ECOTURISMO NO ESTADO DO TOCANTINS, COM FOCO NO PARQUE ESTADUAL DO JALAPÃO (PEJ)¹

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Transcrição:

ECOTURISMO NO ESTADO DO TOCANTINS, COM FOCO NO PARQUE ESTADUAL DO JALAPÃO (PEJ)¹ BISPO, T. S. S. C.²; CORADIN, M.³ ¹Parte do Trabalho de Conclusão do Curso Eco Resort Natuur: Hospedagem, natureza, turismo e lazer. ²Arquiteta e Urbanista pelo Centro Universitário Luterano de Palmas-CEULP/ULBRA. E-mail: thayresserpa@gmail.com. ³ Orientadora, Arquiteta e Urbanista. Mestranda em Engenharia Ambiental pela UFT, Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo do CEULP/ULBRA. RESUMO: Um dos grandes segmentos do turismo está aliado a natureza, como os parques ecológicos, cidades que apresentam cachoeiras, trilhas, rios, entre outros. Diante disso, o meio ambiente é ferramenta essencial para promover o turismo, sendo muitas vezes a principal atividade econômica da cidade. As recomendações das diretrizes de preservação e conservação, se fazem necessário para que dessa forma, qualquer intervenção que venha a sofrer o permaneça intacto e prolongue seu tempo de existência. Na região norte do Brasil, o setor turístico do estado do Tocantins abrange paisagens naturais como as serras e lagos, praias e lagoas, ilhas e vales, todos estes dispersos nos vários pontos do estado. A aproximadamente 300 km da capital está localizada o Parque Estadual do Jalapão (PEJ), um dos polos mais visitados que contempla cenários naturais de beleza indescritível. A prática do ecoturismo nesse território é regida por planos de desenvolvimento, legislações e órgãos fiscalizadores que garantem sua proteção e capitalização. PALAVRAS CHAVE: ecoturismo; Tocantins; parque estadual do Jalapão. INTRODUÇÃO: O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em conjunto com o Instituto Brasileiro do Turismo (EMBRATUR), define o conceito de ecoturismo como sendo atividades turísticas realizadas em meio a natureza contendo caráter sustentável, incentivo à sua conservação e a conscientização ambientalista, proporcionando bem-estar as populações. Tal prática é desenvolvida em várias cidades de países no mundo todo, sendo que o Brasil possui vantagem devido a sua ampla biodiversidade. Diante de tal fato, o Estado do Tocantins está localizado em uma área com boas condições de desenvolver esta prática, localizado na Região da Amazônia Legal, contempla paisagens naturais e formações rochosas peculiares. O próprio estado incentiva o desenvolvimento do turismo na região, e o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) é um dos principais polos que desenvolve atividades voltadas para a prática do ecoturismo. Suas belezas são ímpares e já serviu de cenário para produções televisivas nacionais e internacionais, difundindo ainda mais suas qualidades visuais de paisagem e proporcionando aumento no número de turistas que o visitam. Pode-se afirmar então que o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) é um importante destino turístico do Estado do Tocantins que utiliza o ecoturismo como forma de contribuir para a conservação do meio ambiente, utilizando-se da sustentabilidade e fortalecendo a economia local. MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas análises literárias acerca da temática ecoturismo, bem como realizada visita ao Parque Estadual do Jalapão (PEJ), a fim de descrever com maior propriedade as experiências de algumas atividades que os turistas podem desfrutar. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) estabelecido pelo Ministério do Turismo (Mtur), o ecoturismo está ligado a valorização das atividades ambientais, culturais, sociais e econômicas com a vantagem de que o fator ambiental é o fundamento de toda a prática turística. Quando se trata de meio ambiente, percebe-se

que a população vem adquirindo consciência sobre os impactos que este vem sofrendo no decorrer do tempo, isso provoca uma preocupação por parte dos seres humanos em tentar preservar o que ainda resta da natureza. Tal afirmativa se reflete nas mudanças ocorridas por parte dos investimentos econômicos que são crescentes no segmento voltado para o desenvolvimento sustentável e pelas conferências realizadas a cada certo tempo para reavaliar as condições do meio. Em 1992, foi realizada a Eco-92 ou Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que reuniu diversos países para discutir sobre a temática do meio ambiente. Nesta reunião foi lançado o documento chamado Agenda 21, que definiu diretrizes para alcançar o desenvolvimento sustentável. Conforme o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Agenda 21 serve como instrumento de planejamento e zoneamento das cidades, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Isso priorizará as áreas de ocupação para esporte, lazer, cultura, educação, saúde, indústrias, entre outras, determinando projetos e ações de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, a Agenda 21 considera o potencial de danos que os empreendimentos podem acarretar ao local e estipula medidas de preservação ao meio. Nos anos 70, era necessário algum tipo de medida para proteger a natureza, visto que aos poucos o meio ambiente sofria com as diversas maneiras equivocadas que o homem usufruía de seus bens, provocando danos muitas vezes irreparáveis. Segundo o Ministério do Turismo (MTUR), o ecoturismo surge no Brasil com o motivo de preservar a natureza e ao mesmo tempo torná-la contemplativa às pessoas, promovendo por meio de técnicas sustentáveis a utilização das paisagens naturais para realizar o turismo de forma mais responsável (ECOTURISMO, 2017). Posteriormente, em 1992 com a Eco 92, o turismo ecológico ganhou visibilidade e alavancou o mercado brasileiro (MENEZES et al., 2017). Em 1994 surgem as Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, que em resumo trata a temática ecoturismo como segmento de maior acréscimo na indústria de turismo e viagens, além de delegar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e ao Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), a responsabilidade de monitorar e fiscalizar as atividades ligadas ao ecoturismo no Brasil. O Brasil apresenta amplo potencial para desenvolver o Ecoturismo, já que possui uma grande biodiversidade com os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Campos Sulinos, Pantanal e Zona Costeira e Marítima e múltiplos ecossistemas (ECOTURISMO, 2017). Cada um desses biomas tem características peculiares que competem a paisagens naturais diversificadas. A grande procura por conhecimento e turismo da natureza vêm sendo uma aliada para a economia, visto que há um crescimento contínuo destes não só no Brasil como no mundo (ECOTURISMO, 2017). Para respaldar a prática do Ecoturismo, foram criados regulamentos que oferecem suporte legal para o desenvolvimento perante os princípios da sustentabilidade, são eles: segmento da atividade turística, utilização sustentável do patrimônio natural e cultural, incentivo à conservação destes patrimônios, promoção do bem-estar das populações, proteção e conservação dos recursos naturais, interpretação ambiental e educação ambiental (ECOTURISMO, 2017). Atualmente Estima-se que mais de um milhão de pessoas no Brasil pratiquem o ecoturismo, que deve empregar milhares de pessoas, através de, no mínimo, 10 mil empresas e instituições privadas. (ECOTURISMO, 2017). O ecoturismo deve atender as condições de... respeito às comunidades locais; envolvimento econômico efetivo destas comunidades; respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e interação educacional.... Todas essas condições devem provocar nos turistas a consciência de preservar a natureza e os patrimônios históricos e culturais. O estado do Tocantins possui diversos lugares que são destinos de muitos turistas, para consolidar esta afirmação, de acordo com o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), o fluxo de pessoas no estado é superior ao crescimento proporcional da sua população, podendo delegar que uma parte deste crescimento é resultado do turismo ativo na região. Localizado a pouco mais de 300 Km de Palmas, capital do Estado do Tocantins, está o Parque Estadual do Jalapão (PEJ), um dos pontos turísticos do estado mais conhecidos pelos praticantes do turismo de aventura e ecoturismo, contém em seu território cachoeiras, corredeiras, chapadões, serras, fervedouros, dunas, rios e outros atrativos naturais que encantam cada vez mais os turistas, tornandose um dos principais destinos do ecoturismo nacional. Ademais, esse paraíso natural tornou-se cenário de novelas e séries, sendo explorada tanto a parte paisagística como a parte cultural. Em 2018, tornouse cenário para a novela Do Outro Lado do Paraíso, transmitida pela emissora Rede Globo, aquecendo o mercado do ecoturismo da região, recebendo turistas do mundo todo. Uma das cidades que apresentam maior destaque no ponto de vista socioeconômico do Parque Estadual do Jalapão é a cidade de Mateiros, localizada dentro do perímetro da APA Jalapão. Segundo o Plano de

Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), a cidade de Mateiros faz parte dos 65 destinos indutores do Ministério do Turismo (Mtur), já que concentra grande parte dos atrativos turísticos do Parque Estadual do Jalapão. Além disso, faz parte também deste município as comunidades quilombolas Mumbuca, Carrapato, Formiga, Ambrósio e Prata, que são importantes indicadores culturais e difundem o artesanato com o capim dourado (PDITS, 2017). Os pontos turísticos do Parque Estadual do Jalapão são diversos, espalhados por todo o parque. Tais pontos têm acesso pela rodovia TO 247, de onde partem estradas secundárias. Na figura 01, é possível identificar o local de cada atrativo. Figura 01: Pontos Turísticos do Parque Estadual do Jalapão. Fonte: www.venturas.com.br. Editado pela autora, 2017. Cada atrativo tem sua beleza peculiar, o que torna único diante do cenário natural. A maioria destes estão em área privadas, onde os proprietários cobram um determinado valor aos turistas que querem conhece-los. Cada ponto tem uma taxa de entrada e tempo estimado de permanência. Os lugares turísticos são localizados em média a 30 km da cidade de Mateiros, sendo acessados pela TO 247 e TO 110. As estradas são precárias devido ao constante fluxo transitório de veículos e por não possuir pavimentação. Grande parte dos pontos têm placas de sinalização, o que facilita a identificação de cada ponto e a sua distância. A Cachoeira do Formiga que fica a 28 Km de Mateiros é um dos pontos mais visitados, segundo relato dos guias turísticos. Sua beleza natural está além das águas azuis cristalinas que possui, apesar de não ser alta, esta tem uma forte queda d água. Todo o entorno favorece para um ambiente equilibrado, tranquilo e aconchegante em meio a natureza, como mostra a Figura 2. É permitido acampar na Cachoeira do Formiga, porém não é permitido o consumo de bebidas alcoólicas na área de banho. O camping fica mais afastado da área de banho e próximo ao acesso principal para a cachoeira, como mostra a Figura 3. Figura 2 e 3: Cachoeira do Formiga e Área para camping.

A flora local possibilita enxergar as diversas espécies desconhecidas até então. Tudo favorece para a concepção de um ambiente natural e aconchegante. Elas emolduram toda a paisagem de forma harmoniosa e excepcional, ressaltando ainda mais as tonalidades do corpo hídrico, como mostra as Figuras 4 e 5. Para desfrutar do fervedouro localizado a 19 Km de Mateiros, é preciso pagar um valor, que é de R$20,00 permitindo 20 minutos de banho, a capacidade máxima é de 10 pessoas por vez. Figura 4 e 5: Fervedouro do Lino. Os fervedouros, que na região possui ao menos uma dezena, são um dos atrativos mais visitados, sendo conhecidos pelo fato de ser impossível afundar nas suas límpidas águas. É possível nota-lo nas Figuras 6 e 7, onde têm-se uma pequena percepção de movimento da areia ao fundo. Figura 6 e 7: Fervedouro do Lino. CONCLUSÃO: Consoante os fundamentos levantados, verificou-se que o Polo do Jalapão é um importante polo turístico do estado do Tocantins, sendo principal destino dos praticantes do ecoturismo. Suas belezas naturais atraem cada vez mais turistas e profissionais que tenham ligação direta com comunicação visual, como por exemplo fotógrafos, diretores de filmes e novelas, entre outros. Isso faz com que aqueça a economia local, garantindo a disseminação e divulgação dos aspectos sociais e ambientais de caráter sustentável. REFERÊNCIAS: BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Disponível em <http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomasbrasileiros/cerrado/unidades-de-conservacao-cerrado/2068-esec-serra-geral-do-tocantins>. Acesso em 03 de setembro de 2017, às 19:34 h. BRASIL, Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura. Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS). Disponível em < http://seden.to.gov.br/desenvolvimento-turistico/regioes-turisticas/pdtis/polo-jalapao/>. Acesso em 21 de agosto de 2017. BRASIL, Tocantins. Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Gestão das Unidades de Conservação do Tocantins. Disponível em <http://gesto.to.gov.br/uc/65/>. Acesso em 03 de setembro de 2017, ás 19:30 h.

BRASIL, Tocantins. Turismo Tocantins. Disponível em < http://turismo.to.gov.br/multimidia/revistas/>. Acesso em 02 de outubro de 2017, às 19:30 h.