ANO XXIII - 2012-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2012 ASSUNTOS TRABALHISTAS DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO - DESCONTO NOS SALÁRIOS Introdução - Descontos Permitidos - Descontos em Lei - Adiantamento Salarial (70% - Setenta Por Cento) - Descontos Indevidos - Previsão Contratual - Danos Causados Pelo Empregado - Prévia Averiguação do Dano (Prejuízo) - Dano Resultante de Culpa - Dano Decorrente de Dolo (Fraude) - Comprovação Dos Prejuízos Causados Por Dolo ou Dano - Ressarcimento de Danos Causados... FÉRIAS - COMO CALCULAR QUANDO O MÊS É DE 28, 29 OU 31 DIAS Introdução - Cálculos Práticos - Mês de 28 (Vinte e Oito) Dias - Mês de 29 (Vinte e Nove) Dias - Mês de 31 (Trinta e um) Dias... Pág. 117 Pág. 119
ASSUNTOS TRABALHISTAS DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO Desconto Nos Salários Sumário 1. Introdução 2. Descontos Permitidos 2.1 - Descontos em Lei 2.2 - Adiantamento Salarial (70% - Setenta Por Cento) 3. Descontos Indevidos 4. Previsão Contratual 5. Danos Causados Pelo Empregado 5.1 - Prévia Averiguação do Dano (Prejuízo) 5.2 - Dano Resultante de Culpa 5.3 - Dano Decorrente de Dolo (Fraude) 6. Comprovação Dos Prejuízos Causados Por Dolo ou Dano 7. Ressarcimento de Danos Causados 1. INTRODUÇÃO O empregador somente poderá proceder com os descontos no salário do empregado previstos em lei. E no caso de adiantamento salarial em relação a danos causados pelo empregado, deverá haver previsão expressa em contrato de trabalho, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho e a Constituição Federal de 1988. A legislação trabalhista protege o salário do empregado de sofrer descontos indevidos praticados pelo empregador, em face do seu caráter alimentar (sem o salário o empregado não tem condições de ter uma subsistência digna). 2. DESCONTOS PERMITIDOS A legislação trabalhista protege o salário do empregado de sofrer descontos indevidos por parte do empregador, em face do seu caráter alimentar, pois sem o salário o empregado não tem condições de ter uma subsistência digna. Assim, os casos permitidos de descontos salariais se encontram previstos na lei (imposto de renda, contribuição previdenciária, vale transporte, contribuição sindical, etc.), no contrato e na convenção coletiva. A Legislação estabelece que ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto no salário do empregado, constituindo crime sua retenção dolosa ( 1º e 4º do art. 462 da CLT). Porém, existem situações em que o empregador poderá efetuar desconto no salário do empregado, tais como: a) descontos previstos em lei; b) adiantamentos salariais (com a concordância do empregado), acordo ou convenção coletiva; c) danos causados pelo empregado; d) entre outros (vale-transporte, vale-refeição, plano médico e odontológico, etc.), lembrando que com a prévia autorização do empregado. A Constituição Federal veda a retenção dolosa ou fraudulenta e também a redução salarial, conforme o artigo 7º abaixo: CF de 1988, Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa. 2.1 - Descontos em Lei Os descontos salariais principais permitidos em lei são: a) contribuições previdenciárias; b) contribuição sindical; c) Imposto de Renda. Observação: Vide Bol. INFORMARE nº 47/2011. 2.2 - Adiantamento Salarial (70% - Setenta Por Cento) Os adiantamentos de salário concedidos ao empregado também podem ser descontados, conforme dispõe o TST, através da Orientação Jurisprudencial 18 (Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho Seção de Dissídios Coletivos - inserida em 25.05.1998), que segue abaixo: TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. OJ-SDC-18 DESCONTOS AUTORIZADOS NO SALÁRIO PELO TRABALHADOR. LIMITAÇÃO MÁXIMA DE 70% DO SALÁRIO BASE. Inserida em 25.05.1998. Os descontos efetuados com base em cláusula de acordo firmado entre as partes não podem ser superiores a 70% do salário base percebido pelo empregado, pois deve-se assegurar um mínimo de salário em espécie ao trabalhador. 3. DESCONTOS INDEVIDOS De acordo com o artigo 462 da CLT, ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamento, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Artigo 462 da CLT - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na 117
ocorrência de dolo do empregado. Ressaltamos que, conforme o artigo 2º da CLT, os riscos econômicos são de responsabilidade do empregador. Artigo 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. SALÁRIO - DESCONTOS - NÃO CONFIGURAÇÃO DE DOLO OU CULPA GRAVE - RISCO INERENTE AO EMPREENDIMENTO - O desconto previsto no 1º do art. 462 da CLT é lícito quando provada a ocorrência de dolo ou culpa grave, sob previsão contratualizada. Inaceitável atribuir a responsabilidade pecuniária ao empregado por mera negligência, dano culposo integrante do risco normal da atividade-fim da empresa. (Acórdão, por maioria de votos, da 2ª Turma do TRT da 3ª Região - RO 12.110/96 - Rel. Juiz Carlos Eduardo Ferreira - DJ MG de 17.01.97, pág. 15). DESCONTOS INDEVIDOS. O artigo 462 da CLT veda ao empregador efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo, excetuando os casos de dano causado pelo empregado, quando, então, o desconto será lícito, desde que a possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado (TRT 03ª R. RO 384/2010-093-03-00.9, Rel. Des. Bolivar viegas Peixoto, DJe 03.10.2011, p.25) RISCOS DA ATIVIDAD ECONÔMICA. Os riscos da atividade econômica devem ser assumidos pelo empregador, sendo vedada sua transferência, pura e simplesmente, ao empregado. A responsabilidade por um ato qualquer não pode ser atribuída abstratamente. A empresa deve provar que o dano foi causado pelo empregado (TST, RR 101.373/ 93.0, José Francisco da Silva, Ac. 2ª T 3.402/94) 4. PREVISÃO CONTRATUAL Os descontos relativos a danos causados pelo empregado somente são lícitos quando houver previsão contratual ou quando comprovada a conduta dolosa, conforme dispõe o artigo 462 da CLT. DESCONTO SALARIAL. DANO. AUSÊNCIA DE CULPA DO EMPREGADO. Os descontos relativos a danos causados pelo empregado somente são lícitos quando houver previsão contratual ou quando comprovada a conduta dolosa, a teor do disposto no art. 462, da CLT. Assim, ferem o princípio da intangibilidade salarial, consagrado no Direito do Trabalho, os descontos efetuados a título de reparos no veículo, quando a culpa pelo acidente não pode ser atribuída ao reclamante. (TRT 3ª R; RO 00282-2007-059-03-00-7; Quinta Turma; Rel. Juiz Conv. Rogério Valle Ferreira; Julg. 11.09.2007; DJMG 22.09.2007). 5. DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO 5.1 - Prévia Averiguação do Dano (Prejuízo) O empregador, ao proceder aos descontos no salário do empregado, deve agir com cautela, de forma que, a qualquer momento, tenha como comprová-los por intermédio de documentos, tais como: a) cláusula contratual que preveja a possibilidade do desconto por danos causados por culpa do empregado; b) documentos atestados por autoridade competente, que comprovem a culpa ou o dolo do empregado ( 1º e 4º do art. 462 da CLT). Importante ressaltar que no caso de dano causado por culpa do empregado, cabe ao empregador a prova de que o empregado praticou o ato de maneira dolosa. DANOS MATERIAIS - VEDAÇÃO DE DESCONTOS. Sem prova de culpa, ficaram vedados os descontos a título de ressarcimento por danos decorrentes de acidente de trabalho, sob pena de transferir para o trabalhador os riscos do negócio. (Acórdão, por maioria de votos, da 2ª Turma do TRT da 12ª Região - RO 9.231/93 - Rel. Juíza Maria Aparecida Caitano - DJ SC de 28.11.95, pág. 47) DESCONTOS DOS SALÁRIOS. LICITUDE. É lícito ao empregador efetuar nos salários descontos resultantes de convenção coletiva (CLT, art. 462). Ac. 2ª T. 5569/95. Proc. TRT/SC/RO-VA 2632/93. Maioria. Rel.: Juiz J. L. Moreira Cacciari. Publ. 11.08.95. 5.2 - Dano Resultante de Culpa O dano causado pelo empregado resultante de culpa, em que no desempenho das funções não tenha a intenção de praticá-los, tenha agido com imprudência, negligência ou imperícia, o desconto só poderá ser efetuado se houver previsão em contrato de trabalho. Ressaltamos que a empresa que desejar prever o desconto para os casos de dano causado pelo empregado decorrente de culpa deverá incluir referida cláusula no contrato de trabalho, assinado no momento da admissão do empregado ( 1º do artigo 462 da CLT). Nesse sentido, o Precedente Normativo do TST: 118 - QUEBRA DE MATERIAL. Não se permite o desconto salarial por quebra de material, salvo nas hipóteses de dolo ou recusa de apresentação dos objetos danificados, ou ainda havendo previsão contratual, de culpa comprovada do empregado. DESCONTOS SALARIAIS. DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. Havendo previsão contratual autorizando o desconto salarial decorrente de danos causados por culpa do empregado e estando caracterizada a sua culpa por acidente de trânsito, é lícito o desconto salarial levado a efeito pelo empregador para a reparação dos prejuízos decorrentes (art. 462, 1º, da CLT). (TRT 12ª R; RO 00383-2008-003-12-00-5; Segunda Turma; Rel. Juiz Marcos Vinicio Zanchetta; Julg. 14.01.2009; DOESC 23.01.2009) 5.3 - Dano Decorrente de Dolo (Fraude) De acordo com a CLT, em caso de dano causado pelo 118
empregado, o desconto no salário será lícito quando: a) houver acordo prévio (que pode ser expresso por meio de cláusula contratual), prevendo a possibilidade de desconto sempre que o dano resultar de culpa do empregado (caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência); ou b) ocorrer dolo (ação deliberada do empregado com a intenção de causar o resultado prejudicial ao empregador), conforme 1º do art. 462 da CLT. Importante: Quando o dano causado pelo empregado decorrer de prática de ato doloso, ou seja, o empregado agiu com a intenção de praticar tal ação com a vontade de prejudicar o empregador, é permitido o desconto mesmo sem previsão contratual, desde que comprove o dano causado. DESCONTOS SALARIAIS. DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. Havendo previsão contratual autorizando o desconto salarial decorrente de danos causados por culpa do empregado e estando caracterizada a sua culpa por acidente de trânsito, é lícito o desconto salarial levado a efeito pelo empregador para a reparação dos prejuízos decorrentes (art. 462, 1º, da CLT). (TRT 12ª R; RO 00383-2008-003-12-00-5; Segunda Turma; Rel. Juiz Marcos Vinicio Zanchetta; Julg. 14.01.2009; DOESC 23.01.2009) 6. COMPROVAÇÃO DOS PREJUÍZOS CAUSADOS POR DOLO OU DANO Nos termos do artigo 462, 1º, da CLT, os descontos salariais decorrentes de prejuízos causados pelo empregado dependem da comprovação de dolo ou, na hipótese de culpa, da existência de pactuação que os autorize. DANO MORAL. NÃO COMPROVAÇÃO DOS FATOS NARRADOS NA PETIÇÃO INICIAL. NÃO COMPROVAÇÃO DO DANO. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. Para a configuração da obrigação de reparação do dano moral é necessária a presença dos pressupostos constantes do artigo 186 do CC, quais sejam: a) ação ou omissão do agente; b) dolosa ou culposa; c) relação de causalidade; d) existência do dano. No presente caso, observo que a Reclamante não demonstrou os fatos narrados na petição que, a seu ver, teriam o condão de causarlhe dano moral passível de indenização. Recurso da Reclamante a que se nega provimento... Recurso da Reclamante que se nega provimento, no particular. (TRT23. RO - 00648.2007.008.23.00-6. Publicado em: 14.04.08. 2ª Turma. Relator: Desembargadora Leila Calvo) DESCONTO SALARIAL. DANO. AUSÊNCIA DE CULPA DO EMPREGADO. Os descontos relativos a danos causados pelo empregado somente são lícitos quando houver previsão contratual ou quando comprovada a conduta dolosa, a teor do disposto no art. 462, da CLT. Assim, ferem o princípio da intangibilidade salarial, consagrado no Direito do Trabalho, os descontos efetuados a título de reparos no veículo, quando a culpa pelo acidente não pode ser atribuída ao reclamante. (TRT 3ª R; RO 00282-2007-059-03-00-7; Quinta Turma; Rel. Juiz Conv. Rogério Valle Ferreira; Julg. 11.09.2007; DJMG 22.09.2007) 7. RESSARCIMENTO DE DANOS CAUSADOS Ao empregador com posse dos documentos atestados por autoridade competente, que comprovem a culpa ou o dolo do empregado, etc., será lícito o desconto no salário do empregado. Fundamentos Legais: Os citados no texto. FÉRIAS Como Calcular Quando o Mês é de 28, 29 ou 31 Dias Sumário 1. Introdução 2. Cálculos Práticos 2.1 - Mês de 28 (Vinte e Oito) Dias 2.2 - Mês de 29 (Vinte e Nove) Dias 2.3 - Mês de 31 (Trinta e um) Dias 1. INTRODUÇÃO Quando o gozo de férias for em mês que tem número de dias diferente de 30 (trinta), se deve calcular pelo número exato do mês, ou seja, fazer a divisão do salário por 28 (vinte e oito), 29 (vinte e nove), 30 (trinta) ou 31 (trinta e um), conforme o mês do gozo das férias. É este procedimento que a maioria dos empregadores não vem observando, gerando então pagamentos incorretos de recibo de férias. 2. CÁLCULOS PRÁTICOS O empregado adquire o direito às férias a cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho (Artigo 130 da CLT). O período de férias anuais deve ser de 30 (trinta) dias corridos, salvo quando o trabalhador tiver faltado sem justificativa por mais de 5 (cinco) vezes ao trabalho dentro do período aquisitivo. A Legislação Trabalhista determina o gozo das férias em quantidade de dias corridos. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão (Art. 142 da CLT). Segue abaixo demonstração do cálculo de férias, referente aos meses de 28 (vinte e oito), 29 (vinte e nove) ou 31 (trinta e um) dias. 2.1 - Mês de 28 (Vinte e Oito) Dias Empregado entra em gozo de férias do dia 01.02.2011 a 02.03.2011. Salário mensal de R$ 800,00 (oitocentos Neste caso, o salário do mês de fevereiro, R$ 800,00, 119
corresponde a 28 (vinte e oito) dias, faltando assim a complementação de 2 (dois) dias do mês de março para se determinar o valor total das férias (o salário do mês de março será dividido por 31 (trinta e um) e multiplicado por 2 (dois), para serem somados ao valor dos outros 28 (vinte e oito) dias). R$ 800,00 / 28 = R$ 28,571 R$ 800,00 / 31 = R$ 25,806 R$ 28,571 x 28 dias = R$ 799,99, arredondamento = R$ 800,00 1/3 constitucional (fevereiro) = R$ 266,67 R$ 25,806 x 2 dias = R$ 51,61 1/3 constitucional (março) = R$ 17,20 Total = R$ 1.135,48 INSS no mês de Fevereiro: R$ 800,00 + R$ 266,67 = R$ 1.066,67 R$ 1.066,67 x 8% = R$ 85,33 INSS no mês de Março: Férias = R$ 51,61 + R$ 17,20 = R$ 68,81 Saldo de Salário = R$ 748,49 (R$ 25,81 x 29) Base do INSS = R$ 817,30 R$ 817,30 x 8% = R$ 65,38 O saldo de salário desse empregado no mês de março será correspondente a 29 (vinte e nove) dias: R$ 25,81 x 29 dias = R$ 748,49 O FGTS segue o mesmo raciocínio do INSS, ou seja, será a mesma base de cálculo. 2.2 - Mês de 29 (Vinte e Nove) Dias Empregado entra em gozo de férias do dia 01.02.2011 a 01.03.2011. Salário mensal de R$ 600,00 (seiscentos Neste caso, o salário do mês de fevereiro, R$ 600,00, corresponde a 29 (vinte nove) dias, faltando assim a complementação de 1 (um) dia do mês de março para se determinar o valor total das férias (o salário do mês de março será dividido por 31 (trinta e um) e multiplicado por 1 (um) para ser somado ao valor dos outros 29 (vinte e nove) dias. R$ 600,00 / 29 = R$ 20,690 R$ 600,00 / 31 = 19,354 R$ 20,690 x 29 dias = R$ 600,00 1/3 constitucional (fevereiro) = R$ 200,00 R$ 19,35 x 1 dia = R$ 19,35 1/3 constitucional (março) = R 6,45 Total = R$ 825,80 INSS no mês de fevereiro: R$ 600,00 + R$ 200,00 = R$ 800,00 R$ 800,00 x 8% = R$ 64,00 INSS no mês de março: R$ 19,35 + R$ 6,45 + R$ 580,05 = R$ 605,85 R$ 605,85 x 8,00% = R$ 48,47 O saldo de salário desse empregado no mês de março será correspondente a 30 (trinta) dias: R$ 19,35 x 30 dias = R$ 580,05 O FGTS segue o mesmo raciocínio do INSS, ou seja, será a mesma base de cálculo. 2.3 - Mês de 31 (Trinta e um) Dias Empregado entra em gozo de férias do dia 01.08.2011 a 30.10.2008. Salário mensal de R$ 700,00 (setecentos Neste caso, o salário do mês de outubro, R$ 700,00, corresponde a 31 (trinta e um) dias. Devemos dividir o valor do salário mensal por 31 (trinta e um) e multiplicarmos por 30 (trinta), para obtermos o valor total das férias e pagarmos 1 (um) dia de salário em folha de pagamento. R$ 700,00 / 31 = R$ 22,581 R$ 22,581 x 30 dias = R$ 677,43 1/3 constitucional = R$ 225,81 Total bruto = R$ 903,24 INSS s/férias - 8% = R$ 72,26 Total líquido = R$ 830,98 O saldo de salário desse empregado no mês de outubro será correspondente a 1 (um) dia: R$ 22,58 x 1 dia = R$ 22,58 Sobre o saldo de salário também incidirá 8% de desconto previdenciário = R$ 22,58 x 8% = R$ 1,81 = R$ 20,77 O FGTS será recolhido sobre R$ 925,82 (903,24 + 22,58). Conclusão: Em todos os exemplos demonstrados, o empregado dentro do mês sempre receberá o valor do seu salário mensal integral. Se utilizarmos o parâmetro de sempre dividir por 30 (trinta), ficará errôneo o cálculo. O que deve ser entendido é que as férias correspondem a 30 (trinta) dias e não a 1 (um) mês. Em consequência, reflete-se na sua remuneração também. Fundamentos Legais: Os citados no texto, art. 130, analogia do parágrafo único do art. 64 da CLT, e Bol. INFORMARE nº 27/2009. 120