Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal do Judicial de Vila Nova de Famalicão 1º Juízo Cível Processo nº 1487/13.7TJVNF Insolvência de J. Costa, Lda V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº 206 013 876, Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 19 de Julho de 2013 Página 1 de 1
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) I Identificação do Devedor J. Costa, Lda., sociedade comercial por quotas com sede na Rua das Cavadas, nº 351, freguesia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, com o NIPC 502 466 391, tendo por objecto social o comércio de tecidos, malhas, obras têxteis, vestuário e adornos pessoais. A sociedade, constituída em 17 de Dezembro de 1990, encontra-se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão sob o número 502466391 (corresponde à anterior matrícula nº 2633/1990-12-17 desta mesma conservatória) e tem actualmente a seguinte estrutura societária: Sócios Valor da Quota José Pereira da Costa 99.759,58 Maria Amélia Gonçalves dos Santos 99.759,58 Total 199.519,16 A gerência da sociedade está atribuída em exclusivo ao sócio José Pereira da Costa desde 9 de Fevereiro de 2010. A sociedade obriga-se pela intervenção de um gerente. Código da Certidão Permanente: 6230-5030-4525 II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O estabelecimento da sociedade insolvente situa-se no local a que corresponde a sua sede. O local em causa não é sua propriedade. A sociedade insolvente dedicava-se ao comércio de todo o tipo de roupa (interior e exterior), sendo que a evolução do seu volume de negócios evidencia o seu fim da linha : Página 1 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Rubricas 2009 2010 Variação 2010/2009 2011 Variação 2011/2010 Variação 2011/2009 Vendas e Serviços Prestados 263.098 163.412-99.686-38% 81.941-81.471-50% -181.157-69% C.M.V.M.C. 194.007 154.810-39.197-20% 69.674-85.136-55% -124.333-64% F.S.E. 18.183 13.804-4.379-24% 9.015-4.789-35% -9.168-50% Gastos com o Pessoal 50.896 27.819-23.077-45% 10.407-17.412-63% -40.489-80% Resultados Operacionais -14.675-33.523-18.848 128% -21.868 11.655-35% -7.193 49% Resultados Antes de Impostos -33.444-53.165-19.721 59% -37.699 15.466-29% -4.255 13% Resultado Líquido do Período -33.642-53.224-19.583 58% -37.757 15.468-29% -4.115 12% Note-se que num espaço de três anos o volume de negócios da sociedade reduziu-se em quase 70%! Esta redução no volume de negócios colocou a sociedade insolvente abaixo do seu ponto crítico de vendas, acumulando sucessivos e avultados resultados negativos. O exercício de 2012 apresenta ainda piores resultados: O volume de negócios não atingiu os Euros 50.000,00 A sociedade reavalia o stock de mercadorias (algumas das quais com mais de 20 anos!), resultando uma imparidade de mais de Euros 400.000. Apesar das tentativas da sociedade negociar o passivo junto dos seus principais credores, o certo é que não teve capacidade para honrar os compromissos que assumiu, acabando por entrar em incumprimento. Sem perspectivas de melhoria na sua actividade comercial e sem capacidade para obter capitais (próprios e/ou alheios) para financiar a sua actividade, a sociedade insolvente decidiu cessar a sua actividade no final do exercício de 2012, pelo que no ano de 2013 abandonou o seu giro comercial. Perante esta posição, o signatário promoveu no passado dia 27 de Maio de 2013 o encerramento antecipado do estabelecimento da sociedade insolvente. III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A contabilidade da sociedade insolvente está organizada até à data, tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes. Página 2 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Pela análise que foi feita da contabilidade, tudo indica que esta reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira. IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Considerando que se promoveu já o encerramento antecipado do estabelecimento da sociedade insolvente, em sintonia com a posição assumida por aquela, é minha opinião que os credores deverão ratificar tal decisão. Os credores deverão ainda deliberar pela liquidação do activo da sociedade insolvente constante do inventário anexo a este relatório. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 19 de Julho de 2013 Página 3 de 3
Insolvência de J. Costa, Lda Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)
Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa insolvente: Verba Descrição da Verba Valor 1 1 Veículo ligeiro de passageiros da marca VOLKSWAGEN, mod. LUPO, 997cc, a gasolina, com a matrícula 70 77 MS, de Fevereiro de 1999, avariado 50,00 1 Veículo ligeiro de mercadorias da marca IVECO, mod. 30.8.1 VB, 2.500cc, 2 a gasóleo, com a matrícula 27 20 BA, de Setembro de 1992 400,00 1 Veículo ligeiro de mercadorias da marca CITROEN, mod. BERLINGO, 3 1769cc, a gasóleo, com a matrícula 45 98 HT, de Dezembro de 1996 400,00 4 1 Balança da marca BARCELBAR, máx. 300KG 100,00 5 2 Secretárias em chapa, com tampo em madeira; 2 cadeiras rotativas, com rodas; 2 CPU's com monitor CRT, teclado e rato; 1 impressora; 1 fax; 1 fotocopiadora da marca OLIVETTI; 1 Destruidora de papel 120,00 Cerca de 5.800 cuecas; Cerca de 6.600 boxers; Cerca de 6.700 camisolas: Cerca de 1.000 pijamas; Cerca de 8.000 lenços; Cerca de 3.000 bikinis para homem; Cerca de 2.200 meia liga; Cerca de 500 leggings; Cerca de 1.500 calcinhas; Cerca de 2.200 tangas; Cerca de 500 cintas; Cerca de 300 tops; Cerca de 2.700 soutiens; Cerca de 13.500 peúgas; Cerca de 13.600 bikinis; 6 Cerca de 64.000 soquetes; Cerca de 7.000 meias; Cerca de 8.600 minimeias; 5.210,00 Cerca de 51.000 collants; Cerca de 1.100 shorts; Cerca de 2.000 caixas para 12 collants; Cerca de 1.000 caixas para 6 collants; Cerca de 1.500 pendurantes; Cerca de 600 conjuntos de top+bikini; Respectivas estantes Total dos bens inventariados 6.280,00 Castelões, 19 de Julho de 2013 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Página 1 de 1