de Susceptibilidade Geotécnica

Documentos relacionados
Escola Secundária Mouzinho da Silveira Departamento de Ciências Sociais e Humanas Grupo de Recrutamento 420 Ano Letivo de 2014 / 2015 Curso Básico

Do Risco à Catástrofe Um Desafio para a Protecção Civil O Risco Sísmico no Município da Amadora

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA E DO PERCURSO DO RIO PINHÃO RESUMO

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

RESUMO. José Rocha. Capítulo 2: Geotecnologias aplicadas à análise e gestão de riscos

Análise estrutural aplicada à estabilidade de taludes. Antonio Liccardo

PLANO DE PORMENOR DO DALLAS FUNDAMENTAÇÃO DA DELIBERAÇÃO DE DISPENSA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Avaliação dos Riscos: Um instrumento necessário no Ordenamento do Território

SISTEMA AQUÍFERO: CESAREDA (O24)

Geomorfologia e Planejamento. Rosangela do Amaral Geógrafa, Pesquisadora Científica Instituto Geológico - SMA

SISTEMA AQUÍFERO: VIANA DO ALENTEJO ALVITO (A6)

Avaliação Ambiental de Planos e Programas

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO DE ANÁPOLIS (GO) COM BASE NA INTENSIDADE DA DISSECAÇÃO

Ficha de caracterização do meio envolvente da escola

Análise de Risco de Taludes na Estrada de Ferro Vitória-Minas

Plataforma Integrada de Gestão e Accionamento de Cenários

Características do texto Académico-Científico

Palavras-chave: Prioritização de Investimentos; Gestão de Activos; Matriz Multicritério; Rede de Distribuição; Sistema de Informação Geográfica.

BRISA AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A.

HIDRALERTA SISTEMA DE PREVISÃO E ALERTA DE INUNDAÇÕES EM ZONAS COSTEIRAS E PORTUÁRIAS

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário

Aplicação do Regime de. Armazenagem, Distribuição e Comercialização de Produtos Petrolíferos. Marisa Silva

Boas práticas ambientais e melhores técnicas disponíveis na industria extractiva

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

Juliana Aurea Uber, Leonardo José Cordeiro Santos. Introdução

O Portal da Construção Segurança e Higiene do Trabalho

Grupo: Irmandade Bruna Hinojosa de Sousa Marina Schiave Rodrigues Raquel Bressanini Thaís Foffano Rocha

Avaliação Ambiental Estratégica. em Parques Eólicos CNAI 10. Vila Real,

ANO LECTIVO PLANIFICAÇÃO ANUAL. Tema 1: A Terra: estudos e representações UNIDADE DIDÁCTICA: 1- Da paisagem aos mapas. A descrição da paisagem;

VI FUNDAMENTOS DE GEOPROCESSAMENTO E SUAS APLICAÇÕES ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAL CARTOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

A GESTÃO RISCO NO TERRITÓRIO, O CONTRIBUTO DOS PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

TECNOLOGIAS WEBSIG NO PLANEAMENTO MUNICIPAL DA DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS

P L A N I F I C A Ç Ã O A M É D I O P R A Z O

GEONFORMAÇÃO PARA NÃO ESPECIALISTAS

Modelos de Previsão de Áreas Sujeitas a Deslizamentos: Potencialidades e Limitações

INFORMAÇÃO PROVA FINAL DE CICLO A NÍVEL DE ESCOLA. Aplicações Informáticas B 12º Ano - Prova /2015

CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS DA BACIA DO CÓRREGO DO CEMITÉRIO, MUNICÍPIO DE ALFENAS MG.

PLANIFICAÇÃO DE CIÊNCIAS NATURAIS - 7º ANO-

Hidrografia e Litoral

Aplicações Informáticas B

Regulamento de Segurança de Barragens e a Protecção Civil

SONDAGENS GEOFÍSICAS. Prof. Marcelo Ribeiro Barison 2009

PROJETO COLABORATIVO DE GESTÃO DE CAUDAIS INDEVIDOS NO GRUPO AQUAPOR LUSÁGUA

Mário M. Freire Departamento de Informática Universidade da Beira Interior 2008/2009

MAPA DE RUÍDO RESUMO NÃO TÉCNICO

Escola E.B. 2,3 de António Feijó. Ano letivo Planificação anual. 7º ano de escolaridade

Palavras-chave: Aquífero Furnas, qualidade da água subterrânea, poços tubulares profundos.

[Ficha III-2] Ficha técnica. Access database: Registo Patrimonial

LEVANTAMENTO E MONITORAMENTO DOS RECURSOS FLORESTAIS DOS TABULEIROS COSTEIROS DO NORDESTE DO BRASIL*

Hugo Saturnino Paulo Fernandez e José M. Monteiro Coimbra - 30 Maio de 2009

LAUDO TÉCNICO DA PRAIA DA PONTA NEGRA MANAUS - AM

UNIVERSIDADE DE COIMBRA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

GEOPROCESSAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE NOS IMPACTOS AMBIENTAIS: MINERADORA CAMPO GRANDE TERENOS/MS.

CAPÍTULO 7 EVOLUÇÃO DA ÁREA NA AUSÊNCIA DO PROJECTO

DECLARAÇÃO AMBIENTAL

PROJETO CONCEITUAL DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO DE CAMADAS DE CARVÃO UM ESTUDO DE CASO

Celso F. França Costa Consultor na MEGAJOULE. MEGAJOULE Consultoria no mercado de energia eólica

Potencialidades de utilização de Informação Geográfica Voluntária

EGEA ESAPL - IPVC. Orçamentos Anuais Parciais de Actividade

Curso(s): Licenciaturas em Engenharia Total de horas Aulas Teórico-Práticas 60 h

A Avaliação Ambiental Estratégica no Sector Energético:

TENDÊNCIAS ACTUAIS DA LEGISLAÇÃO DE BARRAGENS. Laura Caldeira

Relatório Técnico. Ana Rilo. MorFeed -Morphodynamic feedback of estuarine margins to climate change

Geografia Geral: Econômica Vestibulares UNICAMP

AVALIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUAS DE POÇOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO RIO DO PEIXE

A seguir são apresentadas as etapas metodológicas da Pesquisa CNT de Rodovias.

CONTRIBUTO DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NA GESTÃO OPERACIONAL DE ENTIDADES GESTORAS DE SERVIÇOS DE ÁGUAS

Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto - GEONORDESTE 2014 Aracaju, Brasil, novembro 2014

Conclusão. OS ESTUDANTES E OS SEUS TRAJECTOS NO ENSINO SUPERIOR: Sucesso e Insucesso, Factores e Processos, Promoção de Boas Práticas RELATÓRIO FINAL

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO / DIURNO PROGRAMA DE DISCIPLINA

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações

Mestrado e Pós-graduação em C&SIG Seminário Final do 2º semestre (2ª EDIÇÃO) Universidade de Cabo Verde 21 e 22 de Julho de 2010

MIG - Metadados para Informação Geográfica

Encontro Investigação, Desenvolvimento e Inovação Lisboa, 07de Outubro de 2013

Qual o futuro do nosso planeta?

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PORTELA E MOSCAVIDE. Informação - Prova de Equivalência à Frequência da disciplina de Aplicações Informáticas B

Análise da aplicação da nota técnica que define a metodologia para a monitorização de

MIEC MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2010/2011 PROPOSTA DE TEMAS PARA DISSERTAÇÃO RAMO DE ESPECIALIZAÇÃO/ ÁREA CIENTÍFICA: HIDRÁULICA

Aplicações Práticas de Cartografia de Modelos de Combustível Florestal no apoio ao Planeamento e Combate a Incêndios

MAPEAMENTO DE FRAGILIDADE DE DIFERENTES CLASSES DE SOLOS DA BACIA DO RIBEIRÃO DA PICADA EM JATAÍ, GO

O Risco dos Incêndios Florestais

Caracterização das Unidades de Manejo Florestal Lote-1 da Floresta Estadual do Amapá

RESUMO. Margarida Correia Marques. Cristina Sá. Sara Capela. Cristina Russo

Empreendedorismo e Organização da Empresa. Público-Alvo

Geomática Aplicada à Engenharia Civil. 1 Fotogrametria

Sistema de Informação Geográfica

Observatório da Qualidade do Ar do Município de Matosinhos

Metodologia Projectual?

A PROBLEMÁTICA DAS CAPTAÇÕES DIRECTAS EM ALBUFEIRAS

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

PROVA DE GEOGRAFIA 3 o TRIMESTRE DE 2012

CONVITE PARA EXPRESSÕES DE INTERESSE PARA PROJETOS POLARES EM TODAS AS ÁREAS CIENTÍFICAS

World Disaster Reduction Campaign Making Cities Resilient: Amadora is Getting Ready!

A cartografia nos planos municipais de ordenamento do território - experiência recente

Transcrição:

II Congresso Internacional de Riscos 24-25 Maio 2010, Coimbra Classificação de Susceptibilidade Geotécnica João Narciso 1, Pedro Santarém Andrade 2 1 Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e Construção, IST 2 Departamento de Ciências da Terra, FCTUC

A classificação de susceptibilidade geotécnica foi desenvolvida no âmbito do projecto RISK ( Risk Assessment and Management for High-Speed Rail Systems ). O projecto RISK encontra-se inserido no programa MIT-Portugal e visa integrar as diferentes dimensões do risco nas decisões da construção da rede ferroviária de alta velocidade em Portugal.

Este trabalho desenvolvido enquadra-se num estudo prévio de identificação de zonas de perigosidade geológica e/ou geotécnica numa área da concelho de Coimbra. Para efectuar esse estudo prévio foi estabelecida uma classificação que pode ser aplicada aos maciços rochosos e aos solos, à qual se designou Classificação de Susceptibilidade Geotécnica. A classificação visa uma caracterização qualitativa e quantitativa de parâmetros pré-estabelecidos.

Após o respectivo enquadramento geográfico, geomorfológico e geológico das áreas de estudo, bem como um reconhecimento prévio das áreas e dos seus afloramentos, seleccionaram-se formações geológicas para aplicação da Classificação de Susceptibilidade Geotécnica. Para auxiliar e validar determinados valores de parâmetros e subparâmetros obtidos na aplicação da classificação proposta para maciços rochosos, realizaram-se ensaios laboratoriais e in situ, bem como se elaboraram cartas de modelos digitais do terreno. Como conclusão final realizou-se uma carta de susceptibilidade geotécnica para a área de estudo na região de Coimbra.

Mapas: -Topográfico -Geológico -Geomorfológico -Geotécnico Trabalho de Campo: -Processos -Indícios -Danos Fotos aéreas e imagens satélite Localização dos processos Natureza, características e tipologia Magnitude ou intensidade Enumeração de processos e/ou zonas afectadas Análise dos factores condicionantes Avaliação da susceptibilidade Análise dos factores desencadeantes Previsão espacial e temporal. Avaliação da probabilidade de ocorrência dos processos. Definição dos elementos expostos Cálculo do seu grau de vulnerabilidade Avaliação da perigosidade Cálculo do grau de potenciais perdas Cálculo do valor dos elementos expostos Avaliação do risco: perdas esperadas Mapa de Susceptibilidade Mapa de Perigosidade Mapa de Risco (adaptado de Ferrer, 1991)

A classificação de susceptibilidade geotécnica permite uma quantificação dos problemas geológicos e geotécnicos relativos a cada afloramento, apresentandose dividida em sete parâmetros principais. Para cada um dos parâmetros foram estabelecidos critérios e uma classificação ponderada

Classificação de Susceptibilidade Geotécnica para maciços rochosos

Classificação de Susceptibilidade Geotécnica para solos A classificação proposta para solos tem como objectivo proceder a uma análise similar à efectuada nos maciços rochosos e é constituída pelo mesmo conjunto de parâmetros, embora alguns deles possuam valores ponderais diferentes. A classificação de solos apresenta a mesma amplitude para os valores totais da classificação, de 0 a 120 pontos, para ser possível uma comparação e delimitação de zonas de igual susceptibilidade geotécnica.

Classificação de Susceptibilidade Geotécnica para solos

Área de estudo na região de Coimbra A zona de estudo situa-se no concelho de Coimbra, na parte abrangendo as zonas urbanas de S. Martinho do Bispo e de Santa Clara, onde estão representadas 10 formações geológicas da Bacia Lusitânica e compreende uma área de 6,0 km 2. A zona em estudo localiza-se na Orla Meso-Cenozóica Ocidental, apresentando uma grande diversidade litológica que origina contrastes geomorfológicos. Na área de estudo afloram, principalmente, dolomias, calcários e margas do Jurásico inferior, arenitos do Cretácico e Cenozóico e formações detríticas do Quaternário.

Área de estudo na região de Coimbra A área de estudo na região de Coimbra apresenta uma ocupação antrópica de 65 a 100% e uma densidade de infraestruturas viárias entre 1,6-2,4 Km/Km 2 e 2,4-5,0 Km/Km 2 (Tavares, 1999). Após esse reconhecimento prévio, seleccionaram-se 18 afloramentos para estudo, designados de A1 a A18.

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Área de estudo na região de Coimbra

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Modelo digital de terreno da área de estudo na região de Coimbra e localização dos afloramentos estudados S. Martinho do Bispo Santa Clara

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Área de estudo na região de Coimbra e localização dos afloramentos estudados S. Martinho do Bispo Santa Clara

Geologia da área de estudo na região de Coimbra e localização dos afloramentos estudados S. Martinho do Bispo Santa Clara

Carta de declives da área de estudo na região de Coimbra e localização dos afloramentos estudados S. Martinho do Bispo Santa Clara Carta utilizada para definição do sub-parâmetro Declives.

Carta de orientação de vertentes da área de estudo na região de Coimbra e localização dos afloramentos estudados S. Martinho do Bispo Santa Clara Carta utilizada para definição do sub-parâmetro percolação.

Ensaios laboratoriais e in situ Para determinação da resistência e da durabilidade do material rochoso, realizaram-se ensaios laboratoriais e in situ. Assim foi possível analisar de um modo mais completo os diferentes tipos litológicos e o seu grau de alteração. Os ensaios realizados foram o ensaio de resistência à carga pontual (Point Load Test), o ensaio de desgaste em meio húmido (Slake Durability Test) e a determinação da dureza in situ utilizando o martelo de Schmidt (tipo L).

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Martelo de Schmidt Os ensaios de determinação da dureza com o auxílio do martelo de Schmidt permitem definir a dureza e, de modo indirecto, resistência do material rochoso. São ensaios não destrutivos realizados nos afloramentos em estudo.

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Ensaio de resistência à carga pontual Os ensaios de resistência à carga pontual constituem um método que permite aferir a resistência à compressão simples do material rochoso. São ensaios de natureza destrutiva, de fácil realização e de custo reduzido.

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Ensaio de desgaste em meio húmido Os ensaios de desgaste em meio húmido permitem definir a durabilidade ao desgaste e desintegração de um material rochoso quando submetido a ciclos de secagem e humedecimento. Através deste ensaio podemos definir a susceptibilidade à alteração de um determinado material rochoso.

Classificação final Através dos resultados obtidos na aplicação da classificação de susceptibilidade geotécnica efectuou-se uma carta para a área de estudo de Coimbra. Classificação de Susceptibilidade Geotécnica

Classificação final Afloramento Classificação total A1 78 86 A2 79 81 A3 52 60 A4 49 57 A5 57 61 A6 71 79 A7 52 60 A8 81 89 A9 75 79 A10 80 86 A11 68 76 A12 63 67 geotécnica A13 81 87 A14 62 70 Elevado A15 79 85 A16 71 77 Médio A17 73 81 A18 65 73 Baixo Nivel de susceptibilidade

II Congresso Internacional de Riscos, Maio 2010, Coimbra Carta de susceptibilidade geotécnica para a área de estudo na região de Coimbra

Conclusão A classificação apresentada neste trabalho está relacionada com a identificação de possíveis zonas com diferentes níveis de susceptibilidade geológica/geotécnica. Através da aplicação da classificação constatou-se que determinados parâmetros e sub-parâmetros necessitaram de correcções de modo a tornar mais precisa a classificação proposta. Os ensaios laboratoriais e in situ foram realizados de modo a complementar a classificação no parâmetro do tipo litológico e do sub-parâmetro erosão.

Conclusão As cartas apresentadas através de modelos digitais, como as Cartas de Declives e as Cartas de Orientação de Vertentes, foram particularmente úteis na definição dos valores dos sub-parâmetros dos declives e da percolação. A classificação permitiu a definição de diferentes áreas com níveis de susceptibilidade geotécnica que variaram entre baixo a elevado. Uma possibilidade de futuros estudos será o desenvolvimento a partir deste trabalho, de classificações de perigosidade e de riscos geotécnicos bem como das respectivas representações cartográficas.

Referências bibliográficas Andrade, P. (2004). "Caracterização Geomecânica e Análise da Estabilidade em Maciços Rochosos Anisotrópicos". Tese de Doutoramento, Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, Coimbra. Costa, A.; Coelho, P. & Pedro, A. (2008). "Identificação de Riscos Sísmicos e Geotécnicos Associados a Linhas Ferroviárias de Alta Velocidade em Portugal", XI Congresso Nacional de Geotecnia, Coimbra. França, J. & Zbyszewski, G. (1963). Notícia Explicativa da Folha nº 26-B Alcobaça, da Carta Geológica de Portugal, escala 1/50000. Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa. Ferrer, M. (1991). Mapas de Peligrosidad de Movimentos de Ladera. I Bienal Española de Ingeniería Geológica y Minera. Tomo 1, IGME. ISRM (1985). "Suggested Method for Determining Point Load Strength". Int. J. rock Mechanics and Mining Science and Geomech. Vol. 22 (2), pp. 51-60. Ko Ko, C.; Flentje, P. & Chowdhury, R. (2004). Landslide Qualitative Hazard and Risk Assessment Method and its Reliability. Bulletin of Engineering Geology and the Environment, Sringer, Vol. 63, pp. 149-165. Narciso, J. (2009). Análise de Susceptibilidade Geotécnica. Tese de Mestrado, Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, Coimbra. Rebelo, F. (1985). Nota sobre o conhecimento geomorfológico da área de Coimbra (Portugal). Memórias e Notícias, Publ. Mus. Lab. Mineral. Geol. Univ. Coimbra, Coimbra, Vol. 100, pp. 193-202. Soares, A.; Marques, J. & Rocha, R. (1985). Contribuição para o Conhecimento Geológico de Coimbra. Memórias e Notícias. Publ. Mus. Lab. Mineral. Geol. Univ. Coimbra, Coimbra, Vol. 100, pp. 41-71. Soares, A.; Marques, J. & Sequeira, A. (2007). Notícia Explicativa da Folha nº 19-D Coimbra-Lousã, da Carta Geológica de Portugal, escala 1/50000. Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Lisboa. Tavares, A. (1999). "Condicionantes Físicas ao Planeamento - Análise da Susceptibilidade no Espaço do Concelho de Coimbra", Tese de Doutoramento, Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, Coimbra. Vallejo, L.; Ferrer, M.; Ortuno, L. & Oteo, C. (2002). Ingeniería Geológica. Pearson Educación, S. A. Madrid. Varnes, D. (1984). Landslide hazard zonation: a review of principles and practice. UNESCO.

Obrigado pela atenção.