CC-226 Introdução à Análise de Padrões

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Transcrição:

CC-226 Introdução à Análise de Padrões Visão Geral do Reconhecimento de Padrões Carlos Henrique Q. Forster 1 1 Divisão de Ciência da Computação Instituto Tecnológico de Aeronáutica 25 de fevereiro de 2008 C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 1 / 28

Outline 1 Aplicações da Análise de Padrões 2 Exemplo de problema de classificação automática 3 Reconhecimento de padrões Preprocessamento Extração de feições Classificação Questões sobre a classificação e pós-processamento 4 Código-exemplo 5 Tarefa 6 Leituras Complementares C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 2 / 28

Aplicações da Análise de Padrões Aplicações típicas de percepção por máquina reconhecimento de fala identificação de impressão digital reconhecimento óptico de caracteres identificação de seqüências de DNA avaliação de risco de crédito busca de imagens semelhantes num base de dados categorização automática de documentos "mineração de dados"de forma geral C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 3 / 28

Exemplo do Duda e Hart Uma fábrica de empacotamento de peixes deve selecionar automaticamente os peixes como "salmão"ou "corbina"(sea bass) C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 4 / 28

Atributos (features) dos peixes Decidiu-se por utilizar uma câmera e medir diferenças físicas entre os tipos de peixe. Alguns atributos: comprimento brilho largura número de barbatanas posição da boca... C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 5 / 28

As classes "Salmão"e "Corbina"são descritas por modelos criados a partir das observações que fizemos. Esses modelos são descrições matemáticas. O reconhecimento de padrões consiste em criar uma hipótese de qual modelo é mais adequado para um padrão observado. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 6 / 28

Fases do reconhecimento de padrões Preprocessamento Extração de feições (atributos, propriedades ou características) Classificação C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 7 / 28

Preprocessamento Remoção de ruído (exemplo: filtragem da imagem) Segmentação (exemplo: limiarização da imagem para remover o fundo) Normalização (exemplo: ajustar automaticamente o nível da luz para aferir o brilho) C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 8 / 28

Extração de feições Medindo algumas feições de um conjunto de amostras para treinamento: Comprimento (maior extensão do segmento da imagem do peixe) Largura (extensão na direção ortogonal do comprimento) Brilho (intensidade média da imagem do peixe) Estudar o valor dessas feições Histograma do comprimento das amostras de peixe para cada classe C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 9 / 28

Histograma do comprimento É útil essa medida de comprimento? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 10 / 28

Histograma do comprimento É útil essa medida de comprimento? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 10 / 28

Histograma do brilho E essa medida do brilho? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 11 / 28

Histograma do brilho E essa medida do brilho? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 11 / 28

Mais de uma feição Pode-se utilizar uma tupla com várias medidas de feições para caracterizar um padrão. Esse vetor pode ser chamado vetor de atributos. x 1 x 2 x =. x l C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 12 / 28

Scatterplot para dois atributos Como eu posso definir um mecanismo para classificar peixes dadas medidas desses dois atributos? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 13 / 28

Scatterplot para dois atributos Como eu posso definir um mecanismo para classificar peixes dadas medidas desses dois atributos? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 13 / 28

Classificador linear Utilizar a equação de uma reta para separar. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 14 / 28

Classificador linear Utilizar a equação de uma reta para separar. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 14 / 28

Classificação A equação da superfície de separação no caso bidimensional: w 1 x 1 + w 2 x 2 + w 3 = 0 Na forma matricial (utilizando multiplicação de matrizes): ( ) x 1 w1 w 2 w 3 x 2 = 0 1 ou simplesmente, (produto interno de vetores) w T x = 0 C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 15 / 28

Classificação A equação da superfície de separação no caso bidimensional: w 1 x 1 + w 2 x 2 + w 3 = 0 Na forma matricial (utilizando multiplicação de matrizes): ( ) x 1 w1 w 2 w 3 x 2 = 0 1 ou simplesmente, (produto interno de vetores) w T x = 0 C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 15 / 28

Classificação A equação da superfície de separação no caso bidimensional: w 1 x 1 + w 2 x 2 + w 3 = 0 Na forma matricial (utilizando multiplicação de matrizes): ( ) x 1 w1 w 2 w 3 x 2 = 0 1 ou simplesmente, (produto interno de vetores) w T x = 0 C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 15 / 28

Regra de Decisão Decido que pertence a uma das classes se w T x < 0 ou que pertence à outra classe se w T x > 0 Dado um conjunto de N vetores x j para treinamento, encontramos o vetor de parâmetros w que define a regra de decisão do classificador. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 16 / 28

Classificação Questões adicionais O que eu faço se a corbina for muito mais cara que o salmão? O que eu faço com atributos correlatos (e redundantes) como largura e comprimento? De forma geral, como sei se um novo atributo é bom ou não dados os outros atributos que já tenho? Quantos atributos devo utilizar? E se utilizar muitos? Como devo treinar e avaliar o classificador? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 17 / 28

Generalização Qual classificador é melhor? Este? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 18 / 28

Generalização Ou este? C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 19 / 28

Classificador ótimo Esse classificador pondera simplicidade do classificador (princípio da parcimônia, Occam s Razor) e taxa de acerto no conjunto de treinamento. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 20 / 28

Sistema de reconhecimento de padrões C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 21 / 28

Código MATLAB do nosso classificador linear %% "leitura" dos dados %% no caso são dados artificiais %% obtidos de distribuicoes normais randn( seed,0); corb_len=(randn(100,1)*10+18); salmon_len=(randn(100,1)*13+15); corb_len=corb_len-min(corb_len)+2; salmon_len=salmon_len-min(salmon_len)+2; corb_lig=(randn(100,1)); salmon_lig=(randn(100,1)); corb_lig=corb_lig-min(corb_lig)+4; salmon_lig=salmon_lig-min(salmon_lig); C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 22 / 28

figure; %% histograma da distribuicao do comprimento hist([corb_len,salmon_len]); xlabel( length ); ylabel( count ); legend( corbina, salmon ); C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 23 / 28

figure; %% histograma da distribuicao do brilho hist([corb_lig,salmon_lig]); xlabel( lightness ); ylabel( count ); legend( corbina, salmon ); C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 24 / 28

figure; %% scatter plot(corb_len,corb_lig, bo, salmon_len,salmon_lig, r. ); xlabel( length ); ylabel( lightness ); legend( corbina, salmon ); C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 25 / 28

figure; %% classificador linear plot(corb_len,corb_lig, bo, salmon_len,salmon_lig, r. ); hold; xlabel( length ); ylabel( lightness ); legend( corbina, salmon ); a=[corb_len,corb_lig,ones(100,1); salmon_len,salmon_lig,ones(100,1)]; b=[ones(100,1);-ones(100,1)]; x=pinv(a)*b; plot([0, 75], [-x(3)/x(2), -x(3)/x(2)-x(1)*75/x(2)], g- ); C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 26 / 28

Primeiro Exercício para Casa EX001 Entender o código dos slides anteriores e explicar como foi encontrada a reta de decisão (ou separação) para o modelo das classes. C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 27 / 28

Leituras Complementares Duda, Hart e Stork. Primeiro capítulo. Jain et al., Statistical Pattern Recognition: A Review C. H. Q. Forster (ITA) CC-226 25 de fevereiro de 2008 28 / 28