2017. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998). Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Unidade de Atendimento Setorial Comércio e Serviços SGAS 605 - Conjunto A - CEP: 70200-904 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-7387 www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Robson Braga de Andrade Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretora Técnica Heloisa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças Vinicius Nobre Lages Unidade de Atendimento Setorial Comércio e Serviços Gerente Ana Clévia Guerreiro Lima Gerente Adjunta Graziele Junia Pereira Vilela Coordenação Núcleo de Negócios de Impacto Social e Ambiental Valéria Barros Frederico Lopes Cabaleiro Rafael Rodrigues Lima Equipe de Apoio Érica Renata Vidal Giampaolo Criação e Produção Frederico Lopes Cabaleiro
Negócios de Impacto Social e Ambiental são aqueles que incorporam à sua missão o compromisso de transformação social ou ambiental positiva, ao mesmo tempo em que possibilitam a geração de receita. Sua atividade principal deve trazer impactos positivos à sociedade, sobretudo beneficiando a Base da Pirâmide (BOP), ou seja, as camadas sociais mais pobres da população, e/ou o meio ambiente. Para o Sebrae, os Negócios de Impacto Social e Ambiental devem conciliar a viabilidade econômica e a resolução de um problema social ou ambiental. Portanto, este tipo de negócio deve ser estruturado por meio de um modelo que garanta rentabilidade a partir da comercialização de produtos ou serviços, e não apenas de doações e subsídios. Ao contrário de instituições sem fins lucrativos como associações, fundações, os negócios de impacto devem ser rentáveis e possuir um produto ou serviço com valor agregado. Para o Sebrae, o lucro deste tipo de empreendimento pode ser repartido entre seus sócios, como uma empresa tradicional, ou pode ser reinvestido na própria empresa. O importante é que o negócio seja sustentável e que o fluxo de caixa seja positivo.
A intencionalidade é um fator importante e diferencial nos negócios de impacto, bem como compromisso com a transformação de um território ou com a melhoria do meio ambiente. Por isso, negócios sociais devem possuir missão explícita de causar impacto. Um negócio de impacto propõe a transformação social ou ambiental em sua atividade principal, e não como uma iniciativa ou projeto paralelo ao core business do empreendimento. A viabilidade econômica a partir da venda de produtos ou serviços que tenham valor agregado deve sustentar o caixa do negócio, não sendo necessárias doações ou subsídios para sua manutenção. É importante que o negócio de impacto tenha potencial de escala e capacidade de operar de maneira eficiente, para conseguir gerar transformação de forma efetiva. Pode ou não ocorrer a distribuição de dividendos entre os acionistas. Para o Sebrae, cabe aos empreendedores definirem se o lucro obtido pelo negócio de impacto deve ser revertido em dividendos ou se deve ser reinvestido no próprio negócio
É importante que o empreendedor busque nichos de mercado que permitem a proposição de um negócio que minimize ou solucione um problema social e/ou ambiental. Alguns exemplos são: Comercialização de produtos ou oferta de serviços com preços mais acessíveis, baseados no comércio justo, focados nos mercados de baixa renda e que atendam necessidades nas áreas de saneamento básico, energia, alimentação, saúde, habitação etc. Empreendimentos que se preocupem com a inserção de grupos de baixa renda ou população vulnerável em uma cadeia produtiva. Este grupo pode estar incluído na produção, fornecimento ou distribuição do produto ou serviço. Fornecimento de equipamentos, matérias primas e serviços que incrementem a produtividade de empreendimentos dos setores de baixa renda.
Veja a seguir alguns exemplos de negócios de impacto social e ambiental em diversos segmentos. Água e Saneamento básico: Desenvolvimento e comercialização de tecnologia inovadora e de baixo custo para o reaproveitamento e reutilização de água escura, para uso doméstico, em comunidade afetada pela estiagem. Agricultura: Capacitação e formação de pequenos agricultores dentro das técnicas da agroecologia, viabilizando ou facilitando a distribuição de produtos orgânicos aos consumidores, promovendo uma eficiente cadeia produtiva e comércio justo. Artesanato: Desenvolvimento de artesanatos a partir de matéria prima proveniente de resíduos industriais ou empresariais, gerando receita para os artesãos e outras instituições envolvidas e minimizando impacto ambiental gerado pelo descarte de resíduos. Cultura: Consultoria para espaços culturais como museus para adequações à acessibilidade de pessoas com deficiências auditivas, visuais, mentais ou motoras. Além de proposições de mudanças na arquitetura desses locais, também podem ser formados agentes culturais para atendimento especializado do público e desenvolvidos projetos culturais que já incluam a acessibilidade na sua concepção. Energia: Desenvolvimento de tecnologia de geração de energia solar a preços acessíveis para famílias de classes menos favorecidas. Habitação: Produção e/ou comercialização de tijolos ecológicos acessíveis, tornando mais barato a construção ou reforma de habitações de populações vulneráveis.
Turismo: Agência de turismo que tem compromisso com o desenvolvimento dos locais que serão visitados por seus clientes, oferecendo vivência e troca de experiência e conhecimento sobre as manifestações culturais locais. Saúde: Clínica que ofereça consultas e exames médicos a preços acessíveis e de boa qualidade para a população de baixa renda, que não tem acesso a planos de saúde. Serviços financeiros: Fornecimento de microcrédito ágil e desburocratizado para microempreendedores individuais ou potenciais empresários, muitas vezes preteridos pelas instituições financeiras.