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Transcrição:

Literatura: romance

Quando contamos, ouvimos ou escrevemos uma história, temos uma narrativa. É o relato de fatos e acontecimentos que ocorrem a determinado(s) personagem(ns). Podemos narrar um fato (real ou imaginário) de diferentes maneiras: usando palavras (por exemplo, num conto, numa piada, num poema, numa notícia, numa letra de música) ou não (por exemplo, nos quadrinhos, nas charges, num filme mudo). Os textos desse tipo apresentam aspectos específicos e comuns. São exemplos de narrativas os contos de fadas, as fábulas, os mitos e as lendas.

Elementos da narrativa No texto narrativo, alguns elementos são essenciais para o entendimento do leitor: foco narrativo, personagens, enredo, espaço e tempo.

Elementos da narrativa Enredo A ação de uma história é composta por uma sequência de fatos que as personagens vivenciam em um determinado tempo e espaço. Fazem parte do enredo: a situação inicial, conflito, clímax e desfecho. Foco narrativo A posição do narrador em relação à narrativa. Podem ser: narrador observador (verbos na 3ª pessoa) ou narrador personagem (verbos na 1ª pessoa). Personagens São os seres que se envolvem na história narrada. Podem ser: protagonistas, antagonistas e secundários. Espaço É o ambiente em que as personagens circulam e onde se desenvolve o enredo. Tempo Quando acontece a sequência narrativa. Pode ser classificado em: cronológico (marcas temporais no texto) ou psicológico (expresso pela ação).

A ação narrativa do enredo Situação inicial Composição do cenário da narrativa e da apresentação de seus personagens marcados pelo uso de texto descritivo e adjetivos. Complicação Focados na ação narrativa e marcados pelo pretérito perfeito do verbo. Clímax Ponto alto da história - uso de verbos de ação, discurso direto e indireto. Desfecho Resolução do conflito, final da narrativa.

Romance Chamamos de romance o gênero de texto narrativo que conta uma história mais longa e mais complexa. Nesse gênero, apesar de haver personagens principais, suas narrativas são geralmente contadas junto a outros personagens, em outros tempos e outros espaços. Romance: da palavra ROMANÇO/ROMÂNICO (obra em linguagem popular, com muita imaginação e aventura).

Vinte Mil Léguas Submarinas O escritor francês Julio Verne (1828-1905) é o mais lembrado entre os escritores de romances científicos do século XIX.

Romance científico O termo romance científico surgiu no século XIX para descrever escritos especulativos a respeito de história natural ou tachar ideias científicas de fantasiosas. Com o passar do tempo, à medida que o conhecimento científico apontava para ideias mais plausíveis sobre o futuro, o rótulo acabou sendo aplicado a obras ficcionais que incorporassem prodígios científicos no enredo.

Vinte Mil Léguas Submarinas 1870 Verne começou a desenvolver a ideia de um submarino, que se transformou no Náutilus, embarcação do Capitão Nemo em Vinte Mil Léguas Submarinas. A narrativa relata a fabulosa história de Nemo e sua tripulação, de suas espetaculares aventuras submarinas, quando encontram florestas de algas e uma lula gigante nas profundezas oceânicas. A maravilhosa criatividade de Verne proporcionou aos viajantes roupas de mergulho e armas de ar para serem usadas embaixo d água uma surpreendente previsão da força em potencial do desenvolvimento científico para possibilitar a exploração dos recônditos mais distantes do planeta.

Dom Quixote O livro Dom Quixote, do escritor Miguel de Cervantes (1547-1616), é considerado o primeiro romance moderno. Trata-se de um romance de aventura.

Novela de cavalaria As novelas de cavalaria são os primeiros romances da literatura: narrativas ficcionais de acontecimentos históricos, surgidos no século XII na Inglaterra e França. Nasceram das cantigas medievais que deixaram de ser em versos para ser em prosa e deixaram de ser cantadas para ser lidas.

Novela de cavalaria Geralmente não apresentavam autoria e sua temática estava ligada às aventuras dos cavaleiros medievais, na luta entre o "bem" e o "mal" das Cruzadas em defesa da Europa Ocidental. O seu meio de circulação eram as Cortes Medievais e, refletiam, de modo geral os ideais da nobreza feudal. Essas novelas faziam sucesso, pois expressavam a mentalidade religiosa e guerreira da própria idade média.

O cavaleiro Os cavaleiros são castos, fiéis e dedicados, segundo os padrões da igreja católica, dispostos a qualquer sacrifício para defender a honra cristã e o amor de sua donzela. O ideal da cavalaria medieval exigia não só valentia contra os inimigos, mas também caráter virtuoso, que associasse humildade, lealdade, senso de justiça, e obediência ao seu senhor e a Deus.

Miguel de Cervantes Dom Quixote foi publicado em duas partes: a 1ª em 1605 e a 2ª em 1615. Nessa época, as novelas de cavalaria, que já tinham sido muito populares, estavam em declínio. Miguel de Cervantes, então, no livro Dom Quixote, faz uma paródia desse tipo de narração.

Anti herói O protagonista do livro de Cervantes é uma pessoa de idade que lê muitas novelas de cavalaria e, com isso, perde o juízo. Decide, então tornar-se um cavaleiro andante. Assim, parte com seu fiel escudeiro, Sancho Pança, e luta contra os moinhos de vento acreditando serem gigantes.

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