Ano VIII nº 167 1º de agosto de 2009 R$ 5,90



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Ano VIII nº 167 1º de agosto de 2009 R$ 5,90

empoucaspalavras O chef aposentado chinês Chu vive numa grande casa em Taipei com suas três filhas: Jia-Jen, Jia-Chien e Jia-Ning. É em torno do jantar de domingo que ele e as moças costumam conversar sobre trabalho, amores e questões familiares. O nome do filme, dirigido em 1995 por Ang Lee, é Comer, beber, viver. Foi essa singela temática que nos inspirou a fazer a matéria de capa desta edição. Sugerimos à repórter Ana Cristina Vilela que fosse buscar em Brasília alguns pais gourmets, aqueles personagens apaixonados por gastronomia e, mais do que isso, apaixonados por seus filhos. A ponto de juntarem num mesmo pote ou seria na mesma cozinha? as duas paixões. A forma que escolhemos para homenagear os pais brasilienses, neste Dia dos Pais, foi contar as experiências culunárias caseiras do publicitário Charles Marar, do arquiteto Álvaro Abreu e do fotógrafo Juan Pratginestós. O primeiro aprendeu com a mãe jordaniana que a simplicidade é a chave de tudo na gastronomia. Com a companhia de um bom vinho e uma música de fundo, ele desenvolve suas habilidades, não sem ter que ouvir os devidos palpites dos filhos Charles e Isadora. O segundo, como bom mineiro, tem até tempero próprio para agradar as filhas com aquela comidinha mineira típica, uai. E o terceiro, espanhol natural da Catalunha, diz que em seu país a vocação pelas panelas já vem do berço (leia a partir da página 24). Se seu pai não é do tipo que gosta de lhe preparar pratos especiais, não tem problema. Nesta mesma edição você encontrará inúmeras sugestões de restaurantes onde comemorar com ele o 9 de agosto. Começando pelos 50 participantes do festival internacional Restaurant Week (página 4), passando pelo recém-inaugurado Café Ayala (página 6), pelo Fatto, o mais novo empreendimento do chef Dudu Camargo (Picadinho, página 8), e completando com as 30 opções do Roteiro Gastronômico (página 14). Boa leitura e até a próxima quinzena. 4 águanaboca O filé com mostarda Dijon à l'ancienne e musseline de mandioca, do Parrilla Madrid, é um dos pratos em promoção, até 9 de agosto, no festival Restaurant Week. 8 10 12 14 17 20 24 28 30 34 picadinho garfadas&goles pão&vinho roteirogastronômico palavradochef dia&noite diadospais queespetáculo luzcâmeraação caianagandaia Rafael Wainberg Maria Teresa Fernandes Editora ROTEIRO BRASÍLIA é uma publicação da Editora Roteiro Ltda SHS, Ed. Brasil 21, Bloco E, Sala 1208 Tel: 3964.0207 Fax: 3964.0207 Diretor Executivo Adriano Lopes de Oliveira Redação roteirobrasilia@alo.com.br Editora Maria Teresa Fernandes Produção Célia Regina Capa Carlos Roberto Ferreira sobre foto de Ana Cristina Vilela Diagramação Carlos Roberto Ferreira Reportagem Akemi Nitahara, Alexandre Marino, Alexandre dos Santos Franco, Beth Almeida, Catarina Seligman, Diego Recena, Eduardo Oliveira, Heitor Menezes, Lúcia Leão, Luis Turiba, Luiz Recena, Quentin Geenen de Saint Maur, Reynaldo Domingos Ferreira, Ricardo Pedreira, Sérgio Moriconi, Silio Boccanera, Súsan Faria e Vicente Sá Fotografia Eduardo Oliveira, Rodrigo Oliveira e Sérgio Amaral Diretor Comercial Jaime Recena (9666.1690) Contato Comercial Giselma Nascimento (9985.5881) Administrativo/Financeiro Daniel Viana Assinaturas (3964.0207) Impressão Gráfica Coronário. 3

águanaboca Rafael Wainberg Divulgação Parrilla Madrid: bife ancho com molho de pimenta e vinho Bier Fass: cordeiro ao molho ferrugem, hortelã com purê rosado e arroz de brocólis Festival de sabores Por Ana Cristina Vilela Uma entrada, um bom vinho, prato principal, horas de conversa, sobremesa, mais algumas boas histórias, licor, café. Sejam entre amigos ou em família, sejam profissionais ou românticos, longos jantares e almoços são uma preferência dos brasilienses. Aqui está um pedaço do mundo, e todo o Brasil. Há comida para os gostos mais variados: japonesa aos montes, francesa, mexicana, espanhola, portuguesa, chinesa, árabe, italiana, baiana, paraense, gaúcha, mineira, goiana, de fusion... A lista é infindável. Afinal, Brasília vem mesmo se tornando uma capital gastronômica, tanto que está recebendo, até 9 de agosto, sua primeira edição do festival Restaurant Week. Sim, há uma certa disputa entre capitais brasileiras para serem os principais polos gastronômicos do país. Na liderança, claro, está São Paulo, sem nenhuma contestação. Por isso, foi a primeira a receber o evento, em 2007. Depois foi a vez do Rio de Janeiro e, em seguida, de Recife. Este ano, a disputa amigável ficou entre Belo Horizonte, indiscutivelmente a capital brasileira dos botecos, e Brasília, incrustada no coração do país, desconhecida de muitos, vista como a capital dos políticos, do poder e de tudo de bom e de ruim que vem juntamente com essas definições. Por trás dessa máscara, entretanto, está a Brasília de todos os sabores. Ganhou Brasília, entre outras razões porque houve interesse da cidade, explica Emerson Silveira, criador do Restaurant Week Brasil. A receptividade em Brasília foi muito melhor do que eu esperava, tanto que ouvi vários por que demorou tanto?, conta, esperando surpresas por aqui, pois há anos não vem à capital do país. Já me avisaram que vou me surpreender, e não tenho dúvida disso, considera. Ao todo, participam cerca de 50 restaurantes. O grande desafio dos chefs é preparar cardápios diferenciados, com entrada, prato principal e sobremesa a um preço fixo, igual em todas as casas: no almoço, R$ 27 mais R$ 1; no jantar, R$ 39 mais R$ 1. O valor adicional de R$ 1 cobrado em cada prato será destinado à Fundação Nosso Lar, que cuida de crianças e adolescentes carentes de Brasília. Em São Paulo, após quatro edições, a Fundação Ação Criança já recebeu R$ 150 mil. Para atrair o público, além do bom preço, os restaurantes preparam cardápios atrativos. O Parrilla Madrid, por exemplo, aposta numa salada de folhas verdes, morango, manga e mel, de entrada, bife ancho com molho de pimenta e vinho, como prato principal, e bolo de rolo com doce de leite e sorvete de creme na sobremesa, para o almoço. No jantar, salada de folhas verdes com shitake, gorgonzola e crispes de pancetta, seguido de filé com mostarda Dijon à l ancienne e musseline de man- 4

Divulgação Divulgação El Paso Texas: camarones a la mexicana Fortunata: polpetone de mignon com pappardelle Maratona gastronômica a preço fixo, até o dia 9, em meia centena de restaurantes da cidade dioca além, claro, da sobremesa. Para Gil Guimarães, proprietário da casa e também do Baco Napolitano, outro participante da maratona gastronômica, a expectativa para o Restaurant Week é das melhores: Está sendo muito bom e ainda vai melhorar. Vai fazer mais pessoas saírem de casa para confraternizar. Afinal, agosto não é um mês muito bom, pois muitos estão de volta de viagens, têm que comprar material escolar e o dinheiro fica curto. A opinião é compartilhada pelo chef do L affair, Marcelo Piucco: Temos recebido muitos pedidos de reservas, principalmente para o primeiro domingo. Para ele, o evento é uma possibilidade de as pessoas que normalmente não vão ao restaurante conhecer o cardápio e, assim, voltarem em outro momento. Cada casa exercita sua criatividade como pode. O El Paso Texas vai oferecer pratos originários de regiões mexicanas como Puebla e San Miguel de Allende. Já o El Paso Latino aproveitou o aniversário da independência do Peru (28 de julho) para fazer pratos típicos daquele país. Enquanto isso, o Formidable, bistrô francês do Terraço Shopping, inspirou-se no ano da França no Brasil para preparar pratos originariamente franceses. Além disso, a casa oferece, como cortesia, uma taça de vinho francês. Foi em 1992, em Nova York, que o Restaurant Week nasceu. Na época, Emerson Silveira vivia por lá e seu chefe foi o idealizador e realizador do projeto. O objetivo do festival, segundo ele, é o de aumentar o movimento nos restaurantes nas baixas temporadas. O conceito é simples, como explica: Promoção em grupo aglomera mais poder de mídia e mais divulgação. Um restaurante só pode não ser notícia, mas 50 certamente serão. O festival cresceu e ganhou o mundo. Há dois anos, já eram mais de cem cidades dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Holanda, Austrália, Brasil, Portugal, Espanha e México. No Brasil, as próximas cidades serão Maceió e Curitiba. Salvador e Belo Horizonte também estão na fila, mas ainda sob análise. Para Emerson, a explicação para o sucesso vai além da possibilidade de se comer pratos preparados por grandes chefs a preços acessíveis. Existe em São Paulo, por exemplo, um grande tititi em torno do Restaurant Week. Os amigos se falam o tempo todo para decidir onde irão almoçar. Assim, cria-se uma rede social, um motivo a mais para confraternizar em torno de uma boa mesa e, de quebra, economizar e conhecer novos restaurantes. Restaurant Week Até 9/8, em aproximadamente 50 restaurantes da cidade (relação completa em www.restaurantweek.com.br). Almoço, R$ 27 mais R$ 1; jantar, R$ 39 mais R$ 1 (couvert não incluído). 5

águanaboca Alma platina Paixão pelo tango inspirou decoração do Ayala Café Por Lúcia Leão Fotos Rodrigo Oliveira E tudo a média luz. É o óbvio, quando se trata de tango: de dia, os vidros fumê filtram a intensa claridade de Brasília e a área ajardinada lá de fora assume a mesma tonalidade sépia dos imensos painéis fotográficos que, Carlos Gardel à frente, reverenciam os grandes músicos e bailarinos tangueros. À noite, a iluminação indireta faz o mesmo papel. Menos óbvio, no entanto, é o tango virar tema de um restaurante. Não de uma casa noturna. Ou de uma casa não apenas noturna, mas que abre as portas diariamente aos primeiros raios de sol, serve café da manhã, almoço, lanches e jantar e acolhe até o último dos notívagos para um drink muitas vezes solitário ao som de violino e bandoneon. Assim é o Ayala Café, o mais novo empreendimento de Julio Ayala, concebido, com projeto da arquite- ta Denise Zuba, para ser a alma do Sonesta Hotel Brasília. Certa vez, a cantora argentina Mercedes Sosa explicou a uma jornalista, que foi entrevistá-la em seu apartamento em Buenos Aires, porque as paredes eram tão vazias, os móveis tão claros e a decoração tão impessoal. Ela disse mais ou menos assim: É que eu viajo muito, vivo muito em hotéis e não quero sentir saudades de casa. Em trilha inversa ao conceito padrão das grandes redes hoteleiras, o uruguaio assumido brasileiro Julio Ayala resolveu romper com a impessoalidade e imprimir personalidade ao serviço de alimentação do Sonesta. Seja na declarada paixão pelo tango, que ambienta o Café, seja nas pitadas de regionalismo do cardápio de culinária clássica internacional, seja no aroma caseiro do café da manhã e de pelo menos um prato especial para o serviço de quarto. A gente chama de saudade de casa. Pode ser um arroz com feijão, bife, ovo e batata frita, um ensopadinho de legumes, uma carne guisada... aquele tipo de comida que a gente só come em casa e que quem viaja muito morre de saudades. É o prato mais pedido no serviço de quarto, conta Ayala, que levou para o Sonesta muitos e profícuos anos de experiência com serviço de alimentação em hotéis como o Copacabana Palace, no Rio, e o Bonaparte e o Comfort, em Brasília. Apesar de já ter comandado cozinhas do nível do Via Vecchia, que fez história em Brasília na década de 1980, Julio Ayala recusa com veemência o título de chef, do qual não se considera à altura. Do cardápio básico enxuto são 26 pratos, da entrada à sobremesa, incluindo três tipos de sanduíches ele assume a autoria de apenas um item, batizado, aliás, de peixe meu um salmão grelhado em redução de laranja e condimentos. Mas admite que o peixe de papel tem mais presença o robalo chega à mesa envolto em papel manteiga, acom- 6

panhado de legumes, ervas de campanha e azeite de nirá é que o nordeste italiano é mais exótico, fettuttine ao molho de abóbora, charque e gorgonzola. Nada impede que o Café sirva refeições em bufês, se um grupo assim preferir, ou que Julio vá para a beira do fogão com Adriano, seu primeiro cozinheiro, preparar um prato fora do cardápio para um convidado ou um cliente especial. Eu sou um atrevido, que trabalha com uma equipe de 25 excepcionais atrevidos que gostam, respeitam e se empenham no que fazem, define Ayala. Apontando para seus próprios pés, entrelaçados com os da mulher Inês num dos painéis fotográficos que decoram o salão, ele explica porque o tango: é precisão e paixão. É óbvio! Ayala Café Sonesta Hotel Brasilia - SHN Quadra 5 (3424.2547). Diariamente das 12 às 15h e das 19 às 23h (café da manhã: de 2ª a 6ª feira, das 6h30 às 10h; sábados e domingos, das 7h às 10h30). AN rodhouse grill 7

picadinho Drinks com Sagatiba A happy-hour do C est si Bon, de 2ª a 6ª feira, das 16 às 19h, conta com um festival de coquetéis preparados com a cachaça Sagatiba. O primeiro drink custa R$ 14; o segundo, R$ 12; o terceiro, R$ 10; e o quarto, R$ 8. São quatro sabores à escolha do freguês. A Caipirinha Tropical é feita com kiwi, morango, maracujá e limão; o Passion drink, com maracujá, rodelas de limão e folhas de manjericão; o El Sienna, com uma dose de cointreau, suco de limão e filetes de casca de laranja e limão; e o Sagapepper com champagne e pimenta. Escondederia (?) Segmentação é isso aí. Brasília, quem diria, já tem até um restaurante especializado em... escondidinhos. Com o sugestivo nome de Escondederia, oferece aos clientes onze opções de recheios da tradicional iguaria nordestina, todas preparadas na hora. Fica no Sudoeste, na CLSW 101, Bloco A, subsolo (3344.1763). Divulgação Novos Subways A rede de lanchonetes inaugurou mais duas lojas em Brasília, na quadra 100 do Sudoeste e no posto BR da UnB. E há previsão para os próximos meses de outras duas, no Guará e em Águas Claras. Antecipando o McDia Já está marcada a data do McDia Feliz 2009: 29 de agosto. Mas não é preciso esperar até lá para ajudar as crianças com câncer. Já estão à venda na sede da Abrace os tíquetes antecipados, a R$ 8, que podem ser trocados por sanduíches Big Mac no dia do evento. Vive la France Para comemorar o Ano da França, o Toujours Bistrot reforçou o cardápio com três novas receitas: duas salgadas (talharim com presunto e champignons, a R$ 28, e camarões grelhados com tagigliatelle ao molho soubise e mostarde, a R$ 54) e uma doce (profiteroles, ou seja, carolinas com sorvete de baunilha e calda de chocolate, a R$ 14). Divulgação Grelhados no Vercelli O Vercelli (410 Sul), cujo carro-chefe é o rodízio de massas e galetos, reforçou seu cardápio com pratos de grelhados montados ao gosto do cliente. Badejo, salmão, filé, picanha e peito de frango podem ser combinados com guarnições e saladas ao gosto do cliente. Outra novidade: a casa também entrou na moda dos cartões de fidelidade. Após o décimo rodízio de pizzas marcado no cartão, o cliente tem direito a mais um. Desconto de inauguração Aberta no último dia 14, a cervejaria Garota Carioca (Setor Comercial Norte, próximo ao Liberty Mall) já lançou uma atraente promoção: 50% de desconto no bufê de frios, grelhados, sushis e temakis, mas só até as 20 horas. A partir da segunda quinzena de agosto a casa abrirá também para almoço. Sebastião Andrade Gustavo Fröner Dudu mediterrâneo Já está a pleno vapor o mais novo empreendimento do chef Dudu Camargo. O restaurante Fatto, na QI 9 do Lago Sul, segue uma proposta de cozinha mediterrânea, usando e abusando de azeite, ervas, peixes, caças e legumes. Dudu terá a seu lado o chef Rodrigo Almeida, que acompanhará a cozinha no dia-a-dia. O espaço projetado pela arquiteta Karla Amaral (onde até há pouco tempo funcionou o DOC Lounge Grill) é dividido em três ambientes. O mais descontraído é a varanda, com capacidade para 80 pessoas, onde serão servidos finger foods. Na área interna pode ser reservado um espaço para grupos de até 20 pessoas que precisem de privacidade, inclusive para reuniões de trabalho e apresentações o lugar dispõe de retroprojetor e som ambiente. Além das opções do cardápio, bufês especiais serão servidos nos almoços de fins de semana. Sábado é dia da feijoada de frutos do mar e domingo tem o festival de paellas. 8

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Arembepe ficou chique e tem boa comida Luiz Recena lrecena@hotmail.com 10garfadas&goles 10 Quem tem mais de 50 anos sabe da existência de Arembepe. Era uma pequena praia, perto o suficiente de uma Salvador antiga, o que permitia a fugitivos e aventureiros de todos os tipos chegar até lá. E longe o suficiente dessa mesma e antiga Salvador, capaz de impedir e desestimular policiais, milicos e outros repressores da época a chegar até lá. Mas foi quando o movimento hippie mundial ganhou força que a pequena praia cresceu, ganhou notoriedade e fama. A mais famosa aldeia hippie do Brasil instalou-se por ali. Toneladas da erva (maldita ou bendita?) foram queimadas no espaço entre a areia e o mar. Nuvens de fumaça embalaram sonhos coloridos dos ácidos psicodélicos. Foram bebidos hectolitros de bebidas várias. Artesãos, bichosgrilos, ripongas, doidos em geral estavam ali, no meio dos pescadores, que primeiro não sabiam de nada, mas depois entraram na onda. Rolam histórias muitas sobre esse período. O Woodstock tupiniquim tinha nome e endereço: Arembepe. A gringa Janis Joplin, a branca mais preta da música dos Estados Unidos, esteve na praia, no auge da fama. Deitou e rolou. Beijou na boca muita gente e ainda há quem se lembre disso. Hoje, da comunidade doida e antiga sobra pouca coisa, vestígios e algumas sombras saudosas. A praia virou cidade. Tem até um bom, excelente restaurante. A energia positiva da paz e do amor plantou sementes de esperança e bom astral na areia da praia, nas brumas da espuma e nas águas do mar. E o mar abriu: Mar Aberto. Guardem esse nome. Paisagem, praia e fome Uma pequena praça cuidada e limpa. Uma igrejinha antiga, branca e despojada faz a esquina de uma fileira de casas baixas, interrompida, aqui e ali, por sobrados de cores vivas. Há um largo, igualmente comedido, a compor com a igreja o pequeno cenário, onde a primeira e bela vista do mar encanta quem chega. Mas quem chega tem fome, e o horário clássico do almoço já passou. O negócio, então, é correr para o Mar Aberto, situado no meio dessa fileira de casas. Passa-se um corredor decorado com artesanato, um primeiro ambiente de mesas e, finalmente, chega-se a um segundo ambiente de mesas, um varandão. E a nova vista da praia surpreende e encanta. Chocante! para os de certa geração. Sinistra! para os bem mais jovens. E é isso mesmo. Muitas garfadas, goles idem A simpatia baiana, ainda um grande, enorme diferencial desta terra descoberta por Cabral, anima um pequeno batalhão de garçons e a seca e acalorada goela recebe seus primeiros mimos: ela, a loura, suada, gelada, aquela que salva beduínos no deserto, chega junto, às vezes até antes do cardápio. Saúde! Caipirinhas, caipiroscas, sucos de frutas, refrigerantes e até água complementam esse primeiro momento. À table!, comandam os gauleses. Aos garfos!, respondemos, em coro. Para começar, uma salada de camarão com batatas. Depois, uma moqueca de camarão. Também de camarão? Também, porque a fase do crustáceo está maravilhosa. Há de peixe, de lagosta ou mista. Há peixe frito e de outras maneiras. Silêncio em torno à mesa Baixa um velho poema de Bilac e faz-se o silêncio. Saciar a sede e matar a fome assim o exige. Mais esta última, pois a primeira ainda permite um comentário entre um trago e outro. Atacamos a salada com o respeito e alegria devidos. Dividida com parcimônia, pois entrada era. E das cinco pessoas que compunham o grupo, duas comem tipo passarinho, mui pouco. Ao segundo prato, pois, já que, sob inspiração de Jones, o Indiana, continuamos em busca da moqueca perdida. Se não a encontramos, chegamos perto, bem perto. Acompanhada de farofa, arroz e pirão, ela chegou, fumegante, em tigela de barro. Os passarinhos mantiveram seu ritmo e o trio restante deitou e rolou. A moldura vem do mar Tudo isso teve como pano de fundo uma baía de águas tranquilas, emoldurada por arrecifes que recebiam e quebravam até as ondas mais fortes, que nesse dia apareceram. Quatro cervejas, duas caipirinhas, águas e refris, mais a gorjeta, R$ 132. Se fossem cinco mais vorazes, o preço subiria uns 30%. Porque a vista não pode ser cobrada. A ideia, o cardápio, o conjunto da obra são do belga Thierry e do baiano João Sá. Ambiente simples e aconchegante. Comida nota dez, nativa sem ser agressiva; fina e elegante. Do grupo bem humorado e eficiente de garçons, tocounos o Anselmo. Irrepreensível no atendimento e nas respostas às perguntas curiosas. É fácil chegar. Estrada ótima, com pedágio. Uma hora e pouco do centro de Salvador; menos de meia hora do aeroporto ou das praias dessa região.

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Esse tal de Angheben é mesmo porreta ALEXANDRE DOS SANTOS FRANCO paoevinho @alo.com.br pão&vinho Já não é a primeira vez, e certamente não será a última, que o leitor me vê a rasgar elogios ao Angheben, em minha opinião, cada vez mais reforçada, o melhor produtor de vinhos brasileiros. Desta feita, o comentário se deve a uma degustação às cegas da minha casta preferida, a inebriante e sempre sensual Pinot Noir. Movido mais pela minha preferência pela castas e os vinhos maravilhosos que produz do que por qualquer novidade de mercado, chamei alguns amigos, cujas opiniões vínicas respeito, para uma degustação em minha casa. Lá se apresentaram, com muito gosto, meus grandes amigos Luiz Almeida, Canaan Tanus e Laércio Monteiro Dias. Todos curiosos por saber o tema da degustação, não chegaram a se surpreender, por bem conhecerem minhas preferências, com a ideia do Pinot Noir do Novo Mundo. Foi uma degustação às cegas, acompanhada apenas de pão e água, no momento da avaliação, de modo a garantir a pureza do paladar, sempre sujeito a embotamentos causados pelos petiscos. Os vinhos foram servidos em decanters, não por qualquer real necessidade, já que se tratava de vinhos novos e de uma casta leve, distante, em geral, da ocorrência da borra, e sim pela velocidade na oxigenação dos exemplares e principalmente pela ausência das garrafas, que poderiam denunciar origem e produtores, maculando, assim, os resultados. O exemplar número 1 apresentou-se com corpo um tanto leve demais, ainda que com aromas típicos a morangos; o número 2, já mais encorpado, foi bem avaliado, apresentando aromas a frutas vermelhas; o número 3, por sua vez, mostrou-se elegante, com aromas típicos de morango e cereja, corpo aveludado e retrogosto consistente, ainda que leve; já o exemplar número 4 apresentou-se com grande volume de boca, algo terroso, mas um tanto pesado para um Pinot Noir. Comentários proferidos, pontos concedidos e somados, avaliações encerradas, deu-se a classificação: o número 3 venceu por unanimidade, em especial pela elegância frente a seus concorrentes, que mais o aproximava de um clássico Borgonha. Quem diria (além de mim, é claro)? Um vinho nacional, o Angheben Pinot Noir 2008. Seus oponentes batidos? Aí é que vem o melhor. O segundo colocado foi o quarto exemplar, o Luca Pinot Noir 2007, argentino de respeito pontuado com 93 pontos por ninguém menos que Robert Parker (bem ao estilo dele, um vinho um tanto bombástico para a casta) e preço de compensação duvidosa (na casa dos R$ 90). Em terceiro ficou o segundo exemplar, um Diamond Pinot Noir 2007, da Austrália, concorrente mais do que digno, com boa relação qualidade x preço, na faixa dos R$ 60. Finalmente, fechando a pista, sendo importante lembrar que apesar disso foi um bom vinho apresentado, pasmem: minha surpresinha, um Faveley Mâcon 2004, Borgonha original (não posso deixar de comentar que na minha avaliação ele aparecia em segundo lugar), com preço na faixa dos R$ 90. Qual a faixa de preço do Angheben? Eu não disse? R$ 36,25. É sem dúvida gratificante e emocionante, diria mesmo espantoso, poder degustar às cegas vinhos de ótima procedência e qualidade e ver um brasileiro vencer até um Borgonha de boa estirpe. Que nossos espumantes já são páreo para seus concorrentes em todo o mundo todos nós estamos cansados de saber, mas um vinho tinto, de uma das castas mais difíceis de se lidar em qualquer parte do mundo, como é o caso da Pinot Noir, sem apelar para parkerizações ou rolandizações, e ainda por cima a preço de produto nacional (algo quase impossível de achar no Brasil no item vinhos de qualidade ), é, sem dúvida, uma vitória inesperada. E é por isso que eu digo: parabéns mais uma vez para esse porreta do Angheben. 12

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roteirogastronômico MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R Armazém do Ferreira Restaurante inspirado no Rio de Janeiro dos anos 40. O buffet, com cerca de 20 tipos de frios, sanduíches e rodadas de empadas e quibes, com a performance do garçom Tampinha, são boas opções para os frequentadores. 202 Norte (3327.8342) CC: Todos buffet de restaurante Camarão 206 Cardápio variado, sabor e qualidade. Buffet no almoço é o carro-chefe, com mais de 10 pratos quentes, diversos tipos de saladas e várias opções de sobremesa, a R$ 39,90 ( 2ª a 6ª) e R$ 44,90 (sáb, dom e feriados) por pessoa. 206 Sul (3443.4841), Liberty Mall e Brasília Shopping cc: todos Bar Brasília Empório da Cachaça BARes Em plena W3 Sul, o Bar Brasília tem decoração caprichada, com móveis e objetos da primeira metade do século XX. Destaques para os pasteizinhos. Sugestão de gourmet: Cordeiro ensopado com ingredientes especiais, que realçam seu sabor. 506 Sul Bloco A (3443.4323) CC: Todos Cachaçaria Recém inaugurada a versão bar da cachaçaria temática de Brasília. Decoração colonial, cachaças artesanais, chopp, petiscos exclusivos e o famoso prato da casa, o arroz de senzala, são opções para quem valoriza a gastronomia brasileira. No Happy Hour, Chopp Brahma a R$2,50 e caipirinha com Sagatiba a R$ 4,00. 405 Sul (3443.0299) CC: todos Bar do Mercado Em ambiente aconchegante, com decoração pontuada por arte e história, pode-se tomar um cafezinho ou um chope para acompanhar o pastel de bacalhau, o sanduíche de mortadela ou o autêntico Bauru. No almoço, cardápio paulistano. 509 Sul (3244.7999) CC: todos confeitarias Praliné O cardápio é bastante variado, com tortas doces e salgadas, bolos, pães, géleias, caldos quentes, quiches, tarteletes, chás, café e sucos de frutas naturais por R$ 12,90 de 2ª a 6ª e chá da tarde por R$ 20,50 às 3ª s (bufê por pessoa). 205 Sul bl A lj 3 (3443.7490) CC: V brasileiros contemporâneos Café Antiquário À beira do lago, diante da vista mais bela de Brasília, a casa atrai todos que desejam unir ambiente agradável, boa cozinha e música. Almoçar um rico grelhado e tomar café ao fim da tarde são apenas algumas das ecléticas delícias do restaurante. O piano sofistica o ambiente de 18h às 20h30 todos os dias. As noites são de jazz e blues ao vivo. Pontão do Lago Sul (3248.7755) CC: Todos buffet de festa Sweet Cake É um dos mais renomados buffets de festa da cidade, com mais de dez anos de experiência. Além dos salgados e doces finos oferecidos no buffet, destaque para o Risoto de Foie-Gras, o Carré de Cordeiro ao Molho de Alecrim e o Filé ao Molho de Tâmaras. QI 21 do Lago Sul (3366.3531) 412 Sul (3345.3531) creperias C est si bon Inspirado nas tradicionais panquecas de dulce de leche da Argentina que o chef Sérgio Quintiliano criou o crepe Astor Piazzolla, batizando-o com o nome do maior compositor contemporâneo argentino de tangos. Após o sucesso de vendas durante o Festival Sabor Brasília 2008, o Crepe Piazzolla foi incorporado ao cardápio por R$ 15,70. 408 Sul (3244.6353) CC: V, M e D 14

BSB Grill Trattoria 101 Desde 1998 oferece as melhores e os mais diversos cortes nobres de carne: Bife Ancho, Bife de tira, Prime Ribe, Picanha, além de peixe na brasa, esfirras, quibes e outras especialidades árabes. Adega climatizada e espaço reservado completam os ambientes das casas. Cardápio com produtos italianos autênticos e tradicionais. Massas, filés, peixes e risotos, carpaccio. Tudo preparado na hora. Execelente carta de vinhos com 90 rótulos, entre nacionais e importados. Ambiente charmoso e varanda completam o ambiente. Manobrista na 6ª, sáb. e dom. 304 Norte (3326.0976) 413 Sul (3346.0036) CC: A, V GRELHADOS 101 Sudoeste (3344.8866) CC: V, M e D. Villa Borghese O charme da decoração e a iluminação à luz de velas dão o clima romântico. Aberto diariamente para almoço e jantar. Sugestão: Tagliatelle Del Mare (Tagliatelle em saboroso molho de azeite extra virgem, tomate, alho, manjericão e camarões grandes), por R$ 45,00. ITALIANOS 201 Sul (3226.5650) CC: Todos Roadhouse Grill Criado nos EUA, foi eleito por três anos consecutivos o preferido da família americana. Com mais de 100 lojas, seus generosos pratos foram criados, pesquisados e inspirados nas raízes da América. Conheça tais delícias: ribs, steaks, pasta, hambúrgueres. S.Clubes Sul Tr. 2 ao lado do Pier 21 (3321.8535) Terraço Shopping (3034.8535) Oliver Próximo ao Eixo Monumental, apresenta espetacular vista para um tranquilo campo de golfe, sem prédios ao redor. O ambiente composto por piso de pedras vindas de Pirenópolis e móveis de Tiradentes (MG) conferem ainda mais rusticidade ao restaurante. Elaboradas pelo gourmet Carlos Guerra, as receitas internacionais têm base na culinária mediterrânea. Brasília Golfe Center - SCES Trecho 2 (3323.5961) CC: Todos www.restauranteoliver.com.br INTERNACIONAIS Oca da Tribo Saboroso e diversificado buffet, com produtos orgânicos e carnes exóticas. No domingo, pratos especiais, como o bacalhau de natas e o arroz de pequi. Horário: de segunda à sexta, das 11:30 às 15h e sábados, domingos e feriados, das 12 às 16h. SCS trecho 2 (3226.9880) CC: Todos naturais San Marino Haná O Rodízio de massas e galetos está com preços especiais: de domingo a quarta por R$ 15,80 e de quinta a sábado por R$ 17,80. No almoço, Buffet com saladas, pratos executivos e grelhados ITALIANOS Bufê de sushis, sashimis e pratos quentes. Almoço (R$ 36): 2ª a 6ª de 12h às 15h / sábado e domingo, de 12h30 às 16h. Jantar (R$ 42): domingo a 5ª, de 19h à 0h / 6ª e sábado, de 19h à 1h. De 2ª à 4ª, cada bufê vale 1 sorvete com calda de chocolate. Funciona também à la carte. 408 Sul (3244.9999) CC: Todos ORIENTAIS 209 Sul (3443.5050) CC: Todos 15

roteirogastronômico MÚSICA AO VIVO ACESSO PARA DEFICIENTES DELIVERY MANOBRISTA ESPAÇO VIP ÁREA EXTERNA FRALDÁRIO BANHEIRO PARA DEFICIENTE CARTÕES DE CRÉDITO: CC / VISA: V / MASTERCARD: M / AMERICAN EXPRESS: A / DINERS: D / REDECARD: R Nippon Baco ORIENTAIS Tradicional e inovador. Sushis e sashimis ganham toques inusitados. Exemplo disso é o sushi de atum picado, temperado com gengibre e cebolinha envolto em fina camada de salmão. As novidades são fruto de muita pesquisa do proprietário Jun Ito. 403 Sul (3224.0430 / 3323.5213) CC: Todos PIZZARIAS Premiada por todas as revistas. Massas originais da Itália, vinhos e ambiente. No cardápio, pizzas tradicionais e exóticas. Novidades são uma constante. Opção de rodízio em dias especiais na 309 Norte, toda 3ª e domingo, e na 408 Sul, às 2 as. 309 Norte (3274.8600), 408 Sul (3244.2292) CC: Todos Baco Delivery (3223.0323) Gordeixo Ambiente agradável, comida boa e área de lazer para as crianças fazem o sucesso da casa desde 1987. No almoço, além das pizzas, o buffet de massas preparadas na hora, onde o cliente escolhe os molhos e os ingredientes para compor seu prato. 306 Norte (3273.8525) CC: V, M e D Belini Feitiço Mineiro Padaria A casa premiada é um misto de padaria, delikatessen, confeitaria e restaurante. O restaurante serve risotos, massas e carnes. Destaque para o café gourmet, único torrado na própria loja, para as pizzas especiais e os buffets servidos na varanda. Regionais A culinária de raiz das Minas Gerais e uma programação cultural que inclui músicos de renome nacional e eventos literários. Diariamente, buffet com oito a nove tipos de carnes. Destaque para a leitoa e o pernil à pururuca, servidos às 6 as e domingos. 113 Sul (3345.0777) CC: Todos 306 Norte (3272.3032) CC: Todos Peixes e frutos do mar Peixe na Rede A vedete do cardápio é a tilápia, servida de 30 maneiras. O frescor é garantido pela criteriosa criação em cativeiro na fazenda exclusiva do restaurante, a 100 Km de Bsb. Há também pratos de camarão e bacalhau. 405 Sul (3242.1938) 309 Norte (3340.6937) CC: Todos Restaurante Badejo A tradicional moqueca capixaba leva o tempero mineiro no Restaurante Badejo, com 19 anos de história em Belo Horizonte e 15 em São Paulo. Agora é a vez de Brasília conhecer o autêntico sabor da cozinha capixaba. SCES - Trecho 4 - Lote 1B Academia de Tênis Setor de Clubes Sul (3316.6866) CC: V e M SORVETERIAS Saborella Sorvetes com sabores regionais e tecnologia italina são a especialidade da casa. Os mais pedidos: tapioca, cupuaçu, açaí e frutas vermelhas. Na varanda, pode-se apreciar café bem tirado e fresquinho, acompanhado de tapiocas quentinhas. 112 Norte (3340.4894) e Casa Park (Praça Central) CC: Todos Sorbê Sorveteria genuinamente artesanal, com receitas que utilizam frutos nativos do cerrado. São mais de 150 sabores. Os sabores tradicionais, cremosos, como as variedades de chocolate, dentre outros, contêm leite e creme de leite em suas fórmulas. Já os sorvetes de frutas (com algumas exceções, como abacate, pequi, araticum e outros) são produzidos com água. 405 Norte (3447.4158), 103 Sudoeste (3967.6727) e 210 Sul (3244-3164) 16

Evolução descentralizada A Associação Brasileira da Alta Gastronomia (ABAGA) nasceu em São Paulo em 1995. Foi fundada por quatro europeus e um argentino que queriam dar visibilidade à gastronomia e a seus porta-bandeiras, os chefs, no Brasil. É uma entidade séria, sem fins comerciais, dedicada a congregar os profissionais com a troca de experiências vividas e conhecimentos na área, difundir e valorizar a alta gastronomia brasileira no país e marcar sua presença no mundo. Sua pauta de atuação é ampla: promover eventos, como palestras, workshops e feiras, com ênfase na troca de saberes e costumes próprios a cada cultura regional e na valorização da qualidade dos produtos alimentícios; estimular uma política educacional focada na formação técnica e na cultura geral dos estudantes, para dar a eles uma base sólida e uma padronização dos conhecimentos das técnicas de preparos, de linguagem culinária, consciência social e responsabilidade sanitária; e facilitar a atualização dos profissionais mediante aulas e intercâmbio entre chefs do Brasil e do resto do mundo. No inicio, a entidade desbravou um mercado ainda adormecido e bem menos consciente da importância da arte da gastronomia na cultura brasileira. A culinária se resumia a receitas e dicas, fazia parte de matérias para revistas femininas e para a TV, como o programa diário da ilustre Ofélia Anunciato. Verdadeiros pioneiros, os membros da associação e muitos outros chefs entraram num corpo-a-corpo para conquistar o mercado e dar destaque à profissão com apoio da mídia e dos críticos de gastronomia: Saul Galvão e Paulo Cotrim, no Jornal da Tarde, Sílvio Lancelotti, na Folha de S. Paulo, Celso Nucci, na revista Veja e no Guia Quatro Rodas, e Giovani de Bourbon des Deux-Siciles, na única revista especializada em gastronomia do país, a Gourmet, à época dirigida por Luís Carta, editor da Vogue. Nos anos 80, o Hotel Maksoud inaugurou um conceito inovador de arquitetura e serviços, oferecendo uma variedade de cozinhas do mundo: um restaurante francês, La Cuisine du Soleil, um nórdico, Vikings, e um japonês. Na época, os chefs franceses começavam a trabalhar em restaurantes estabelecidos no Rio de Janeiro e logo perceberam que São Paulo oferecia uma clientela empreendedora, à procura de lazer cotidiano, como os prazeres da boa mesa. Houve então uma migração dos chefs, que colocou São Paulo na posição de capital brasileira da gastronomia. O fidalgo Jorge Monti de Valsassina, dono e chef do restaurante Refugio del Viejo Conde, assumiu a presidência da ABAGA em 1999, carregou o piano nas costas e partiu para a revitalização e o desenvolvimento da instituição até julho deste ano. O fruto da sua ação é visível. Um dos seus grandes méritos foi o de ter conseguido reconhecer a associação pela The World Association of Chefs Societies (WACS), fundada em 1928 na Universidade da Sorbonne, em Paris. Hoje, a ABAGA é a representante oficial da WACS na América do Sul. O novo presidente, João Leme, vencedor do Global Chefs Brasil 2007, está iniciando seu mandato com foco na descentralização, para agregar a diversidade brasileira na associação com a nomeação de diretores para as diversas regiões do país. Em Brasília está sendo criado um grupo de conselheiros para debater o rumo da gastronomia na Região Centro-Oeste. Quentin Geenen de Saint Maur palavradochef @alo.com.br palavradochef 17

dia&noite Divulgação backyardigans Eles estiveram na cidade, pela primeira vez, em outubro passado. O sucesso foi tanto que Pablo, Tyrone, Austin, Tasha e Uniqua resolveram voltar, para a alegria de quem ainda não completou dez anos e até de quem passou dessa idade há muito tempo. O quinteto colorido um pinguim, um alce, um canguru, um hipopótamo e um ser indefinido cor de violeta atende pelo nome de Backyardigans e nasceu em forma de desenho animado em cartaz há cinco anos na televisão a cabo. No espetáculo atual, Fuga da aldeia mágica, Tyrone é o entregador de jornais que terá de percorrer uma nova vizinhança, sem saber que ela é habitada por seres fantásticos. Uma série de mal entendidos fará com que o alce queira fugir apavorado dali. É quando as crianças presentes ao espetáculo poderão interagir com o personagem e ajudá-lo a sair da encrenca. O cenário, como sempre, é o quintal (backyard, em inglês), local encantado onde as aventuras viram dança e música de todos os gêneros, do hip-hop à bossa-nova. Dias 8 e 9 no Centro de Convenções, com ingressos entre R$ 40 e R$160, à venda no Brasília Shopping. Informações: 3964.0207. Guilherme Bergamin zecabaleiro Uma retrospectiva de sua carreira, incluindo a releitura de sucessos como Salão de beleza, Quase nada e Babylon. Eis o formato do show que o menestrel maranhense fará no Centro de Convenções no dia 1º de agosto. Além de seu violão, Zeca Baleiro terá a companhia de Tuco Marcondes (guitarras, violões e vocais), Fernando Nunes (baixo), Pedro Cunha (teclados e acordeom) e Kuki Stolarski (bateria e percussão). No repertório não faltarão também as músicas do CD mais recente O coração do homem-bomba, como Você não liga pra Mim, Você é má e Ela falou malandro. Ingressos entre R$ 20 e R$ 50. Informações: 3364.0000. primeiroato E por falar em Zeca Baleiro, é dele a trilha sonora do espetáculo Geraldas e Avencas, produzido pelo Grupo de Dança 1º Ato, que vem a Brasília pela primeira vez nos dias 14, 15 e 16. O convite ao compositor foi feito pela coreógrafa da companhia mineira, Suely Machado, que partiu do conceito de que o homem, à procura da perfeição, acaba construindo a deformação. Ela buscou inspiração nas obras do artista plástico Francis Bacon, do fotógrafo Sebastião Salgado e chamou Zeca Baleiro para compor a trilha sonora. As músicas algumas instrumentais e outras com letras ora divertidas ora cruéis contribuem para reforçar a ideia de que as vaidades humanas acabam sempre se sobrepondo aos valores. Sete bailarinos e duas pianistas dão forma ao espetáculo a ser apresentado na Sala Villa-Lobos. Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Ingressos: R$ 15 e R$ 30. Divulgação 20