A EXPERIÊNCIA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE FOZ DO IGUAÇU, PR.

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Transcrição:

A EXPERIÊNCIA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE FOZ DO IGUAÇU, PR. Leonardo da Silva (Apresentador) 1, Angela Cardoso Camparoto (Colaboradora) 2, Fabiana Bertin (Colaboradora)³, Pamela Cristina Fragata dos Santos (Colaboradora) 4, Adriana Zilly (colaboradora) 5, Sandra Maria de Oliveira Pacheco (colaboradora) 6, Regiane Campos 7 ; Maria Lourdes de Almeida (Orientadora) 8 Discente Curso de Enfermagem (f.comleo@hotmail.com) 1, Discente Curso de Enfermagem (angela_camparoto@hotmail.com) 2, Discente Curso de Enfermagem (fabiana_bertin@hotmail.com) 3, Discente Curso de Enfermagem (pamelarak@hotmail.com) 4, Docente do Curso de Enfermagem (aazilly@hotmail.com) 5, Docente do Curso de Enfermagem (sandrampacheco@hotmail.com) 6, docente do Curso de Enfermagem (m_lourdesdealmeida@yahoo.com.br) 8 Palavras-chave: Ensino em Enfermagem; Recursos Humanos em Enfermagem; Equipe de Enfermagem. Introdução A educação permanente das equipes de saúde no Brasil apresenta-se como uma nova política para formação de recursos humanos colocando o profissional como sujeito do processo ensino-aprendizagem. Equipes de trabalho de diversas categorias da Enfermagem estão em constante necessidade de aprendizado e atualização. O contexto de trabalho atual sugere que não basta concluir uma formação de nível superior ou em nível técnico e inserir-se no mercado apenas com o aprendizado destas formações. É necessário que os profissionais de enfermagem estejam em atualização permanente através de novos cursos, treinamentos, palestras, dentre outros, o que refletirá positivamente na prestação de serviços, gerando principalmente qualidade e satisfação de quem fornece os serviços e de quem os utiliza. Para que esta atualização e aprendizado permanente estejam presentes especificamente em estabelecimentos que prestam serviços de saúde a população, sejam eles hospitais ou unidades básicas de saúde, utilizam-se da educação permanente, que se difere da educação continuada. A educação continuada refere-se a educação uniprofissional, ou seja, é uma educação aplicada apenas ao conhecimento e necessidade individual de cada profissional, diferente da educação permanente que visa a

atualização de conhecimento dos profissionais objetivando não somente o aprendizado dos mesmos, como também e principalmente, no reflexo do mesmo na aplicação na prática, através da prestação de serviços com qualidade, satisfação profissional e satisfação do cliente. A educação permanente aparece como uma exigência no conhecimento do profissional, pois requer do mesmo a fusão de dois itens essenciais o saber fazer e não isoladamente apenas o saber ou o fazer. A aplicação na prática do saber fazer mostra a autonomia e a capacidade do profissional aprender constantemente, relacionando sempre a teoria com a prática, ou seja, o conhecimento com a ação (PASCHOAL; MANTOVANI; MÉIER, 2007). A mesma é vista como uma estratégia de reestruturação dos serviços, partindo da análise dos determinantes sociais e econômicos, principalmente de valores e conceitos dos profissionais. É uma proposta que coloca o profissional como foco principal, como sujeito do processo de ensinoaprendizagem (MANCIA; CABRAL; KOERICH, 2004). Ainda, a Educação permanente pode ser vista e entendida como aprendizagem-trabalho, ocorrendo no cotidiano dos profissionais e das organizações, partindo dos problemas enfrentados, levando-se em consideração o conhecimento e experiências que as pessoas já possuem. Propõe ainda que os processos de aprimoramento de educação dos profissionais da saúde aconteçam partindo da problematização do processo de trabalho, considerando que a necessidade de formação, atualização e aprimoramento, além do desenvolvimento dos profissionais, sejam realizados de acordo com as necessidades de saúde, das organizações e das populações. Os objetivos da Educação Permanente em Saúde focam na transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho (BRASIL, 2009). Objetivos O projeto visa a participação dos acadêmicos de Enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Foz do Iguaçu no Núcleo de Educação Permanente NEP, na área de Enfermagem, do Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL) de Foz do Iguaçu/PR, colaborando com a organização do setor. Ainda, fortalecer a parceria entre o curso de Enfermagem com o HMPGL e desenvolver pesquisas relacionadas à área de Organização dos Serviços de Enfermagem e Gestão de Pessoas em Enfermagem. Materiais e métodos Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que teve como norteador a participação dos acadêmicos do curso de

Enfermagem do setor do Núcleo de Educação Permanente do Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu PR. A participação dos acadêmicos nesta fase do projeto é de forma colaborativa no preparo e adequação de conteúdos para as aulas de capacitação de acordo com as necessidades levantadas e prioridades estabelecidas, planejamento e organização do serviço de Educação Permanente, preparo de materiais e treinamentos, com a participação e orientação de docentes de Enfermagem e a enfermeira do setor. O projeto teve início em Agosto de 2011com reunião no Campus da Unioeste de Foz do Iguaçu para seleção de acadêmicos interessados em participar do projeto. Utilizou-se como critério de inclusão o acadêmico interessado em participar e também já ter cursado ou estar cursando a disciplina de Administração de Enfermagem que se localiza na grade curricular do curso no 3º ano. Houve reunião no HMPGL com a presença dos acadêmicos, docente responsável pelo projeto, a enfermeira responsável pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) e a coordenadora do setor de Gestão de Pessoas, setor este, no qual o NEP está inserido, foi estabelecida uma escala de revezamento entre os alunos. A partir de então, os acadêmicos iniciaram os trabalhos no HMPGL, sendo orientados pela enfermeira do setor quanto ao funcionamento do mesmo e colaborando para o desenvolvimento das atividades da enfermeira tanto dentro do próprio setor, quanto nas atividades desenvolvidas no hospital, como no preparo de sala e materiais para a realização de treinamentos. Atualmente o projeto está em andamento e conta com a participação de quatro discentes do 4º e 5º ano de Enfermagem divididos em escalas semanais para frequentar o setor. Resultados e Discussão Durante o período de Agosto de 2011 até Março de 2012 os acadêmicos frequentaram o Núcleo de Educação Permanente (NEP), que está inserido no setor de Gestão de Pessoas do Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu. Dentre as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos neste período encontra-se a participação ativa na organização dos materiais solicitados por ministrantes de palestras e treinamentos, organização do laboratório para treinamentos de técnicas para os colaboradores do hospital, tabulação de dados referentes às avaliações realizadas pelos colaboradores em cada treinamento, participação no treinamento de administração de medicamentos, participação na atualização do manual dos colaboradores, Manual este que contém técnicas profissionais relacionadas aos procedimentos realizados e organização de listas de presença e avaliações em ordem cronológica para arquivamento em pastas. Autores como Tavares (2006) refere o trabalho de enfermagem é entendido como central para a melhoria do desempenho do cuidado prestado pelos serviços de saúde, dessa forma torna-se de extrema

importância de se buscar a introdução de processos de capacitação de trabalhadores de enfermagem no atual contexto de saúde. A participação do acadêmico de enfermagem no em serviços de Educação Permanente como o caso desse estudo, possibilita oportunidades de aprendizado relacionadas à sua própria formação continua e das equipes que ele irá gerenciar. As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) colocam a Educação Permanente dentre as várias competências Gerais para o enfermeiro (BRASIL, 2011). Outro dado importante como resultado do projeto de extensão referese participação na confecção do relatório semestral de treinamentos e palestras realizados em todo o hospital para todos os colaboradores, contendo dados relacionados à quantidade de treinamentos, participantes, professores/ministrantes e horas totais dos mesmos. O quadro 1 mostra esses dados: Ano:2011 Mês Treinamentos Participantes Professores Horas treinamento total Agosto 73 1127 25 149 Setembro 38,00 550,00 14,00 90,45 Outubro 62,00 744,00 15,00 129,5 Novembro 28,00 413,00 18,00 85 Dezembro 80,00 918,00 18,00 104 Fevereiro 38,00 718,00 42,00 99,4 Março 36,00 915,00 15,00 120,4 Total 282,00 4.258,00 122,00 732,75 Quadro 1. Dados relacionados aos treinamentos realizados no Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu, 2011. O trabalho do enfermeiro em um Programa que vise o desenvolvimento da equipe de Enfermagem para a execução do cuidado possibilita que este objetivo se concretize, já que, a educação permanente dos profissionais deve propiciar aos trabalhadores reflexão sobre a sua prática e assim, promover o crescimento pessoal alinhado ao profissional dos mesmos, paralelo a organização do processo de trabalho e produzir mudanças (RICALDONI, 2006). Considerações Finais Diante dos resultados preliminares obtidos durante a participação no Núcleo de Educação Permanente, foi possível adquirir uma visão ampla do funcionamento da educação permanente dentro de um hospital. Percebeuse ainda, a importância desse tipo de ação para os profissionais/colaboradores da instituição, possibilitando que assim possam

desempenhar suas funções com eficácia, refletindo os beneficios diretamente para o paciente/usuário. A educação permanente deve ser desenvolvida com uma metodologia planejada e que visa o bem estar dos colaboradores que serão treinados, tendo como objetivo principal ampliar o conhecimento destes. O profissional responsável pela educação permanente deve ter uma qualificação na área de atuação, uma infraestrutura adequada e principalmente deve estar presente na filosofia do hospital, para que se alcance um resultado satisfatório. Notou-se que o grupo de extensão adquiriu uma autonomia dentro do setor, caminhando juntamente com a enfermeira responsável. Assim acredita-se que a participação ampla dos envolvidos no processo resultará em projetos e pesquisas que colaborará ainda mais com a educação permanente. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/ CES n. 3, de 7 novembro de 2001. Institui as diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Enfermagem. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília (DF), 9 nov. 2001. Seção 1, p. 37., Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Brasília DF, 2009. MANCIA, Joel Rolim; CABRAL, Leila Chaves; KOERICH, Magda Santos. Educação permanente no contexto da enfermagem e na saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília (DF), set/out; n. 57, n.5, p. 605-10, 2004. PASCHOAL, Amarílis Schiavon; MANTOVANI, Maria de Fátima; MÉIER, Marineli Joaquim. Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de ensino. Revista Escola Enfermagem USP; v. 41, n. 3, p. 478-84, 2007. RICALDONI, Carlos Alberto Caciquinho; SENA, Roseni Rosangêla de. Educação permanente: uma ferramenta para pensar e agir no trabalho de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 6, Dez., 2006. TAVARES, Cláudia Mara de Melo. A educação permanente da equipe de enfermagem para o cuidado nos serviços de saúde mental. Revista Texto contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 2, jun., 2006.