Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal do Judicial de Vila Nova de Famalicão 4º Juízo Cível Processo nº 4045/10.4TJVNF V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº 206 013 876, Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que já foi junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 26 de Janeiro de 2011 Página 1 de 1
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão I Identificação do Devedor Sampaio & Oliveira, Lda., sociedade comercial por quotas com sede na Rua de Atão, Pavilhão 4, freguesia de Pedome, concelho de Vila Nova de Famalicão, com o NIPC 501 981 373, tendo por objecto social o comércio de materiais de construção civil. A sociedade, que iniciou a sua actividade em 1 de Março de 1988, encontra-se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão sob o nº 501981373 (corresponde à anterior matrícula nº 2099/19880510 desta mesma Conservatória) e tem actualmente a seguinte estrutura societária: Sócio Valor da Quota João Manuel de Oliveira Sampaio 40.000,00 Jacinta Maria Dinis de Sousa Sampaio 10.000,00 Total do Capital Social 50.000,00 É necessária a intervenção de um gerente para obrigar a sociedade. A gerência da sociedade está atribuída, desde 1 de Junho de 2006, em exclusivo, ao sócio João Manuel de Oliveira Sampaio. II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O estabelecimento da sociedade insolvente, que corresponde à sua sede social, localiza-se na Rua de Atão, Pavilhão 4, freguesia de Pedome, concelho de Vila Nova de Famalicão. O local em causa é arrendado. Observemos um resumo das demonstrações financeiras da sociedade insolvente para os anos de 2007, 2008 e 2009: Rubricas 2007 2008 Variação 2008/2007 2009 Variação 2009/2008 Volume de Negócios 735.156 736.695 1.539 0% 361.547-375.148-51% C.M.V.M.C. 561.423 568.711 7.287 1% 302.568-266.142-47% Margem Bruta 23,63% 22,80% 16,31% F.S.E. 42.695 47.423 4.728 11% 24.648-22.775-48% Custos com o Pessoal 57.067 75.596 18.529 32% 58.819-16.777-22% Total dos Proveitos e Ganhos 744.088 746.069 1.980 0% 376.589-369.480-50% Total dos Custos e Perdas 745.434 772.177 26.743 4% 453.478-318.699-41% Resultados Operacionais 44.965 21.053-23.912-53% -48.933-69.986-332% Resultados Financeiros -42.854-46.173-3.319 8% -35.939 10.234-22% Página 1 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão Rubricas 2007 2008 Variação 2008/2007 2009 Variação 2009/2008 Resultado Líquido -1.346-26.108-24.763 1840% -76.889-50.781 195% Activo 932.845 821.295-111.550-12% 672.156-149.138-18% Imobilizado 460.908 462.448 1.541 0% 423.429-39.019-8% Amortizações -175.637-198.879-23.243 13% -182.932 15.948-8% Existências 341.775 342.250 475 0% 250.594-91.656-27% Dívidas de Terceiros 288.397 212.546-75.852-26% 179.629-32.916-15% Disponibilidades 17.402 2.930-14.472-83% 1.436-1.494-51% Passivo 758.609 619.021-139.588-18% 546.772-72.249-12% Capital Próprio 174.236 202.274 28.038 16% 125.384-76.889-38% Capital 50.000 50.000 0 0% 50.000 0 0% Prestações Suplementares 95.855 150.000 54.145 56% 150.000 0 0% Nº Médio de trabalhadores 8 7-1 -13% 4-3 -43% Como se verifica pelos valores supra, no ano de 2009 a sociedade insolvente teve uma quebra no seu volume de negócios, relativamente ao ano de 2008, de mais de 50%. A principal explicação para esta redução é a grave crise que se verifica no sector da construção civil, e a falência de alguns clientes com peso na actividade da sociedade insolvente. A par da redução no volume de negócios, verifica-se igualmente uma redução na margem bruta das vendas, que também reduz de cerca de 23% dno ano de 2008 para cerca de 16% no ano de 2009. A sociedade insolvente ainda tomou medidas com vista a reduzir os seus custos fixos reduziu os seus colaboradores de 7 para 4 contudo esta ficou bastante aquém da redução no volume de negócios: a redução dos custos com o pessoal 22% no ano de 2009 comparativamente ao ano de 2008. A parte desta situação, verifica-se igualmente uma grande dependência da sociedade aos capitais alheios, já que os custos financeiros anualmente suportados tem um valor bastante avultados quando comparados com os resultados operacionais. A conjugação de todas estas situações leva, de forma inevitável, a graves problemas ao nível da sua tesouraria e que conduzem a situações de incumprimento perante os seus credores. Perante o incumprimento, nomeadamente junto dos fornecedores, a sociedade viu-se com cada vez mais dificuldades em renovar/substituir o stock dos artigos que vende o que, também contribuiu para que os seus clientes a trocassem pela concorrência. A gerência da sociedade ainda tentou com o presente processo de insolvência dar a volta à situação, contudo, perante os resultados da actividade no mês de Dezembro Página 2 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão de 2010 e no actual mês de Janeiro de 2011 conclui que não tem capacidade para apresentar um plano de insolvência aos credores, optando pelo encerramento do estabelecimento da sociedade insolvente e a sua liquidação. III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A contabilidade da sociedade insolvente está processada até ao final do mês de Novembro de 2010, tendo sido cumpridas todas as obrigações declarativas até esse período. Pela análise que foi feita dos elementos de contabilidade disponibilizados, tudo indica que esta reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira, com excepção do valor contabilístico das existências de mercadorias Euros 250.593,72 já que este não traduz, em minha opinião, o justo valor das mesmas. IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Foi intensão da sociedade insolvente apresentar aos credores um plano de insolvência que previsse a manutenção da actividade do seu estabelecimento bem como um plano de pagamento para o seu passivo. Contudo, perante os resultados da actividade no mês de Dezembro de 2010 e no actual mês de Janeiro de 2011 a gerência conclui que tal não é possível, optando pelo encerramento da actividade do estabelecimento da sociedade insolvente e a sua liquidação. Perante esta situação, deverão os credores deliberar no sentido do encerramento da actividade do estabelecimento do devedor, nos termos do nº 2 do artigo 156º do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas, bem como determinar a liquidação do seu activo. Castelões, 26 de Janeiro de 2011 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 3 de 3
Insolvência de Sampaio & Oliveira, Lda. Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Barcelos Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa insolvente: I - Bens e direitos cuja propriedade pertence à sociedade insolvente: A - Bens localizados na sede da sociedade insolvente: Verba nº 1: Stock de mercadorias, constituído por artigos sanitários, acessórios sanitários, mobiliário para casas de banho, artigos de bricolagem, com um valor de mercado estimado de Euros 15.000,00 Verba nº 2: Três computadores da marca IBM, com monitores TFT da maca HP 1502, três impressores da marca EPSON, modelos 1200, 1150 e 1005, uma central telefónica da marca Astra Office, uma fotocopiadora da marca MITAQ DC 1460, um fax da marca OKI Office, uma secretária e seis móveis com janelas de vido, tudo com um valor de mercado estimado de Euros 500,00 Verba nº 3: Viatura ligeira de mercadorias, da marca Renault, modelo Kangoo, com cilindrada de 1870 cm 3, com matrícula 75-31-MH de Novembro de 1998, com o valor de mercado estimado em Euros 300,00 B - Bens localizados fora da sede da sociedade insolvente: Verba nº 4: Bens penhorados e removidos no âmbito do processo de execução nº 4446/09.0TJVNF do 2º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão: Verba Descrição Valor 1 1 Base de Chuveiro da marca ROCA - 1,20 x 0,80M - Verde água 50,00 2 2 Bases de Chuveiro da marca EXPOBANHO - 1,00 x 0,80M - Branca Um conjunto de louça de Casa-de-Banho: 3 a) Sanita EL-1, da marca GALASSIA, b) Vidé, c) Sanita com Tampa, d) Torneira misturadora KONIK, e) Lavatório com respectiva misturadora. 4 a) 4 Torneiras misturadoras PAFFONI (fonte) b) 4 Torneiras de lavatório PAFFONI 160,00 5 1 Salamandra DEVILLE, de cor castanha (nova) 150,00 6 3 Misturadoras (torneira) de cozinha, da marca GROBER 50,00 Página 1 de 3
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Barcelos Verba Descrição Valor 7 3 Conjuntos de Chuveiros compostos por Rampas de chuveiro com mangueira e chuveiro da marca HANSGROHE 150,00 8 4 Chuveiros da marca HANSGROHE 50,00 9 1 Janela da marca VELUX, Stand, GHL 3000 M06, com 5 acessórios 500,00 10 1 Coluna de Chuveiro com Hidromassagem da marca PROFILTEK 11 1 Conjunto de Louças SANITANA constituído por Sanita e Vidé, (o Vidé contém misturadora da marca GROBER) a) 1 Conjunto de Louças da marca SIFIAL, Sanita e Vidé 12 b) 1 Lavatório da marca FIORI com torneiras quadradas HRR c) Cifão 150,00 13 1 Cabine de Hidromassagem completa da marca PROFILTEK, modelo IBIZA com entrada em madeira 500,00 14 a) 1 Conjunto de Louças de Casa-de-Banho, Sanita e Vidé JADE suspenso 150,00 b) 2 Lavatórios STYLE com torneiras Prelude 60 CR a) 1 Conjunto de Louça de Casa-de-Banho, Sanita e Vidé (com torneira) da marca DURAVIT 15 b) Lavatório ALTHEA c) Torneira GROBER d) Móvel em madeira ROYOBATH 300,00 16 1 Conjunto de Louças de Casa-de-Banho da marca DURAVIT com torneira de Vidé da marca AXOR Stark II 300,00 17 a) 1 Lavatório em vidro da marca BANHOS LIMA, 0,80 x 0,45 e torneira misturadora 150,00 b) Móvel em madeira escura + espelho 18 a) 1 Conjunto de Louça da marca CATALANO, Sanita e Vidé, com misturadora HILL b) 1 Lavatório da marca ROCA, modelo BOL 19 1 Conjunto de Louça da marca DURAVIT Starck I, Sanita e Vidé + misturadora da GROBER 500,00 20 1 Lavatório da marca BELLAVISTA + Misturadora FELIROSSI 50,00 21 1 Conjunto de Louças, Sanita e Vidé da marca SANGRÁ com misturadora HRR 22 a) 1 Conjunto de Louças de Casa-de-Banho da marca SANINDUSA, Vidé e Sanita b) Misturadora da marca GROBER 23 1 Coluna de Hidromassagem CR 24 1 Coluna de Hidromassagem PROFILTEK com chuveiro HOUSTON em inox 250,00 a) 1 Misturadora STARK II 25 b) 1 Misturadora HANSGROBE Tabs S c) 1 Misturadora AXOR Stark I d) 1 Misturadora HRR oval e) 1 Misturadora GROBER Party Total da avaliação dos bens penhorados 4.360,00 Os bens atrás descritos foram penhorados e removidos em 1 de Outubro de 2010 e estão depositados na Rua das Boucinhas, nº 84, freguesia de Airão (Santa Maria), concelho de Página 2 de 3
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Processo nº 4045/10.4TJVNF do 4º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Barcelos Guimarães, sendo fiel depositário o Sr. Júlio Manuel Oliveira Machado, residente na morada atrás referida. II - Bens e direitos cuja propriedade não pertence à sociedade insolvente, ou encontra-se reservada a favor de terceiros: Verba nº 5: Viatura ligeira de mercadorias, da marca Toyota, modelo Dyna (KDY250)- SD, com cilindrada de 2494cm 3, com matrícula 98-CG-14 de Outubro de 2006, com o valor de mercado estimado de, pelo menos, Euros 5.000,00 Contrato de mútuo celebrado com a Finicrédito - Instituição Financeira de Crédito, S.A., estando em dívida, à data da insolvência, Euros 4.988,44 (existe reserva de propriedade sobre o bem) Castelões, 26 de Janeiro de 2011 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 3 de 3