PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 24 DE OUTUBRO DE 2016 INFORMATIVO Nº 137 1
Com o início da Safra 2016-17, os alertas do momento vão para: (1) a necessidade do cumprimento rigoroso do Vazio Sanitário, lembrando das penalidades impostas pela Legislação, (2) eliminação da rebrota e tigueras de algodão nos cultivos subsequentes, como soja, (3) monitoramento de pragas na entressafra, (4) definição dos talhões, (5) armadilhamento do bicudo, (6) detecção de plantas daninhas resistentes, (7) contratação, treinamento e gestão das pessoas para o operacional das fazendas incluindo a organização do Grupo Técnico Regional, (8) rotação de culturas, (9) regulagem de máquinas e equipamentos e (10) escolha e alocação das variedades da próxima safra. Destaca-se que a AMPASUL disponibiliza o treinamento de monitores de pragas in loco mediante agendamento prévio. Núcleo 1 Chapadão do Sul e Cassilândia Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes O resultado da safra passada em produtividade neste Núcleo ficou da seguinte forma: 250 arrobas por hectare de algodão em caroço no algodão safra, e 151 arrobas no algodão segunda época (safrinha). Este último teve um grande decréscimo no seu potencial produtivo devido ao período de estiagem na fase reprodutiva das lavouras. Foto 1. Rolos de algodão em caroço a campo. Para esta próxima safra a previsão de área semeada no Estado do Mato Grosso do Sul é de 28835 hectares sendo 80% safra e 20% segunda safra (safrinha). No Núcleo é de 8141 hectares sendo que 70% da área será de algodão safra semeado no mês de dezembro de 2016. 2
Em Chapadão do Sul, os cotonicultores estão se preparando para o início da safra 2016/17, e neste período há o vazio sanitário. A preocupação da cadeia produtiva é manter as áreas de resteva de algodão da safra passada devidamente livres de soqueiras, rebrotas e tigueras. Foto 2. Soja emergida em área de resteva de algodão. A principal ação realizada pelas fazendas neste momento é o armadilhamento do perímetro das áreas que serão semeadas com algodão, na próxima safra, para monitorar a população de bicudo. O armadilhamento é realizado em todas as áreas onde será semeado algodão safra, a Ampasul distribui aos seus associados armadilhas para reposição daquelas que estão danificadas e feromônios para realizar a atividade durante as nove semanas do armadilhamento pré-plantio. Este armadilhamento objetiva verificar se tem bicudo nas áreas, qual sua densidade populacional por talhão e onde tem mais, o que exigirá maior atenção. Foto 3 e 4. Armadilhas a base de feromonio para captura de bicudo instaladas e em operação no município de Chapadão do Sul. Durante o período de dessecação os produtores têm que ficar em alerta para realização de um manejo adequado da área, pois foi identificado na região algumas propriedades que realizaram a dessecação e após o tratamento da área, plantas de capim amargoso (Digitaria insularis) permaneceram vivas. Isto está relacionado ao momento do controle as plantas grandes e que estão em fase de perfilhamento, as quais têm uma resistência maior à molécula de glifosato. Sugere-se que se faça o controle destas plantas em estágios iniciais, e no caso de plantas 3
grandes indica-se roçar, pois assim as brotações mais novas tendem a ter uma melhor absorção de produtos, e também manejar a rotação de produtos e não permanecer somente com o uso recorrente do glifosato. Fotos 5. Planta de capim amargoso (Digitaria insularis) viva após dessecação. Núcleo 2 Costa Rica e Alcinópolis Eng. Agr. Robson Carlos dos Santos O resultado da safra passada em produtividade neste Núcleo ficou da seguinte forma: 280 arrobas por hectare de algodão em caroço no algodão safra, e 228 arrobas no algodão segunda época (safrinha). Este último modelo de produção também teve um decréscimo no seu potencial produtivo devido ao período de estiagem no momento da fase reprodutiva das lavouras. Para esta próxima safra a previsão de plantio neste Núcleo é de 19164 hectares, sendo que 83% da área será de algodão safra, semeado no mês de dezembro de 2016. Pensando em reduzir os riscos de proliferação de pragas, doenças e cumprir o vazio sanitário do algodão, todos os produtores da região já destruíram os restos culturais do algodão, e nos próximos dias deve ser realizada a visita dos fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO). Estas fiscalizações nas unidades produtoras de algodão da região, verificará a destruição da soqueira do algodão e de plantas voluntárias, para a eventual liberação do certificado de destruição de soqueira. 4
Foto 6. Soqueiras de algodão destruídas quimicamente. Neste período terminou o vazio sanitário para a cultura da soja nesta região. Em Costa Rica e Alcinópolis a maioria produtores iniciou o processo de semeadura da oleaginosa, principalmente aqueles que irão realizar o plantio do algodão de segunda safra. Nas primeiras áreas semeadas com soja, geralmente são usadas cultivares de soja de ciclo precoce para poder semear o algodão em janeiro, sendo a data limite regulamentada no Estado para o plantio da fibrosa é 31 de janeiro. Foto 7. Plântulas de soja emergidas sobre área com resteva de algodão. Neste período foi realizado o cadastramento das áreas que serão semeadas com algodão safra, esta atividade compreende do mapeamento e georreferenciamento das áreas que irão semear algodão safra na safra 2016/2017. Juntamente com esta ação, é realizado o armadilhamento pré safra para monitorar e quantificar a população do bicudo do algodoeiro, através do uso de armadilhas a base de feromônio. A Ampasul irá disponibilizar a todos associados que irão semear algodão safra, feromonio para atração e captura do bicudo de entressafra, suficientes para as nove leituras que antecedem a semeadura, totalizando cinco trocas de feromonios. Também está sendo realizada a reposição de algumas armadilhas da safra anterior que estão danificadas. Foto 8. Armadilha, a base de feromonio grandlure, para captura de bicudo na Região de Costa Rica e Alcinópolis. 5
Núcleo 3 Centro (São Gabriel do Oeste). Eng. Agr. Robson C. dos Santos Não foi concretizada ainda a intenção de semeadura de algodão nesta região para a safra 2016/17. Núcleo 4 Sul (Sidrolândia, Aral Moreira e Campo Grande). Eng. Agr. Danilo S. Moraes Nesta Região já estão instaladas as armadilhas para monitorar a população do bicudo, e até o momento a captura vem ocorrendo e as leituras estão sendo realizadas pela equipe das fazendas. Em Aral Moreira a semeadura do algodão desta safra já foi realizada e a cultura encontra-se na fase de emergência. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO Responsável Tec. Agrícola Marcelo Rodrigues Caires Acompanhe as condições climáticas através do link abaixo das estações meteorológicas da Ampasul. LOCALIZADA NA SEDE DA AMPASUL EM CHAPADÃO DO SUL: https://goo.gl/uqpjrf LOCALIZADA NA FAZENDA JARDIN NO BAÚS MUNICIPIO DE COSTA RICA: https://goo.gl/icbmq1 É permitida a reprodução ou divulgação, em outros órgãos de comunicação, deste informativo, desde que expressamente citada a fonte, ficando aquele que desatender a esta determinação sujeito às sanções previstas na Lei nº 5.259/1967 (Lei de Imprensa) Visite nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/programafitossanitario), e nosso site (http://www.ampasul.com.br) Redação: Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng. Agr. Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL), colaboração Tec. Agr. Marcelo Caires (Monitor Técnico de Aplicação da AMPASUL) 6
ANEXO I (Armadilhamento para Bicudo) 7
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