Aula 8. Atenuação. Capítulo 6 - Battan

Documentos relacionados
Aula 8. Atenuação. Capítulo 6 - Battan

Aula 8. Atenuação. Capítulo 6 - Battan

Aula 8. Atenuação. Capítulo 6 - Battan

Aula 4 Equação do Radar. Capítulo 4 - Battan

Aula 3 Equação do Radar. Capítulo 4 - Battan

4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA

Aula 4. Capítulo 4 - Battan

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

Aula 7. Battan, Capítulo 5

Medidas Doppler. Cap. 8 - Battan

Aula 5 Estimando a Relação ZR

Aula 7. Retro-espalhamento de particulas s ólidas e em fase de derretimento. Battan, Capítulo 5

Aula 7. Retro-espalhamento de particulas sólidas e em fase de derretimento. Battan, Capítulo 5

Medidas de Velocidade Doppler. Cap. 8 - Battan

Lista de exercícios 2. Propagação da onda acústica, atenuação, absorção e espalhamento

Em geral, medimos o fator refletividade do radar Z e para estimar a taxa de precipitação (R). Como visto na aula anterior, a relação Z-R é baseada

3 Propagação de Ondas Milimétricas

SOLAR E TERRESTRE RADIAÇÃO O O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan.

Atenuação Espalhamento

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia. Prof. Dr. Reinaldo Paul Pérez Machado

Radar Meteorológico: Teoria, Conceitos e Aplicações. Carlos Frederico de Angelis

Interação da radiação com a atmosfera

RADIAÇÃO. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS

Medidas Doppler. Cap. 8 - Battan

1- Quais das seguintes freqüências estão dentro da escala do ultrassom? 2- A velocidade média de propagação nos tecidos de partes moles é?

Tutorial. Metodologia de Cálculo de Enlace por Satélite

Aula 5 Estimando a Relação ZR

ANTENAS E PROPAGAÇÃO MEAero 2010/2011

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

Interações com a Atmosfera. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO

TEMA 2: Discorra como a atmosfera terrestre pode interferir na irradiância solar espectral incidente na superfície terrestre.

Por exemplo: Erros de calibração Atenuação da chuva Presença de partículas de gelo (granizo) Processo de derretimento da neve (banda brilhante)

A Atmosfera Terrestre: Parte 1

Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento. Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

Aula 2 - Sensoriamento Remoto: Espectro eletromagnético; principais sensores. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

PROVA OBJETIVA PARA O CARGO DE PESQUISADOR Monitoramento Radar Meteorológico

PROVA OBJETIVA PARA O CARGO DE PESQUISADOR Monitoramento Radar Meteorológico

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a.

Mini-Curso. A Ciência das Mudanças Climáticas Globais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

ANT Antenas e Propagação

Aula 3: Propagação de ondas EM. Capítulo 3 do Battan.

CONCEITOS RADIOMÉTRICOS

SISTEMAS ÓPTICOS. Atenuação e Dispersão

1 O canal de comunicação radiomóvel

Aula 3: Propagação de ondas EM. Capítulo 3 do Battan.

Novembro de 2012 Sumário

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

FUNDAMENTOS DO RADAR

Curso de Extensão: Noções de Sensoriamento

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

Sensoriamento Remoto Hiperespectral PPGCC. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Presidente Prudente

Fundamentos do. Sensoriamento Remoto. Metodologias de Aplicação. Mauricio A. Moreira -INPEe

Capítulo 6 Precipitação

Polarização. I: Conceitos básicos

SENSORIAMENTO REMOTO DOS OCEANOS

4 Aspectos de Propagação nas Bandas Ka e Ku

Estudo de desvanecimentos

ASSUNTO: Produção e Propagação de Ondas Eletromagnéticas.

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Telecomunicações. Prof. André Y. Kusumoto

Difusão elástica da luz

Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica

Fundamentos de Sensoriamento Remoto

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Aula 3 - Ondas Eletromagnéticas

Bringi and Chandra, 2001: Polarimetric Doppler Weather Radar.

CURSO: TÉCNICO SUBSEQUENTE EM MEIO AMBIENTE. Química Ambiental. Professor: Marcelo Vizeu

Capítulo 3 Atenuação Exponencial

Oceanografia por Satélites

3ª Série / Vestibular

Atenuações em Fibras Ópticas

UFRGS BICT HIDROGRAFIA E OCEANOGRAFIA A. O balanço de calor nos oceanos. Prof. Dr. Dakir Larara

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia

CC54Z - Hidrologia. Precipitação: definição, métodos de medição e grandezas características. Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Oceanografia por Satélites

6 APLICAÇÃO DOS MODELOS DESENVOLVIDOS

FUNDAMENTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

2 EFEITOS E MODELOS DA ATENUAÇÃO POR CHUVAS

3 Modelos de predição de cobertura

4 R 2 2. Equação RADAR. para alta SNR do sinal de retorno do alvo, pode-se medir a distância a velocidade o tamanho

METEOROLOGIA MÓDULO 2. Aula 2

Transcrição:

Aula 8 Atenuação Capítulo 6 - Battan

Atenuação Quando derivamos a equação do radar, nós assumimos que a distância entre o volume iluminado e o alvo estava preenchida por um meio não atenuante. Em outras palavras, não tínhamos perda de potência devido à absorção (atenuação) do meio. Na realidade, este efeito não é valido já que o caminho da propagação esta preenchido por gases (moléculas de ar), partículas de nuvem e precipitação. Este efeito é dependente do comprimento de onda e do volume (raio 3 ) A perda de potência pode ser tanto da energia transmitida que sai de um alvo, da energia retro-espalhada pelo alvo, ou por ambos: Perda de Potência Espalhamento ( caminho (por partículas ao longo do Absorção

Em geral a atenuação pode ser expressa como: dp r = - 2 k L P r dr ( 1 ) onde P r é a potência de retorno (assumindo que representa a potência média recebida em db), dp r é a redução da potência de retorno associada com a absorção e espalhamento do meio, r é a distância, e k L é o coeficiente de atenuação em unidades de m -1. O fator 2 se deve ao caminho de ida e de volta da energia. Portanto, se integramos (1), temos P r = P r0 e 2 k L dr ( 2 ) onde P r0 é a potência de retorno não atenuada

A equação (2) pode ser re-escrita da seguinte forma, P ln P r r0 = -2 r 0 k L dr (3) onde os limites da integral variam de 0 até a distância r.. Definindo como o coeficiente de atenuação expresso em unidades de db/comprimento, ou seja, = 10 log 10 (e) k L Lembrando que 10 log a b = b 10 log a. e 10 log (e) = 4,343 P 10log P r r0 = -2 r 0 kdr (3 ) db

Em geral, a atenuação pode ser causada por gases, partículas de nuvem e de precipitação, logo a expressão 3 pode ser expressa como: P 10log P r r0 = -2 r 0 k g k c k p dr (4) onde, g é o coeficiente de atenuação por gases (db/km) c pelas partículas de nuvem (db/km) p pela partículas de precipitação (db/km).

Atenuação dos gases Em comprimentos de onda utilizados por radares meteorológicos, a atenuação por gases está associada somente à absorção. Sendo que o espalhamento molecular é desprezível nestes comprimentos de onda. Para várias moléculas tais como o vapor d água e o oxigênio, os estados vibracional e rotacional são excitados por radiações em microondas. A medida que a molécula relaxa até atingir o estado base, a energia absorvida é irradiada pela molécula ou retirada como um aumento da energia interna das moléculas

( 1973 ) Battan S 3 GHz 10 cm Atenuação dos gases TRMM 13.8 GHz/2.2 cm Cloud Sat 94 GHz 0,3 cm Atenuação pela absorção de gases pode ser substancial para comprimentos de onda próximos de 1cm ao longo de caminhos extensos próximo a superfície da Terra. Obviamente, nós esperamos uma dependência da pressão atmosférica na absorção dos gases, uma vez que a concentração molecular diminui exponencialmente com a altura. O gráfico ao lado ilustra a atenuação dos gases em unidades de db/km para o Oxigênio e o Vapor d Água. Podemos notar que esta dependência espectral influencia bastante a escolha dos comprimentos de onda utilizados em meteorologia por radar.

( 1993 ) Doviak and Zrnic Atenuação por Gases A figura ao lado mostra a atenuação dos gases devido aos 2 caminhos (ida/volta), assumindo uma atmosfera padrão. A atenuação depende não somente da extensão do caminho da propagação, mas também da espessura que a tropopausa se estende.

( 1993 ) Doviak and Zrnic Atenuação por Gases A eq. Abaixo apresenta uma formula empírica que aproxima a atenuação dos 2 caminhos para ângulos de elevação () e distâncias do raio (inclinado) < 200 km. Sendo que para um caminho de 100 km (ida e volta) k g = 1,4 db Banda C multiplicar por 1,2 Banda X multiplicar por 1,5 Radar Banda S. r 2k g 0,4 3,45exp x 1 exp [ db] 1,8 27,8 154 exp 2,2

A atenuação por partículas de nuvem e de precipitação A atenuação por partículas de nuvem e de precipitação pode ser tanto por absorção como por espalhamento. Portanto, a atenuação depende tanto do tamanho, da forma e da composição química. Considerações gerais A teoria de espalhamento Mie propõe uma expressão para a seção transversal de retroespalhamento. Além disso, a teoria Mie também propõe outras seções transversais: Q s = seção transversal de espalhamento; área a qual, quando multiplicada pela energia incidente dá a potência total espalhada pelas partículas; Q a = seção transversal de absorção; área a qual, quando multiplicada pela energia incidente dá a potência total absorvida pelas partículas (as partículas dissipam através do calor interno). Q t = seção transversal de atenuação; área a qual, quando multiplicada pela energia incidente dá a potência total removida da onda incidente pelos processos de absorção e espalhamento. Logo, Q t = Q s + Q a

Para condições de espalhamento Rayleigh, temos: a s t a s Q Q Q m m K onde K a Q K a Q 2 1 Im ) Im( :, Im 8 3 128 2 2 3 2 2 6 4 5 onde a é o tamanho da partícula, K o índice de refração. Estas equações são aplicadas somente para uma partícula. Porém, como um radar ilumina várias partículas em um dado pulso, temos que generalizar estas equações para um pulso volumétrico, que é função da distância e da largura do feixe da antena.

Portanto podemos definir: Q Q k a s ( c p L Q t ) volume volume onde a somatória leva em conta todo o volume iluminado, sendo que k é definido como o coeficiente de atenuação em unidades de m -1. Dessa maneira, temos que a potência recebida pode ser expressa por: P r = P r0 e 2 r Q t 0 volume dr onde Q t está em cm 2 e o volume em consideração é de 1 m 3, k Q 0, 4343 ( c p) L volume t volume Q ( db/km ) t

Para <<, Q s << Q a, e para partículas pequenas partículas grandes, ) Im( 8 0,4343 3 2 ) ( K a k L p c a s L p c Q Q k 4343 0, ) ( a 2

Atenuação por Partículas de Nuvem Para partículas de nuvem temos k 2 8 3 p) L 0,4343 a Im( ) ( c K Usualmente, é mais fácil estimar o conteúdo de água líquida (ou gelo) em uma nuvem do que medir a distribuição de tamanho de gotas (DSD). Uma vez que o conteúdo de água liquida é: onde M (g/m 3 ) M = 4 a 3 6 k( p) L 0,4343 Im K M c 1 3 K, temos que M

Logo para nuvens, temos que: A atenuação diminui com o aumento do comprimento de onda; Em 5 e 10 cm, a atenuação por nuvens pode ser negligenciada; A atenuação aumenta com a diminuição da Temperatura A atenuação é bem menor em nuvens de gelo quando comparada com nuvens de água para a mesma quantidade de água líquida.

Atenuação por partículas de nuvem

Atenuação por chuva A atenuação pode ser significativa para comprimentos de onda menor ou igual a banda C (5 cm) sob condições de chuvas intensas. Para estes, a chuva entra facilmente no regime Mie. Logo, Qt deve levar em consideração a teoria completa de espalhamento Mie. Em geral, Qt é proporcional ao raio 3, eliminando assim a relação entre Qt e a razão de mistura de chuva. Entretanto, a atenuação por chuva é dada em termos da taxa de precipitação R (Ai mora o perigo!!!!). Lembrando que a taxa de precipitação pode ser expressa por R 4 3 L 0 N( r) r onde r é o raio da gota, V t (r) é a velocidade terminal da gota de raio r, W u é a velocidade vertical. Dividindo a equação acima pela densidade da água, L, temos R em espessura/tempo (mm/h). 3 V t ( r) W u dr

Ryde (1946) encontrou que: K ( db/ km) f ( R) K p 2 R onde K 2 e são funções do comprimento de onda. Como a refletividade por ser escrita como: Z = ar b Podemos re-escrever a equação da atenuação em função de Z. k p = cz d (Z in mm 6 /m 3 )

Banda C = 4GHz Banda Ku = 11 GHz

Banda C = 4GHz Banda Ku = 11 GHz

Verifiquemos alguns exemplos: Band S 0,0001 db/km por mm/h Banda X 0,018 TRMM (Ku) 0,065 CloudSat (W) 0,37 Lembrando que os radares do TRMM e CloudSat estão olhando para baixo a partir do satélite, e isso ajuda bastante!!!!!! Assumindo um caminho de 10 km e uma taxa de precipitação de 10 mm/h, a atenuação de 2 caminhos será S X TRMM CloudSat 0.02 db 3.6 db 13 db 74 db

C-band resonance effects at D > 5 mm

BANDA X POLARIMÉTRICO DURANTE EXPERIMENTO DO CHUVA NO VALE DO PARAÍBA A B

A B

Z(dBZ) BANDA X POLARIMÉTRICO DURANTE EXPERIMENTO DO CHUVA EM ALCANTARA Atenuacao (db) Correcao de Atenuacao 60 50 40 30 20 50 45 40 35 30 25 10 0-10 -20 0 6 12 17 23 29 35 40 46 52 58 63 69 75 81 86 92 98 104 109 115 Distancia (km) Zh Z-corrigido Ateunuacao 20 15 10 5 0

Atenuação devido a Neve Assumindo condições de regime Rayleigh, a atenuação por espalhamento e absorção para a neve pode ser calculada por: Q s 128 3 5 4 K 2 volume a 6 (m -1 ) seção transversal/volume Q a 2 8 Im K volume a 3 (m -1 ) Então, Q t = Q s + Q a Assim temos que expandir Qs e Qa para termos uma função de R ou seja, taxa de precipitação de água equivalente.

1º) Z ~ ΣD 6 Σa 6 = Z/64, logo Q s pode ser expresso como: 0,4343 volume Q s 128 3 5 4 K 2 Z 64 3,5x10 2 R 2 4 k s [ db / km] onde, Z 200R 1,6 mm ( Z 3 m 6 mm ; R ) h Expressões similares podem ser derivadas para ΣQ a, porém lembrando que 3 6R D W assumindo neve esférica com = 1g/cm3 e W = 1m/s para a neve

Logo, temos que 0,4343 volume Q a 2,2x10 2 R k t k s k a 3,5x10 2 R 2 4 2,2x10 2 R ( caminho (db/km; cm; um

Atenuação devido a Neve Consideravelmente temos mais atenuação para neve molhada @ = 3 cm Q t,molhada 5Q t,seco Seco: 0.026 db p/ R = 10 mm/hr @ S-band, 10 km caminho Para Banda-X, 3.44 db para as mesmas condições

Atenuação devido a Granizo Q t Coeficiente de extinção calculado a partir da teoria Mie para várias composições de granizo: granizo esponjoso, coberto por água, ou só gelo. Conhecendo-se N(D) e t, granizo pode ser calculado via: ( db/km ) hail = N(D) t dd A medida que temos mais água, maior é a absorção.

X S N0 90m 3 cm 1 Battan (1974), Atenuação: Granizo Seco X Granizo molhado. As diferenças entre a banda S e X estão ilustradas pelas linhas verticais em vermelho. N( D) N 3 1 3,09D, N m cm 0 exp 0 31

Atenuação devido a granizo 14X 13x 22X 63x 17X 40x