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Transcrição:

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: MOBILIZAÇÃO SOCIAL E APRENDIZADO POLÍTICO-INSTITUCIONAL NO BRASIL FOOD AND NUTRITIONAL SECURITY: SOCIAL MOBILIZATION AND POLITICAL AND INSTITUTIONAL LEARNING IN BRAZIL Autor(es) Márcio Carneiro dos Reis Filiação Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de São João del-rei (DCECO/UFSJ) E-mail: marcio.reis@ufsj.edu.br Grupo de Pesquisa: PERSPECTIVAS DOS DIVERSOS SISTEMAS AGROALIMENTARES Resumo O objetivo é apresentar os avanços em torno da prática e da reflexão sobre Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, pontuando o processo de mobilização social e o aprendizado técnico e políticoinstitucional ocorridos. Palavras-chave: Sistema agroalimentar, Segurança Alimentar e Nutricional, Experiência democrática, Políticas públicas. Abstract The objective is to present the advances in the practice and reflection on Food and Nutrition Security in Brazil, highlighting the process of social mobilization and the technical and political-institutional learning that took place. Key words: Agrifood system, Food and nutritional security, Democratic experience, Public policies.

1. Introdução As questões as alimentares, para Beach (2016), possibilitam vínculos e alianças entre movimentos da sociedade civil com motes distintos, mas que convergem para a democratização do sistema agroalimentar. Assim, a ação política pode transformar esse poder social em um discurso mais articulado, em pressão política e políticas públicas mais efetivas. No Brasil, entre os avanços ocorridos durante o período 2003-2015, está o fato de que o país saiu do Mapa da Fome em 2014 (FAO, 2015). E é de reconhecimento internacional a importância da noção de Segurança alimentar e nutricional (SAN) para a elaboração de políticas públicas que contribuíram para o alcance dessa conquista (Bojanik, 2016). Posto isto, o objetivo é apresentar os avanços em torno da prática e da reflexão sobre SAN no Brasil, pontuando a confluência entre sistema agroalimentar e o enfoque da SAN, o processo de mobilização social e o aprendizado técnico e político-institucional ocorridos. 2. Sistemas agroalimentares e SAN Para Sekine e Bonamo (2016, p. 1) Na literatura pertinente, o conceito de agroalimentar é empregado para definir o complexo sistema que abrange a produção, distribuição e consumo de produtos agrícolas e alimentícios. Está associada a análises das relações sociais, atores e instituições que caracterizam este setor. (trad. livre). A associação entre sistema agroalimentar e estratégias de combate à fome e à pobreza já estava presente em Castro (1953). O autor elaborou uma abordagem ecológica e sistêmica da questão da alimentação dos povos. Tratava-se de um complexo de manifestações simultaneamente biológicas, econômicas e sociais (Castro, 1953:17). Para o autor, as causas da fome e da desnutrição estão mais ligadas com fenômenos políticos, econômicos e sociais e menos com fenômenos naturais. Decorre disso não apenas a singularidade do caso brasileiro pelo acréscimo do adjetivo nutricional à já tradicional expressão segurança alimentar (SA), como também o duplo caráter que o enfoque da SAN possui: como perspectiva de análise de realidades concretas e como princípio organizador de políticas públicas (Maluf e Reis, 2013).

3. Mobilização social e aprendizado político-institucional O caso da I Conferência Nacional de Segurança Alimentar (I CNSA) é exemplar. Realizada em 1994, foi antecedida de amplo processo de mobilização social em torno da questão alimentar e da conscientização do agravamento da fome no pais. Em 1993 foi fundada a Ação da Cidadania, instituição da sociedade civil com o objetivo de erradicar a fome e a miséria no país. Essa instituição reuniu à época e sob o lema "A fome não pode esperar" um conjunto significativo de pessoas e instituições com o mesmo objetivo. Desencadeou-se então o movimento da Ação da Cidadania, Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida (CONSEA, 1995). Atualmente, o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), que congrega mais de 100 organizações e movimentos sociais, rurais e urbanos, foi fundamental na preparação e realização das conferências nacionais de SAN que ocorreram em 2004, 2007, 2011 e 2015. Essas conferências são precedidas de conferências municipais, regionais ou territoriais, estaduais e do Distrito Federal. Considerando que a participação nas etapas finais, ou seja, nas conferências nacionais girou em torno de 2000 pessoas em cada uma delas, pode-se ter uma ideia da mobilização social ocorrida nas etapas anteriores. Em paralelo, esses movimentos se desdobraram nos anos 1990 na adoção da noção de SAN como referência das políticas nas esferas estaduais e municipais da administração pública. É o que mostraram dois painéis realizados pelo Instituto Pólis em 1998 e 1999. O primeiro relatou e discutiu 27 experiências de políticas municipais de produção agroalimentar (Costa e Maluf, 1999) e o segundo abordou experiências significativas de abastecimento alimentar através de políticas e ações públicas em nível local (Maluf, 1999). 4. Considerações finais Segundo Maluf (2007), a proposição de incorporação do adjetivo nutricional à noção de segurança alimentar surgiu em 1986, no contexto da I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição (I CNAN). Essa Conferência foi realizada juntamente com a 8 a Conferência Nacional da Saúde. Com base em um documento produzido em 1985 por uma equipe de técnicos a convite do

Ministério da Agricultura, a I CNAN propôs a formação de um conselho nacional de alimentação e nutrição, uma correspondente política nacional de alimentação e nutrição e a instituição de um sistema nacional de SAN, formado por conselhos e sistemas nas esferas estadual e municipal. Essa proposta foi retomada em 2003, no início do primeiro Governo Lula pelo CONSEA e pela II CNSAN. Porém, o formato do Conselho e as diretrizes da política eram muito próximas da proposta formulada em 1985 e 1986. Da interlocução mencionada resultou a definição de SAN mundialmente conhecida e que passou a orientar as ações de governo nas áreas sociais em geral. Em 2006, instituiu-se a Lei Orgânica de SAN (Lei 11.346, de 15/09/2006; BRASIL, 2006). Assim, desde uma problemática própria ao sistema agroalimentar, foi-se construindo uma abordagem diferenciada, baseada na noção de SAN. Essa abordagem foi tomando corpo, a partir da convergência entre movimentos sociais, pesquisadores e especialistas em políticas públicas, além de instituições internacionais. Pode-se dizer assim, de acordo com Reis (2018), que um dos aprendizados derivado da análise dessas experiências foi que as políticas de SAN podem atuar simultaneamente sobre diferentes problemas colocados para o desenvolvimento a partir do sistema agroalimentar, em diferentes âmbitos da realidade. Isto confere às políticas púbicas sob esse enfoque um caráter multidisciplinar, multissetorial e multidimensional. Mencionam-se aqui questões relacionadas à democracia e participação social, à relação entre alimentação e saúde; à sustentabilidade ambiental, o respeito à diversidade cultural e à inserção social de grupos marginalizados. 5. Referências bibliográficas Beach, S. 2016. Extending Roots: Building Alliances through Urban Agricultural Initiatives. Paper presented at the XIV World Congress Of Rural Sociology. Toronto, CA. August 10-14. Bojanik, Alan Jorge (Ed.). 2016. Superação da Fome e da Pobreza Rural: Iniciativas Brasileiras. Brasiília-DF. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Brasil Presidência da República. 2006. Lei Nº 11.346, de 15 de Setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Castro, Josué de. 1953. Geografia da Fome. Rio de Janeiro, Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil. CONSEA. 1995. I Conferência Nacional de Segurança Alimentar: Relatório Final. Brasília-DF. Costa, Christiane e Renato Maluf. 2001. Ações Públicas Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional: Diretrizes para uma Política Municipal. Pp. 15-43 in Christiane Costa and Renato Maluf. Diretrizes para uma política municipal de segurança alimentar e nutricional. São Paulo, Instituto Polis. Publicações Polis Número 38. FAO/UN. 2015. Food and Agriculture Organization, United Nations. FAO Hunger Map. Online document. Retrieved at http://www.fao.org/3/a-i4674e.pdf on January 17, 2017. Maluf, Renato. 1999. Ações Públicas Locais de Abastecimento Alimentar. Instituto Polis. Online Document. Retrieved at http://polis.org.br/publicacoes/acoes-publicas-locais-de-abastecimentoalimentar/ on January 17, 2017 Maluf, Renato. 2007. Segurança Alimentar e Nutricional. Rio de Janeiro, Ed. Vozes. Maluf, Renato e Márcio Reis. 2013. Segurança Alimentar e Nutricional na Perspectiva Sistêmica. Pp. 43-68 in Cecília Rocha, Luciene Burlandy e Rosana Magalhães. Segurança Alimentar e Nutricional: Perspectivas, Aprendizados e Desafios para as Políticas Públicas. Rio de Janeiro, Ed. Fiocruz. Reis, Márcio. (2018). Reflecting on Counter-Hegemonic Strategies of Food and Nutritional Security: Notes on the Brazilian Case. In: A. Bonanno, e S. Wolf (Org.). Resistance to the Neoliberal Agrifood Regime: A Critical Analysis. 1ed.New York: Routledge, v.1, p. 95-105. Sekine, Kae e Alessandro Bonanno. 2016. The Contradictions of Neoliberal Agri-Food: Corporations, Resistance and Disasters in Japan. Morgantown, West Virginia University Press.