Física Geral 21048 Instruções para elaboração deste e-fólio Documento de texto,.doc,.pdf ou.ps; fonte 11 ou 12; espaçamento livre; máximo 6 páginas. Pode incluir desenhos, várias cores e pode inclusive juntar elementos aos desenhos do próprio e-fólio. Para incluir fórmulas pode usar o editor de fórmulas do seu processador de texto ou gerá-las à parte. Entregar até às 23:55 h do dia 27 de janeiro, por via da plataforma. Critérios de correção: (para cada questão as percentagens oscilarão nos intervalos indicados) 20 ± 10% Rigor científico na identificação dos princípios físicos em jogo. 40 ± 10% Rigor científico da colocação do problema em equação. 40 ± 10% Rigor dos cálculos, expressão e (se aplicável) interpretação corretas dos resultados. Este e-fólio tem a cotação máxima de 4 valores. Nos problemas abaixo dê as suas respostas em unidades SI. 1. Duas cargas, e, estão fixas segundo o eixo dos nas posições respetivamente e. Calcule: a. (0,8 val) O trabalho das forças elétricas originadas em e sobre uma terceira carga,, que é trazida de desde o infinito até ao ponto P, de coordenadas. b. (0,8 val) A força eletrostática que as cargas e exercem sobre quando esta está no ponto P. O trabalho realizado sobre pode ser calculado de. Da expressão, vemos que as cargas e causam em um potencial elétrico Aqui significa distância entre o ponto e. Sendo o problema a 2D, esta distância é dada pelo teorema de Pitágoras. Um desenho ajudará a perceber: (A azul claro, a origem do referencial.) Agora é fácil de ver que 0
Substituindo valores na expressão para temos Aplicando finalmente para forças elétricas temos, notando também que e que (por convenção), O valor positivo significa que as cargas 1 e 2 atraem espontaneamente a carga 3. Quanto à força eletrostática sobre, voltemos ao desenho acima e coloquemos nele versores e as forças elétricas: ) ) 0 Aqui e significam respetivamente força que 1 exerce sobre 3 e força que 2 exerce sobre 3 e ( ) raios-vetores unitários (i.e. versores) na direção e sentido de 1 para P (2 para P). Note-se o caráter vetorial de todas estas grandezas! A resolução deste problema só estará correta atendendo a este caráter. Note-se também que forças (e campos) elétricas têm no denominador distâncias ao quadrado, ao passo que nos potenciais (e energia) elétricos essas distâncias não estão ao quadrado. Seja a força que as cargas 1 e 2 exercem sobre a carga 3. Escrevendo a lei de Coulomb na sua forma vetorial,, temos Todos os valores acima são conhecidos, mas a soma dos versores é vetorial. Podemos fazer esta soma separando-a segundo componentes em e : ;. Das definições de seno e co-seno temos Substituindo todos os valores temos finalmente, a 3 AS,
O estudante deve reproduzir o cálculo acima para ganhar prática no manuseio de expressões com grandezas vetoriais. Outra possibilidade é calcular as duas forças em separado e somá-las no fim. 2. Observe o circuito abaixo, que se encontra em estado estacionário. As setas a vermelho representam intensidades de corrente. 24 V I R 2,35 A 3,0 Ω ε 2,0 Ω 2,61 A 7,0 Ω Calcule os valores a. (0,3 val) Da intensidade de corrente I. b. (0,6 val) Da resistência R. c. (0,5 val) Da força eletromotriz (f.e.m.) ε. Em primeiro lugar devemos notar que o circuito tem fontes de alimentação em duas malhas diferentes. Quando assim é, é normalmente necessário recorrer às leis de Kirchhoff para resolver o circuito. Se as fontes estivessem todas na mesma malha, à partida bastaria usar regras de associação (de resistências, condensadores, fontes, etc.). Para calcular a intensidade I basta aplicar a lei dos nós de Kirchhoff ( ). O circuito tem dois nós, e basta aplicar a dita lei num deles, p.ex. no nó superior. Nesse nó temos a corrente I a entrar, uma corrente de 2,35 A a sair e uma terceira corrente, não marcada. Para a marcar, devemos atender ao seguinte: da fonte de alimentação da malha direita sai pelo pólo positivo uma corrente de 2,61 A. Se saem 2,61 A da fonte, têm de entrar nela os mesmos 2,61 A, pelo pólo negativo. Assim, a corrente não marcada é então de 2,61 A, a sair do nó superior. A lei dos nós dá-nos então Note-se a convenção de sinais: + para correntes a entrar no nó, para correntes a sair.
Passemos agora à resistência R. Para a calcular basta aplicar a lei das malhas à malha esquerda ( ). Escolhendo a circulação como indicado na figura vem Note-se a convenção dos sinais para a lei das malhas: (esta convenção de sinais não é a mais intuitiva, mas é a usada pelo livro de texto...) Isolando Correntes: + se a corrente e a circulação têm sentidos opostos, se têm sentidos iguais. F.e.m: + se a circulação entra pelo pólo negativo, se pelo pólo positivo. temos, a 2 AS, Finalmente, a f.e.m. pode ser obtida aplicando a lei das malhas à malha direita. Fazendo novamente a circulação como indicado na figura temos: 3. (1,0 val) Um anel com 160 espiras de 2,50 cm de raio é colocado sob um campo magnético uniforme de 1,35 T. O anel é posto a rodar com frequência f = 45,0 Hz, em torno de um eixo paralelo ao campo magnético (c.f. figura rotação a vermelho, campo magnético a azul). Encontre uma expressão para a f.e.m. induzida no anel, como função do tempo. A f.e.m. pode ser calculada da lei de Faraday para espiras,, com o n.º de espiras e o fluxo magnético através destas. Basta-nos então calcular o fluxo e depois derivar em ordem ao tempo. A expressão geral do fluxo de um campo vetorial através de uma superfície é, com um elemento de área infinitesimal ( vezes o versor unitário perpendicular a essa superfície ( ) (a verde na figura da direita). Num caso geral este integral é complicado de calcular, mas quando o produto interno é constante, a expressão simplifica-se: com a área delimitada por uma espira. Aqui e são constantes; é o co-seno do ângulo que varia no tempo em movimento circular uniforme (i.e. ), com a frequência de rotação indicada no enunciado. Temos pois, assumindo, Substituindo na lei de Faraday e recordando a regra de derivação vem, no SI,
Reintroduzindo unidades temos Note-se que 120 V é a tensão máxima induzida. A tensão eficaz é, i.e. cerca de 85 V.