B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2015 NÚMERO DO DIA 54 mi foi a oferta que o Levante (ESP) recusou para ser vendido ao dono do Phoenix Suns EDIÇÃO 307 Avaí descarta venda de mando de campo por plano de Série A POR ADALBERTO LEISTER FILHO Tentado por uma proposta de R$ 700 mil para transferir para o estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), o jogo contra o Fluminense, marcado para dia 8 de agosto, o Avaí avisou que vendeu a partida... Para seus torcedores. A ação do clube catarinense foi divulgada nesta quarta-feira (29) pelas redes sociais. No estádio da Ressacada, a expectativa é que o clube vá faturar um valor bem inferior. Por isso, a diretoria conclamou os torcedores do clube a apoiar o time em Florianópolis. Temos conseguido, em média, R$ 100 mil a R$ 150 mil por partida. A ideia é que, com essa ação, a gente possa lotar a Ressacada e conseguir uns R$ 250 mil, que ainda assim é menos da metade do valor oferecido para mandar o jogo no Mané Garrincha, contabiliza Thiago Pravatto, coordenador de marketing do Avaí, em entrevista à Máquina do Esporte. O estádio da Ressacada possui capacidade para 17.500 torcedores, tamanho bem inferior ao estádio de Brasília, reformado para ser uma das sedes da última Copa do Mundo, que possui capacidade para quase 70 mil pessoas. Segundo o executivo, a ideia do clube é pensar a longo prazo. A venda do mando de campo pode render um lucro imediato, mas seria como perder a vantagem de jogar em casa com o time carioca. Sabemos que, em Brasília, 90% dos torcedores seriam do Fluminense. Vale mais a pena conquistar os pontos em casa e permanecer na Série A, que tem possibilidadede de arrecadação maiores, justificou Pravatto, referindo-se especificamente às cotas de TV mais polpudas. O clube hoje ocupa a 14ª posição, com 17 pontos, e tenta se afastar da zona do rebaixamento. A ação para chamar a torcida também visa aumentar o número de sócios-torcedores do Avaí, que hoje está em quase 10 mil associados. Vamos fazer campanha para chegar aos 10 mil e, depois, a 15 mil, completou Pravatto. 1
Fifa terá de eliminar os seus tumores para seguir adiante POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte Passados menos de dois meses da renúncia de Joseph Blatter à presidência da Fifa, o caminho para a sucessão do dirigente suíço começa a ficar um pouco mais claro. O lançamento da candidatura de Michel Platini nesta semana (leia na página 5) pode ser a solução que tantos - de dentro e fora da entidade - almejam para o futuro do futebol. Platini passou até agora quase incólume aos escândalos de corrupção do mundo da bola. É certo que um jornal britânico noticiou recentemente que o francês teria recebido propina para apoiar a candidatura do Qatar a sede da Copa do Mundo de 2022. De lá para cá, porém, nenhuma investigação comprovou o suborno até agora. O fato é que Platini conhece como poucos as entranhas da Fifa. Para Joseph Blatter e seus asseclas, a presença do dirigente francês é uma garantia de que nenhum esqueleto será retirado do armário. Aos patrocinadores, é a imagem da renovação com um ex-craque dos gramados no comando da entidade pela primeira vez na história. Com apoio da maior parte dos países da Europa e namoro avançado com as nações de Conmebol e Concacaf, Platini desponta como o favorito na disputa marcada para fevereiro e que ainda espera candidatos. Mas, se quiser resgatar sua credibilidade, a Fifa terá que expor suas feridas e extirpar seus tumores para seguir adiante. Não basta esconder a sujeira embaixo do tapete. Quem sabe assim o futebol atinja novos patamares e seja capaz de alcançar o tamanho e a importância que realmente tem no mundo. LNB e NBA promovem encontro com executivos de marketing em São Paulo POR REDAÇÃO Como construir uma marca líder global? Rsse é o mote de um evento que a Liga Nacional de Basquete (LNB) e a NBA, a liga de basquete dos Estados Unidos, promovem em São Paulo. Restrito a convidados, o evento terá palestras com executivos de marketing da NBA e conta com a promoção da Máquina do Esporte. Eles falarão sobre como o esporte é usado como plataforma de expansão global dentro da estratégia de uma marca e o contexto da NBA. O evento está programado para ter início às 8h, com um cofee break. Depois, entre 9h e 12h haverá um ciclo de palestras. O principal nome do evento é Pam El, vice-presidente executiva e diretora de marketing da NBA. Eleita uma das 100 mulheres mais influentes do mercado americano, Pam é hoje responsável por toda a operação global de marketing da NBA. Além dela, falarão Gustavo de Mello, vice-presidente de marketing, estratégia e planejamento da NBA, Arnon de Mello, diretor executivo da NBA no Brasil, e Jene Elzie, VP internacional da NBA. O evento é o primeiro do gênero promovido por uma entidade esportiva no Brasil e já é fruto da parceria que foi fechada entre a LNB e a NBA no início deste ano, em que a liga americana vai cooperar para o desenvolvimento do basquete no Brasil emprestando seu expertise à LNB.
Diretoria convence Conselho, e São Paulo terá terceira camisa POR DUDA LOPES O São Paulo terá, pela primeira vez, uma terceira camisa que será usada em partidas oficiais. A nova camisa será lançada em outubro, mas o clube não quis dar detalhes sobre o desenho da vestimenta. A diretoria do São Paulo saiu satisfeita da reunião do conselho na última terça-feira porque, após a apresentação dos planos do novo CEO, Alexandre Bourgeois, de refinanciar as dívidas do clube. Além da apresentação do plano, a votação pela terceira camisa foi praticamente consensual. Apenas um conselheiro votou contra. Mesmo antes do apoio dos conselheiros, o São Paulo já planejava o terceiro uniforme. Sua fabricação foi acordada com a Under Armour, empresa de material esportivo que fechou contrato com o clube neste ano. Normalmente, os parceiros do São Paulo têm dificuldade para inovar no uniforme. Além da proibição da terceira camisa, vigente até esta semana, o clube tem regras fixas para o desenho do uniforme, o que restringe qualquer inovação. Em 2013, o São Paulo abriu uma exceção à Penalty, que fez uma camisa toda vermelha, em homenagem às novas cadeiras do Morumbi. Apesar da venda alta, seu uso ficou restrito a uma partida. Em outros clubes do mundo, inclusive no Brasil, o terceiro uniforme virou rotina em todas as temporadas. Entre os rivais do São Paulo, o Corinthians deverá lançar uma camisa laranja com a Nike, e o Palmeiras mantém um uniforme azul entre suas camisas produzidas pela Adidas. Após MP, Corinthians e Fla apresentam time feminino As duas maiores torcidas do Brasil ganharam, recentemente, times de futebol feminino. Ainda que não falem abertamente, a iniciativa foi anunciada após a aprovação da MP do Futebol no Senado. No texto da Medida Provisória, uma das exigências para o refinanciamento das dívidas é, justamente, o investimento em um time feminino. A cláusula sobre a formação da equipe sofreu mudança no Congresso. A diferença esteve na porcentagem do faturamento do clube que deve ser investida em esportes olímpicos e no futebol de mulheres, que caiu de 30% para 20%. Segundo o Flamengo, a MP do Futebol não teve influência na formação do time. Para o gerente de marketing Dirceu Rodrigues, o que faltava era uma parceria. Não foi a primeira vez que tentamos fazer um time, mas ele precisava ser sustentável. Dessa vez, a conta fecha, comentou ele. A equipe saiu do papel graças a uma parceria com a Marinha. O time recém-formado já entrou em campo pelo Campeonato Estadual do Rio. Já o Corinthians manteve o mistério. O clube fez o anúncio do novo time pela página oficial do clube no Facebook. No entanto, procurado pela Máquina do Esporte, o clube não quis abrir nenhum detalhe sobre a equipe neste momento. 4
POR ERICH BETING Adidas usa prova de rua para reforçar conceito de tênis Na busca pelo consumidor que é o maior formador de opinião na corrida de rua, a onda das marcas agora é ter uma corrida própria. Neste fim de semana, em Treviso (SC), 600 atletas vão desafiar a Serra do Rio do Rastro, na terceira Mizuno Uphill. Já em São Paulo, quase 6.000 corredores vão tentar ser mais rápidos nos 21km da Asics Golden Four. A ocorrência das duas provas no mesmo fim de semana não é coincidência. Recentemente, as marcas têm apostado em provas próprias para se comunicar de forma específica com o público. Em setembro, será a vez de a Adidas repetir a estratégia, com a segunda edição da Boost Endless Run em São Paulo. A prova tenta reunir o conceito do tênis com a tecnologia Boost a uma prova que seja exclusiva da marca. O principal objetivo é criar uma experiência inovadora ao corredor, com uma conexão emocional com a marca. O segundo objetivo é proporcionar oportunidade para experiência de marca diferenciada, diz à Máquina do Esporte Eduardo Rodrigues, gerente de marca da Adidas Brasil. A prova tem um conceito único. Ela tem uma corrida de 10km, seguida por outra, de 5km. Os 200 mais bem colocados no masculino e as cem melhores mulheres fazem um desafio final, de apenas 1km. A ideia é fazer o conceito de energia infinita, dado pelo calçado que tem a tecnologia Boost. Como fazemos até três eventos, a experiência de arena da pessoa é maior. Enquanto ele descansa para uma prova, está em contato com serviços e produtos da marca, pode conhecer o nosso calçado, conta Rodrigues. Segundo ele, a marca passou a ser vista com outros olhos pelos atletas após a prova de 2014. A meta, agora, é ampliar o alcance. Michel Platini oficializa candidatura à presidência da Fifa O presidente da Uefa, Michel Platini, oficializou candidatura à presidência da Fifa, marcada para dia 26 de fevereiro. O ex-jogador conta com apoio da maioria das federações europeias, além de patrocinadores da entidade, como a Adidas. É uma decisão muito pessoal, cuidadosamente pensada, em que pesei mais que o futuro do futebol, o meu próprio, disse o dirigente, em carta enviada às 209 federações filiadas à Fifa. Platini está de olho no apoio também das federações da América. O dirigente fez um agrado ao não pôr nenhum empecilho para que a Copa América do Centenário, marcada para o ano que vem, aconteça no mesmo período da Eurocopa. 5