XXII Semana de Pedagogia X Encontro de Pesquisa em Educação

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Transcrição:

Anais da Semana de Pedagogia da UEM ISSN Online: 2316-9435 XXII Semana de Pedagogia X Encontro de Pesquisa em Educação 05 a 08 de Julho de 2016 TEMAS RELATIVOS ÀS TEMÁTICAS DE GÊNERO, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE SEXUAL NOS TCC DO CURSO DE PEDAGOGIA SEDE E CIANORTE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Educação e Diversidade PACHECO, Andréia Cristine andreia-pacheco@hotmail.com MAIO, Eliane Rose elianerosemaio@yahoo.com.br Universidade Estadual de Maringá INTRODUÇÃO Neste estudo sistemático pretendo pesquisar sobre os trabalhos relacionados à educação sexual escolar, diversidade e orientação sexual, corpos, gênero e violência sexual infantil, temas abordados brevemente no primeiro ano de curso de Pedagogia, e até onde sabemos em discussões e conversas em geral com colegas, chega somente como referência a professora Dra. Eliane Rose Maio que fala sobre estes temas a algumas turmas que leciona, no Curso de Pedagogia, Uem-Sede. As demais professoras, não sabemos se por falta de conhecimento, experiências, comodismo ou até mesmo tabu não falam sobre o assunto, e que é reforçado ainda mais por não ter disciplinas relativas a estas temáticas, e também para a busca de respostas de questionamento pessoal, que tive a partir de ser expectadora de algumas bancas de defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de colegas, orientadas pela referida professora, em que o assunto me instigou curiosidade, e com o intuito de enriquecer o ensino ofertado no Curso de Pedagogia. Este trabalho será uma pesquisa de campo, a partir de documentos buscando todos os TCC feitos pelos/as acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maringá (Campus sede e Cianorte), abordando os temas de educação sexual escolar, diversidade e orientação sexual, corpos, gênero e violência sexual infantil, trazendo

estes números buscando desde o início, que começou no ano de 2009, quando foram inclusos na grade curricular do Curso os trabalhos de TCC, até o ano de 2015, na Pedagogia. A metodologia do trabalho será em forma de uma pesquisa documental, para transformar estes números em dados, usaremos procedimentos metodológicos de pesquisa descritiva, no intuito de reforçar a importância de se ter uma atenção especial aos temas propostos, juntamente com teorias que estão também ligadas ao assunto. Na primeira parte do trabalho serão expostas as leituras e análises dos referenciais teóricos, bibliográficos e também dos TCC; na segunda parte, metodologia da pesquisa e estudos relacionados, na terceira parte será enfatizada a importância da elaboração de uma disciplina para a formação acadêmica, e por fim as considerações finais. Pesquisar quantos Trabalhos de Conclusão de Curso, desde 2009 até 2015, discutiram as questões de gênero, sexualidade, educação sexual escolar, diversidade sexual, corpos, gênero e violência sexual infantil, com vias à formação docente, do Curso de Pedagogia (sede e Cianorte). Especificamente nesta apresentação serão divulgados números parciais com base no artigo que será posteriormente exposto na Semana do TCC, os números que serão apresentados serão do ano de 2010 até 2015, priorizando os trabalhos feitos dentro da própria Sede da Universidade Estadual de Maringá. As referidas datas foram escolhidas pelo motivo da acessibilidade dos documentos dentro da Universidade Estadual de Maringá, pois os mesmos se encontram disponíveis on-line para consulta a qualquer momento que se fizer necessário, para todos e todas que tiverem interesse em conhecer trabalhos que foram feitos no ano de 2010 até o ano de 2015 estão acessíveis e disponíveis também para leitura na página virtual do Blog da Uem: http://www.dfe.uem.br/tcc/trabalhos.html. O mesmo se estende também para os trabalhos concluídos pelos acadêmicos e acadêmicas do curso de Pedagogia em Cianorte, que também estão disponíveis no mesmo endereço para quem tiver interesse em conhecer. METODOLOGIA Faremos um trabalho teórico de pesquisa documental e descritiva, utilizando de dados que se encontram dentro da própria universidade, transformando esses dados em números, juntamente com alguns questionamentos com vista ao enriquecimento do trabalho. Esse trabalho abrangerá especificamente os Campus de Maringá e Cianorte.

A metodologia do trabalho será uma pesquisa documental, para transformar estes números em dados, usaremos de procedimentos metodológicos de pesquisa descritiva, no intuito de reforçar a importância de se ter uma atenção especial aos temas propostos, juntamente com teorias que estão também ligadas ao assunto. A pesquisa é um trabalho importante, e extremamente essencial para a formação docente, ela que orienta e traz respostas para questionamentos individuais e coletivos, e também mostra a direção em que se deve seguir em busca de melhorias do trabalho educativo e visando também o bem comum de toda uma sociedade. Gil (2002) diz que a pesquisa é indispensável nos estudos históricos, e em muitas situações, é a única maneira de se conhecer os fatos passados é ter base com os dados bibliográficos. Sendo assim, precisamos olhar o passado para que possamos melhorar o futuro. RESULTADOS Numa breve análise, como parte integrante de artigo que será apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Curso de Pedagogia, traremos alguns números para que possamos refletir sobre o que tem sido trabalhado, e o anseio que se almeja alcançar com este trabalho. Fizemos um breve levantamento numérico, com base em informações fornecidas pelo Blog do TCC Pedagogia da Uem, de trabalhos concluídos e relacionados aos temas Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual, e como um exemplo aleatório a título de comparação somente, buscamos outro termo também de grande importância intitulado Alfabetização, e chegamos aos valores abaixo relacionados, dos referidos anos de 2010 a 2015. Até o presente momento conseguimos ter acesso aos trabalhos concluídos da Universidade Estadual de Maringá, Campus Cianorte, do período de 2010 até o ano de 2013. Assim como no campus Sede, é possível verificar a paridade que há em relação à necessidade de debater, questionar, solicitar pela melhoria da educação oferecida, e o desejo de que seja proposta uma disciplina de caráter obrigatório, para a abordagem do assunto, com vistas a uma formação mais preparada para a prática diária. As análises feitas, até agora, apresentam que no ano de 2010 no campus de Cianorte, foram registrados dois trabalhos concluídos e relacionados aos temas Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual. Esse número se repetiu também no ano de 2011, 2012 e 2013.

Destacamos que alguns deles, assim como em Maringá, têm o apoio de orientação e referência, a professora Dra. Eliane Rose Maio. Segue abaixo, uma tabela com valores retirados dos registros de trabalhos concluídos, no Campus Sede da Universidade Estadual de Maringá, para reflexão: Semana do TCC - UEM Ano: 2010 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 2 Alfabetização 1 Ano: 2011 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 8 Alfabetização 7 Ano: 2012 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 6 Alfabetização 8 Ano: 2013 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 1 Alfabetização 5 Ano: 2014 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 2 Alfabetização 8 Ano: 2015 Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual 3 Alfabetização 4 Fonte: Blog do TCC, Uem. Apesar de Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual não serem tão discutidas formalmente dentro da sala de aula, ela é discutida nas rodas de conversa, de amigos, redes sociais e em outras formas midiáticas. Há o registro também nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), especificamente na Apresentação dos Temas Transversais Orientação Sexual, que diz que

a discussão sobre relações de gênero tem como objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres, e apontar para sua transformação. A flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de potencialidades existentes em cada ser humano, que são dificultadas pelos estereótipos de gênero. Como exemplo comum, podemos lembrar a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e meiguice nos meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas. As diferenças não devem ficar aprisionadas em padrões preestabelecidos, mas podem e devem ser vividas a partir da singularidade de cada um/a, apontando para a equidade entre os gêneros (BRASIL, 1998, p.99). Dessa forma, vemos que é necessário ter uma formação específica, que a educação pede e espera da escola, não podemos dizer que a Universidade não oferece o conhecimento, pois há projetos, grupos de pesquisas, minicursos, simpósios etc., porém ainda muito há que ser feito para que todas as dúvidas e dificuldades acadêmicas sejam supridas. O ideal seria a criação de uma disciplina que contemplasse esse foco, trazendo o estudo de gênero e sexualidade para nosso currículo para enriquecê-lo e nos preparar para as práticas que iremos trabalhar. Diniz e Cavalcante (2008, p. 102), apresentam que a universidade tem sido chamada a sua responsabilidade diante dessas discussões, principalmente quando se refere a cursos de formação de professores/professoras, uma vez que na Educação há, de maneira geral, uma ausência desses estudos e ainda há uma demanda no espaço da escola acerca da discussão dessas questões. Assim, é fundamental que as/os profissionais da educação tenham um preparo, durante a graduação, para que possam trabalhar esses temas. Trabalhar estas temáticas, no Curso de Pedagogia, se faz premente e urgente, pois a sexualidade não está fora das instituições escolares e não-escolares. Discutir-se sobre os temas que envolvem a nossa pesquisa, proporcionam, como nos aponta Silva (1992), sobre a necessidade de se reorganizar os currículos nas escolas, bem como a Matriz Curricular dos Cursos de Pedagogia, para que se trabalhem as temáticas que envolvem gênero. Precisamos de profissionais preparados/as para enfrentar os desafios impostos diariamente dentro do ambiente escolar. Para Pereira (2008), um/a professor/a mais inteiro/a e com mais consciência profissional. Nesse sentido, é importante a formação de um/a profissional da educação capaz de resolver e tratar tudo o que é imprevisível, tudo que não pode ser reduzido a um processo de decisão e atuação regulado por um sistema de raciocínio infalível, a partir de um conjunto de premissas.

CONCLUSÕES A intenção do presente trabalho é mostrar a importância dos números reais que são resultado de interesse público e também acadêmicos acerca dos temas referidos Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual, e é nosso foco principal trazer questionamentos, com vistas à melhoria do ensino ofertado no Curso de Pedagogia, na intenção da criação de uma disciplina, obrigatória, que contemple esse assunto até então ainda tão difícil de ser trabalhada ou discutida em qualquer que seja a idade escolar ou acadêmica. Assim como saímos preparadas para outras práticas cotidianas, essa deveria ser mais uma, imprescindível, e que precisa ser adequada. Acreditamos que, se não houvessem tantos tabus e preconceitos envolvendo tais temas, talvez nossa sociedade não estaria tão confusa como se encontra atualmente, a intenção da criação da disciplina não é incitar ou estimular desejos que jovens / adolescentes sobre a descoberta da sua sexualidade, mas a intenção é fazer-se conhecer, conhecer o/a outro/a e respeitar tanto a si como os/as outros/as, que não continuemos a transferir essa herança preconceituosa, que por encontrar indivíduos diferentes, que não são entendidos, hoje a sociedade discrimina, assassina, exclui e critica essas minorias, e não precisava ser dessa forma. Muitas vezes estamos habituados/a e velamos um preconceito e perpassamos para outras gerações automaticamente e involuntariamente, porém está na hora de rever nossos conceitos e as formas de ensino e abordagens, para que esse erro seja dizimado, e que um novo ambiente de aprendizado que contemple a toda a diversidade possa ser praticado em todas os espaços escolares ou não escolares. Verificamos também, que não somente dentro de nossa Universidade em Maringá esse pedido é constante, os temas Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual, também são fontes de pesquisas para suprir questionamentos na Sede Cianorte. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho, nossa intenção é fazer com que a comunidade acadêmica se conscientize da importância deste tema como disciplina no Curso de Pedagogia, lembrando de autores como Foucault (2009, p. 30), que afirma em seu livro História da Sexualidade I: A Vontade de Saber, que

deve-se falar do sexo, e falar publicamente, de uma maneira que não seja ordenada em função da demarcação entre o lícito e o ilícito, mesmo se o locutor preservar para si a distinção. Cumpre falar do sexo como uma coisa que não se deve simplesmente condenar ou tolerar, mas gerir, inserir em sistemas de utilidade, regular para o bem de todos, fazer funcionar segundo um padrão ótimo. Não muito distante de nossa realidade, nos deparamos com violências como sofreu a menina no Rio de Janeiro, em meados do mês de maio de 2016, onde a mesma foi culpada por ser estuprada, por 33 homens; e onde homossexuais são discriminados, espancados e mortos... São condutas machistas, ignorantes e que por falta de um trabalho que possa fazer com que haja respeito mútuo em nossa sociedade, onde o indivíduo respeite o/a outro/a como ele/a) é, que precisamos urgentemente fazer com que possamos melhorar a sociedade em que vivemos. As gerações mudam por meio dos tempos, a escola também precisa acompanhar esse ritmo, há muito tempo a escola vem se transformando, e seus espaços educativos pedem que novos conhecimentos, informações e abordagens façam parte de seu cotidiano, cabe a nós, professoresas a responsabilidade de ensinar valores, entre os principais o respeito. Não podemos mais transmitir conceitos antigos carregados de preconceitos e repressões, precisamos abrir caminhos com o objetivo que o espaço escolar seja agradável e igualitário para todos/as, sendo cada um do seu jeito, que não haja discriminação, e que a incapacidade de falar sobre o assunto seja uma prática cada vez mais extinta, na busca de uma escola que possa acompanhar os avanços da sociedade que ela faz parte. Que tenhamos autoridade ao falar cientificamente, não queremos mais do que falar com ciência daquilo que precisamos abordar e discutir. Precisamos da orientação de como agir nas situações que nos surgem. São inúmeras as deficiências que precisam ser sanadas na nossa prática diária dentro do ambiente escolar, a intenção é proteger as futuras gerações, por exemplo, para que seja possível identificar sinais de agressões e violências, a que muitas crianças são submetidas diariamente, e que por falta de preparo para identificá-las com precisão, faz com que elas continuem por muito tempo sofrendo traumas que ficam marcados para sempre, quando não levam até à morte muitas vezes.

REFERÊNCIAS BRAGA. E. R. M. Gênero, sexualidade e educação: questões pertinentes à Pedagogia. In: CARVALHO, Elma Julia Gonçalves de e FAUSTINO Rosângela Célia (Org.). Educação e Diversidade Cultural. 2 ed. Maringá: EDUEM, 2009, v. 1, p. 18-42. Blog do TCC Uem. Relação dos trabalhos apresentados na Universidade Estadual de Maringá. Disponível em: http://uem-tcc.blogspot.com.br/. Acesso em 12 fev. de 2016. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ orientacao.pdf>. Acesso em: 06 mar. 2016. DINIZ, Nilson; CAVALCANTI, Roberta Ferreira. Discurso sobre homossexualidade e gênero na formação em Pedagogia. Pro-Posições. V. 19, n. 2, 2008, p. 99-109. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. 11 ed. Rio de Janeiro: Graal, v.1, 2009. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. LOURO, G.L. O currículo e as diferenças sexuais e de gênero. In: COSTA, V. (Org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. p. 85-92. PEREIRA, K. A. B. A pesquisa na reconstrução da prática docente. Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-pesquisa-no-processo-formacaoeducador.htm. Acesso em: 20 de mai. de 2016. SILVA, T. T. da. O que produz e o que reproduz em Educação: ensaios de Sociologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.