UMA AÇÃO INCLUSIVA FRENTE ÀS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS UTILIZADAS POR PESSOAS CEGAS Carlene da Penha Santos - Graduanda/ UFPB Luzia Domiciano da Silva - Graduanda/ UFPB
OBJETIVO Aproximar os alunos ditos normais de uma turma do 5º ano da rede regular de ensino de João Pessoa PB, às tecnologias assistivas (instrumentos para locomoção, Sistema Braille, Sistema DOSVOX) utilizado pela pessoa com deficiência visual, neste caso uma graduanda do curso de Pedagogia
METODOLOGIA A metodologia possui uma abordagem qualitativa. Na oportunidade foram utilizados alguns recursos midiáticos (digital e textual) existentes na escola acrescidos das ferramentas de acessibilidade da estagiária com deficiente visual. Foram realizados encontros semanais com: roda de diálogo, seção de vídeo, dinâmica, dramatização e produção de frases em Braille
A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL E OS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA O desenvolvimento e aprendizado do aluno com deficiência visual, sua participação na vida escolar, toma como principal pressuposto o uso do Sistema Braille, ferramenta viabilizadora de sua aprendizagem. Desse modo, é necessário considerar peculiaridades que possibilite a inclusão deste na sala regular, adaptando os recursos pedagógicos e atentando para métodos alternativos caso seja preciso.
AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E SUA UTILIZAÇÃO NA ESCOLA REGULAR Segundo Bersch (2008), das inúmeras tecnologias assistiva, ou seja, recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência facilitador no seu cotidiano e consequentemente promover vida independente e inclusão, entende-se que o Sistema Braille, Sistema de Voz e os instrumentos de locomoção como sendo importantes à pessoa com deficiência visual nas acessibilidades físicas e pedagógica.
A aproximação das pessoas com deficiência visual aliada às práticas pedagógicas para utilização das tecnologias na educação, sobretudo as mídias, fará com que a escola dê um passo importante na busca de melhorias significativas no relacionamento e na utilização desses recursos tecnológicos. Assim propõe este trabalho, reconhecer e trabalhar as tecnologias assistivas fazendo uso das mídias de forma crítica e criativa para fins didáticos.
UMA AÇÃO INCLUSIVA COM ALUNOS DO 5º ANO: RELATO DA EXPERIÊNCIA CONTEXTO: escola pública da rede municipal de João Pessoa ; prédio com 02 andares; possui 08 salas de aula, 01 biblioteca, espaço para recreação, 01 direção, 01 sala dos professores, 01 secretaria, 01 sala de vídeo, 01 laboratório de informática. PÚBLICO ENVOLVIDO: 01 turma do 5º ano; 01 estudante universitária do Curso de Pedagogia com deficiência visual; 01 estagiária e também estudante de Pedagogia; a professora regente da turma.
OBJETIVO DAS ATIVIDADES: propiciar uma ação concreta de respeito à pessoa com deficiência visual através do uso das mídias existentes na escola articulado as tecnologias assistivas. TEMPO DE EXECUÇÃO: 6 semanas. ATIVIDADES: roda de diálogo, seção de vídeo, dinâmica, dramatização e produção de palavras em Braille
MÍDIAS x TECNOLOGIAS ASSITIVAS: Computador: exibição dos programas utilizados pela pessoa com DV, Caixas de som: escuta do programa de voz; TV, aparelho DVD: exibição do vídeo da TV Escola: Atendimento Educacional Especializado DV (15 minutos); Caixa amplificada e microfone: utilizada nas rodas de conversa e na culminância das atividades; Projetor de imagem: para melhor explanação das atividades a serem trabalhadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebeu-se que os envolvidos neste processo mudaram de opinião, ideia, atitudes e os conceitos sobre o convívio e acessibilidade dos alunos com deficiência visual. Os que colaboraram de forma direta e indiretamente para a realização das etapas, inclusive atentando para alterações arquitetônicas necessárias a inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular
As ações, atitudes, estudos, aprofundamentos, trabalhados durante o período proposto trouxeram depoimentos significativos que ultrapassaram os muros da escola. O acesso as mídias existentes na escola e o acesso as tecnologias assistivas despertaram nos envolvidos a quebra de paradigmas em relação ao preconceito, a curiosidade, levando-os a manipular tais ferramentas no planejamento de outras ações pedagógicas.
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REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. BARROSO, Kátia da Silva Soares. Integração escolar das pessoas portadoras de deficiência: uma busca da educação para todos. 2008. Disponível em: <http://200.181.112.252/art16.htm> Acesso em: 21 setembro 2010. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro081.pdf.> Acesso em: 18 stembro 2010.. Ministério da Educação. Programa nacional de apoio à educação de deficientes visuais: formação de professor. Ivete de Masi (autora). 2002. BERSCH, Rita. Tecnologia assistiva. Publicado no site do Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil (CEDI) em 2008. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/> Acesso em: 18 setembro 2010. COLL, César; MARCHESI, Álvaro. PALACIOS, Jesus. Desenvolvimento psicológico e educação. 2ª Ed. São Paulo/SP: Artmed, 2007. MARCIANO, Odilon Marciano. CUNHA, Patrícia. Rompendo paradigmas na Gestão escolar. In: Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade / Or-ganizadora, Berenice Weissheimer Roth. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006, p. 121-130.