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Transcrição:

DEPRESSÃO

Depressão A depressão é uma doença tão real quanto um problema de fígado ou uma fratura. Estima-se que até 10 em cada 100 pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida. Essa doença faz com que a pessoa perca o controle sobre os próprios sentimentos. Pode afetar pessoas de todas as idades e se manifestar de diferentes formas em cada um. A depressão afeta o funcionamento global da pessoa, constituindo um problema sério que compromete sua vida pessoal e profissional. A pessoa afetada não tem culpa; ela requer diagnóstico e tratamento adequados.

? CURIOSIDADE A depressão afeta a vida de forma tão intensa que as limitações nas atividades diárias de quem é acometido são comparáveis às de uma pessoa que está se recuperando de um infarto cardíaco. Sua causa exata ainda permanece incerta, mas a explicação mais aceita é que a doença seria provocada pelo desequilíbrio de substâncias químicas no nosso cérebro que afetam o controle do humor e sentimentos, levando a esse quadro que chamamos de depressão.

A depressão aflige tanto homens quanto mulheres e pode aparecer em qualquer fase da vida desde a infância até a velhice e, apesar do índice ser duas vezes maior entre as mulheres, há estudos que apontam grande prevalência dessa doença em motoristas, sendo uma das principais causas de afastamento dessa classe de trabalhadores. As pessoas que têm depressão, na maioria das vezes, não percebem que estão doentes e muitas não admitem precisar de tratamento. Isso pode dar chance para o problema se agravar ou até contribuir para a intensificação de comportamentos como uso excessivo do álcool, cigarro e drogas ilícitas como forma de lidar com os sintomas.

Quais são as causas Depressão? O desequilíbrio de substâncias químicas no cérebro não tem uma causa única. Vários fatores se juntam para provocar esse estado. Os seus genes ou herança familiar Às vezes, a depressão é muito presente dentro de uma mesma família. Quem tem um dos pais ou um irmão que tem essa doença, pode ter genes que favoreçam o desenvolvimento da depressão. Doenças e outros problemas de saúde Pessoas que têm problemas com a tireoide, deficiência de nutrientes ou doenças crônicas, como doenças cardíacas, diabetes ou câncer, estão mais sujeitas a desenvolverem depressão.

Situações de vida ruins A depressão pode ser desencadeada por eventos estressantes em sua vida, como a morte de alguém que você ama, um divórcio, doença crônica ou a perda de um emprego. Também pode estar relacionada a vidas cheias de violência, estresse, cobranças em que a pessoa se sente continuamente sob pressão. Mesmo uma situação muito feliz, como o nascimento de um filho, pode desencadear um episódio de depressão em mulheres que se sentem muito cobradas e sem apoio da família para enfrentar essa grande mudança. Medicamentos, drogas ou álcool Tomar certos medicamentos, usar drogas ou abusar de álcool, também podem levar à depressão. Em particular o álcool e outras drogas que, inicialmente, podem parecer que ajudam a pessoa a lidar com os sintomas da depressão acabam por piorar o quadro.

ATENÇÃO: fraqueza pessoal, preguiça ou falta de força de vontade: NÃO SÃO CAUSAS DE DEPRESSÃO!!! Definir a causa exata da depressão é muito difícil, pois qualquer acontecimento pode desencadear a doença. O tipo de personalidade e o estilo do indivíduo para lidar com a vida podem se correlacionar com uma maior chance para desenvolvimento de crises depressivas. Os fatos estressantes costumam iniciar a doença nas pessoas predispostas ou mais vulneráveis.

Resumindo: Fatores que podem contribuir para o aparecimento da depressão são aqueles que afetam o bem-estar físico e/ou mental, associados a fatores que herdamos da nossa família. Alguns exemplos de eventos que podem desencadear a depressão são: Histórico familiar de depressão; Sexo feminino; Idade mais avançada; Episódios anteriores de depressão; Parto recente; Acontecimentos estressantes (ex.: perda de pessoa querida, separação, desemprego, mudança de domicílio contra a vontade); Doenças graves ou em fases terminais (ex: câncer, AIDS); Dependência de droga ou de álcool. Estresse.

! ATENÇÃO O corpo responde à maneira como pensamos, sentimos e agimos. Isso é muitas vezes chamado de conexão entre corpo e mente. Quando você está estressado, ansioso ou aborrecido, seu corpo tenta mostrar que algo não está certo. Por exemplo, a pressão arterial elevada ou uma úlcera de estômago podem se desenvolver após um acontecimento particularmente estressante, como a morte de um ente querido. Sintomas recorrentes como dor de cabeça, cansaço e dor nas costas podem ser sinais físicos que sua saúde emocional também está fora de equilíbrio. Procure não deixar que as dificuldades do seu dia a dia venham a afetar sua saúde. Se isso ocorrer, procure seus amigos ou familiares, pois eles poderão ajudá-lo a passar por essa fase!

Como saber se estou com Depressão? Apesar de ter relação com o desequilíbrio de substâncias químicas, não há um exame de sangue ou mesmo o mais sofisticado exame de imagem da cabeça que possa afirmar que uma pessoa está deprimida. Dessa forma, o diagnóstico de depressão deve ser feito pelo médico, através dos sintomas e de exames que afastem outras causas. Cada indivíduo pode reagir de forma diferente diante da depressão. Por isso, os sintomas são muito variados. Pensamentos negativos e até reações físicas, como dores no corpo e enjoos são comuns em pessoas com depressão. Além disso, essa doença não tem idade para iniciar, mas a maioria dos sintomas costuma aparecer entre os 20 e 40 anos.

Alguns dos possíveis sintomas são: Pessimismo; Angústia; Perda de energia ou de interesse (desânimo); Dificuldade de tomar decisões; Humor deprimido; Vontade constante de chorar; Irritabilidade ou impaciência;

Inquietação; Diminuição de libido (desejo sexual); Sensação de desesperança; Perda ou ganho de peso e apetite; Insônia ou sonolência excessiva; Pena de si mesmo; Pensamentos sobre morte.

! DICA Se você perceber que algum amigo seu ou parente está com sintomas de depressão, converse com ele, explicando o que é depressão e como pode ser tratada. Mostre-se solidário e compreensivo. Os períodos de melhora e de piora são comuns. Algumas vezes, o indivíduo acredita que está melhorando sozinho, pois se sente bem durante alguns dias, mas isso é apenas uma falsa impressão, muito comum em casos de depressão. Há diferentes formas e graus da gravidade de depressão. Em alguns casos, geralmente graves, os sintomas podem surgir sem relação aparente com acontecimentos traumáticos da vida, sob a forma de crises que perduram por vários meses. Muitas vezes as crises repetem-se ao longo da vida.

Como diagnosticar corretamente a Depressão?! Somente um médico pode diagnosticar a depressão, mas outros profissionais podem ajudá-lo a avaliar os sintomas que esteja sentindo. Como dito anteriormente, esses sintomas podem corresponder a diversos problemas de saúde que devem ser excluídos do diagnóstico. Para auxiliar no processo de autoavaliação, existe uma tabela de sintomas. Caso a pessoa apresente alguns deles, deve procurar um profissional de saúde para que seja feita uma avaliação adequada.

! *Tabela de Sintomas * Critérios para diagnóstico de depressão (Segundo o DSM-1 V, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª. edição). Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo. Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as para realizar as atividades de rotina. Sensação de inutilidade ou de culpa excessiva. Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída frequentemente diminuída para pensar e se concentrar. Fadiga ou perda de energia. Distúrbios do sono: insônia ou sonolência praticamente diária. Problemas psicomotores: agitação ou lentidão nos movimentos. Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar. Ideias recorrentes de morte ou suicídio.

Quem! pode ter Depressão? Pessoas de todas as idades podem sofrer de depressão, apesar da maior incidência em determinadas situações. Se entre seus familiares ou colegas de trabalho você identificar alguns sinais, lembre-se de procurar orientação profissional. Depressão pós-parto Cerca de 20 a 40% das mulheres relatam alguma perturbação emocional ou alguma dificuldade no período pósparto como: se concentrar, falar e lembrar-se das coisas. A tristeza, o choro frequente, mudanças de humor, a dependência exagerada e a dificuldade em dormir (mesmo quando a criança está dormindo) nesse período podem ser considerados normais se durarem alguns dias. Entretanto, se permanecerem por até 2 semanas, esses sintomas poderão ser indicativos da suspeita de uma depressão pós-parto.

Sentimentos! como esses são atribuídos à rápida alteração dos hormônios da mulher, ao estresse do parto e à consequência de maior responsabilidade e adaptação a mudanças de papel por ser mãe. Se diagnosticada, a depressão pós-parto é considerada uma doença tão real quanto uma pneumonia ou uma doença do coração. Então, muitos cuidados devem ser tomados, pois sentimentos depressivos, alucinações, delírios e ideias de suicídio ou de agressão ao recém-nascido poderão atormentar a mulher. Em depressões mais graves, em que a vida da mãe ou do bebê está em risco, é importante um acompanhamento por profissionais de saúde e, em alguns casos, é necessário o afastamento entre a mãe e o bebê.

Depressão! na menopausa As pesquisas mostram que os riscos de uma mulher ter depressão aumentam quando ela chega à menopausa conforme os hormônios se alteram. A maioria das mulheres chega à menopausa sem sofrer de depressão, mas algumas podem ser mais sensíveis à transição e apresentar mudanças de humor que, mesmo não diagnosticadas como depressão, necessitam de cuidados. É importante saber que aquelas que desenvolvem depressão precisam realmente ser tratadas com acompanhamento médico. Em alguns casos podem ser necessários a reposição hormonal e o uso de antidepressivos.

Depressão! em homens Apesar de haver um menor índice de casos de depressão entre os homens, algumas pesquisas mostram maior incidência em determinadas profissões, devido as pressões sofridas durante o exercício laboral. Os motoristas profissionais pertencem a categoria mais susceptíveis a sofrerem de depressão. Há, entre muitos homens, uma resistência em falar sobre seus problemas e suas dificuldades, Culturalmente, o povo de origem latina atribui ao homem a característica de resistência aos sentimentos (homem não chora) e por essa razão os sintomas da depressão são mais difíceis de identificação. A rotina de trabalho intensa, relações de trabalho ruins, situação traumáticas como acidentes e assaltos, afastamento dos familiares, entre outros são situações que podem favorecer o aparecimento dos quadros depressivos.

! Entre os homens, os sintomas mais evidentes da depressão geralmente são: Falta de interesse pelos afetos (esposa, filhos, amigos); Falta de interesse pelo trabalho; Não sentir prazer com atividades de que antes gostava; Perda de libido (desejo sexual); Sonolência excessiva ou insônia; Cansaço.

! CUIDADO: Um dos riscos da depressão masculina é que, em muitos casos, o homem, por não aceitar a depressão ou por não saber reconhece-la, acaba recorrendo ao álcool ou ao cigarro para esconder a tristeza e os demais sintomas, e isto só acaba agravando, e muito, o quadro depressivo. Sabe-se que a depressão masculina, quando não tratada, favorece o desenvolvimento de algumas doenças como: câncer, diabetes, doenças cardíacas e, ainda, provoca envelhecimento acelerado. Vale lembrar que: A depressão não é um sinal de fraqueza, mas sim uma doença que precisa ser tratada!

Depressão! na adolescência Na adolescência, os jovens deparam-se com várias situações novas e pressões sociais, favorecendo condições próprias para que apresentem flutuações do humor e mudanças expressivas no comportamento. A necessidade de inclusão social, a sentir-se pertencente a um grupo e o medo da rejeição podem ser fatores desencadeantes da depressão, tais como descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia. Esse quadro pode indicar depressão, ainda que os sentimentos de tristeza não sejam os mais evidentes.

!Os principais sinais de advertência para o risco de depressão: Mudanças acentuadas na personalidade; Mudanças acentuadas na aparência; Alterações nos padrões de sono; Alterações nos hábitos alimentares; Falar sobre morte ou suicídio; Provocar ferimentos em si próprio; Pânico ou ansiedade crônicos; Distribuir objetos pessoais. Prejuízo no rendimento escolar;

Depressão! em idosos A depressão que ocorre em idosos é um pouco diferente das demais, pois os fatores genéticos parecem ser menos importantes e deve-se levar em consideração fatos como o luto, o abandono e as doenças crônicas, que são comuns nessa fase da vida. Não aceitar o avanço da idade e o consequente aparecimento de cabelos brancos, rugas, manchas na pele e as limitações que o envelhecimento proporciona são as principais causas relacionadas ao aparecimento da depressão nos idosos. Se o idoso não souber lidar com as dificuldades físicas, profissionais, sociais e pessoais decorrentes do avanço da idade, como os sonhos de vida não realizados, as perdas de entes queridos e a tantas outras dificuldades que a vida lhes impõe, pode haver uma frustração permanente e, consequentemente, a depressão.

ALERTA:! Com certa frequência, alguns comportamentos causados pela depressão (isolamento, esquecimento, abandono de atividades sociais habituais, afastamento da família...) são vistos erradamente como ocorrências normais atribuídos ao envelhecimento. As queixas de memória ruim são muito comuns em idosos deprimidos. Os quadros depressivos, nessa faixa etária, manifestam-se com queixas de memória e desordens demenciais que também devem entrar no diagnóstico diferencial da depressão de início tardio.! IMPORTANTE Se você tem um idoso na sua família, preste atenção nos sintomas, procure conversar com ele e, se necessário, oriente-o a procurar um profissional de saúde.

Quais os tratamentos para Depressão?! A depressão é uma doença que tem tratamento, podendo variar de indivíduo para indivíduo. Isso depende do grau da depressão em que a pessoa se encontra. Nos casos mais severos de depressão, a pessoa afetada pode sentir que não há qualquer esperança e não ver sentido em se tratar. Assim, o suporte de familiares e amigos próximos pode fazer grande diferença até que surja alguma melhora e a pessoa possa se responsabilizar em manter o próprio tratamento. Alerta: Estar próximo a um deprimido e tentar ajudá-lo pode dar a impressão de que ele não quer melhorar, não se ajuda ou tem preguiça... Entretanto, lembre-se que esses são reflexos da doença que a pessoa não consegue controlar. Recorde-se sempre como ela era antes da doença começar, esse é o alvo do tratamento: devolver a pessoa ao que era antes.

Dentre os tratamentos, podemos destacar:! Medicamentos - especialmente os antidepressivos; Associação de antidepressivos com psicoterapia. Os antidepressivos, atualmente, existem em grande número e apresentam características específicas. Porém, todos demoram, em média, duas semanas para começar a fazer efeito. Assim, mesmo que aparentemente nada esteja acontecendo, é fundamental que não se pare de usar o medicamento até a próxima consulta médica. Muitas vezes, é necessário ajustar a dose e, às vezes, trocar a medicação. Lembre-se: SEMPRE SOB A ORIENTAÇÃO MÉDICA.

Como! qualquer outro remédio, os antidepressivos podem apresentar efeitos colaterais, ou seja, causar sintomas não associados à doença. As pessoas possuem sensibilidades diferentes e o médico que as acompanha é a melhor pessoa para discutir e receber orientação sobre isso. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão: Boca seca; Constipação (intestino preso); Dificuldades para urinar; Sonolência/insônia; Visão embaraçada; Dor de estômago;

! Náuseas; Tontura; Inquietação; Tremores.! LEMBRE-SE Os efeitos colaterais podem ocorrer em algumas pessoas, mas costumam ser toleráveis e os benefícios esperados da medicação são bem maiores que eles SEMPRE se deve avisar ao médico no caso de efeitos colaterais.

Já as psicoterapias encontram-se divididas em:! Individual (o paciente e o terapeuta); Grupo (o terapeuta e vários pacientes); Familiar (o paciente, membros de sua família e o terapeuta) Conjugal (o paciente, o cônjuge e o terapeuta). Muitas vezes, a associação da psicoterapia com o medicamento traz benefícios significativos aos pacientes.

Com quem procurar ajuda?! Psicólogos; Centros de saúde (médicos e outros profissionais da área da saúde podem auxiliá-lo); Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); Médico psiquiatra; Programas universitários ou de escolas médicas; Serviços ambulatoriais de hospitais públicos; Clínicas e hospitais privados; Programas de assistência médica e social a funcionários em empresas; Associação psiquiátrica ou médica local.

! DICA Prática de esportes: Uma boa dica para combater a depressão é se exercitar. Exercícios aeróbicos diariamente, com duração superior a trinta minutos, contribuem para a liberação da endorfina, uma substância que contribui para uma sensação de bem-estar, além de fazer bem para todo o corpo.

Os exercícios físicos podem: Ajudar a combater pensamentos negativos (ex: esportes rápidos e dinâmicos que exigem concentração); Acalmar o indivíduo, combatendo a depressão (ex: caminhada, corrida, ciclismo, patinação, natação); Proporcionar vitalidade e disposição; Promover a criatividade; Causar uma fadiga saudável, aliviando a tensão muscular.

Outras dicas: Reconheça os sintomas; Converse com pessoas que convivem com você sobre o que está acontecendo; Faça uma lista de metas possíveis e procure cumpri-las; Procure identificar os motivos desencadeadores do quadro emocional; Procure manter uma alimentação balanceada, evitando cafeína e nicotina; Procure evitar rotina muito intensa e busque ir a lugares diferentes. Se for aos mesmos lugares, faça outros caminhos; O contato com a natureza é sempre recompensador; Procure ajuda profissional.

Para relembrar Infelizmente, a doença depressiva, não sendo reconhecida pela própria pessoa como doença nem diagnosticada pelo médico, possibilita que outros a enxerguem como fraca, incapaz, preguiçosa e até maluca. Não devemos, nem por brincadeira, tratar as pessoas deprimidas como se elas estivessem agindo para chamar a atenção. Tampouco devemos achar que há motivos para quem tem depressão se envergonhar e esconder o problema. A depressão é uma doença como tantas outras, sem motivos para se esconder e com real necessidade de tratamento, da mesma forma como são tratadas asma, gastrite, hipertensão etc. Uma vez sob tratamento, a pessoa deprimida tem todas as condições de voltar a ter uma vida normal, capaz de desfrutar do prazer e não enxergar apenas tristeza e falta de perspectiva.

O primeiro passo para sair da depressão, ou de qualquer situação insatisfatória que se vive, é procurar ajuda. Como dito anteriormente, se você perceber os sintomas dessa doença em você ou em algum familiar, procure, entre outros, os serviços oferecidos pelo SEST SENAT. Lembre-se sempre de que a depressão, na maioria dos casos, tem cura, desde que tratada adequadamente SABER SOBRE A DEPRESSÃO E RECONHECÊ-LA COMO DOENÇA É IMPORTANTE NA BUSCA DE CORPO E MENTE SAUDÁVEIS, BEM COMO NUMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA, TANTO DA PESSOA, COMO DA COMUNIDADE.

! IMPORTANTE Uma grande quantidade de Unidades do SEST SENAT oferece serviços e espaços voltados a prática de atividades físicas, buscando assim proporcionar mais qualidade de vida aos seus usuários. Para saber qual a unidade mais próxima e o horário de atendimento, os interessados podem acessar o site www.sestsenat.org.br ou entrar em contato pelo telefone 0800-728-28-91.