Senhores Accionistas,



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Transcrição:

Relatório de Gestão

Senhores Accionistas, É com muito prazer que submetemos à vossa apreciação o relatório consolidado de gestão, as demonstrações financeiras consolidadas e os anexos correspondentes, de acordo com o estabelecido na legislação aplicável. 1. INTRODUÇÃO A economia portuguesa praticamente estagnou em 2005. A falta de confiança dos consumidores e dos outros agentes económicos, a perda de competitividade em mercados externos e o aumento do preço do petróleo, muito contribuíram para um enquadramento macro-económico pouco favorável para as empresas do sector de bebidas. Recentemente, o tema da nutrição e dos estilos de vida tem ganho relevância para os consumidores e merecido bastante destaque nos meios de comunicação social. Na discussão deste tema, têm algumas entidades procurado estabelecer uma relação exclusiva entre o consumo de determinados alimentos e bebidas e a obesidade, em particular, a obesidade infantil. É hoje conhecido que a obesidade tem diversas causas, sendo a principal o insuficiente nível de actividade física. Considerando o impacto na saúde pública, o tema da nutrição e dos estilos de vida tem que ser abordado de uma forma prioritária e objectiva por todas as partes interessadas, nomeadamente, as empresas do sector e as associações que as representam. A conjugação da evolução macro-económica acima referida, com o efeito negativo resultante da associação da obesidade ao consumo de refrigerantes e de néctares, implicou um decréscimo dos volumes destas categorias de produtos. O mercado da cerveja, menos afectado pelo tema da obesidade e beneficiando de um elevado nível de inovação promovido pelos dois principais operadores, manteve-se estável. O mercado das águas, tirando partido da ausência de teor calórico neste tipo de produtos, manteve uma taxa de crescimento forte. Em resposta ao desafio estratégico do crescimento e do aumento da rendibilidade e perante a intenção vendedora do accionista da Compal e da Nutricafés, a Sumolis propôs à Caixa Desenvolvimento a aquisição de 100% do capital social daquelas sociedades. Com este fim foi constituída, em finais de 2005, a Inbepor, detida em 20% pela Sumolis e em 80% pela Caixa Desenvolvimento, sociedade que adquiriu a totalidade do capital social da Compal e da Nutricafés. A Sumolis e a Caixa Desenvolvimento acordaram analisar a fusão ou operação equivalente da Sumolis com a Compal, submetendo esta operação à apreciação da Autoridade da Concorrência. Nos pontos seguintes deste relatório serão analisadas as evoluções dos mercados de bebidas onde a Sumolis opera, os nossos desempenhos e desenvolvimentos naqueles mercados e a evolução previsível do Grupo. 2005 Total Mercado Volume (milhões litros) Variação s/ano anterior (em %) 2. MERCADOS DE BEBIDAS EM PORTUGAL O volume total dos mercados de bebidas de alta rotação em que o Grupo Sumol actua, ou seja, mercados de refrigerantes, sumos e néctares, águas engarrafadas e cervejas, situou-se nos 2.431 milhões de litros no ano em análise face a 2.364 milhões de litros no ano anterior, reflectindo um crescimento de 2,8%. A categoria com maior peso na actividade do Grupo, refrigerantes, registou um decréscimo de 2,1%, apresentando um volume total de 803 milhões de litros. O volume dos refrigerantes com gás decresceu 4,8% e o dos sem gás cresceu 2,8%. Com este comportamento a repartição desta categoria de produtos ficou em 62,7% para os primeiros e 37,3% para os últimos. Dentro dos refrigerantes com gás o sabor cola é o que tem maior volume (211 milhões de litros), seguido dos sabores de frutas (194 milhões de litros) e do sabor de lima-limão (72,4 milhões de litros). Todos estes sabores apresentaram comportamentos negativos. Dentro dos refrigerantes sem gás o maior subsegmento continua a ser o dos sabores de fruta (150 milhões de litros), seguido do Total Market Volume in Million liters Change over previous year (%) Refrigerantes 803-2,1% Softdrinks Águas Engarrafadas 868 10,3% Bottled waters Sumos e Néctares 106-6,7% Nectars and Juices Cerveja 655 0,2% Beers 2.431 2,9% 10

subsegmento dos iced teas (101 milhões de litros) e do subsegmento dos enriquecidos (48,0 milhões de litros). Quanto à evolução em volume, tendo em conta a importância dos vários tipos de embalagens de refrigerantes, as garrafas de PET decresceram 1,0% e representaram 58,2% do volume total de refrigerantes; as latas apresentaram um ligeiro incremento de 1,2%; as embalagens de cartão e de vidro reutilizável decresceram, respectivamente, 3,2% e 16,4%; e, por último, as embalagens destinadas ao consumo a copo bag-in-box e tanqueta e as de vidro de tara sem retorno mantiveram-se estáveis. O volume dos sumos e néctares foi de 106 milhões de litros, espelhando um decréscimo de 6,7%. Os néctares, que representaram 79,6% da categoria, decresceram 5,2% enquanto os sumos perderam 12,1% do volume. Os três subsegmentos dos néctares regulares, ligths e enriquecidos apresentaram desempenhos desfavoráveis, tendo este sido mais negativo nos néctares enriquecidos. As águas engarrafadas com um volume de 868 milhões de litros registaram, em 2005, um aumento de 10,3%. O segmento das águas sem gás cresceu 12,0%, tendo o volume atingido os 807 milhões de litros. O segmento das águas com gás teve um comportamento negativo, decrescendo 8,3%. As embalagens de PET tiveram um aumento de 12,4%, tendo-se vendido neste tipo de embalagem 91,3% do volume total de águas engarrafadas. As embalagens de vidro continuaram a decrescer, tendo as de vidro reutilizável regredido 10,8% e as de vidro sem retorno recuado 4,6%. Total de mercado por tipos de embalagem (Refrigerantes) Market total per packaging type (Softdrinks) Tipo Type % Quota % Share % S/AA % over previous year Gr Vidro Tara Perdida 3,8% 0,5% Non returnable glass bottle Gr Vidro Tara Retornável 6,8% -16,4% Returnable glass bottle Gr PET 58,2% -1,0% PET bottles Lata 14,7% 1,2% Can Dispensadores (a copo) 5,1% -0,3% Dispensers Tetra 11,4% -3,2% Tetra Tal como no ano anterior, é devida uma referência às águas aromatizadas. Este produto é percepcionado pelo consumidor como muito próximo de uma água, embora numa classificação técnica corresponda, na maioria dos casos, a um refrigerante. Ao longo dos últimos anos este tipo de produtos, nomeadamente na variante com gás, teve um crescimento rápido e sustentado. Até à data os volumes apresentados nas categorias dos refrigerantes e das águas não incluem as águas aromatizadas, não obstante a proximidade das mesmas e a ocorrência de uma transferência de consumo daquelas categorias para este novo tipo de produtos. Estima-se que o volume das águas aromatizadas em 2005 tenha sido próximo dos 30 milhões de litros. O mercado de cervejas manteve-se estável, atingindo um volume de 655 milhões de litros. O segmento das standard lagers reforçou o domínio na categoria, representando 91,8% do volume da mesma. A embalagem de vidro reutilizável continua a ser a mais importante neste mercado (50,0% do volume), seguida do barril (23,6% do volume) e da embalagem de vidro sem retorno (23,0% do volume). Esta foi aquela que, mais uma vez, foi a única a apresentar uma taxa de crescimento significativa (12,9%). 3. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS O volume das vendas e das prestações de serviços ascendeu a 273 milhões de litros, valor muito próximo ao registado no ano anterior. Para este total, as vendas realizadas em Portugal contribuíram com 218 milhões de litros, as vendas destinadas aos mercados externos com 14,6 milhões de litros e as prestações de serviços com 40,6 milhões de litros. O volume total de vendas do Grupo em Portugal representa uma evolução ligeiramente negativa de 4,2 milhões de litros, ou seja, um decréscimo de 1,9% sobre o ano anterior. Esta queda deriva exclusivamente de menores vendas de refrigerantes uma vez que sumos e néctares, águas engarrafadas e cervejas tiveram um comportamento positivo. VENDAS POR CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO SALES BY DISTRIBUTION CHANNELS Dist ribuidores Mercados Cont as nacionais independent es Int ernacionais horeca 14% 6% 4% A repartição das vendas pelos canais seguiu a tendência já observada no ano passado, com uma maior preponderância das operações directas de pré-venda para o canal horeca e retalho alimentar independente e, igualmente, um aumento da quota de volume nos clientes da distribuição moderna. Horeca / Tradicional alimentar 35% Cont as nacionais aliment ar 41% 11

O volume de vendas das marcas de refrigerantes decaiu 6,6%, sumos e néctares apresentaram vendas superiores em 0,5%, águas engarrafadas cresceram 11,3% e as cervejas tiveram um ligeiro aumento do volume de vendas de 1,5%. Analisando estas categorias com maior detalhe, verificamos que a marca SUMOL apresentou em 2005 um volume de vendas ligeiramente menor que o do ano passado (-4,0%), não obstante ter reforçado a liderança no segmento de Fruit- Flavours ao melhorar a sua quota em um ponto percentual, fruto de ter registado o menor decréscimo de vendas entre as marcas mais relevantes que disputam este segmento. 7UP registou um volume de vendas inferior ao do ano anterior em 10,2%, mas manteve uma posição de líder forte do segmento de lima-limão ao reduzir apenas em um ponto percentual a sua quota. De realçar foi o excelente desempenho que 7UP LIGHT apresentou ao crescer 40% em volume de vendas e, assim, ultrapassando o objectivo traçado para o ano em apreciação. PEPSI, sub-líder do segmento de colas, voltou a ter um desempenho abaixo das expectativas com vendas a caírem 8,6% e perdendo um ponto percentual de quota, apesar dos crescimentos assinaláveis de volume de vendas em PEPSI LIGHT e PEPSI TWIST, respectivamente 20% e 14%. LIPTON ICE TEA também apresentou, no mercado servido pela Cibal, um desempenho aquém do ano anterior com as vendas a decrescerem 2,8%. Ao contrário, GUARANÁ ANTARCTICA viu o seu volume crescer 1,3% sobre o ano anterior e alcançou a liderança do segmento de guaranás. No segmento das bebidas desportivas, a marca GATORADE, líder mundial deste tipo de bebidas e lançada em Portugal em 2003, apresentou um comportamento bastante positivo no ano em análise ao conseguir um crescimento de 53,7% no seu volume de vendas. COM POSIÇÃO DAS VENDAS (volume) SALES BREAKDOWN (volume) As marcas SUMOL NÉCTAR, SUMOL NÉCLIGHT, SUMOL NÉCPLUS e SUMOL 100% SUMO alcançaram um desempenho satisfatório ao, conjuntamente, apresentarem um ligeiro crescimento de vendas e, simultaneamente, melhorarem em meio ponto percentual a quota global no segmento de néctares e sumos. ÁGUA SERRA DA ESTRELA ficou pela primeira vez acima dos 50 milhões de litros. Cresceu mais do que o mercado e consolidou a sua posição de 4ª marca no mercado português de águas engarrafadas sem gás. Sumol 34% Sucol 2% Out r as 9% 7UP 20% Pepsi Águas 6% 22% Cervejas Sumos e Néctares 4% 3% TAGUS, GROLSCH e MAGNA, as marcas de cerveja do Grupo Sumol, viram o total das suas vendas crescerem 1,5% sobre 2004. Relativamente às vendas internacionais refere-se que apesar do crescimento significativo (22%) das vendas nos mercados europeus, as vendas totais para os mercados externos decresceram face ao ano transacto 19,7%, influenciadas pelo fraco desempenho em Angola, um dos principais mercados externos do Grupo. Na Europa os mercados mais relevantes e que têm vindo a registar crescimentos consecutivos são a França e Suiça. No mercado dos Estados Unidos, a marca SUMOL pela primeira vez não apresentou crescimento, contrariando as tendências dos anos anteriores, o que se deveu a algumas dificuldades operacionais da parte do nosso principal distribuidor. No mercado de Angola, a dificuldade em encontrar parcerias viáveis de distribuição e/ou enchimento e o agravamento do quadro competitivo, por via da implantação no território de dois operadores com dimensão, afectaram negativamente o desempenho da marca SUMOL. 12

No Brasil, o franqueado atravessa sérias dificuldades financeiras e operacionais, as quais têm condicionado fortemente a expansão das nossas marcas de sumos e néctares. O peso das vendas de SUMOL nos mercados internacionais, no ano em análise, representou 17% das vendas totais da marca. No respeitante às prestações de serviços de enchimento é de referir que esta actividade cresceu 16%, reflectindo o lançamento de novos produtos e a entrada em vigor do contrato assinado com a Unilever, no final de 2004, que trouxe para o Grupo a produção da totalidade do volume consumido de Lipton Ice Tea em latas em Portugal. 4. ÁREAS DE NEGÓCIO 4.1 Refrigerantes e bebidas de sumo Conforme referido na introdução, os desempenhos negativos dos refrigerantes com gás e dos néctares foram certamente influenciados pela temática da obesidade, a qual durante o ano de 2005 captou fortemente a atenção dos meios de comunicação e, simultaneamente, despertou elevado interesse junto da opinião pública. A promoção de estilos de vida mais saudáveis, bem como de dietas mais equilibradas, entre outras iniciativas fruto de estudos mais completos, serão sem dúvida vertentes a desenvolver junto da população mais jovem. Neste contexto, a diversidade da oferta de bebidas é um factor importante no portfolio das empresas e, no caso do Grupo Sumol, tem sido desde sempre um apanágio da sua gama de produtos. Assim, desde os sumos de fruta na gama SUMOL 100% Sumo, até às bebidas de baixas calorias nos néctares, através das marcas SUMOL NÉCLIGHT e SUMOL NÉCPLUS, bem como em refrigerantes com as marcas SUMOL LIGHT, 7UP LIGHT e PEPSI LIGHT, a empresa está atenta às crescentes preocupações nutricionais. De salientar ainda que Sumol é a única marca de refrigerantes de fruta carbonatados a oferecer aos consumidores portugueses uma alternativa com metade das calorias SUMOL LIGHT. De modo a melhor dar a conhecer a actividade de gestão das marcas de refrigerantes e bebidas de sumo no ano em análise, de seguida apresentam-se os desenvolvimentos mais importantes nas principais marcas e nos diversos mercados: Mercado Nacional: Os indicadores de notoriedade e preferência de SUMOL continuam a demonstrar que se trata de uma marca sólida e em rejuvenescimento, pois tem vindo a melhorar continuamente os resultados junto do seu principal target jovens dos 13 aos 19 anos e sustenta, também, os resultados junto dos consumidores adultos. A linha de comunicação centrada no conceito dos Sumólicos mostra, também, que tem sido uma aposta vencedora uma vez que alcança níveis bastante interessantes de recordação publicitária. A associação à prática desportiva tem sido privilegiada pela marca ao continuar, em 2005, a patrocinar jogadores de futebol e ainda outros jovens talentos de bodyboard e de kite-surf. Foi também realizado um torneio de futebol juvenil - Sumol Cup 2005, o qual contou com um elevado número de participantes. Na marca 7 UP, salienta-se o excelente comportamento de 7UP LIGHT em grande parte devido à divulgação das características racionais do produto que vão de encontro às recentes tendências de mercado, as quais apontam 13

para uma maior atenção dos consumidores aos valores nutricionais das bebidas. A marca PEPSI assentou a sua dinâmica no mercado nos crescimentos de PEPSI LIGHT e PEPSI TWIST, sendo o primeiro decorrente das actuais tendências de consumo e o segundo, resultante de um reforço de comunicação do factor diferenciador face ao líder de mercado, ou seja, a afirmação de que se trata de uma cola com limão. GUARANÁ ANTARTICA estreou uma nova campanha de comunicação de cariz emocional Antarctica - Sensação Única de modo a destacar o sabor original do produto. No segmento das bebidas desportivas, GATORADE continuou a privilegiar a divulgação do produto nos locais mais adequados ao seu consumo e, simultaneamente, manteve o patrocínio de um conjunto alargado de eventos desportivos. Nas bebidas sem gás, os destaques nas marcas SUMOL NÉCTAR, SUMOL NÉCLIGHT, SUMOL NÉCPLUS e SUMOL 100% SUMO, vão para a implementação de uma política promocional mais competitiva e para a preparação do alargamento da gama de oferta das bebidas light. Mercados Internacionais: Relativamente aos mercados externos, deu-se continuidade à política de internacionalização selectiva da marca SUMOL, apostando no alargamento da base de consumidores para fora dos mercados tradicionais da saudade e procurando, ao mesmo tempo, tirar partido de oportunidades para as restantes marcas pertencentes ao Grupo Sumol. O crescimento na Europa resulta, em grande medida, de uma aposta na Distribuição Moderna que tem vindo a ser empreendida em anos recentes, não apenas a nível da distribuição física, mas também de actividades de degustação e promoção dirigidas aos consumidores locais. Em África merece destaque o mercado de Cabo Verde onde foi, pela 1ª vez, levado a cabo um plano integrado de publicidade e promoção, com resultados bastante positivos a nível da reacção dos consumidores. Em 2005 foi desenvolvido um novo conceito de produto para categoria das bebidas sem gás. Este desenvolvimento foi efectuado de raiz, desde a criação de uma nova marca, com uma identidade totalmente original, até à inovação ao nível do produto, passando pela própria estratégia de comunicação. O lançamento no mercado deste projecto, que envolveu um consumo significativo de recursos de inovação, acabou por não ocorrer em consequência da aquisição da participação na Compal, atrás referida. No âmbito da marca Sumol foi concebida e dado início ao desenvolvimento de uma nova gama que substituirá, em 2006, o Sumol Ice, possibilitando à marca Sumol um acréscimo de urbanidade e de adequação às tendências de mercado. No final de Junho foi concluída a transferência para a fábrica de Pombal das linhas de produção instaladas em Carnaxide, a qual ocorreu sem qualquer impacto ao nível do abastecimento do mercado e respeitando o orçamento do projecto. 4.2. Águas Durante o exercício desenvolveram-se acções que pretenderam enfatizar a origem exclusiva da ÁGUA SERRA DA ESTRELA como um dos garantes da sua pureza. Entre estas, lançou-se uma nova campanha de publicidade em televisão através da qual se procurou aumentar a notoriedade, preferência e lealdade em relação à marca, mostrando aos consumidores a origem da ÁGUA SERRA DA ESTRELA. 14

Como forma de contactar com as gerações mais jovens promoveu-se um concurso, a nível nacional, junto das escolas, através do qual os jovens consumidores tiveram a oportunidade de desenvolver trabalhos associados à Serra da Estrela e à floresta, proporcionando-se às equipas premiadas visitas à unidade de engarrafamento e ao Parque Natural da Serra da Estrela. Deu-se continuidade à campanha da reflorestação, através da qual foi possível oferecer 150.000 árvores para plantação em diversas serras de Portugal, culminando num montante de cerca de meio milhão de árvores em quatro anos. Durante o exercício promoveram-se investimentos em investigação e desenvolvimento e em activos corpóreos, os quais permitirão o lançamento de novos produtos. A inovação constituirá assim, no futuro próximo, um vector fundamental de desenvolvimento da ÁGUA SERRA DA ESTRELA, com o duplo objectivo de diversificar o leque de propostas a oferecer ao mercado e incrementar o valor gerado pelo negócio da marca. Em termos de sistemas de gestão, foi renovada a certificação em higiene, saúde e segurança no trabalho da unidade de engarrafamento de Gouveia. 4.3. Cervejas Este foi o quarto ano completo da marca TAGUS no mercado. Caracterizou-se por ser um ano activo no que diz respeito à promoção da marca com a divulgação de uma nova campanha de publicidade em imprensa, com a consolidação das vendas nas embalagens lançadas nos exercícios anteriores e, ainda, com o desenvolvimento da campanha ao consumidor especialmente vocacionada para os estudantes do ensino superior, denominada Cerveja dos Mestres, entre outras iniciativas. Pretendeu-se com estas acções marcar a característica diferenciadora da TAGUS como cerveja de puro malte, sendo a única marca portuguesa produzida de acordo com a Lei da Pureza de 1516. Acredita-se que, com uma proposta consistente em torno deste valor, os consumidores reconhecerão crescentemente a TAGUS como uma cerveja de qualidade superior. Na sequência do lançamento da cerveja preta MAGNA ocorrido em 2004, em embalagem barril, disponibilizou-se no exercício a embalagem garrafa de 0,33 litros em tara perdida. Pretendeu-se, assim, promover as vendas da marca a um leque de consumidores mais alargado. No que diz respeito à cerveja GROLSCH procurou-se criar notoriedade e fidelização junto dos consumidores e retalhistas, promovendo o coleccionismo em relação a materiais da marca e desenvolvendo um programa alargado de experimentação em relação à mesma. No exercício obteve-se a certificação ambiental ISO 14001 relativa à instalação industrial de Viseu. 5. SERVIÇOS PARTILHADOS O projecto de fusão da Cinalda na Sumolis com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2006, visando simplificar as relações intra-grupo, e a reconfiguração do modelo organizacional dos Centros de Serviços Partilhados (CSP) marcaram o exercício de 2005. O número de CSP que prestam serviços em exclusivo às empresas do Grupo Sumol foi reduzido, como resultado da junção das vertentes Administrativa e Financeira e de Compras numa única unidade, mantendo-se a configuração das áreas de Recursos Humanos e Sistemas de Informação. No exercício o CSP Recursos Humanos deu continuidade ao desenvolvimento dos sistemas integrados de gestão de recursos humanos para todas as empresas do Grupo. Destaca-se ainda pela sua relevância a colaboração na transferência da unidade industrial da Sumol Gestão de Marcas de Carnaxide para Pombal, a estruturação do Programa Gestão de Potencial Sumol, a preparação do plano de 15

comunicação interna e a elaboração de um estudo detalhado da estrutura organizativa. Na área do CSP Sistemas de Informação foi desenvolvido o projecto de mobilidade da força de vendas da Cibal para o canal horeca, o qual se encontra na fase de piloto. Foi implementado, em conjunto com o CSP Administrativo e Financeiro, o projecto de consolidação de contas para o Grupo Sumol, permitindo uma maior rapidez e fiabilidade na execução desta actividade. Foi implementado o projecto CibalTV, permitindo emitir um programa de televisão para toda a força de vendas da empresa numa base semanal. Esta nova funcionalidade veio aumentar significativamente a capacidade de divulgação de notícias e outros conteúdos aos colaboradores do Grupo. Na esfera do CSP Administrativo, Financeiro e Compras há a salientar a revisão do processo administrativo de fornecedores com o objectivo de torná-lo mais ágil e eficiente, tendo sido definidos os respectivos indicadores de desempenho e iniciada a sua medição numa base sistemática, sendo de esperar ganhos significativos de produtividade ao longo de 2006. Em Compras garantiram-se as negociações e a execução dos contratos de compra dos materiais e serviços que lhe estão cometidos, verificando-se uma intervenção mais efectiva nos processos de aquisição de equipamentos. 6. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 6.1 Rendibilidade económica e financeira O perímetro de consolidação foi alargado em 2005 passando a incorporar as sociedades Codibal, Madibel, Medialda, Sedurbel e Sociedade Agrícola de Castro Verde pelo que o período homólogo de 2004 foi igualmente reexpresso de modo a salvaguardar a sua comparabilidade. De notar que, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, no presente exercício económico as demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas tendo por base as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board). No exercício o volume de negócios decresceu 4,7% para 162,2 milhões de euros. As vendas caíram 6,6% para 145,0 milhões de euros em virtude da redução de actividade registada quer no mercado doméstico quer nos mercados externos de, respectivamente, 5,3% e 19,7%. O valor das prestações de serviços de enchimento cresceu 14,2% para 17,2 milhões de euros. O efeito combinado da ligeira degradação do preço médio de venda e da melhoria nos custos de produção permitiu manter a margem bruta relativa em 51,4%. Em valor, o montante de 83,3 milhões de euros gerado pelas operações reflecte uma quebra de 4,0% face ao ano anterior. A rubrica de fornecimentos e serviços externos evoluiu favoravelmente para 43,5 milhões de euros, decrescendo 4,7%, reflectindo o esforço generalizado de racionalização de custos. A sua principal componente, publicidade e propaganda, regrediu ligeiramente dado que em 2004 tinham sido canalizados valores com expressão para efeitos do patrocínio ao Rock in Rio Lisboa e do apoio ao plano de actividades do Euro2004. O projecto de concentração industrial em Pombal de toda a actividade de produção de refrigerantes e bebidas de sumo ocorrido no final do primeiro semestre, as reestruturações efectuadas nas áreas de vendas e nas estruturas de suporte, conduziram à redução de 6,4% do numero médio de colaboradores, excluindo-se o efeito da alteração do perímetro de consolidação. A política salarial conduziu a uma taxa de aumento da massa salarial homóloga em linha com a inflação. Os custos com pessoal, excluindo os afectos à reestruturação, foram de 24,9 milhões de euros, regredindo 6,5%. Os custos operacionais estão influenciados pelos custos associados aos projectos de concentração industrial e de reestruturações, os quais ascenderam a 4,0 milhões de 175,0 170,0 165,0 160,0 155,0 VOLUME NEGÓCIOS TURNOVER (M. EUROS / M. EURO ) 2001 2002 2003 2004 2005 16

euros, 3,3 milhões de euros relacionados com indemnizações ao pessoal e o restante com o processo de transferência da actividade industrial para Pombal. O cash-flow operacional (EBITDA) ascendeu a 12,6 milhões de euros, todavia excluindo o efeito dos custos de reestruturação, este cifrou-se em 16,6 milhões de euros, crescendo 11% face ao ano transacto. As amortizações e reintegrações, exceptuando na Cereuro, continuaram a ser efectuadas às taxas máximas fiscalmente aceites, as quais correspondem razoavelmente ao período de vida útil estimado para os bens. O crescimento desta rubrica de 4,4% para 10,3 milhões de euros está influenciado pelo reforço das verbas destinadas aos contratos de exclusividade. A estimativa da quantia recuperável das dívidas a receber prevaleceu no critério adoptado para o reconhecimento de perdas de imparidade, as quais ascenderam a 0,6 milhões de euros. 15,0 10,0 5,0 0,0 CASH FLOW (M. EUROS / M. EURO ) 2001 2002 2003 2004 2005 Considerando as evoluções acima referidas, os resultados operacionais (EBIT) totalizaram 1,4 milhões de euros. No exercício, e de acordo com a IFRS 3, o Grupo interrompeu a amortização do goodwill, o que contribuiu significativamente para a melhoria dos resultados financeiros, os quais se cifraram em 2,7 milhões de euros negativos. Acresce referir que no exercício não se identificaram perdas por imparidade do goodwill. RESULTADOS OPERACIONAIS OPERATING PROFIT (M. EUROS / M. EURO ) 6,0 4,0 2,0 Em consequência, os resultados antes de impostos foram negativos em 1,2 milhões de euros. Considerando a estimativa para o imposto sobre o rendimento, a actividade da empresa gerou um resultado líquido com interesses minoritários negativo em 1,3 milhões de euros. 0,0 2001 2002 2003 2004 2005 6.2 Investimentos O investimento ascendeu a 35,6 milhões de euros, dos quais 70,2% dizem respeito a um empréstimo de financiamento à Inbepor Investimentos em Bebidas Portugal, SGPS, S.A. no âmbito da aquisição indirecta de 20% da Compal e da Nutricafés. Do remanescente destacam-se os investimentos em edifícios e em equipamento básico efectuados na fábrica de Pombal, no âmbito da concentração da actividade industrial da Sumol Gestão de Marcas naquela unidade industrial. 6.3 Situação financeira Em consequência dos investimentos acima descritos, os activos não correntes cresceram 25,4% para 121,6 milhões de euros. Os activos correntes decresceram 10,4% para 49,8 milhões de euros, sobretudo devido à melhoria do controlo exercido sobre inventários de matérias-primas, mercadorias e produtos acabados. Da conjugação dos dois resulta um activo total de 171,5 milhões de euros, 12,4% acima do valor registado no final de 2004. O empréstimo referido no ponto anterior justificou o aumento da dívida remunerada em 26,8 milhões de euros, sendo esse aumento, associado à redução das dívidas comerciais a pagar, que justifica o crescimento do total de capitais alheios para 93,2 milhões de euros. À data do balanço os capitais próprios eram de 78,2 milhões de euros. O rácio de autonomia financeira era de 45,6% e a dívida remunerada líquida correspondia a 3,9 vezes o valor do EBITDA ajustado dos custos de reestruturação. 40,0 20,0 0,0 INVES TIMENTO INVES TMENT (M. EUROS / M. EURO) 2001 2002 2003 2004 2005 6.4 Acções Sumolis 3 12.000,00 O índice PSI20 valorizou-se 13,4%, encerrando o ano de 2005 nos 8.618,67 pontos, enquanto a cotação das acções da empresa se desvalorizou 4,6%, fixando-se nos 1,46 euros. 2,5 2 1,5 1 10.000,00 8.000,00 6.000,00 4.000,00 0,5 2.000,00 No exercício não foram adquiridas ou alienadas acções próprias, detendo a Empresa 1.025.705 acções próprias de valor nominal de um euro cada. Ainda no fecho do exercício, as empresas filiais Cibal, Medialda e Cinalda detinham em carteira, respectivamente, 1.039.020, 272.555 e 22.930 acções da Sumolis, consideradas 0 2000 2001 2002 2003 2004 COT./ PR. 31/ 12 I. PSI20 0,00 17

para todos os efeitos acções próprias, nos termos do nº1 do Artigo 325º-A do Código das Sociedades Comerciais. 7. DIVIDENDOS Considerando o desempenho económico e financeiro e os projectos de investimento em curso o Conselho de Administração da empresa-mãe não propôs a distribuição de dividendos. 8. EVOLUÇÃO PREVISÍVEL E FACTOS RELEVANTES No decurso de 2006, e até à data do presente relatório, ocorreram três factos que importa referir: a Sumolis adquiriu à Grolsch uma participação de 9,95% no capital social da Cereuro, passando a deter a totalidade do capital social; foram integrados na Sumolis os Centros de Serviços Partilhados, em consequência da fusão da Sumolis com a Cinalda por incorporação desta; e a Inbepor acordou a venda da totalidade do capital da Nutricafés a um consórcio de fundos de private equity. Ao longo dos últimos anos procedeu-se à concentração da actividade de produção de refrigerantes na unidade industrial de Pombal. A existência de capacidade disponível nesta fábrica e as sinergias resultantes da consolidação da produção de bebidas levaram à decisão de transferência da actividade industrial cervejeira de Viseu para Pombal. Este projecto decorrerá durante o segundo trimestre de 2006 e envolve a transferência para esta cidade dos colaboradores que puderem aceitar esta deslocação e a rescisão dos contratos de trabalho restantes por negociação ou nos termos dos mecanismos previstos na lei. O Grupo procederá ao recrutamento de alguns colaboradores em Pombal. Os mercados de bebidas de alta rotação deverão apresentar um crescimento diminuto em 2006, em resultado de uma conjuntura pouco favorável ao aumento da despesa em produtos de grande consumo. Continuaremos a procurar potenciar o incremento da actividade, nomeadamente, através da inovação. Em simultâneo, beneficiaremos de uma eficiência acrescida nas áreas industrial e logística em resultado da concentração de actividades na unidade de Pombal. A concretização destas expectativas deverá permitir o aumento do volume de negócios e dos resultados operacionais do Grupo. No segundo semestre deverá iniciar-se o projecto de integração entre a Sumolis e a Compal, o qual deverá estar concluído até ao final do primeiro semestre de 2007. Este projecto será desenvolvido pelas administrações daquelas empresas e será submetido à aprovação dos órgãos sociais, bem como carecerá da não oposição da Autoridade da Concorrência. AGRADECIMENTOS Ao Fiscal Único pela valiosa colaboração e apoio que sempre nos dispensou; À PEPSI-COLA BEVERAGES INTERNATIONAL, FIMA e ROYAL GROLSCH, pelo apoio e espírito de cooperação demonstrados para o desenvolvimento das suas marcas; Às Entidades Oficiais, Instituições Bancárias, Clientes, Distribuidores e Fornecedores pela confiança que depositaram no Grupo; A todos aqueles colaboradores do Grupo que lhe devotaram empenho, competência e dedicação, o nosso reconhecimento. Portela de Carnaxide, 18 de Abril de 2006 18

ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ANNEX TO THE BOARD OF DIRECTORS REPORT Valores expressos em nº acções detidas / Amounts reported in shares held Artigos 447º e 448º do C.S.C. Articles 447º and 448º of Companies Act Aquisição Acquisition Alienação Sale Outras Variações Other Variations Total Total 30/12/2005 Amélia Maria Brito Pires Eusébio 2.078.165 António Sérgio Brito Pires Eusébio 1.833.320 José Tomás Júdice Gamito Pires 23.860 João António Brito Pires Eusébio 1.834.015 Duarte Nunes Ferreira Lopes Pinto 3.000 1) 0 Refrigor, S.G.P.S. 29.265.110 0 3.000 0 35.034.470 1) Detalhe abaixo / Detail bellow ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ANNEX TO THE BOARD OF DIRECTORS REPORT Valores expressos em euros / Amounts reported in euro Data operação Date Quantidade vendida Quantity sold Preço médio unitário venda Average selling price Valor total venda Amount sold 3-Fev-2005 3.000 1,45 4.350 19