anos TCU: Atuação, Composição e Procedimentos

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Transcrição:

anos TCU: Atuação, Composição e Procedimentos

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O CONTROLE EXTERNO O controle do TCU incide sobre a economicidade, a legalidade e o mérito dos atos administrativos, o que significa que analisa tanto a adequação do ato à norma, quanto a conveniência e a oportunidade do ato. O controle externo adotado pelo Brasil confere ao TCU a capacidade de: Fiscalizar; Ser consultado previamente em casos concretos complexos; Suspender atos e contratos; Punir gestores; Julgar contas públicas. Assim, o TCU possui características fiscalizadoras, consultivas, corretivas e sancionadoras. Todavia, suas decisões têm natureza administrativa e não possuem o lastro de coisa julgada, tornando-as suscetíveis de controle e revisão judicial.integridade segundo o novo manual da CGU? O TCU ESTÁ SUBMETIDO AO CONGRESSO NACIONAL Atribui-se ao TCU o controle financeiro como órgão autônomo, de modo que não cabe qualquer revisão ou controle das decisões do TCU por parte do Congresso. A vinculação do TCU ao Congresso está apenas na indicação da composição de seus ministros. Ademais, apenas em três ocasiões específicas definidas pela constituição há atuação conjunta com o Congresso: Julgamento das contas do Presidente da República; Auditorias e Inspeções em situações onde há investimento público; Suspensão de contratos em que Administração Pública é parte envolvida. 3

QUEM ESTÁ SUJEITO AO TCU? Estão sujeitas ao TCU as pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, que: Utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam, aplicam ou administram bens e valores públicos federais ou pelos quais a União responde; Assumem, em nome da União, obrigações de natureza pecuniária; Ocasionam perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário; Recebem contribuições parafiscais e prestam serviço de interesse público ou social; Devem, por força da lei, prestar contas ao TCU; Praticam atos que estão sujeitos à fiscalização do TCU por expressa disposição legal; Aplicam quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos semelhantes. NATUREZA DO CONTROLE EXERCIDO PELO TCU O controle exercido pelo TCU compreende 3 aspectos: Legalidade; Legitimidade; Economicidade. O controle exercido pelo TCU não envolve apenas critérios formais, mas também considera a observância dos princípios da Administração Pública como a moralidade, impessoalidade, razoabilidade, segurança jurídica e continuidade do serviço. A economicidade se refere à eficiência, eficácia e efetividade do ato administrativo, isto é: 4

metas, custos e resultados. O TCU verifica se há cumprimento de metas e qual a relação entre os custos e os resultados encontrados para otimização dos gastos públicos. PROCEDIMENTOS NO TCU Os processos que ocorrem no TCU estão definidos em sua Lei Orgânica e no seu Regimento Interno. Existem, resumidamente, três tipos de processos que são: Julgamento de contas; Fiscalização e medidas preventivas; Registro de concessões, aposentadorias, pensões e reformas. Esses três tipos de processos ocorrem em virtude do Controle Corretivo e do Controle Punitivo exercido pelo TCU. CONTROLE CORRETIVO OU PREVENTIVO O controle corretivo ou preventivo do TCU é composto por diversas medidas, tais como auditorias, monitoramentos, fiscalização, anulação ou suspensão de ato administrativo, recomendações, exame de resultados, custos e respostas a consultas de autoridades. Consultas O TCU deve apresentar resposta para qualquer consulta que seja formulada por autoridade competente a respeito da aplicação de uma norma ou regulamentação ao caso concreto, nos termos do Regimento Interno do TCU. Fiscalização O TCU pode fiscalizar contas de empresas nacionais ou supranacionais em que haja participação da União em seu capital social, mesmo que indiretamente. 5

O TCU também pode fiscalizar a aplicação de quaisquer ativos repassados pela União. Isto implica a fiscalização de convênios, acordos, ajustes, concessões e outros mecanismos similares. Também cabe ao TCU acompanhar procedimentos de privatização, concessão, alienação de ativos, assim como apreciar representações formuladas em matéria de licitações e contratos administrativos. Esse acompanhamento pode ser feito pelos seguintes instrumentos processuais: Inspeção; Denúncia; Auditoria; Representação; Levantamento; Acompanhamento; Monitoramento INSTRUMENTOS PROCESSUAIS Inspeção O instrumento da inspeção é destinado a suprir omissões ou lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar indícios de irregularidades de fatos ou atos da administração sujeitos à sua jurisdição. Denúncia O TCU pode apreciar denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, segundo sua Lei Orgânica. As denúncias são revestidas de sigilo até a decisão final (tanto no que tange a autoria, quanto ao seu objeto). Auditoria O TCU pode, por iniciativa própria ou por provocação, realizar auditorias de natureza 6

contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial nas unidades da Administração Pública. Ao fim dessas auditorias, o TCU pode converter esse controle em punitivo por meio de Tomada de Contas Extraordinária e impor sanção. Caso não existam ilegalidades, porém mera inconveniência administrativa, o TCU pode emitir recomendações. Representação O Regimento Interno faz menção a determinadas autoridades que podem apresentar Representação perante o TCU para apuração de fato ou ato ilegal de que possui conhecimento. Trata-se, portanto, de uma denúncia formulada por uma autoridade listada no Regimento Interno do TCU. Levantamento O Levantamento é o mecanismo de fiscalização do TCU para: de órgãos, entidades, fundos e instituições vinculados a Administração Pública direta ou indireta; Identificar potenciais objetos e instrumentos de fiscalização; Avaliar a viabilidade da realização de novas fiscalizações. Acompanhamento O Acompanhamento é o mecanismo de fiscalização do TCU para: Examinar atos de gestão de responsáveis por contas sujeitos à jurisdição do TCU, durante determinado período; Avaliar o desempenho de órgãos e outras entidades, incluindo seus sistemas, projetos e atividades, durante determinado período. Conhecer a organização e funcionamento 7

Monitoramento O Monitoramento é o mecanismo de fiscalização do TCU para verificar o cumprimento de suas decisões, recomendações e dos resultados Medidas Corretivas Constatada irregularidade relacionada tanto ao mérito (exame de conveniência e oportunidade) quanto à legalidade do ato administrativo, poderá o TCU: Notificar o órgão e assinalar prazo para correção; Suspender a execução do ato impugnado. Caso não ocorram medidas tendentes ao cumprimento da orientação do TCU e correção da irregularidade, poderá o TCU anular o ato administrativo. CONTROLE PUNITIVO Julgamento de Contas Cabe ao TCU examinar e emitir juízo de legalidade e mérito relacionado às contas dos administradores e responsáveis por ativos públicos na Administração Direta e Indireta, incluindo fundações públicas e empresas com participação do poder público federal. Cabe também o exame de contas que, de alguma sorte, implicaram em perda, extravio ou dano ao erário. Para o julgamento de contas são adotados os procedimentos da Tomada de Contas Ordinária ou Extraordinária. 8

Tipos de contas apreciadas pelo TCU As contas apreciadas pelo TCU podem ser divididas em: Contas Anuais; Contas Especiais; Contas de Governo; Contas de Gestão. Pronunciamento sobre as contas analisadas Essas contas são apreciadas sob o crivo da da legitimidade, legalidade e economicidade e, para isso, são analisadas tanto pela perspectiva da conformidade, quanto do desempenho. Por meio desse exame, as contas são declaradas: Regulares; Regulares com Ressalva; Irregulares. Causas de irregularidade O TCU entende que uma conta é considerada irregular quando: Houver omissão no dever de prestar contas; Existir gestão ilegal, ilegítima ou infração à norma de natureza contábil; financeira, operacional, orçamentária ou patrimonial; Dano ao erário decorrente de conduta danosa; Desfalque ou desvio de ativos públicos; Reincidência no descumprimento. Consequências da declaração de irregularidade Quando uma conta for declarada irregular, o responsável será condenado ao pagamento da dívida, com atualização monetária e acrescida de juros de mora. Também é possível a aplicação de multa, cuja decisão condenatória tem natureza de título executivo extrajudicial. 9

SANÇÕES APLICADAS PELO TCU Em sua atividade de controle punitivo, cabe ao TCU: Constatada despesa ilegal ou irregularidade nas contas, multa proporcional ao dano causado ao erário; Multa de até 100% do valor do dano ao erário; Multa de até R$ 25 mil por conta julgada irregular, mas que não tenha incorrido em débito ou dano ao erário; Declaração de inabilitação para o exercício de função ou cargo público no prazo de 5 a 8 anos, caso seja considerado grave a infração cometida; RECURSOS DE DECISÕES DO TCU Das decisões proferidas pelo TCU cabem os seguintes recursos: Reconsideração O recurso de reconsideração tem prazo de 15 dias e pode ser interposto contra decisão definitiva em processo tomada de contas. Pedido de Reexame O pedido de reexame tem prazo de 15 dias e é cabível em face de decisão de mérito proferida em processo que verse sobre ato sujeito a registro e a fiscalização de atos e contratos. Embargos de Declaração Os embargos de declaração no TCU têm prazo de 10 dias e são interpostos para esclarecimento de eventual obscuridade, omissão ou contradição em decisão proferida pelo TCU. Revisão O recurso de revisão tem prazo de 10 dias e é cabível contra definitiva em processo tomada de contas quando se verificar erro no 10

cálculo, falsidade ou insuficiência documental embasando a decisão impugnada. Também é cabível na superveniência de novos documentos. Trata-se de uma medida análoga a uma ação rescisória. Agravo O recurso do agravo possui prazo de 5 dias e é cabível de decisão do TCU, presidente de uma das câmaras ou relator do processo que seja desfavorável ou de medida cautelar imposta pelo TCU. Mandado de Segurança Cabe ressaltar que a impetração de mandado de segurança para o Supremo Tribunal Federal é meio legítimo de impugnação de decisão do TCU que fira direito líquido e certo. Também é possível a impetração de mandado de segurança preventivo contra decisão do TCU, desde que exista efetiva ameaça a direito e decorra de atos concretos da autoridade pública. Declaração de inidoneidade da empresa, por até 5 anos, no caso de fraude a licitação. EXISTE INTERCÂMBIO DESSAS INFORMAÇÕES ENTRE O TCU E OUTROS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? O TCU faz parte de diversos Acordos de Cooperação para intercâmbio de informações, os quais estão disponíveis em: https://portal. tcu.gov.br/relacoes-institucionais/acordos-decooperacao/. A título de exemplo, podemos citar como órgãos que possuem intercâmbio de informações com o TCU: AGU; 11

CVM; ABIN; Banco Central; Caixa Economica Federal; Conselho da Justiça Federal; Conselho Nacional de Justiça; CGU; DPU; MPF; Petrobras; Polícia Federal 12

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