MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO

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PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE

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Transcrição:

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO 2019

CAPA: PORTO OFFICE PARK Uma publicação: Com o apoio da Câmara Municipal do Porto:

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO Porto: Entre um rio cheio de investimentos e um mar com boas ondas na economia A cidade do Porto tem vindo a afirmar-se cada vez mais como destino favorável de localização de projetos de investimento, assentando a sua proposta de valor na ampla disponibilidade de recursos humanos qualificados, nas excelentes infraestruturas, no vibrante e multifuncional ecossistema empreendedor, na sua interculturalidade e na reconhecida qualidade de vida na cidade. Temos pois uma cidade com todas as condições para voltar a nascer do ponto de vista da sua centralidade económica. Este ano de 2019 é um ano em que muito do futuro da cidade se começa a materializar: I. Matadouro como motor da economia de Campanhã: Se 2018 foi o ano do arranque das obras de restauro do Mercado do Bolhão, 2019 deve ser o ano do arranque das obras do Matadouro de Campanhã (aguarda-se ainda o visto do Tribunal de Contas). Aqui vai haver um espaço empresarial, atividades culturais e de âmbito social; II. Pavilhão Rosa Mota pronto: Em 2019 fica pronto o Pavilhão Rosa Mota, cujas obras de recuperação se iniciaram em 2018. Em mau estado há muitos anos, o antigo pavilhão de desportos, depois batizado com o nome da atleta olímpica, ganhará valências multiusos, passando a poder receber congressos de média/grande dimensão, espetáculos musicais, exposições e eventos desportivos; III. Nova linha de Metro do Porto começa a ser construída: A obra é essencial para densificar a oferta de transporte público na cidade e tornar possíveis novas abordagens de trânsito e mobilidade. A nova linha irá ligar a Casa da Música à estação de São Bento, na Baixa, passando por equipamentos tão importantes como o Centro Materno-Infantil, Hospital de Santo António ou Pavilhão Rosa Mota; IV. Terminal Intermodal de Campanhã: Prometido à cidade em 2003, o Terminal que fecha o sistema de mobilidade da zona oriental da cidade nunca foi construído. As obras do Terminal serão aproveitadas pela Câmara para construir um parque urbano e melhores acessibilidades à Estação de Campanhã; Deste modo, oportunidades interessantes e rentáveis no que diz respeito à componente imobiliária nas áreas residencial e de escritórios não faltam, em todas as zonas da cidade. Aproveitem-nas, para bem do Porto, da sua economia, da qualidade de vida da sua população e da experiência que proporcionamos aos que nos visitam. Neste contexto é de saudar mais uma edição do estudo do mercado de escritórios do Porto, que ao dotar o mercado de níveis mais elevados de transparência em termos de informação, aumenta a qualidade na tomada de decisão, induzindo também a atração de um conjunto de investidores com perfil de investimento de maior longo prazo e de caratér mais estrutural, dotando-se assim o mercado de condições de crescimento mais sustentáveis. Desejo pois que continuem a investir e a promover o Porto! Ricardo Valente Vereador do Pelouro da Economia, Turismo e Comércio e do Pelouro da Gestão de Fundos Comunitários Câmara Municipal do Porto 3

4 PROJETO MATADOURO

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO O mercado de escritórios do Grande Porto teve em 2018 mais um bom ano, confirmando a evolução recente da economia da região, resultado de uma estratégia concertada de atração de investimento que tem conseguido captar a atenção das mais diversas instituições. O Grande Porto é hoje um dos candidatos na Europa para a localização de empresas no sector tecnológico, para BPO s 1 e para centros de serviços partilhados 2 de grandes multinacionais. As necessidades de espaço deste tipo de ocupantes são diferentes da procura tradicional de escritórios no Grande Porto e o mercado tem vindo a adaptar-se neste sentido, com um investimento crescente na promoção de projetos, quer sejam novas construções ou reabilitação de imóveis existentes. Em 2017, a Cushman & Wakefield em parceria com a Predibisa, desenvolveu o primeiro estudo exaustivo do mercado de escritórios do Grande Porto, que pretendia dar a conhecer o sector, promovendo um aumento do investimento e o subsequente crescimento da atividade. Após dois anos do lançamento do primeiro relatório, apresentamos a 2ª edição, que pretende continuar a ser uma referência para promotores, ocupantes e investidores, incentivando desta forma a transparência e consequente crescimento deste importante segmento do mercado imobiliário. 1 Externalização de linhas de serviço não estratégicas de empresas multinacionais 2 Concentração de determinadas linhas de serviço de empresas multinacionais em clusters regionais. Eric van Leuven Diretor-geral João Nuno Magalhães Diretor-geral 5

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO A Área Metropolitana do Porto (AMP) é o 2º centro económico do país, tendo gerado em 2018 um PIB estimado em mais de 29 mil milhões, o que representa 16% do PIB nacional. As perspetivas económicas para a região são positivas, apontando para um crescimento médio anual do PIB de 1,1% entre 2019 e 2022. À semelhança do ano anterior, a melhoria no rendimento disponível das famílias manteve-se em 2018, na ordem dos 3,5%, tendo contribuído para um aumento do consumo privado de 2,5%. INDICADORES ECONÓMICOS AMP 2018/2019* 1,9% / 1,5% PIB 2,5 % / 1,9% Consumo privado 3,5% / 1,7% Rendimento disponível das famílias Em 2019 vão manter-se bons níveis de consumo, estimando-se uma evolução de 1,9%, impulsionada por novo crescimento no rendimento das famílias, na ordem dos 1,7%. A forte atividade do mercado de escritórios da região é retratada numa melhoria da taxa de desemprego. Esta variável fixou-se em 2018 nos 8,6% e em 2019 estima-se uma melhoria para os 8,1%. A economia da Área Metropolitana do Porto revela uma mudança estrutural na última década, verificando-se um crescimento acentuado nos sectores de maior capital intensivo. Entre 2008 e 2018, as atividades científicas e técnicas e as tecnologias de informação registaram um aumento de 20% e 16%, respetivamente, no seu contributo para o total do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da AMP. A importância do turismo na região também é visível nesta variável: o sector de Hotelaria & Restauração aumentou em 14% o seu contributo para o VAB na última década e o do retalho em 17%. 8,6% / 8,1% Taxa de Desemprego VAB 2008 VS 2018* +20% Atividades científicas e técnicas +17% Retalho +16% Tecnologias Informação +14% Hotelaria & Restauração * Previsões Oxford Economics 6

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO OFERTA TOTAL MAIA A oferta total de escritórios no Grande Porto - que reúne os edifícios existentes nos concelhos do Porto, Maia, Matosinhos e Vila Nova de Gaia ultrapassava no final de 2018 os 1,5 milhões de m 2 de ABL (Área Bruta Locável) distribuídos por mais de 500 imóveis. MATOSINHOS A cidade do Porto concentra a maioria da oferta, cerca de 820 mil m 2 de escritórios distribuídos por mais de 250 edifícios, que correspondem a 54% do total. VILA NOVA DE GAIA PORTO OFERTA POR ZONA 18% 26% 14% 1 - Porto - Boavista 2 - Porto - Baixa 13% 3 - Porto - Oriental 4 - Porto - ZEP 14% 6% 9% 5 - Maia 6 - Matosinhos 7 - Vila Nova de Gaia PORTO BUSINESS PLAZA 7

PORTO OFFICE PARK DISTRIBUIÇÃO DA OFERTA POR QUALIDADE (em m² por zona) % Total oferta 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 - Porto - Boavista 2 - Porto - Baixa 3 - Porto - Oriental 4 - Porto - ZEP 5 - Maia A/B+ B C D 6 - Matosinhos 7 - Vila Nova de Gaia A Boavista é a maior zona de escritórios do Grande Porto, concentrando mais de 100 edifícios com um volume total de ABL que se aproxima dos 400.000 m 2. É também nesta localização que se encontra a oferta de maior qualidade. Os edifícios com classificação A ou B+* representam 45% do total, cerca de 180.000 m 2. O concelho de Vila Nova de Gaia é a 2ª maior zona de escritórios do Grande Porto em termos de dimensão, com mais de 260.000 m 2, mas a qualidade dos seus imóveis é francamente inferior: apenas 16% da oferta apresenta qualidade A ou B+. A zona oriental do Porto conta com uma dimensão ainda reduzida, pouco mais de 130.000 m 2, mas ao tratar-se de projetos na sua maioria recentes, a percentagem de espaços com qualidade superior é a maior do mercado, atingindo os 59%. As zonas da Maia e de Matosinhos também se destacam em termos de qualidade dos seus imóveis, respetivamente com 53% e 47% da sua oferta total a corresponder a edifícios com Grau A ou B+. * As notas de qualidade atribuídas variam entre A e D, sendo A a qualidade máxima e D a inferior 8

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO OFERTA DISPONÍVEL O mercado de escritórios do Grande Porto, à medida que tem vindo a ganhar dinamismo, aumentou o seu nível de transparência, sendo mais frequente a partilha de informação entre proprietários e agentes. TAXA DE DESOCUPAÇÃO POR ZONA 10 9 8 7 6 % 5 4 3 2 1 0 1 - Porto - Boavista 2 - Porto - Baixa 3 - Porto - Oriental 4 - Porto - ZEP 5 - Maia 6 - Matosinhos 7 - Vila Nova de Gaia O primeiro levantamento do mercado efetuado em 2017 pela Cushman & Wakefield e a Predibisa permitiu obter informação sobre a taxa de disponibilidade de cerca de 70% da oferta de escritórios. Na atualização realizada em 2018 aumentou-se muito consideravelmente o grau de cobertura desta análise, que se fixou nos 88%. Tendo em conta a informação obtida para a amostra (mais de 1,3 milhões de m 2 ), a taxa de desocupação de escritórios no Grande Porto encontrava-se em dezembro de 2018 nos 7,3%, representando uma descida muito significativa face a 2017, na ordem dos 450 pontos base. As zonas Porto - ZEP e Matosinhos apresentam as taxas mais reduzidas, ambas nos 5,6%. A zona prime do mercado, a Boavista, tem também um valor abaixo da média do Grande Porto, 6,4%. A taxa de desocupação mais elevada é encontrada na zona do Porto-Oriental, com 10,7%, valor em grande parte influenciado pela reduzida dimensão da oferta, tratando-se apenas de 13.900 m 2 desocupados. A taxa de desocupação de escritórios no Grande Porto encontrava-se em dezembro de 2018 nos 7,3%, representando uma descida de 450 pontos base face a 2017 9

TAXA DE DESOCUPAÇÃO POR QUALIDADE A análise da taxa de desocupação por qualidade evidencia a escassez gritante de espaços de escritórios de qualidade no Grande Porto. % 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 A/B+ B C D Os edifícios de melhor qualidade, classificados com grau A e B+, apresentam uma taxa de desocupação de apenas 3%. Não surpreendentemente, o indicador sobe de forma proporcional à medida que se aplica à oferta de menor qualidade, demonstrando os edifícios classificados com grau D uma desocupação de 18%. A escassez de espaços de qualidade conduziu já a um maior investimento no parque de escritórios do Grande Porto, sendo vários os novos projetos atualmente em desenvolvimento na região, conforme se evidencia na secção seguinte do documento. Paralelamente, e em particular na cidade do Porto, os edifícios de escritórios de qualidade inferior têm vindo gradualmente a ser reconvertidos para usos alternativos, na sua maioria habitação e hoteleiro - sectores também em forte crescimento. PORTO BUSINESS PLAZA 10

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO OFERTA FUTURA Acompanhando o crescimento da procura e o desenvolvimento muito positivo do mercado, os promotores e investidores do Grande Porto apostam hoje em grande escala no desenvolvimento de novos edifícios de escritórios. Tratam-se de projetos que pretendem responder aos requisitos dos novos ocupantes que hoje lideram a procura. Atualmente são conhecidos onze novos projetos de escritórios para o Grande Porto, que totalizam mais de 170.000 m 2 de nova oferta. O Urbo Business Center será o primeiro projeto a inaugurar no Grande Porto na última década; promovido pela DST, deve estar concluído já no 1º trimestre de 2019. Encontra-se totalmente arrendado ao BNP Paribas e conta com 15.000 m 2. Ainda em 2019 espera-se a inauguração de mais 5 projetos que trarão ao mercado cerca de 78.000 m 2 de nova oferta de escritórios. Em fase menos avançada, com conclusão prevista entre 2020 e 2025, encontram-se 5 projetos adicionais que totalizam cerca de 80.000 m 2 de novos espaços. OFERTA FUTURA POR ZONA Oferta futura (m²) 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 1 - Porto - Boavista 2 - Porto - Baixa 3 - Porto - Oriental 4 - Porto - ZEP 5 - Maia 6 - Matosinhos 7 - Vila Nova de Gaia Hoje são conhecidos onze projetos de escritórios para o Grande Porto que vão trazer ao mercado mais de 170.000 m 2 de nova oferta PRINCIPAIS PROJETOS EM PIPELINE EDIFÍCIO ZONA ÁREA TOTAL ANO CONCLUSÃO PROMOTOR Urbo Business Center 6 - Matosinhos 15.000 2019 DST Porto Office Park 1 - Porto - Boavista 31.000 2019 Grupo Violas Edificio Sonae 5 - Maia 6.900 2019 Sonae (Imosede) Porto Business Plaza* 4 - Porto - Oriental 15.500 2019 SDCi Palácio dos Correios 2 - Porto - Baixa 16.800 2019 GFH Centro Empresarial Lionesa** 6 - Matosinhos 45.000 Após 2020 Lionesa * Área de expansão ** Inclui outros usos 11

PROCURA O dinamismo que se tem vindo a sentir no mercado de escritórios do Grande Porto foi confirmado em 2018, ano em que se registou um valor recorde de procura de espaços na região. Entre janeiro e dezembro foram identificados mais de 50 negócios de ocupação que totalizaram cerca de 80.000 m 2. A operação média aumentou consideravelmente face a anos anteriores, fixando-se próxima dos 1.500 m 2. PROCURA POR ZONA Entre janeiro e dezembro foram identificados no Grande Porto mais de 50 negócios de ocupação que totalizaram cerca de 80.000 m 2 Área contratada (m²) 28.000 26.000 24.000 22.000 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1 - Porto - Boavista 2 - Porto - Baixa 3 - Porto - Oriental 4 - Porto - ZEP 5 - Maia 6 - Matosinhos 7 - Vila Nova de Gaia Fonte: Pool de consultores 12

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO A Boavista manteve-se a zona de escritórios mais procurada em termos de número de negócios, com mais de 20 operações fechadas num total de área superior a 18.000 m 2, mas foi uma das localizações com a área média mais reduzida, explicada pela maior representatividade de pequenos ocupantes. Matosinhos absorveu o maior volume de área de escritórios, com mais de 26.000 m 2 transacionados distribuídos por apenas 9 operações. O concelho da Maia registou também um importante volume de ocupação, cerca de 15.000 m 2, na sua grande maioria correspondentes à operação da Prozis no Business Center da Maia. A zona oriental do Porto continuou a ganhar relevância no mercado, tendo atraído cerca de 13% da procura do Grande Porto, com destaque para a ocupação da Global Media Group de cerca de 5.700 m 2. O BNP Paribas protagonizou o maior negócio do ano com a ocupação do Urbo Business Center em Matosinhos. A já referida operação da Prozis na Maia foi a 2ª mais representativa em termos de área, seguida pelo negócio protagonizado pelo Global Media Group na zona Oriental. As 8 maiores operações do ano representaram mais de 60% da procura total. PRINCIPAIS NEGÓCIOS OCUPANTE ZONA EDIFÍCIO ÁREA BNP Paribas PROZIS Global Media Group Regus Vestas Sodexo Telles de Abreu Advogados TalkDesk 6 - Matosinhos 5 - Maia Fonte: Pool de consultores 3 - Porto - Oriental 2 - Porto - Baixa 6 - Matosinhos 6 - Matosinhos 1 - Porto - Boavista 3 - Porto - Oriental Urbo Business Center Business Center da Maia Edifício Quatro Rote District - Offices & Lifestyle Centro Empresarial Lionesa D. Afonso Henriques, 1345 Marechal Gomes da Costa, 1177 Anselmo Braancamp, 119 15 000 14 500 5 700 5 200 3 000 2 400 2 200 1 900 PROJETO MATADOURO 13

14 CASA DA MÚSICA

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO VALORES DE MERCADO As rendas prime na cidade do Porto são praticadas na sua zona mais emblemática, a da Boavista, o CBD do Grande Porto, e encontram-se atualmente nos 18 /m 2 /mês. As rendas médias nesta mesma zona situam-se nos 14 /m 2 /mês. As rendas prime na Baixa situam-se nos 17 /m 2 /mês e as médias nos 12 /m 2 /mês. Matosinhos é o concelho que pratica os preços mais elevados a seguir à cidade do Porto, variando as rendas entre os 14 e os 11 /m 2 /mês. Em Vila Nova de Gaia os valores variam entre os 13 e os 10 /m 2 /mês e nas restantes zonas entre os 12 e os 10 /m 2 /mês. RENDAS POR ZONA - 2018 PRIME ( /m 2 /mês) MÉDIA ( /m 2 /mês) 1 - Porto - Boavista 18 14 2 - Porto - Baixa 17 12 3 - Porto - Oriental 12 10 4 - Porto - ZEP 12 10 5 - Maia 12 10 6 - Matosinhos 14 11 7 - Vila Nova de Gaia 13 10 A forte subida das rendas, particularmente na cidade do Porto, foi muito influenciada pela intensidade da procura e pelos requisitos de qualidade dos grandes ocupantes, que obrigam a custos de construção superiores e justificam as subidas nos valores praticados A forte subida dos valores de arrendamento, particularmente na cidade do Porto nas zonas da Baixa e Boavista, tem sido muito influenciada pela intensidade da procura, em grande parte motivada por grandes ocupantes cujos requisitos de qualidade obrigam a custos de construção e/ou de adaptação superiores, justificando subidas nos valores praticados. Paralelamente, a escassez de oferta contribui também para a subida das rendas. A tendência a curto prazo aponta para novas subidas, particularmente nas zonas que hoje praticam os valores mais baixos. 15

TENDÊNCIAS Crescimento da Procura Vai manter-se em 2019 em todo o Grande Porto, confirmando a afirmação da cidade como um destino de escritórios competitivo à escala europeia PORTO PORTO BUSINESS PLAZA Consolidação da zona oriental A zona oriental ganha destaque e será em breve um novo polo de atratividade empresarial e cultural da cidade do Porto 16

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO Reabilitação urbana Tem sido e continuará a ser fundamental para a renovação da cidade e em particular para o crescimento do mercado de escritórios PORTO Rede de transportes públicos A aposta na rede de transportes públicos em toda a Área Metropolitana é fundamental para a promoção e desenvolvimento de novos projetos PORTO PORTO OFFICE PARK Aumento das rendas Potenciado pela escassez de oferta e pela crescente qualidade dos novos projetos em pipeline que adotam layouts e infraestruturas direcionados às necessidades dos novos ocupantes 17

CONTACTOS Eric van Leuven Diretor-geral eric.vanleuven@cushwake.com Carlos Oliveira Diretor de Escritórios carlos.oliveira@cushwake.com Filipe Lopes Diretor, Porto filipe.lopes@cushwake.com Duarte Corrêa d Oliveira Escritórios, Porto duarte.oliveira@cushwake.com www.cushmanwakefield.pt João Nuno Magalhães Diretor-geral joao.magalhaes@predibisa.com João Leite Castro Diretor Corporate joao.castro@predibisa.com Graça Ribeiro da Cunha Diretora de Escritórios graca.cunha@predibisa.com Isabel Rocha Escritórios, Porto isabel.rocha@predibisa.com www.predibisa.com 18

MERCADO DE ESCRITÓRIOS DO PORTO PROJETO MATADOURO 19

www.cushmanwakefield.pt www.predibisa.com