Floricultura e Plantas Ornamentais. Dr. Paulo Hercílio Viegas Rodrigues



Documentos relacionados
Floricultura e Plantas Ornamentais. Dr. Paulo Hercílio Viegas Rodrigues


Olericultura. A Cultura do Morango. Nome Cultura do Morango Produto Informação Tecnológica Data Janeiro Preço - Linha Olericultura Resenha

PRODUÇÃO DE MUDAS DE HORTALIÇAS

Cultura da Mangueira. Novembro 2007

HORTICULTURA: FRUTICULTURA OLERICULTURA FLORICULTURA. Parte da horticultura que estuda. o cultivo de flores e de plantas ornamentais

Diagnose do estado nutricional de plantas de Milho

PROJETO OLIVOPAMPA. Olivicultura Brasileira. Fernando Rotondo Sant Ana do Livramento Agosto 2009

DIAGNOSE FOLIAR NAS CULTURAS DO CAJU E CAQUI. III Simpósio Brasileiro sobre Nutrição de Plantas Aplicada em Sistemas de Alta Produtividade

Culturas anuais para produção de volumoso em áreas de sequeiro

POTENCIALIDADES DO LODO DE ESGOTO COMO SUBSTRATO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS

A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA

MEMORIAL DESCRITIVO PAISAGISMO

Embasamento técnico de projetos de conservação do solo para atendimento da legislação. Isabella Clerici De Maria Instituto Agronômico

PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTO DE MANGUEIRA EM SUBSTRATO COMPOSTO POR RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

Critério de Classificação Roseira Mini Vaso.

Variedades de Cana-de-Açúcar Pragas e Doenças: Eng. Agr. Gustavo de Almeida Nogueira Canaoeste

SISTEMA PLANTIO DIRETO, EM CONSTANTE EVOLUÇÃO

Produção Integrada de Maçã PIM. Lista de Verificação para Auditoria de Acompanhamento - Campo


Propriedade Intelectual e Inovação na Agricultura

ANTÚRIOS PARA FLORES DE CORTE Paulo P Her aulo P ciíio Viegas V Rodrigues LPV- LPV ESALQ-USP

IRRIGAÇÃO DO ALGODOEIRO NO CERRADO BAIANO. (ALGODÃO IRRIGADO NO CERRADO BAIANO) (ALGODÃO COM IRRIGAÇÃO COMPLEMENTAR NO CERRADO BAIANO) Pedro Brugnera*

controlar para crescer NUTRIENTE IDEAL PARA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E FORMAÇÃO DE SEMENTES FLORAÇÃO

Cultivares. Indicações Geográficas

Empresa de nutrição, fisiologia vegetal e fertilidade do solo. ONDINO CLEANTE BATAGLIA ondino@conplant.com.br

NIMF Nº 6 DIRETRIZES PARA VIGILÂNCIA (1997)

Sementes e Mudas Orgânicas

Notas de Aula de ENT 110 Sericicultura


ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE AZALÉIA Rhododendron indicum: CULTIVAR TERRA NOVA TRATADAS COM ÁCIDO INDOL- BUTÍRICO, COM O USO OU NÃO DE FIXADOR

Produção de tomate sem desperdício de água. Palestrante Eng. Enison Roberto Pozzani

DETERMINAÇÃO DA DEMANDA NUTRICIONAL DE MACRO E MICRONUTRIENTES DA VIOLETA AFRICANA

BIOVESTIBA.NET BIOLOGIA VIRTUAL Profº Fernando Teixeira UFRGS FISIOLOGIA VEGETAL

Uso múltiplo de eucalipto em propriedades rurais

Propagação de frutíferas

EIXO TECNOLÓGICO: PRODUÇÃO ALIMENTÍCIA. Disciplinas da Formação Técnica Específica - FTE

Cooperativa Veiling Holambra Agosto Patrícia Fabiano Bechelli André Van Kruijssen

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente

Prof. Pedro Brancalion

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

COMPOSTAGEM DOMÉSTICA, O QUE É?

Código de Boas Práticas. para a Prevenção e Redução. de Micotoxinas em Cereais

EUCALIPTO. plantio. Projeção de Receitas e Resultados. Fomento. Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas?

AULA 04. UPOV União Internacional para a Proteção das Obtenções Vegetais

Há sempre resposta à adubação de manutenção do eucalipto? Um estudo de caso em Porto Velho (RO)

Fruticultura. A Cultura do Abacaxi. Nome Cultura do Abacaxi Produto Informação Tecnológica Data Setembro Preço - Linha Fruticultura Resenha

LEI Nº 7.043, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007

Protocolo. nº 073/2012 FORMULÁRIO PARA CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO

Fertilização racional da actinídea

ENGENHARIA AGRONÔMICA - USP

Técnicas Aplicadas à Produção Intensiva de Leite no Projeto Balde Cheio Formação e Manejo de Pastagens

Critério de Classificação Orquídeas Variadas.

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

MODOS E CUSTOS NO MICRO-TERRACEAMENTO EM CAFEZAIS DE MONTANHA

Produção Responsável no Agronegócio Soja no Brasil

Utilização de jato de água e ar no controle de cochonilhas farinhentas em videira


A Governança Global da Propriedade Intelectual e os Recursos Biológicos

Efeito de hipoclorito de sódio na desinfestação de meristemas de bastão-do-imperador

Referências Bibliográficas

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014

SILAGEM DE MILHO DE ALTA QUALIDADE

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

Aplicação de dejetos líquidos de suínos no sulco: maior rendimento de grãos e menor impacto ambiental. Comunicado Técnico

SISTEMA DE PRODUÇÃO DISCRETA

PROJETO DE LEI N.º 7.586, DE 2014 (Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen)

gestão da qualidade no agronegócio do leite Prof. Dr. Luís Fernando Soares Zuin

Recomendação de Adubação N, P e K....para os estados do RS e SC

Objetivos da poda PODA DE ÁRVORES FRUTÍFERAS. O que é poda? FERAS. O que podar? Conceito de Poda. Por que podar?

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E NA ÁREA DE VENDA

ADUBO DE LODO DE ESGOTO DOMÉSTICO COMPOSTADO

IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO NA HEVEICULTURA AGNALDO GOMES DA CUNHA

REGULAMENTAÇÃO DE INSUMOS AGRÍCOLAS

Utilização de Lodo de Esgoto para Fins Agrícolas

Infra Estrutura Verde no Planejamento Urbano Das Cidades

Produção Integrada de Maçã PIM. Lista de Verificação para Auditoria de Acompanhamento Pós-Colheita

3. AMOSTRAGEM DO SOLO

PÓL Ó O L O DE E UVA V DE E ME M S E A E E VI V N I HO NO O ES E T S A T DO DO ES E P S ÍR Í IT I O O SAN A TO T

Fatores de cultivo CLIMA:

INTEGRAÇÃO LAVOURA/ PECUÁRIA. Wilson José Rosa Coordenador Técnico Estadual de Culturas DEPARTAMENTO TÉCNICO - EMATER-MG

Os fenômenos climáticos e a interferência humana

Sistema de Gestão Ambiental & Certificação SGA - ISO

REDE CTPETRO AMAZÔNIA PROJETO PI2 CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA DINÂMICA DO SOLO

Tratamento de Efluentes na Aqüicultura

BENEFÍCIOS DOS INSUMOS NA QUALIDADE DAS MUDAS

Critério de Classificação Flor do Campo.

Compromisso com o Brasil

DOENÇAS DO CUPUAÇUZEIRO (Theobroma grandiflorum Willd. Spend.) Schum.

PLANTIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA. INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA - ILP

A Cultura do Feijão-de-vagem (Phaseolus vulgaris L.)

ANEXO XVI NORMAS E PADRÕES ESPECÍFICOS PARA PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA (Vitis spp.)

- 27 de Novembro - Curso de Atualização Técnica - CAT - 7º Modulo - Controle Integrado de Pragas no setor de Saúde e Hoteleiro

CURSO DE MESTRADO EM ENGENHARIA FLORESTAL EMENTAS DE DISCIPLINAS

AS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA E A FISCALIZAÇÃO DE OGM NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

ANEXO MODELO DE PROPOSTA COMERCIALCOM VALORES

MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO ADUBAÇÃO

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

Transcrição:

Produção de Rosas Floricultura e Plantas Ornamentais Dr. Paulo Hercílio Viegas Rodrigues

Produção de Rosas

1.Áreas Produtoras e seus Produtos em ha Rosas Gipsofila Crisântemo São Paulo 950 180 250 Minas Gerais 200 15 28 Paraná 40 12 25 TCA Consultoria, 2009

Preço atual Fora das datas comemorativas: R$ 5,00 a R$ 6,00; Dia das mães: R$ 10,00 a R$ 12,00

Poorcentagens Preferências de Cores de Rosas 2003 0,35 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 Vermelho Amarelo Rosas Laranja Branco Salmão Roxos Bicolores Creme Mistos Cores

Rosas Classificação Botânica Rosa chinensis Rosa spp Família das Rosaceas Características de Plantas Folhas Compostas Inserção helicoidal

Rosas

Rosas Considerada a + importante para o mercado; Símbolo de beleza pelos babilônios, sírios, romanos, gregos e egípcios. Cultivo em estufa na Europa: 1000 ha na Itália; 920 ha Holanda; 540 ha na França; 250 ha na Espanha; 220 ha em Israel; 200 ha na Alemanha. Na África: Zimbábue 200 ha e Quênia 175 ha.

Rosas Classificação por forma de crescimento e florescimento: Polyanthas (Porta Enxertos) Híbridas Chá (Rosas comerciais) Floribundas (Trepadeiras) Miniaturas

Sistemas de Propagação Sexuada: (melhoramento genético) Assexuada: - estaquia de caule; - enxertia.

Propagação Vegetativa I Material : a partir de hastes florais e não de hastes vegetativas (sem flor) são menos vigorosas. Estacas com 1, 2 ou 3 gemas (preferência 3). Indutor (IBA) e plantio em vermiculita (2,5cm entre plantas e 7,5cm entre linhas). Esse sistema é muito demorado; plantas com poucas raízes e pouca reserva. Demoram a florescer!!

Propagação Vegetativa II Tratamento dos Porta Enxertos: - Hastes tratadas termicamente (eliminação de vírus e outras pragas); - Eliminam-se as brotações e retiram-se os espinhos hipoclorito 15 min (1/3 a 1%); - Cortam-se em secções de aprox. 20cm e retiram-se as gemas inferiores, deixando apenas 3 na parte superior; - Indução de raízes com IBA.

Propagação Vegetativa II - Enxerto inglês de estaca é pouco usado; a maioria é por gema das variedades comerciais. - O mais comum é o T, abaixo do broto do porta enxerto.

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Lei de patentes e Lei de proteção Lei 9456 de Cultivares Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade intelectual referente a cultivar se efetua mediante a concessão de Certificado de Proteção de Cultivar, considerado bem móvel para todos os efeitos legais e única forma de proteção de cultivares e de direito que poderá obstar a livre utilização de plantas ou de suas partes de reprodução ou de multiplicação vegetativa, no País.

Lei de patentes e Lei de proteção UPOV de Cultivares Com a aprovação dessa proposição, o governo formalizará o ingresso do país na versão correspondente da UPOV - União Internacional para a Proteção de Obtenções Vegetais, organização criada em 1961, com sede em Genebra, com atribuições atuais de regular, no âmbito internacional, direitos e deveres relativos à propriedade intelectual no campo do melhoramento vegetal.

Empresa: Maison Delbard Variedades Registradas Variedade: - Delstriro Red Intution Datas: - Registro em 13/05/04 até 19/05/19

Variedades Registradas Empresa: Kordes Roses International Variedade: - Korislas Red Giant - Korolesola - Revue Datas: - Registro em 12/01/05 até 13/01/20

Variedades Registradas Empresa: Meilland International Variedade: - Meidebenne - Meiguido - Meijasper Datas: - Registro em 01/03/04 até 01/03/19

Variedades Registradas Empresa: Olij Rozen Variedade: - Olijuniniv Universe Datas: - Registro em 01/03/04 até 01/03/19

Variedades Registradas Empresa: Rosen Tantau Variedade: - Tanavl Milva - Tankana - Inka Datas: - Registro em 31/12/03 até 31/12/18

Clima e Preferências Edáficas Clima (17 C a 25 C), ZERO vegetativo (5C), Luz (evitar excesso ou escassez), Umidade relativa: 70/80%, Solo: - Boa estrutura (boa drenagem/aerado), - Alto teor de M.O, - Ph entre 6,0 e 7,0.

Planejamento de Cultivo e Renovação Definição de Variedades Mescla de cores Longevidade de plantas Planejamento de cultivo Ciclos de colheita Valor de Mercado

Técnicas Culturais Desinfecção do solo (estufa); Correção do Ph (1 mês antes); Aração e gradagem; Adubação de plantio (0-15-15).

Fila Simples Sistema de Plantio Espaçamento (1,6 m x 0,25 m) Fila Dupla Espaçamento (1,10 m x 0,50 m x 0,16 m) Filas Múltiplas: 3 canteiros com 4 ruas cada. Espaçamento (1,50 m x 0,60 m/0,36 m x 0,24m) = entre 20.000 a 30.000 plts/ha

Preparação das Plantas Retirada das bolsas plásticas; Remoção de ramos danificados; Desinfecção das plantas; Poda de raízes grossas ou excessivamente longas. = plantar muda enxertada com 2 a 4 cm do enxerto acima do nível do solo!!!!

Formação do Roseiral Sistemas: Tradicional Colombiano Japonês

Céu aberto - Tradicional

Colombiano

Japonês

Poda A eliminação de partes das plantas, com o objetivo de se terem plantas sadias com alta produção e com formas bem conduzidas, sendo a arte e a técnica de orientar e educar as plantas, de modo compatível com o fim a que se destinam

1. Ladrão (7 folhas); 2. Enxerto; 3. Porta enxerto; 4. Rebento adormecido; 5. Rebento terminal; 6. Pé ou ramo (5 folhas); 7. Unha; 8. Flor solitária; 9. Flores em ramo; 10. Acúleo.

Poda De formação (objetivo de dar a planta uma forma equilibrada e produtiva, com boas condições de arejamento); De limpeza (consiste na eliminação de ramos doentes, improdutivos ou mortos, mantendo o equilíbrio, a forma e o arejamento da planta); De produção De produção (visa conduzir a planta de forma a se aumentar a produção, obter qualidade e uniformidade).

Esqueleto de Roseira FEC - Flores em Casa

Poda Épocas de poda: Limpeza/rejuvenescimento (inverno e durante a colheita), Produção (conforme as datas de pico de venda) = ciclo de 5 a 7 semanas!

FEC - Flores em Casa

Despinch Manejo de Plantas

Nutrição Mineral em Roseiras FEC - Flores em Casa

FEC - Flores em Casa

Extração de Macronutriente Estrutura de folhas Elemento Extração (g/planta/ano) Grande N 19,16 P 5,51 K 20,87 Médio N 17,03 P 3,81 K 17,35 Pequena N 7,91 P 2,12 K 8,03 FEC - Flores em Casa

Extração de macronutrientes secundários e micronutrientes pela roseira. Elemento Fonte: Padilla, 1999. Extração (g/planta/ano) Ca 5,41 Mg 1,71 S 1,30 Zn 0,05 Cu 0,013 Fe 0,194 Mn 0,06 B 0,04

Níveis Foliares e Extração de Nutrientes FEC - Flores em Casa

Doenças Míldio Pinta Preta Oídio Botritis Ferrugem Doenças e Pragas Associadas

Pragas Ácaros Pulgões Trips Larva Minadora Cochonilha Doenças e Pragas Associadas

Controle Preventivo: Controle da umidade e temperatura (manter arejado para facilitar a circulação de ar); Eliminar tecidos infectados; Controle químico!!! DIVERSOS!!!

Colheita Pós colheita Classificação: 80 a 90 cm (EXTRA) 70 a 80 cm (Primeira) 70 a 60 cm (segunda) 60 a 50 cm (terceira) 50 a 40 cm (curta) Retirada das folhas/espinhos dos últimos 20 cm. Maços de 20, 40 ou 60 unidades. Usar água filtrada, conservar por 4 h a 4 C.

Armazenar Câmara frigorífica 2 a 4 C. Conservante Flower + água filtrada.

Certificados