 882 870,57 8 419 048,23 Não tendo em conta o ano de 2013 (despesa inflacionada pelos pagamentos referentes ao PAEL e saneamento) existe uma diminuição de cerca de 45% em relação a 2012. Redução/contenção/racionalização da despesa municipal com transferências correntes e de capital: 2011: 2.686.232,87 2012: 2.350.772,73 2013: 3.602.519,52 (pagamentos efetuados através do PAEL) 2014: 2.395.701,10 2015: 2.093.051,13 2016: 2.596.772,56 O valor de 2016 ficou influenciado pelo pagamento do protocolo (no valor de 306.840,30) estabelecido com o Instituto Politécnico de Castelo Branco referente ao centro de biotecnologia de plantas da Beira Interior que transitou de 2015 para 2016. Redução/contenção/racionalização da despesa municipal com atividades que Página 11 de 20

tenham impacto direto na diminuição de custos de funcionamento de infraestruturas municipais: O atual executivo tem vindo a adotar medidas de contenção de despesa, realçando como exemplo a diminuição de faturação mensal com a limpeza e Higiene. Gráfico 4: evolução dos custos com limpeza e higiene: 3 000 000,00 2 500 000,00 2 000 000,00 1 500 000,00 Limpeza e Higiene 1 000 000,00 500 000,00 0,00 2012 2013 2014 2015 2016 Com a elaboração de estudo para a redução de custos e da limpeza urbana realizada pela Empresa Municipal conseguiu-se uma redução significativa da despesa na ordem de 1.000.000 euros de 2013 para 2016. Outras medidas com impacte na redução da despesa: Renegociação anuais de seguros Negociação para alteração e redução de custos de água e saneamento, em implementação, sendo que está, igualmente, a ser levada uma negociação entre todos os municípios integrantes do sistema multimunicipal das Aguas do Zêzere e Côa. Redução do custo do serviço de deposição, recolha e transporte de resíduos sólidos, com a renegociação anual do contrato e redução das tarifas em alta. Redução dos custos de transportes escolares, com a reorganização anual dos circuitos e utilização de meios próprios Página 12 de 20

2.4 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA RECEITA COMPARATIVO COM O PAF Relativamente á execução orçamental, apresentam-se os seguintes quadros: Quadro VI: Evolução das Receitas Correntes: Descrição plano de ajustamento Execução real 2016 Grau de Ano 2016 execução Impostos diretos 4 651 570,40 4 783 871,55 103% Impostos indiretos 712 870,34 148 938,06 21% Taxas, multas e outras penalidades 464 099,25 371 642,94 80% Rendimentos da propriedade 1 370 590,72 2 031 422,20 148% Transferências correntes 7 706 167,23 10 709 017,31 139% Venda de bens e serviços correntes 2 761 852,53 2 870 536,88 104% Outras receitas correntes 1 500 855,13 309 843,63 21% Receitas correntes 19 168 005,60 21 225 272,57 111% Gráfico 5: Evolução das Receitas Corrente, por capítulo 12 000 000,00 10 000 000,00 8 000 000,00 6 000 000,00 4 000 000,00 2 000 000,00 0,00 valores candidatura 2016 Execução real 2016 Em 2016, a taxa de execução das receitas correntes face ao previsto é de 111%. Destaca-se pela negativa a arrecadação de receitas provenientes dos impostos indireto. Independentemente das medidas implementadas de atracção de investimento, o impacto obtido ainda não atingiu os valores previstos no PAF. Também existe um desvio significativo no que respeita às outras receitas correntes. Porem essa diferença é compensada pelo valor Página 13 de 20

obtido nos rendimentos de propriedade, dado se ter alterado a respetiva classificação da receita após elaboração do PAF. Quadro VII: Evolução das Receitas de capital: Descrição plano de ajustamento Execução real 2016 Grau de Ano 2016 execução Venda de bens de investimento 100 000,00 445 000,00 445% Transferências de capital 3 933 382,99 2 165 885,03 55% Ativos financeiros 0,00 2 994,59 n.a Passivos financeiros 0,00 1 740 000,00 n.a Outras receitas de capital 500 000,00 169 421,21 34% Receitas de capital 4 533 382,99 4 523 300,83 100% Gráfico 6: Evolução das Receitas de capital, por capítulo 4 000 000,00 3 500 000,00 3 000 000,00 2 500 000,00 2 000 000,00 1 500 000,00 1 000 000,00 500 000,00 0,00 valores candidatura 2016 execução real 2016 Ao nível das receitas de capital conseguiu-se atingir uma taxa de execução de 100% relativamente ao estimado no PAF. Página 14 de 20

2.5 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA COMPARATIVO COM O PAF Quadro VIII: Evolução das Despesas Correntes: Descrição plano de ajustamento Execução real 2016 Grau de Ano 2016 execução Despesa com Pessoal 5 392 396,80 5 626 791,13 104% Aquisição de bens e serviços 7 043 086,86 6 536 177,66 93% Juros e outros encargos 2 368 562,15 1 800 791,65 76% Transferências correntes 485 676,94 1 114 791,70 230% Subsídios 0,00 0,00 n.a Outras despesas correntes 0,00 161 266,33 n.a Despesas correntes 15 289 722,75 15 239 818,47 100% Gráfico 7: Evolução da despesa Corrente, por capítulo 8 000 000,00 7 000 000,00 6 000 000,00 5 000 000,00 4 000 000,00 3 000 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 0,00 valores candidatura 2016 execução real 2016 Em 2016, obteve-se um nível mais que satisfatório de execução ao nível das despesas correntes, com uma taxa de 100%, ficando superado o objetivo de redução de despesa. O desvio significativo nas transferências corrente justifica-se pelo facto das mesmas terem sido classificadas noutra rubrica na elaboração do PAF. Página 15 de 20

Quadro IX: Evolução das Despesas de capital: Descrição plano de ajustamento Execução real 2016 Grau de Ano 2016 execução Aquisição de Bens de capital 1 423 498,11 1 882 870,57 132% Transferências de capital 1 354 416,11 1 481 980,86 109% Activos financeiros 0,00 79 816,50 n.a Passivos financeiros 5 439 289,52 7 130 063,51 131% Despesas de capital 8 217 203,75 10 574 731,44 129% Gráfico 8: Evolução da despesa de capital, por capítulo 8 000 000,00 7 000 000,00 6 000 000,00 5 000 000,00 4 000 000,00 3 000 000,00 2 000 000,00 1 000 000,00 0,00 valores candidatura 2016 execução real 2016 Ao nível das despesas de capital, verifica-se que o volume de despesa em aquisição de bens de capital influenciou a taxa de execução global, onde a divergência provem essencialmente do aumento do investimento, fruto de projetos comparticipados com financiamento de 1.202.3019,03, pelo que o valor do investimento líquido é de 680.551,54. De referir, que a divergência na rubrica passivos financeiro se deve a contratação do empréstimo de curto prazo ( 1.740.000,00). Também existe um desvio relevante nos ativos financeiros cuja origem se prende com o Fundo de Apoio Municipal que não existia quando foi elaborado o PAF. Página 16 de 20

Quadro X: Total da receita e da Despesa: Descrição plano de ajustamento Ano 2016 Execução real 2016 Diferença Total receitas 23 701 388,59 25 748 573,40 2 047 184,81 Total despesa 23 506 926,50 25 814 549,91-2 307 623,41 Verifica-se, no geral, um aumento da receita e da despesa, (quadro X) porque na elaboração do PAF apenas se considerou nas despesas o valor do autofinanciamento, uma vez que, no lado das receitas também não foram consideradas as receitas provenientes das comparticipações. Globalmente, e tendo em conta todos os desvios, evidencia-se uma execução orçamental que cumpre com os valores estimados no Plano de Ajustamento Financeiro. 2.5 EVOLUÇÃO DA DIVIDA: Quadro XI: Evolução da divida: MAPA PREVISIONAL DA EVOLUÇÃO DÍVIDA POR CURTO E MÉDIO E LONGO PRAZO Descrição 2015 2016 Redução Dívida de Curto prazo Empréstimos de CP 0 0 0 Empréstimos de MLP - Valor exigível a CP Valor transferido para Empréstimos medio e longo prazo Outra 3 054 451 2 750 225-304 226 Fornecedores c/c 924 184 846 240-77 943 Fornecedores de imobilizado c/c 414 156 765 753 351 596 Estado e Outros Entes Públicos 90 046 74 457-15 589 Clientes, contribuintes e utentes 0 0 0 Administração autárquica 119 219 114 983-4 237 Outros credores 1 506 845 948 792-558 053 Subtotal Curto prazo 3 054 451 2 750 225-304 226 Dívida de Médio e longo prazo Empréstimos 67 067 240,56 61 672 612-5 394 628 Página 17 de 20

No âmbito do PAEL 31 575 566 30 642 442-933 124 Outros empréstimos de médio/longo prazo 35 491 675 31 030 170-4 461 505 Outra 2 344 635 2 011 885-332 750 Fornecedores c/c 0 0 0 Fornecedores de imobilizado c/c 0 0 0 Estado e Outros Entes Públicos 0 0 0 Clientes, contribuintes e utentes 0 0 0 Administração autárquica 0 0 0 Outros credores 2 344 635 2 011 885-332 750 Subtotal Médio e longo prazo 69 411 875 63 684 497-5 727 379 Total da dívida 72 466 326 66 434 721-6 031 605 Gráfico 9: Evolução da Divida 90 000 000 85 000 000 86 733 468 80 000 000 81 905 029 75 000 000 77 177 278 70 000 000 72 466 326 65 000 000 66 434 721 60 000 000 2012 2013 2014 2015 2016 Numa breve análise ao quadro e gráfico supra referenciados, verifica-se em quatro anos, por força do PAF, uma redução de 20 Milhões. O montante verificado em 31-12-2016 ascende a 66.434.721 representando uma diminuição de 6.000.000 relativamente ao ano anterior. Página 18 de 20

Através do quadro XII, e retirando os valores que transitaram de operações de tesouraria assim como o valor referente ao FAM, verifica-se uma redução da divida ainda maior, superando assim o objectivo estabelecido no PAF. Quadro XII: valores da divida excluindo os valores refentes ao FAM e OT Descrição Valores PAF 2015 Valores executados 2016 Total da divida 65 522 881,74 66 434 721,44 Operações de Tesouraria (OT) - -293 589,50 Fundo de apoio Municipal (FAM) - -877 979,80 Total 65 522 881,74 65 263 152,14 Página 19 de 20

3. Conclusão. As medidas vertidas no Plano de Ajustamento Financeiro, demonstraram que o recurso ao PAEL, para além de ter garantido ao a reestruturação do seu passivo de curto prazo, foi um mecanismo eficaz no sentido de garantir a curto/médio prazo o equilíbrio estrutural financeiro da autarquia. A celebração do contrato de empréstimo com o estado, no âmbito do PAEL, permitiu repor os prazos normais de pagamento a terceiros, em cumprimento com o disposto na Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso. Após esta análise, conclui-se que ao longo do ano 2016 o cumprimento do plano de ajustamento financeiro nunca foi posto em causa e que o mesmo está a ser executado dentro dos requisitos apresentados aquando a sua elaboração, assegurando um bom nível de adequação financeira ao. De facto, tendo o plano de ajustamento tomado como princípios fundamentais a prudência e o conservadorismo, o cumprir das linhas orientadoras nela vertidas, pelos órgãos autárquicos, permitiu ao longo do presente ano uma evolução favorável da situação económico financeiro do Município, potenciando claramente o desenvolvimento do concelho. O continua a cumprir todas as contingências patenteadas no PAF, tendo sempre como objetivo o processo de ajustamento, de maximização da receita e de minimização da despesa, obtendo um cash-flow positivo e não condicionando a realização dos investimentos. Através de uma análise casuística e exaustiva dos projetos dos investimentos e atividades previstas, é possível proceder a uma ação de priorização dos investimentos e das atividades municipais, de modo a que não possam surgir desvios significativos no orçamento municipal e permitir que o PAF aprovado possa manter o seu equilíbrio. ORGÃO EXECUTIVO Em de de 2015 ORGÃO DELIBERATIVO Em de de 2015 Página 20 de 20