A INSERÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Clédna Cecilia Alves Santos Faculdade Piauiense/Parnaíba-PI cledinhaphb@hotmail.com Darlene Silva dos Santos 1 Universidade Federal de Uberlândia darlene.tur@hotmail.com Cristiana Barra Teixeira Universidade Federal de Uberlândia cristiana1976barra@gmail.com Jozemília de Jesus dos Santos Menezes Universidade Federal do Piauí - UFPI josemiliaphb@hotmail.com Francilene Silva Dos Santos Universidade Estadual do Piauí - UESPI maxcilenemarks@hotmail.com RESUMO O presente trabalho é resultado de uma pesquisa feita sobre a inserção das relações étnicoraciais na educação infantil em duas escolas públicas da cidade de Parnaíba-PI. O objetivo deste é investigar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor em sala de aula no que se refere à inserção das relações étnico-raciais numa perspectiva curricular. Buscou-se analisar as atividades pedagógicas relacionadas com a diversidade cultural; verificar com que frequência esse assunto é abordado em sala. O estudo é de campo, de abordagem qualitativa. Foi utilizada entrevista e a análise e interpretação dos dados coletados se deram a partir do referencial teórico que tratam da temática. Este estudo favoreceu uma discussão sobre como a questão da diversidade cultural está sendo trabalhada na educação infantil. Diante dos resultados obtidos, concluímos que a inserção das relações étnico-raciais está tendo o comprometimento do corpo docente em conjunto com a comunidade escolar, trazendo inúmeros benefícios à instituição, na busca de cidadãos comprometidos com a igualdade racial e cultural. 1 Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Docência na Educação Básica e Superior GEPDEBS, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação FACED/UFU.
Palavras-chave: Educação Infantil. Cultura. Relações étnico-raciais. INTRODUÇÃO As Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais (2006, p. 32), dizem que promover a reflexão sobre a imagem de criança que dá suporte às práticas dos (as) educadores/as possibilitam a compreensão das singularidades e potencialidades de cada criança, podendo contribuir para promover condições de igualdade. Com tudo isso, sabe-se que a educação infantil tem dado um salto na questão da legislação, pois tivemos a promulgação da Constituição Federal de 1988 (Art. 208, Inciso IV), com aprovação na LDBEN (Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional) e no RCNEI BRASIL, 1998 (Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil). A partir desses documentos a Educação Infantil vem sendo respeitada e considerada, de fato, como a base da educação, já que é onde começamos a mostrar que devemos respeitar as diferenças. A esse respeito Benevides (1998, p.156) comenta que o contrário da igualdade não é a diferença, mas a desigualdade, que é socialmente construída, sobre tudo numa sociedade tão marcada pela exploração classista. Em 09/01/2003 foi aprovada à lei nº 10.639/03 que por fim veio alterar a Lei nº 9.394/96 da LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Assim, fez-se obrigatória, no artigo 26-A, a inclusão nos currículos da Educação Básica a História da Cultura Africana e a Afro-brasileira. Além disso, como consta no artigo 79-B, foi incluído no calendário escolar o dia 20 de novembro como o dia da Consciência Negra para o ensino fundamental e médio. Logo, foi alterada pela lei 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, passando a valer em todos os níveis da educação básica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL), mais especificamente no tema transversal de ética, explanam que não somos todos iguais, apresentamos diferenças físicas e intelectuais, isto é, não devemos querer ser melhor nem pior do que os outros. Os educadores em com este conhecimento devem trabalha isto em sala de aula. Na Educação Infantil, inclusive, é imprescindível, uma vez que na educação infantil as
crianças já aprendem a serem cidadãos. O objetivo da educação, no que diz respeito às relações étnico raciais, é divulgar, produzir atitudes, conhecimentos e valores que enfoquem a pluralidade étnica racial, fazendo as crianças interagir o respeito pelas diferenças, valorizando a cultura e identidade de cada um. Os PCN s dizem que a escola deverá contribuir para que princípios constitucionais de igualdade sejam viabilizados, principalmente no que se refere às questões da diversidade cultural. Assim, é necessário que haja um currículo que mostre a importância da cultura afro-brasileira e que, além disso, haja a valorização de sua tradição. Destarte, é importante nas salas de Educação Infantil, a criação de espaços para cantar, dançar e partilhar. Além disso, é importante que as crianças conheçam a literatura infanto-juvenil; o professor deve mostrar imagens em que apareçam negros, e também histórias infantis onde apareçam personagens negras. Para Lima (2006) quando personagens negros aparecem nas histórias aparecem vinculados a escravidão. Ou seja, nas histórias em que aparecem escravos, estes são abordados de forma a haver constrangimento. Segundo Ortiz: (...) só através de uma releitura dos elementos que compõem as culturas negras no Brasil é que poderemos tentar um meio, um aprofundamento pedagógico, que nos encaminhe para uma pedagogia genuinamente brasileira, capaz de resgatar para todos os brasileiros uma cultura nossa, considerada até agora marginal, mas que responde pela identidade cultural do país, estando presente em todos os setores da sociedade (2003, p. 36-44). Com isso, é muito importante que os educadores planejem, pesquisem, tirem duvida acerca das questões que envolvem a diversidade cultural. É necessário que levem para a sala de aula um pouco da realidade afro-brasileira, pois é na educação infantil que são formados cidadãos com valores, costumes e princípios éticos. Segundo Sousa (2008), a ausência da história Africana é uma das lacunas de grande importância nos sistemas educacionais brasileiros. Desta forma, a ausência de uma história Africana retira a oportunidade dos afros descendentes em construírem uma identidade positiva sobre as origens, essa ausência abre espaço para atitudes preconceituosas, desinformadas ou racistas sobre nossas origens, criando assim um terreno fértil para a produção e difusão das ideias erradas e racistas sobre a origem da
população negra. A ausência da história africana coloca as apresentações dos continentes e das diversas culturas a nível mundial em desigualdade de informação sobre conteúdos apresentados pela educação e essa ausência nos currículos induz a ideia de que ela não existe. Que ela não faz parte do conhecimento a ser transmitido. A partir daí houve uma preocupação em saber, de fato, como o professor da Educação Infantil realiza atividades sobre as relações étnico-racial em sala de aula com crianças de cinco anos de idade? Para responder essa pergunta, estabelecemos o seguinte objetivo geral: Investigar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor na inserção das relações étnico-racial em sala de aula da Educação Infantil em duas escolas públicas da cidade de Parnaíba PI. Especificamente buscamos: Analisar as atividades pedagógicas em sala de aula relacionada com a diversidade cultural, que possibilite a construção do conhecimento e cidadania dos alunos; Verificar com que frequência esse assunto é abordado em sala de aula; Dessa forma, o RCNEI (Referencial Curricular para a Educação Infantil, p.30) afirma que: (...) o professor deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias etc. das crianças com as quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização. (1998, p. 30). Portanto, o professor é o responsável pelo conhecimento de seu aluno, e deve trazer para seu ambiente de trabalho a realidade sem preconceito através de brincadeiras que envolvam todas as etnias. O Art. 7, inciso V, das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil apresenta algumas propostas pedagógicas. Estas devem estar comprometidas com o rompimento de relações de dominação étnico-racial, de gênero, dentre outras. Para que possamos ter uma sociedade justa, com menos violência por causa da cor ou origem de nascimento e laica, temos que começar da base, da educação infantil. Assim, estaríamos proporcionando para a sociedade um novo modo de refletir sobre nossa miscigenação, tendo em vista que somos todos iguais, seja na cor, religião ou cultura. O estudo desta temática tem enorme contribuição social, tendo em vista que a sociedade brasileira é formada por raças diversas. Assim, é interessante que as crianças se dêem conta de que ser branco ou negro não faz alguém ser melhor que outrem.
METODOLOGIA ou DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Neste trabalho adotaremos a abordagem qualitativa e no que se refere ao contexto empírico foi realizada em duas escolas públicas do bairro Piauí da cidade de Parnaíba no Estado do Piauí. Por questões éticas, as escolas terão seu nome real preservado, por isso denominamos de Escola de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho e de Escola de Educação Infantil Zumbi. A pesquisa foi realizada com a participação de duas professoras, ambas são graduadas em Pedagogia e lecionam na Educação Infantil há mais de três anos nas escolas pública municipais de ensino já mencionadas anteriormente. Foram também escolhidas por terem sido observada empiricamente uma prática pedagógica inclusiva. Optamos atribuir-lhes nomes fictícios, com intuito de manter sigilo sobre a identidade de ambas as participantes. Os nomes atribuídos foram: borboleta azul e borboleta verde. Sendo que a Professora Borboleta Azul tem 40 anos de idade, casada, reside na cidade de Parnaíba-PI. A mesma tem 21 anos de experiência profissional e a 4 anos trabalha na Escola Municipal de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho, contemplada nesta pesquisa. No ano de 2003 ingressou no curso de pedagogia concluindo em 2007 na Universidade Federal do Piauí, é especialista em Educação Infantil. E a a professora Borboleta Verde tem 35 anos de idade, divorciada, reside na cidade de Parnaíba-PI. A mesma tem 12 anos de experiência profissional e há cinco anos trabalha na Escola Municipal de Educação Zumbi. No ano de 2004 ingressou no curso de pedagogia concluindo em 2009 na Universidade Estadual do Piauí. Utilizou-se a entrevista estruturada, na qual se desenvolve a partir de uma relação fixa de questionários, cuja ordem e redação permanecem invariáveis para todos os entrevistados, que geralmente são em grande número. Por viabilizar o tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais (GIL, 2008). A análise e interpretação dos dados coletados se deram a partir do referencial teórico que tratam da temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor compreensão dos resultados do estudo, seguem os aspectos analisados: Conhecimentos sobre Relações Étnico-Raciais. Partindo do pressuposto da necessidade que os professores tenham apropriação de conceitos e definições sobre as relações étnico-raciais para pleno desenvolvimento de atividades que as contemplem no dia a dia escolar com seus alunos. A cerca da definição da temática abordada perguntamos as professoras entrevistada: O quê você sabe sobre relações étnico raciais? Obtivemos a seguinte resposta: Professora Borboleta Azul: São as relações das diversas etnias raciais e culturais existentes em uma sociedade. Professora Borboleta Verde: É o preconceito entre raças, religiões, classe social que infelizmente se desenvolve na infância. Ao analisarmos as respostas das professoras podemos perceber que a professora Borboleta Azul leva mais para o lado da diversidade racial e cultural, no entanto a professora Borboleta Verde leva para o lado do preconceito, de raças, culturas, religiões e a classe social. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), mais especificamente no tema transversal de ética, explanam que não somos todos iguais, apresentamos diferenças físicas e intelectuais, isto é, não devemos querer ser melhor nem pior do que os outros. Os educadores em com este conhecimento devem trabalha isto em sala de aula. Com tudo a lei 10.639/03 no 1 o afirma que o conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Diante do exposto, ficou evidenciado que as relações étnicos-raciais configura-se uma mistura de raças, religiões, sendo assim agora assegurado com a lei 10.639/03 e
que também estudado pelos PCNS onde enfatiza a diferença, mas mesmo com essas diferenças não somos melhor ou pior que o próximo, neste sentido a definição da professora Jane esta relacionada com o que diz os documentos que rege esta temática, já a professora leva mais para o lado do preconceito como dito anteriormente. Conforme o analisado as relações étnico-raciais chega a ser uma mistura de raças, religiões, de pessoas com diversas diferenças sejam qual for, que desde muito tempo com a constituição federal vem sendo assegurado o direito de todos ir e vir, com igualdade e respeito e agora sendo obrigatório a ser estudado nas escolas a história e cultura dos povos Brasileiros. Relevância sobre as relações étnico-raciais na Educação Infantil Sabemos que a educação infantil é a base de formação do educando, e considerando a relevância de se desenvolver temas que contribuam para maior conscientização e construção de sujeitos reflexivos e atuantes na sociedade da qual fazem parte. Sobre a importância das relações étnico raciais na educação infantil foi perguntado as professoras: Você acredita que é importante trabalhar esse tema na Educação Infantil? Por quê? A resposta obtida foi a seguinte: Professora Borboleta Azul: Sim, pois sabemos que no nosso País há um elevado grau de miscigenação e nem por isso o racismo deixa de existir. Dai a importância de a escola trabalhar os saberes e as práticas educativas que levem as nossas crianças a respeitarem as diferenças. Professora Borboleta Verde: Sim. Por que as crianças reconstroem a realidade daquilo que elas vivenciam. Podemos perceber nas respostas acima que as professoras tiveram ideias diferenciadas sobre a pergunta abordada, a professora Borboleta Azul ressalta que é sim importante trabalhar sobre a temática em estudo, pois existe um elevado grau de miscigenação que mesmo assim o racismo existe, e a escola tem um papel importantíssimo com suas práticas pedagógicas fazendo seus alunos respeitarem as diferenças, no entanto a professora Borboleta Verde também acha importante o trabalho com a educação infantil, porem a mesma abordou superficialmente que as crianças
constroem sua realidade em cima do que vivenciam. A propósito citamos as Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico- Raciais (2006, p. 32), dizem que promover a reflexão sobre a imagem de criança que dá suporte às práticas dos (as) educadores/as possibilitam a compreensão das singularidades e potencialidades de cada criança, podendo contribuir para promover condições de igualdade. Como afirma Lima (2006) são na educação infantil que são formados os primeiros embriões dos valores humanos, costumes e princípios éticos, então ali, com certeza as manifestações racistas e discriminatórias poderão ser amplamente combatida. De acordo com o relatado a cima pode-se confirmar com os autores o que as professoras afirmaram anteriormente a importância da temática em estudo já na educação infantil, como Lima diz é na educação infantil que são formados os primeiro embriões..., acreditando-se ser base para a formação de caráter de cada criança, assim formando pessoas capazes de respeitar e valorizar o próximo mesmo com suas diferenças. Realização de atividades desenvolvendo as relações étnico-raciais Considerando que a prática pedagógica deve abranger vários aspectos de formação, não só de conteúdos, mas também de atividades que proporcionem a criança construírem conhecimentos integrados e sistematizados sob a perspectiva da diversidade como um todos conscientes de que somos todos diferentes em raça, gênero, religião e em cor, tornando-se um desafio para ser enfrentado na sala de aula, então foi perguntado às professoras: Você realiza atividades para inserir todos os alunos, os fazendo respeitarem as diferenças do outro? Por que você faz isso? Como? Então tivemos a seguinte resposta. Professora Borboleta Azul: Sim, faço para que todos possam se sentir importantes independentes das suas diferenças. Através principalmente do exercício do dialogo na roda de conversa dando vez e voz as crianças, e isso serve também como forma de resolver os possíveis conflitos que poderão ocorrer entre eles mesmos. Professora Borboleta Verde: Sim. Para que eles aprendam a valorizar as diferenças de cada um. Através de dinâmicas como brincadeiras, histórias infantis e rodas de conversas.
Podemos perceber que as professoras em suas falas realizam atividades para que seja possível inserir seus alunos em suas atividades fazendo que todos respeitem as diferenças um dos outros, a professora Borboleta Azul fala que desenvolve suas atividades mais nas rodas de conversas para que seja possível também resolver possíveis conflitos que possa surgir, a professora Borboleta Verde realiza também em rodas de conversa, porém ela acha importante levar atividades nas brincadeiras e nas histórias infantis, para que possam valorizar as diferenças de cada um. Nesta direção, Lima (2006) diz que quando personagens negros aparecem nas histórias vinculadas à escravidão. Ou seja, nas histórias em que aparecem escravos, estes são abordados de forma a haver constrangimento. A autora vem nos mostrar que não é um problema contar histórias de negros ou escravos, mas temos sim que ver o contexto que eles estão inseridos, o tema abordado para que na hora do conto não haja constrangimento por nenhuma criança presente. Logo Ortiz (2003, p.36-44) diz que: (...) só através de uma releitura dos elementos que compõem as culturas negras no Brasil é que poderemos tentar um meio, um aprofundamento pedagógico, que nos encaminhe para uma pedagogia genuinamente brasileira, capaz de resgatar para todos os brasileiros uma cultura nossa, considerada até agora marginal, mas que responde pela identidade cultural do país, estando presente em todos os setores da sociedade. Neste contexto de valorizar as atividades com as crianças levando-os a respeitarem o próximo Ortiz vem lembrar a importância do orgulho de ser afro-descendente não negar suas origens, desta forma trabalhar através de releitura o resgate da cultura, assim o professor utilizando sua criatividade e sua pedagogia na realização de atividades neste resgate para não estar a margem da sociedade e sim incluso nela, mas sempre com cautela para não constranger nenhuma criança. CONCLUSÃO A pesquisa foi realizada para responder a seguinte pergunta: Como o professor da Educação Infantil realizam atividades sobre as relações étnico-racial em sala de aula, com crianças de cinco anos de idade? Mediante esta inquietação pela resposta da pergunta
central desta pesquisa que nos levou a investigar proporcionou o entendimento que é possível trazer as relações étnico racial para a sala da educação infantil. Ao analisar as atividades pedagógicas em sala de aula relacionada com a diversidade cultural, que possibilite a construção do conhecimento e cidadania dos alunos, percebemos nas falas das interlocutoras e através das observações realizadas que as professoras têm sim uma preocupação continua de inserir a diversidade cultural entre os alunos, tentando sempre os envolver em atividades desenvolvidas e que mesmo com dificuldades, mencionadas aqui neste trabalho que o preconceito vem muito das vezes de casa, mas conseguem através das rodas de conversa, contações de histórias e até mesmo das tarefas escolares que sempre estão relacionadas a diversidade de raça, gênero e cultural. Assim, concluímos esse objetivo, evidenciado que as professoras estão aderindo à diversidade cultural nas atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula com seus alunos assim proporcionando uma melhor construção do conhecimento e da cidadania de cada um, percebemos isso com clareza nas entrevistas das docentes, uma vez que elas conseguem fazer uso de metodologias direcionadas, permitindo assim, uma qualidade no ensino e um diferencial na profissão professor. Verificar com que frequência esse assunto é abordado em sala de aula, foi o segundo objetivo especifico a ser analisado na pesquisa. Quanto a isso conseguimos identificar em suas falas que é com frequência que as professoras abordam a temática em estudo com os alunos, e foi possível perceber nas observações que realizam frequentemente abordam o assunto abordado em suas aulas, assim percebemos que os alunos se sentem mais a vontade com as diferenças existentes na sala de aula. Foi possível perceber que as professoras estão aderindo em suas aulas a inserção das relações étnico-racial, percebemos que o desafio é grande, mas com o dialogo e a participação dos alunos como princípios básicos da proposta de trabalho é possível essa inserção. REFERÊNCIAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. 1998.. LDB : Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 6. ed. Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011.
. Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Não paginado. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>.. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 3/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. Secad /MEC, 2004. Presidência da República, Casa civil: Lei nº 17.716 de 5 de janeiro de 1989. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm>. Presidência da República, Casa civil: Constituição Federal Promulgado em 05 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Presidência da República, Casa civil: Lei n 11.645 de 10 de março de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ed. São Paulo: Atlas, 2008. LIMA, Maria Nazaré Mota de (org.). Escola plural: a diversidade está na sala: formação de professores em história e cultura afro-brasileira e africana. 2. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNICEF; Salvador, BA, 2006. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006. ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo, Brasiliense, 2003. SOUSA, Manoel Alves de. Brasil Afro-brasileiro: Cultura, História e Memória. Fortaleza, IMEPH, 2008. AGRADECIMENTOS Aos participantes da pesquisa e gestores das escolas.