AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL ABRIL DE 2013



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Transcrição:

AS RENOVÁVEIS EM PORTUGAL ABRIL DE 2013

ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. DADOS GERAIS 3. A CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTOS NACIONAL 4. O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE E NO DÉFICE TARIFÁRIO 5. ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS REGULATÓRIOS 6. O PAPEL DE PORTUGAL NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS 3

1.QUEM SOMOS 4

A APREN A APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis, é uma associação sem fins lucrativos, constituída em Outubro de 1988, com a missão de coordenação, representação e defesa dos interesses comuns dos seus Associados. São Associados da APREN empresas detentoras de licenças de estabelecimento de centrais de produção de electricidade renovável em regime especial (PRE-FER), assim como quaisquer pessoas, individuais ou colectivas, interessadas no desenvolvimento das energias renováveis em Portugal. A APREN desenvolve trabalho em conjunto com organismos oficiais e outras entidades congéneres a nível nacional e internacional, constituindo um instrumento de participação na elaboração das políticas energéticas para Portugal, promovendo o aproveitamento e valorização dos recursos renováveis nacionais para produção de electricidade. 5

REPRESENTATIVIDADE Tecnologia Representatividade Parques Eólicos (PE) 95% Pequenas Centrais Hídricas (PCH) 68% Solar Fotovoltaica (PV) 61% Biomassa 44% Ondas 43% PRE-FER 87% Nota: para o cálculo da representatividade da APREN, foram considerados os valores avançados pela DGEG na sua publicação Estatísticas Rápidas Renováveis, Outubro de 2013 (referentes a Portugal Continental), adicionando a potência instalada nas Regiões Autónomas. Ainda, no que concerne à eólica e à solar, foram excluídas as unidades de microprodução. 6

PROJECTOS E2P BASE DE DADOS DE CENTRAIS RENOVÁVEIS ONLINE http://e2p.inegi.up.pt/index.asp 7

PROJECTOS ENERGIZAIR BOLETIM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS http://energizair.apren.pt/ 8

PROJECTOS KEEP ON TRACK! MONITORIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PNAER Projecto iniciado em Julho de 2012 através de um consórcio coordenado pela EREC - European Renewable Energy Council, composto por onze Associações Nacionais de Energias Renováveis, onde se inclui a APREN, três parceiros científicos, um parceiro legal e um parceiro parlamentar. O principal objectivo é a monitorização da implementação dos Planos Nacionais de Acção para as Energias Renováveis através da publicação de um relatório anual onde constarão: Análise de estatísticas Identificação de barreiras Proposta de medidas correctivas Avaliação de cenários para 2020 e 2030 Será disponibilizado um helpdesk online onde todos os stakeholders poderão anonimamente tirar dúvidas sobre aplicação de legislação europeia em matéria de energia Ao longo da duração do projecto serão publicados vários policy briefings com dados sobre temas importantes em cada Estado-Membro 9

2. DADOS GERAIS 10

DADOS GERAIS EVOLUÇÃO 2000-2012 12 000 Evolução da potência renovável instalada em portugal 10 000 8 000 MW 6 000 4 000 2 000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Grande Hídrica Eólica Biomassa Pequenas Centrais Hídricas Solar PV Geotermia Ondas Legenda: PV fotovoltaica Biomassa inclui cogeração renovável, biogás, RSU (resíduos sólidos urbanos) Fonte: APREN 11

DADOS GERAIS EVOLUÇÃO 2000-2012 Evolução do consumo de electricidade e do peso das diferentes fontes de produção de electricidade no mix electrico nacional Peso das diferentes fontes de produção de electricidade (%) 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 3% 3% 3% 4% 5% 18% 20% 28% 33% 34% 3% 5% 5% 4% 2% 3% 1% 4% 14% 6% 71% 63% 60% 51% 56% 8% 9% 6% 14% 63% 12% 13% 16% 20% 20% 13% 19% 16% 7% 6% 7% 8% 11% 18% 15% 9% 51% 47% 46% 47% 24% 28% 10% 5% 33% 25% 21% 10% 5% 38% 27% 12% 11% 16% 35% 60 000 50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 Evolução do consumo de electricidade (GWh) 0% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 0 Térmica Importação PRE não Renovável Grande Hídrica PRE Renovável Consumo Total Fonte: REN, Análise APREN 12

DADOS GERAIS RESUMO 2012 Fonte: REN, Análise APREN A eólica foi a segunda maior fonte de produção de electricidade em Portugal Continental em 2012, atingindo os 10 TWh Em termos absolutos foram emitidas mais 2,7 milhões de toneladas de CO2 associadas à utilização de carvão (um aumento de 39% entre 2011 e 2012). Nas contas finais da produção eléctrica o aumento foi de 1,6 milhões de toneladas, resultante duma quebra elevada de funcionamento das centrais de ciclo combinado a gás natural associadas a menor consumo e maior importação. No total do sector electroprodutor verificou-se um aumento de 13% das emissões de CO2 13

DADOS GERAIS RESUMO 2012 Fonte: REN, Análise APREN A eólica correspondeu a 20% da produção de electricidade - a segunda maior penetração de energia eólica no mundo, apenas atrás da Dinamarca A produção de electricidade de origem renovável em regime especial (toda a renovável excepto a grande hídrica) abasteceu mais de ¼ do consumo nacional A produção total de energia elétrica a partir de fontes renováveis baixou 18% em relação a 2011. Porém, aplicando a correção da hidraulicidade, este valor passa para 52%, o que representa um aumento face aos 47% registados em 2011. 14

DADOS GERAIS RESUMO 2012 ESTATÍSTICAS DA PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE EM 2012 Produção (GWh) 2012 2011 Grande Hídrica 5 811 10 808 Fio de água 3 048 6 612 Albufeira 2 763 4 196 Térmica 17 778 19 435 Carvão 12 137 9 120 Gás Natural 5 641 10 315 PRO 23 589 30 243 Importação 8 297 4 448 Exportação 403 1 635 Saldo Importador 7 894 2 813 PRE fóssil 5 354 5 306 PRE Renovável 13 610 12 886 PCH 623 1 019 Eólica 10 012 9 003 Térmica renovável 2 629 2 601 Solar Fotovoltaica 346 263 PRE 18 964 18 192 TOTAL 50 447 51 248 Fonte: REN, Dezembro 2012 15

DADOS GERAIS MAR 2013 Fonte: REN, Análise APREN A PRE Renovável voltou a ser a principal fonte de produção de electricidade, seguida da Grande Hídrica, e só depois a Térmica PRO (fóssil) cuja produção tem descido significativamente ao longo do ano Tal com em Janeiro e Fevereiro, verificou-se um saldo importador negativo, i.e. Portugal exportou electricidade para Espanha, o que já não acontecia desde Março de 2011 16

DADOS GERAIS MAR 2013 A eólica cobriu 28% de todo o consumo de electricidade em Portugal Continental, o maior valor de sempre jamais registado As renováveis contribuíram no total com 74% do consumo de electricidade A produção em regime especial (PRE) garantiu metade (50%) do consumo de electricidade Fonte: REN, Análise APREN A contribuição das tecnologias hídricas tem vido a aumentar consideravelmente de uma média em 2012 de 11% 17 para 35% para a Grande Hídrica e de 1% para 5% para as Pequenas Centrais Hídricas (PCH)

3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL 18

IMPACTO NAS IMPORTAÇÕES 120,00 Evolução dos preços dos combustíveis fósseis 100,00 80,00 60,00 40,00 Brent USD / brl Brent / brl GN /MWh Carvão /MWh 20,00 0,00 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: APREN 19

IMPACTO NAS IMPORTAÇÕES A evolução dos preços dos combustíveis fósseis coloca um elevado grau de incerteza no valor das importações nacionais de produtos energéticos Importações de combustíveis fósseis (kton, Mm3) 18000 16000 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 Evolução das importações de produtos energéticos 10304 10535 8018 8228 7732 6380 2006 2007 2008 2009 2010 2011 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 Importação total (M ) Importação de petróleo bruto e refinados (kton) Importação de gás natural (Mm3) Importação de hulha (kton) Importação total (M ) Fonte: A Factura Energética Portuguesa, DGEG 20

IMPACTO NAS IMPORTAÇÕES O peso das importações de produtos energéticos no PIB ultrapassou os 6% em 2011, valor que só tinha sido atingido em 2008 com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis 7,0% Peso da importação dos produtos energéticos no PIB 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: A Factura Energética Portuguesa 2011, DGEG, Abril 2012 21

IMPACTO NAS IMPORTAÇÕES Custo evitado com importações de combustíveis fósseis (M ) 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Contributo da PRE-FER para a redução de importação de combustíveis fósseis 4,0 117 5,9 214 6,9 273 487 8,5 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 10,8 439 13,4 514 721 13,3 13,6 540 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 Produção em regime especial (TWh) Custo evitado com importações de combustíveis fósseis Produção PRE-FER Fonte: Roland Berger Strategy Consultants; APREN 22

REDUÇÃO DA DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA Dependência energética Evolução da dependência energética e do índice de produtibilidade hidroeléctrica 88,0% 86,0% 84,7% 1,3 84,0% 82,0% 81,9% 80,0% 78,0% 0,73 76,0% 74,0% 72,0% 84,4% 1,22 83,4% 1,04 87,2% 86,9% 86,7% 1,33 85,3% 84,3% 85,7% dependência energética média 1995-2005 ~85% 1,31 83,5% 83,7% 1,19 82,8% 1,08 82,1% 0,98 79,8% 0,8 0,75 0,76 0,77 0,68 76,8% 0,56 0,42 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 Índice de produtibilidade hidroeléctrica 70,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 0 Dependência energética Índice de produtibilidade hidroeléctrica Fonte: EDP. DGEG A maior utilização dos recursos endógenos para produção de electricidade renovável em regime especial, em particular a eólica, permitiu nos últimos anos reduzir a dependência energética de Portugal em cerca de 7% A partir de 2005 quebrou-se a correlação entre o regime hidrológico e a dependência energética: mesmo em anos mais secos a dependência energética diminuiu 23

REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE GEE Custo evitado com compra de licenças de CO2 (M ) 120 100 80 60 40 20 0 Contributo da PRE-FER para a redução das emissões de gases com efeito de estufa 112 108 105 10,18 88 8,18 7,57 75 6,74 62 5,10 46 4,10 4,45 2,70 4 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Emissões evitadas (Mton) Custo evitado com compra de licenças de CO2 (M ) Emissões evitadas (Mton) Fonte: EWEA, SENDECO 2, APREN 24

CRIAÇÃO DE EMPREGO Emprego gerado pelo Sector das Energias Renováveis Postos de Trabalho 2008 2012 2015 Emprego Directo 2 400 4 800 5 800 Emprego Indirecto 33 700 43 000 55 000 TOTAL 36 100 47 800 60 800 Fonte: Estudo do Impacto Macroeconómico do Sector das Energias Renováveis em Portugal, Deloitte, Dezembro 2009 Dados actualizados a Dezembro 2011 6.500 postos de trabalho de emprego directo, dos quais 2.000 na indústria eólica 1.500 no desenvolvimento de centros electroprodutores renováveis 3.000 total no sector solar (incluindo sector doméstico e solar térmico) (Fonte: recolha directa às empresas) 25

PIB NACIONAL Contribuição do Sector das Energias Renováveis para o PIB Nacional Milhões de 2008 2012 2015 Contribuição Directa 1100 1720 2220 Contribuição Indirecta 990 1480 1900 TOTAL 2090 3200 4120 Fonte: Estudo do Impacto Macroeconómico do Sector das Energias Renováveis em Portugal, Deloitte, Dezembro 2009 26

CAPTAÇÃO DE INVESTIMENTO Investimento total de 8.500 M em potência instalada 69% do capital das empresas é estrangeiro (o que traduz um grande potencial de atracção de investimento estrangeiro) Investimento de 500 M na indústria solar e eólica Investimento extra entre 9 e 13 M, das fábricas da Enercon e Saertex na ampliação e adaptação de duas fábricas, e criação de uma unidade empresarial de raiz, para a fabricação de um novo modelo de aerogerador Pagamentos dos produtores de electricidade de origem renovável em regime especial de 200 M em contrapartidas pagas ao estado nos concursos para atribuição de potência (eólica 2005, PCHs e PV 2010) 27

DESENVOLVIMENTO REGIONAL / DOS MUNICÍPIOS 2,5% facturação eólica é paga aos municípios: 24 M em 2012, 96 M acumulados entre 2002 e 2012 Rendas de terrenos eólicos: 19 M em 2012, 96 M acumulados entre 2002 e 2012 Execução de diferentes tipos de benfeitorias: ex. reparação de estradas, colaboração com corpos de bombeiros e na melhoria da rede primária de incêndios (limpeza de faixas e acessos de cumeada), apoio a iniciativas culturais e escolares, acções de preservação e enriquecimento dos habitats locais 28

AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES Exportações previstas ao longo da vida do cluster industrial eólico: ENEOP + Ventinveste = 1 800 + 600 MW respectivamente (aproximadamente 900 + 300 aerogeradores, respectivamente) 200 M em exportações da fábrica da Enercon em 2012 Exportação de serviços Ex. consultadoria na avaliação de recursos renováveis: Megajoule e INEGI Internacionalização de empresas EDP Renováveis 3ª maior empresa de energias renováveis a nível mundial 29

BENEFÍCIOS DAS RENOVÁVEIS As renováveis aportam benefícos a vários sectores: Veja mais em http://www.apren.pt/gca/?id=319 30

4. O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE E NO DÉFICE TARIFÁRIO 31

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE Veja mais em http://www.apren.pt/gca/?id=352 32

DIVISÃO TOTAL DA FACTURA DE ELECTRICIDADE DE UM CONSUMIDOR DOMÉSTICO* EM 2013 Taxa exploração DGEG Imposto especial (ISP electricidade) 0,2% 0,4% Contribuição audiovisual IVA 2,6% 4,8% 1,7% 4,8% Rede de transporte Rede de distribuição 12,9% 18,0% Outros Uso Global de Sistema Energia Comercialização Apoios à PRE Renovável Apoios à PRE não Renovável 1,7% 2,3% 1,9% 22,1% 2,9% Apoios à PRO (CAEs e CMECs) 27,0% Pagamento de défices de 2006,2007 e 2009 e convergência tarifária das Regiões Autónomas Sobrecusto Regiões autónomas -3,2% Outros CIEGS Fonte: ERSE, Análise APREN * BTN simples com 6,9 kva de potência contratada 33

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO GERAL DA TARIFA 23% Tarifa de Consumo + Potência contratada Taxas e Impostos 77% Fonte: ERSE, Análise APREN 34

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO GERAL DA TARIFA DIVISÃO DAS TAXAS E IMPOSTOS 23% Tarifa de Consumo + Potência contratada 0,6% 2% 77% Taxas e Impostos 21% Taxa exploração DGEG Imposto especial (ISP electricidade) Contribuição audiovisual 77% IVA Fonte: ERSE, Análise APREN 35

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO GERAL DA TARIFA 23% 77% Tarifa de Consumo + Potência contratada Taxas e Impostos DIVISÃO DA TARIFA DE CONSUMO + POTÊNCIA CONTRATADA 3% 4% Rede de transporte 35% 29% Rede de distribuição CIEGs Uso Global de Sistema - Outros Energia -4% 34% Comercialização Fonte: ERSE, Análise APREN 36

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO DA TARIFA DE CONSUMO + POTÊNCIA CONTRATADA 35% -4% 3% 4% 34% 29% Rede de transporte Rede de distribuição CIEGs Uso Global de Sistema - Outros Energia Comercialização DIVISÃO DOS CIEGS 18% 9% 7% Apoios à PRE Renovável Apoios à PRE não Renovável Apoios à PRO (CAEs e CMECs) 10% 6% Pagamento de défices de 2006,2007 e 2009 e convergência tarifária das Regiões Autónomas Sobrecusto Regiões autónomas 50% Outros CIEGS Fonte: ERSE, Análise APREN 37

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO DOS CIEGS 9% 18% 7% Apoios à PRE Renovável Apoios à PRE não Renovável Apoios à PRO (CAEs e CMECs) DIVISÃO DOS APOIOS À PRE RENOVÁVEL 10% 6% 50% Pagamento de défices de 2006,2007 e 2009 e convergência tarifária das Regiões Autónomas Sobrecusto Regiões autónomas 8% Eólicas Hídricas Outros CIEGS 17% Biogás 2% 8% 54% Biomassa Fotovoltaica e energia das ondas 6% 1% 5% RSU Térmica - Cogeração renovável Microgeração (renovável) Fonte: ERSE, Análise APREN 38

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NA FACTURA DE ELECTRICIDADE DIVISÃO DOS APOIOS À PRE RENOVÁVEL Eólicas DIVISÃO DA PRODUÇÃO PRE RENOVÁVEL (GWh) 1% Eólicas 17% 2% 8% 6% 1% 5% 8% 54% Hídricas Biogás Biomassa Fotovoltaica e energia das ondas RSU Térmica - Cogeração renovável 1% 1% 5% 3% 12% Hídricas Biogás Biomassa 7% Fotovoltaica e energia das ondas 69% RSU Térmica - Cogeração Renovável Microgeração Microgeração (renovável) Fonte: ERSE, Análise APREN Nota: A divisão dos pagamentos à PRE Renovável é função não só do custo por tecnologia mas também da quantidade de electricidade produzida. Por exemplo as eólicas pesam 54% nos apoios mas 69% na produção 39

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NO DÉFICE TARIFÁRIO Veja mais em http://www.apren.pt/gca/?id=351 40

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NO DÉFICE TARIFÁRIO DIVISÃO DO DÉFICE TARIFÁRIO POR RÚBRICA EM MILHARES DE EUROS k 4 000 000 3 500 000 3 000 000 2 500 000 2 000 000 1 500 000 Outros Regiões Autónomas PRO PRE Não Renovável PRE Renovável 1 000 000 500 000-2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: ERSE, Análise APREN 41

O IMPACTO DAS RENOVÁVEIS NO DÉFICE TARIFÁRIO DIVISÃO DO DÉFICE TARIFÁRIO POR RÚBRICA EM % 100% 90% 7% 7% 6% 8% 7% 7% 3% 2% 2% 3% 80% 70% 48% 42% 31% 60% 50% 78% 63% 64% 65% 22% Outros Regiões Autónomas PRO 40% 18% PRE Não Renovável PRE Renovável 30% 20% 10% 22% 52% 7% 7% 7% 15% 15% 15% 33% 43% 0% 0% 0% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: ERSE, Análise APREN 42

5. ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS REGULATÓRIOS 43

ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS REGULATÓRIOS EM PORTUGAL MoU Maio 2011 Decreto-Lei n.º 25/2012 - Fevereiro 2012 (moratória - suspende a atribuição de nova potência) Despacho n.º 3316/2012 - Março 2012 (suspensão processos de PCHs) Consulta Pública para a revisão do PNAER Abril 2012 Acordo com promotores eólicos Agosto 2012 Decretos-Lei n.º 215-A/2012 e 215-B/2012 Outubro 2012 (alterações do sistema eléctrico) Decreto-Lei n.º 35/2013 Fevereiro 2013 (vincula o acordo com promotores eólicos e altera as condições remuneratórias das PCHs) Comunicado do Conselho de Ministros Fevereiro de 2013 (aprova a nova versão do PNAER) 44

6. O PAPEL DE PORTUGAL NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS 45

O PAPEL DE PORTUGAL NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS Portugal possui um mix invejável de recursos renováveis, pois temos montanhas para aproveitar a energia hídrica, muitas horas de radiação para aproveitar a energia solar, muitas horas de vento para aproveitar a energia eólica e uma das maiores plataformas continentais para aproveitar as energias offshore. Portugal é tido como um exemplo a nível internacional no aproveitamento das energias renováveis, sendo o 4º país da Europa com maior penetração de renováveis no consumo de energia e o 2º país do mundo com maior penetração de eólica no consumo de electricidade. As empresas e os técnicos portugueses têm um know how muito apetecível a nível internacional, veja-se o caso da State Grid que comprou a REN para utilizar os seus conhecimentos na integração da energia eólica na China. Os portugueses devem ter orgulho do papel de Portugal nas energias renováveis. As renováveis devem ser encaradas como uma política de carácter transversal e continuado sendo uma das bandeiras do nosso país, e como um exemplo de um sector que contribui para a economia, criação de emprego, qualidade ambiental e desenvolvimento regional (entre outros). 46

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