Eólicas aceitam mudanças, solares na expecativa
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- Nina Schmidt Ribeiro
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1 Eólicas aceitam mudanças, solares na expecativa Tiragem: Pág: 4 Área: 27,11 x 32,99 cm² Corte: 1 de 5 São conhecidas algumas medidas, mas não todas. O sector sente-se parado, mas tem esperança que a aposta nas energias renováveis continue. IRINA MARCELINO irina.marcelino@economico.pt Cortes nas rendas e nos subsídios. Mudança súbita na estratégia para as energias renováveis. Travão a fundo? Associações e Ministério tentam chegar a consensos para que a estratégia nacional não deixe de passar pelas energias verdes, apesar de já terem surgido notícias de intenções no corte das metas para E se do lado do ministro as palavras escolhidas nem sempre são as mais doces, as empresas e associações apenas querem que a vida -eos seus negócios - não parem. A uma publicação, o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade,dissenãoestarcontraaaaposta nas energias renováveis. A aposta é para manter, mas não sem olhar a custos. 1 Eólicas A APREN regozija-se pelo resultado das negociações com a Secretaria de Estado da Energia, que resultaram num corte de 140 milhões nas rendas pagas, considerando que foi um bom acordo para o país, que resultou da atitude de ambas as partes em promover soluções positivas. É este o primeiro parágrafo do comunicado enviado às redacções pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) depois de ter chegado a um consenso com o ministério da tutela. Até agora, o único consenso atingido foi nas eólicas. O acordo é, porém, de princípio, estando neste momento fechado apenas com o sector das eólicas, que representam mais de 80% de toda a potência renovável instalada, com excepção para as grandes hídricas. Os produtores eólicos aderem a um regime em que efetuam pagamentos ao Sistema Eléctrico Nacional (SEN) destinados à diminuição das tarifas para os consumidores e a abater o défice tarifário, ficando vinculados a um sistema de preços máximos e mínimos durante um período de cinco a sete anos após o fim da atual tarifa bonificada que recebem, afirmou o ministério da Economia. Agora, resta apenas esperar pela reacção das empresas e da sua adesão voluntária. ARTUR TRINDADE Secretário de Estado da Energia A aposta [nas energias renováveis] é para manter, mas não sem olhar acustos. 2 Mini-hídricas De acordo com as notícias vindas a público em Maio, o Governo quer reduzir em cerca de 10 anos o prazo da actual tarifa garantida para as pequenas centrais hidroeléctricas, impondo um tecto de 25 anos. As contas do Ministério da Economia projectavam, à altura, cortes entre 285 milhões a 375 milhões de euros, no período entre 2013 a 2030, números contestados pelosector.deacordocomaapren,está previsto umacréscimo de 45 megawatts de potência para este sector. Além disso, foram ainda suspensos todos os processos de atribuição de novas licenças até Solar e fotovoltaico Aguardamos com expectativa uma revisão do projecto-lei para a área da micro e da minigeração, afirma Maria João Rodrigues, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR). Contamos com a fusão dos dois sistemas e também a introdução da net metring, um conceito de rede inteligente que prevê que os micro e mini-produtores de electricidade, que hoje vendem tudo o que produzem à rede, passem também a consumir. Estes são os dois temas em que a APISO- LAR tem alguma esperança. Apesar dos objectivos para os micro e miniprodutores em 2012 ter sido 50% abaixo do ano anterior. A grande dúvida é sobre os regimes bonificados. Nós achamos que o regime bonificado deve manter-se por mais dois anos, mantendo-se a redução de tarifas que estava prevista. Se acabar já a bonificação, então estamos em muito maus lençóis, afirma a presidente. Isto porque já se sente a evolução negativa das empresas que operam nesta área - há muitas empresas a falir, a despedir, a redireccionarse para outras áreas e também a sair da associação por falência. Se no ano passado esta contava com 168 associados, hoje estes são apenas 123. Maria João Rodrigues confia que o Governo perceba a importância do sector para a economia nacional. E sublinha que qualquer legislação que promova a net metring pode contribuir para aumentar a experiência das empresas portuguesas que começam a olhar para fora, nomeadamente para o Brasil. Marcelo del Pozo/Reuters A potência eólica instalada no final de Maio de 2012 era de 4320 MW distribuídos por 220 parques. São mais de2.259 aerogeradores instalados a nível nacional.
2 Pág: 5 Área: 27,19 x 32,84 cm² Corte: 2 de 5 Percentagem de produção renovável no abastecimento do consumo nacional Jan-Ago Jan-Ago Hídrica Eólica Fotovoltaica Outras Total Renovável Fonte: REN e DGEG HÍDRICA O total da potência instalada renovável atingiu MW, no final de maio. A produção de energia eléctrica registou entre janeiro a maio uma quebra de 36%. A culpa é da hídrica, que caiu 68%. -68% FOTOVOLTAICO Até Maio de 2012 foram licenciados mais 23% de instalações produtoras de electricidade renovável. O maior aumento registou-se no fotovoltaico, que passou de 110 para 171MW. 171MW REGIÕES A potência de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, exceptuando a hídrica, está 85%a instalada em Viseu, Viana do Castelo, Lisboa, Guarda, Leiria, Braga e Santarém. 85%
3 Pág: 2 Área: 26,72 x 25,39 cm² Corte: 3 de 5 Foram feitos cortesnas tarifas pagas à energia eólica. O sector aceitou por ser um bom acordo para o País. Tomohiro Ohsumi/Bloomberg O que vai mudar no sector das renováveis em Portugal PÁGINA 4 E 5
4 Pág: 1 Área: 26,65 x 30,80 cm² Corte: 4 de 5 ENERGIAS RENOVÁVEIS O presente e o futuro das energias verdes O que está a mudar nas energias renováveis Marcelo del Pozo/Reuters
5 Pág: Capa Área: 13,32 x 5,32 cm² Corte: 5 de 5 ENERGIAS RENOVÁVEIS Descubra o presente e o futuro das energias verdes O que está a mudar nas energias renováveis e quem são os protagonistas nas diferentes empresas. SUPLEMENTO
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