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Coordenação-Geral de Tributação. Relatório. Fundamentos

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Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 4ª RF

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CÓPIA. Relatório. Fundamentos PR CURITIBA SRRF SRRF/9ª RF/Diana. ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Código TEC Mercadoria

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PR CURITIBA SRRF09. Coordenação-Geral de Tributação. 2 Em síntese, a descrição dos fatos narrados pela consulente:

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CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS

O Sistema Harmonizado (SH) abrange:

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PORTARIA Nº 2, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2019 CIRCULAR Nº 6, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2019 SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº , DE 1 DE FEVEREIRO DE 2019

Transcrição:

Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 98.378 - Data 13 de setembro de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Código NCM 8505.90.10 Mercadoria: Eletroímã de forma tubular com seis bobinas para produzir um campo eletromagnético principal de 1,5 T e duas bobinas para limitar a dispersão deste campo, com um tanque de cerca de 1.700 litros com hélio líquido para resfriamento, destinado a integrar aparelho de eletrodiagnóstico por ressonância magnética nuclear. Dispositivos Legais: RGI/SH 1 (Nota 2 do Capítulo 90 e texto da posição 85.05), RGI/SH 6 (texto da subposição 8505.90) e RGC/NCM 1 (texto do item 8505.90.10) da TEC, aprovada pela Resolução Camex nº 125, de 2016, e da Tipi, aprovada pelo Decreto n.º 8.950, de 2016, e subsídios extraídos das NESH, aprovadas pelo Decreto nº 435, de 1992, e atualizadas pela IN RFB nº 807, de 2008, e alterações posteriores. Relatório Fundamentos 2. Trata-se do grande eletroímã de forma tubular que produz e controla o campo eletromagnético do aparelho de eletrodiagnóstico por ressonância magnética nuclear. 3. A classificação fiscal de mercadorias fundamenta-se nas Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI/SH) da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, nas Regras Gerais Complementares do Mercosul (RGC/NCM), nas Regras Gerais Complementares da Tipi (RGC/Tipi), nos pareceres de classificação do Comitê do Sistema Harmonizado da Organização Mundial das Aduanas (OMA) e nos ditames do Mercosul, e, subsidiariamente, nas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH). 1

Fls. 2 3. A RGI/SH 1 dispõe que os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo, para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das notas de Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e notas, pelas Regras seguintes (RGI/SH 2 a 5). A RGI/SH nº 6, por sua vez, dispõe que a classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para os efeitos legais, pelos textos dessas subposições, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. 4. De acordo com a Regra Geral Complementar (RGC-NCM 1), as Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, mutatis mutandis, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens e subitens) do mesmo nível. 5. As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) representam a interpretação oficial do SH oriunda da Organização Mundial das Alfândegas. Pelo único do art. 1º do Decreto nº 435/1992, elas constituem elemento subsidiário de caráter fundamental para a correta interpretação do conteúdo das posições e subposições, bem como das Notas de Seção, Capítulo, posições e subposições da Nomenclatura do Sistema Harmonizado, anexas à Convenção Internacional de mesmo nome. 6. Citada a legislação pertinente, passa-se a determinar o correto enquadramento da mercadoria na NCM/TEC/Tipi. 7. O produto sob consulta, destina-se a integrar um aparelho de eletrodiagnóstico por ressonância magnética nuclear, classificado na subposição 9018.13. As NESH desta posição explicam relativamente a este aparelho: A visualização por ressonância magnética (VRM) utiliza o princípio pelo qual os núcleos dos átomos de hidrogênio alinham-se quando são submetidos a um campo magnético intenso. Dirigindo-se então uma radiofreqüência sobre esses átomos, o alinhamento dos núcleos muda. Quando as ondas de rádio não são mais emitidas, os núcleos alinham-se transmitindo um pequeno sinal elétrico. Sendo o corpo humano composto essencialmente de átomos de hidrogênio, os impulsos enviados podem produzir uma imagem de praticamente qualquer parte do corpo. Representando o hidrogênio o teor em água, é possível utilizar os impulsos enviados para estabelecer distinções entre os tecidos. Obtém-se assim uma visualização da medula óssea e dos tecidos. Os aparelhos de eletrodiagnóstico por ressonância magnética nuclear desta subposição consistem em um enorme eletroímã, um gerador de radiofreqüência e uma máquina automática para processamento de dados para a avaliação. Devem estar instalados em uma peça completamente isolada das radiofreqüências exteriores. Para obter o campo magnético intenso necessário, os eletroímãs são super resfriados por meio de hélio líquido. O hidrogênio foi escolhido como base de visualização por ressonância magnética em razão da sua abundância no corpo humano e das suas pronunciadas características magnéticas. É igualmente possível utilizar outros elementos, tais como o sódio ou o fósforo, por exemplo. 2

Fls. 3 8. A Nota 2 do Capítulo 90 estabelece as regras para classificação de partes para as máquinas deste Capítulo: 2.- Ressalvadas as disposições da Nota 1 acima, as partes e acessórios para máquinas, aparelhos, instrumentos ou outros artefatos do presente Capítulo, classificam-se de acordo com as seguintes regras: a) As partes e acessórios que consistam em artefatos compreendidos em qualquer das posições do presente Capítulo ou dos Capítulos 84, 85 ou 91 (exceto as posições 84.87, 85.48 ou 90.33) classificam-se nas respectivas posições, quaisquer que sejam as máquinas, aparelhos ou instrumentos a que se destinem; b) Quando se possam identificar como exclusiva ou principalmente destinadas a uma máquina, instrumento ou aparelho determinados, ou a várias máquinas, instrumentos ou aparelhos, compreendidos numa mesma posição (mesmo nas posições 90.10, 90.13 ou 90.31), as partes e acessórios que não sejam os considerados na alínea a) anterior, classificam-se na posição correspondente a essa ou a essas máquinas, instrumentos ou aparelhos; c) As outras partes e acessórios classificam-se na posição 90.33. 9. A NESH das Considerações Gerais do Capítulo 90 que explicam a Nota 2 acima, dispõem, por sua vez: III.- PARTES E ACESSÓRIOS (Nota 2 do Capítulo) Ressalvadas as disposições da Nota 1 do presente Capítulo, as partes e acessórios reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados às máquinas, aparelhos ou instrumentos do presente Capítulo, classificam-se com estas máquinas, aparelhos ou instrumentos. Faz-se exceção, contudo, a esta regra no que diz respeito: 1) Às partes e acessórios que constituam, por si próprios, artefatos classificáveis em uma posição determinada do presente Capítulo ou dos Capítulos 84, 85 ou 91. Deste modo, exceto no que se refere às posições 84.87, 85.48 ou 90.33, uma bomba de vácuo para microscópio eletrônico continua a classificar-se como bomba da posição 84.14, um transformador, um eletroímã, um condensador, uma resistência, um relé, uma lâmpada ou válvula, etc., não deixam de ser artefatos do Capítulo 85, os elementos de óptica das posições 90.01 ou 90.02 não deixam de pertencer a estas duas posições, qualquer que seja o instrumento ou aparelho a que se destinem, um maquinismo de relógio pertence, em todos os casos, ao Capítulo 91, um aparelho fotográfico classifica-se sempre na posição 3

Fls. 4 90.06, mesmo que seja de um tipo especialmente concebido para ser utilizado com outro instrumento (microscópio, estroboscópio, etc.). 2) As partes e acessórios que possam servir, indistintamente, para várias categorias de máquinas, instrumentos ou aparelhos incluídos em diferentes posições do presente Capítulo, classificam-se na posição 90.33, exceto quando, tratando-se de partes ou acessórios que constituam por si próprios artefatos nitidamente especificados em outra posição, seja aplicável a regra prevista no parágrafo 1) acima. 10. Por aplicação da Nota 2 a) do capítulo 90 e conforme explicações das NESH acima, um eletroímã e outros artefatos como um condensador, uma resistência etc. não deixam de ser classificados no Capítulo 85. 11. O eletroímã sob consulta é composto, essencialmente, de elementos necessários à produção e ao controle (inclusive segurança) do campo eletromagnético. Dispensável explicar o papel fundamental das bobinas no processo de obtenção deste campo. Quanto aos elementos de criogenia (o tanque de hélio, o sistema de refrigeração ao topo e o isolamento térmico desse tanque pelo vácuo), ao promoverem o resfriamento, são essenciais ao equipamento que gera muito calor ao produzir um intenso campo eletromagnético de 1,5 T. O aquecedor dentro do tanque de hélio (que aumenta ou diminui a resistividade) e os circuitos eletrônicos de compensação (que são para homogeneidade do campo eletromagnético principal em situação eventual de um objeto estranho se aproximar e tornar o campo magnético heterogêneo) também são para o controle do campo eletromagnético. Por fim, a supercondutividade é inerente ao processo e é possibilitada pela baixíssima temperatura obtida com o hélio líquido. 12. No que concerne à forma dos eletroímãs compreendidos da posição 85.05, as NESH desta posição esclarecem que podem ser das mais diversas formas e dimensões: Classificam-se aqui os eletroímãs, certos aparelhos ou dispositivos eletromagnéticos enumerados limitativamente no texto da posição, os ímãs permanentes e os dispositivos de fixação de ímã permanente. 1) Eletroímãs. Os eletroímãs, cujas formas e dimensões variam de acordo com a utilização, compreendem essencialmente um enrolamento de fio condutor que forma uma bobina e, no interior desta, um núcleo de ferro macio, inteiriço ou folheado. O campo magnético, resultante da passagem da corrente na bobina, confere ao núcleo propriedades magnéticas que podem ser utilizadas como força atrativa ou repulsiva. [...] Excluem-se, todavia, desta posição: [...] d) Os eletroímãs especialmente concebidos para serem utilizados por oculistas ou cirurgiões (posição 90.18). 4

Fls. 5 13. Observe-se, por fim, que estas NESH, ao excluírem determinados eletroímãs da posição 90.18, apenas mencionam os aparelhos que consistam num eletroímã especialmente concebido para manuseio por oculista ou por cirurgiões, por exemplo. Este é caso do eletroímã que retira os corpos estranhos metálicos dos olhos, o aparelho é o próprio instrumento de manuseio pelo oculista. 14. Diante de todo o exposto, o produto em apreço se classifica na posição 85.05, por aplicação da RGI/SH 1, e mais especificamente, na subposição 8505.90, por aplicação da RGI/SH 6, e dentro desta subposição no item 8505.90.10 (RGC/NCM 1). Conclusão 85.05 Eletroímãs; ímãs permanentes e artefatos destinados a tornarem-se ímãs permanentes após magnetização; placas, mandris e dispositivos semelhantes, magnéticos ou eletromagnéticos, de fixação; acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos; cabeças de elevação eletromagnéticas. 8505.1 - Ímãs permanentes e artefatos destinados a tornarem-se ímãs permanentes após magnetização: 8505.20 - Acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos 8505.90 - Outros, incluindo as partes 8505.90.10 Eletroímãs 8505.90.80 Outros 8505.90.90 Partes 15. Com base nas RGI/SH 1 (Nota 2 a) do Capítulo 90 e texto da posição 85.05) e RGI 6 (texto da subposição 8505.90) e RGC/NCM 1 (texto do item 8505.90.10) da Tarifa Externa Comum (TEC), aprovada pela Resolução Camex n o 125, de 15 de dezembro de 2016, e da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto n o 8.950, de 29 de dezembro de 2016; e em subsídio extraído das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH), aprovadas pelo Decreto n o 435, de 27 de janeiro de 1992, e atualizadas pela Instrução Normativa (IN) RFB n o 807, de 11 de janeiro de 2008, e alterações posteriores, a mercadoria classifica-se no código NCM 8505.90.10. Ordem de Intimação Aprovada a Solução de Consulta pela 4ª Turma, constituída pela Portaria RFB nº 1.921, de 13 de abril de 2017, à sessão de 5 de setembro de 2017. Divulgue-se e publique-se nos termos do art. 28 da Instrução Normativa RFB nº 1.464, de 8 de maio de 2014. 5

Fls. 6 ADRIANA KINDERMANN SPECK Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil Membro da 4ª Turma ROBSON DE V MOREIRA CEZAR Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Membro da 4ª Turma SILVANA DEBONI BRITO Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil Relatora LUIZ HENRIQUE DOMINGUES Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Presidente da 4ª Turma 6