OBSERVATÓRIO DO PERCURSO PROFISSIONAL DA UTAD

OBSERVATÓRIO DO PERCURSO PROFISSIONAL DA UTAD O. Enquadramento A recente evolução do ensino superior português e a sua adequação ao espaço europeu implica desafios adicionais, cujo sucesso depende da sua capacidade de apreender o espírito da mudança e de se adaptar às novas exigências, as quais passam pela definição de sistemas de gestão da qualidade que integrem o sucesso educativo, a qualidade pedagógica e a empregabilidade. Por motivos de natureza múltipla, uma mudança como a presente acarreta o desenvolvimento de práticas de avaliação que considerem esforços permanentes de melhoria contínua, essenciais para a formação dos estudantes e a sua preparação para o mercado de trabalho. A adopção de mecanismos de garantia e de promoção da qualidade, a implementação de sistemas de avaliação e de acreditação generalizada e periódica, a dimensão internacional e a ligação das instituições ao mercado do trabalho são algumas das sugestões que têm sido apontadas em relatórios produzidos por organismos internacionais, como é o caso da Associação Europeia de Universidades. Trata-se de uma matéria que tem vindo a merecer especial atenção por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, como comprovam a publicação do relatório sobre A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior e mais recentemente a divulgação dos dados sobre a empregabilidade da oferta educativa em Portugal. Neste contexto, a UTAD criou o Observatório do Percurso Profissional dos seus licenciados que tem como missão principal o acompanhamento da actividade profissional dos antigos alunos da instituição. Num primeiro momento, foi analisado o percurso profissional dos licenciados da UTAD no período compreendido entre 1998 e 2002, evidenciando as principais preocupações relacionadas com a sua inserção no mercado de trabalho. No entanto, este período de análise deverá ser ampliado aos anos mais recentes, de forma a reunir informação adicional para apoiar a definição de futuras políticas e estratégias educativas. Este trabalho foi concebido com o objectivo de conhecer o percurso profissional dos diplomados da UTAD, os aspectos relacionados com a empregabilidade e a adequação e aplicabilidade da formação recebida, tendo por base alguns termos utilizados internacionalmente. Por outro lado, considera determinadas linhas orientadoras que contribuem para o exercício da avaliação e reforça a crescente cultura generalizada de 2

avaliação da qualidade. Trata-se de uma operação sustentada na recolha de dados por indivíduo, entre os licenciados da UTAD no período em análise, que permite uma avaliação e acompanhamento constante de um dos principais desafios que a sociedade coloca à Universidade. O presente relatório reúne informação básica sobre a situação actual dos licenciados perante o emprego, considerando o tipo de emprego, o número de empregos que tiveram até à data, as funções profissionais desempenhadas, o vínculo contratual, o tempo de permanência no emprego e a remuneração auferida, bem como a estratégia seguida para a obtenção do emprego. Em paralelo, considera os principais factores que favoreceram a obtenção de emprego, os motivos que determinaram a eventual mudança de emprego e o seu grau de satisfação. A opinião dos licenciados sobre o curso e o conhecimento das suas necessidades formativas num quadro de aprendizagem ao longo da vida, associadas aos principais aspectos que devem ser reforçados ou alterados no curso que frequentou, são outros indicadores considerados que podem contribuir para uma discussão mais alargada que se traduza numa melhoria da qualidade do ensino e da oferta educativa da Universidade. Trata-se de um documento de trabalho em progresso que pode ser sujeito a contínuas melhorias e actualizações, incluindo futuramente as reflexões dos actores internos envolvidos na estratégia educativa e integrar eventuais interpretações e perspectivas diferentes sobre os resultados obtidos. Em paralelo, pode constituir um referencial a considerar em estudos posteriores neste âmbito e no desenvolvimento de orientações operacionais mais eficazes que permitam construir com maior clareza e solidez uma visão estratégica do futuro da instituição. A informação apresentada no relatório, na forma de quadros estatísticos, encontra-se estruturada em sectores fundamentais: a situação perante o emprego, incluindo o percurso profissional, a opinião sobre o curso e a aprendizagem ao longo da vida, sendo que o principal objectivo foi o de avaliar o impacto da oferta educativa na sociedade e as questões relativas à inserção e ao percurso profissional dos diplomados no mercado de trabalho. Sem prejuízo de outras análises mais detalhadas os dados são acompanhados de umas breves notas. 3

1. Nota técnica e metodológica Este estudo constitui uma base essencial de informação para a construção dos principais indicadores que integram o Observatório do Percurso Profissional dos Licenciados da UTAD, seguindo procedimentos metodológicos adoptados por instituições de referência no âmbito de estudos de natureza censitária. O universo de inquiridos incluiu os diplomados na UTAD que concluíram a sua Licenciatura no período lectivo compreendido entre 1998 e 2002, num total de 3795. Num primeiro momento, o processo exigiu uma actualização dos dados e das moradas dos diplomados que constituíam o universo a inquirir, o qual se revelou insuficiente face ao número de inquéritos devolvidos. Quanto ao suporte e instrumentos de inquirição, importa frisar que o inquérito foi disponibilizado em suporte de papel, garantindo a confidencialidade dos dados e o anonimato, tendo sido enviado por via postal. O questionário foi distribuído em 2007, tendo o tratamento da informação sido efectuado no início de 2008. Os dados recolhidos foram agrupados numa única base de dados e, posteriormente, tratados através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). 2.Caracterização da amostra Quanto à constituição do universo e taxa de resposta, esta operação de inquérito agrupou os inquiridos em quatro áreas científicas: Agrárias, e Tecnologias, Empresariais e Ensino. Do conjunto de inquiridos, obtiveram-se 876 respostas validadas, o que corresponde a uma taxa de resposta de 23%, tendo sido superior a 20% em todas as áreas científicas consideradas no estudo. Quadro 1 Taxa de resposta por área científica. Área Número Taxa de resposta (%) Agrárias 1214 25% e Tecnologias 227 30% Empresariais 286 26% Ensino 2064 21% Total 3791 23% 4

Ensino 49% Agrárias 35% Empresariais 8% e Tecnologias 8% Gráfico 1 - Distribuição das respostas validadas por área científica. Apresentam-se alguns dados sobre o género, grupo etário, distribuição geográfica, entre outros aspectos, com o objectivo de caracterizar os respondentes ao inquérito e de enquadrar a informação. A maior parte dos licenciados são do sexo feminino, à excepção da área das e Tecnologias e integram-se no escalão etário situado entre os 30 e 35 anos de idade. Quanto à área geográfica, a maior parte dos licenciados são oriundos dos distritos da Região Norte, com predominância para Vila Real, Porto e Braga. Quadro 2 Distribuição por género. Área Masculino Feminino Agrárias 40.7 59.3 e Tecnologias 70.6 29.4 Empresariais 43.8 56.2 Ensino 29.8 70.2 Total (%) 37.9 62.1 Quadro 3 Distribuição por grupo etário. Área 26-30 31-35 36-40 41-45 + 45 Agrárias 23.7 66.3 10.0 - - e Tecnologias 38.5 56.9 4.5 - - Empresariais 41.1 44.2 10.3 4.4 - Ensino 46.2 43.6 7.9 1.9 0.9 Total (%) 37.9 52.5 8.4 1.3 0.5 5

Outros Distritos 16% Viana do Castelo 4% Lisboa 4% Bragança 5% Aveiro 7% Viseu 7% Vila Real 28% Porto 19% Braga 11% Gráfico 2 - Distribuição dos licenciados por área geográfica. O número de inquéritos validados foi superior nos licenciados em anos mais recentes (Quadro 4) e que estão há menos tempo no mercado de trabalho (Quadro 6). Uma parte significativa terminou o curso no período previsto no plano curricular (42,8%), tendo cerca de 24,4% necessitado de mais um ano. Quadro 4 Distribuição dos licenciados por ano de conclusão do curso. Área 1998 1999 2000 2001 2002 Agrárias 12.8 21.0 19.7 21.3 25.2 e Tecnologias 4.5 13.4 16.4 25.4 40.3 Empresariais 13.7 17.8 23.3 20.5 24.7 Ensino 10.0 14.2 22.4 23.8 29.6 Total (%) 10.9 16.8 21.1 22.8 28.5 Quadro 5 Tempo necessário para a conclusão do curso. Área <N N N+1 N+2 >N+2 Agrárias 1.0 13.7 36.6 22.9 20.6 e Tecnologias 1.5 36.8 25.0 13.2 16.2 Empresariais 2.7 61.6 13.7 5.5 8.2 Ensino 2.1 61.5 17.5 5.8 8.6 Total (%) 1.6 42.8 24.4 12.5 13.1 6

21-25 anos 69% Mais de 35 anos 1% 31-35 anos 4% 26-30 anos 26% Gráfico 3 - Distribuição dos licenciados por escalão etário. Quadro 6 Tempo no mercado de trabalho. Área 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos Agrárias 25.2 21.2 19.6 20.9 12.7 e Tecnologias 39.7 25.0 16.2 13.2 4.4 Empresariais 24.7 20.5 23.3 17.8 13.7 Ensino 29.6 23.8 22.4 14.2 10.0 Total (%) 28.4 22.7 21.0 16.8 10.8 2.Situação perante o emprego Numa perspectiva geral, mais de 90% dos diplomados está empregado, sendo que os valores mais elevados de empregabilidade (superior a 97%) se registaram nas áreas das ciências e tecnologias e das ciências empresariais. Outro dado que merece uma nota positiva centra-se no facto de mais de 72% dos empregados se encontrarem no primeiro e/ou segundo emprego, o que é um indicador de estabilidade. De igual modo, é relevante a relação estreita observada entre as funções desempenhadas no emprego com as competências adquiridas no curso, em todas as áreas científicas consideradas (Quadro 9). 7

Empregados 91% Desempregados 9% Gráfico 4 - Distribuição dos licenciados segundo a situação profissional. 91% 97% 97% 89% 10% 3% 3% 11% Agrárias e Tecnologias Empresariais Ensino Empregados Desempregados Gráfico 5 - Distribuição dos licenciados segundo a situação profissional e área de formação. Quadro 7 Distribuição dos licenciados segundo o número de empregos. Área 1º emprego 2º emprego 3º emprego 4º emprego 5º emprego 6º emprego Agrárias 28.9 28.9 21.7 11.9 5.1 2.2 e Tecnologias 33.3 33.3 16.7 13.6-3.0 Empresariais 28.2 38.0 15.5 7.0 7.0 4.2 Ensino 68.1 17.8 7.6 2.6 1.6 1.0 Total (%) 48.1 24.7 13.9 7.2 3.1 1.9 8

Quadro 8 Distribuição dos licenciados por curso e situação profissional. Curso Empregados Total Economia 100 2.2 Educação Física e Desporto 99 11.6 Educação de Infância 83 4.6 Engenharia Agrícola 85 7.5 Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais 94 4.1 Engenharia Civil 96 5.3 Engenharia Electrotécnica 100 0.3 Engenharia Florestal 90 5.9 Engenharia Mecânica 100 2.2 Engenharia Zootécnica 87 5.4 Enologia 91 2.5 Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico 86 9.1 Ensino de Biologia e Geologia 92 7.4 Ensino de Física e Química 88 1.8 Ensino de Inglês e Alemão 82 3.2 Ensino de Matemática 96 2.7 Ensino de Português e Francês 68 3.9 Ensino de Português e Inglês 93 4.6 Gestão 95 2.2 Medicina Veterinária 95 9.5 Trabalho Social 100 0.1 Gestão Agrária 97 3.9 TOTAL 91 100 48% 25% 14% 7% 3% 2% 1% 1º emprego 2º emprego 3º emprego 4º emprego 5º emprego 6º emprego outro emprego Gráfico 6 - Distribuição dos licenciados segundo o tipo de emprego actual. 9

Quadro 9 Relação entre as funções desempenhadas e a formação adquirida no curso. Área 1º emprego Emprego actual Agrárias 81.7 81.6 e Tecnologias 91.2 93.9 Empresariais 78.1 87.3 Ensino 87.9 89.3 Total (%) 85.2 86.8 A análise da perspectiva dos diplomados que se encontram no desemprego, revela que até ao momento a maior parte já teve um ou dois empregos, independentemente do número de anos em que se encontram no mercado de trabalho. 20 % de inquiridos empregados 15 10 5 0 5 6 7 8 9 Nº anos no mercado de trabalho 1º emprego 2º emprego 3º emprego 4º emprego 5º emprego 6º emprego outro emprego Gráfico 7 - Tempo no mercado de trabalho e tipo de emprego dos licenciados empregados. 43% 24% 15% 6% 5% 3% 1 emprego 2 empregos 3 empregos 4 empregos 5 empregos 6 empregos Gráfico 8 - Número de empregos dos licenciados no desemprego. 10

20 % de inquiridos desempregados 15 10 5 1 emprego 2 emprego 3 emprego 4 emprego 5 emprego 6 emprego 0 5 6 7 8 9 Nº anos no mercado de trabalho Gráfico 9 - Tempo no mercado de trabalho e número de empregos dos licenciados actualmente no desemprego. Os Quadros 10 a 14 apresentam informação (em termos percentuais) sobre o vínculo contratual, o tempo de permanência no emprego e a remuneração mensal. Neste plano merece realce a importância do contrato permanente no emprego actual e dos contratos a prazo no primeiro emprego; quanto ao tempo de permanência no emprego, de registar que uma parte significativa dos empregados (65,9%) está no emprego actual há mais de 3 anos, sendo este valor inferior no primeiro emprego (32,1%). O conhecimento pessoal é o meio mais representativo para a obtenção de emprego, sendo a resposta a anúncios e o contacto directo com os empregadores vias muito úteis. O papel da Universidade, através da sua unidade de inserção na vida activa é mais relevante na obtenção do primeiro emprego. Contrato permanente 51% Contrato a prazo 29% Prestação de serviços 10% Trabalhador por conta própria 6% Outro 3% Gráfico 10 - Vínculo contratual no emprego actual. 11

Quadro 10 Vínculo contratual. Quadro 11 Tempo de permanência no emprego. Vínculo contratual Área 1º emprego Emprego actual Agrárias 22.9 49.1 Contrato permanente e Tecnologias 45.6 68.2 Empresariais 32.9 60.6 Ensino 23.8 47.0 Total 25.9 50.7 Agrárias 28.8 20.2 Contrato a prazo e Tecnologias 35.3 21.2 Empresariais 38.4 23.9 Ensino 53.1 36.6 Total 42.0 28.5 Agrárias 30.7 13.4 Prestação de serviços e Tecnologias 14.7 6.1 Empresariais 16.4 8.5 Ensino 12.4 9.1 Total 19.3 10.3 Agrárias 16.3 0.7 Estágio e Tecnologias 19.1 - Empresariais 15.1 1.4 Ensino 7.9 0.5 Total 12.3 0.6 Agrárias 4.2 0.7 À experiência e Tecnologias 2.9 - Empresariais 5.5 1.4 Ensino 0.5 - Total 2.4 0.4 Agrárias 2.3 13.7 Trabalhador por conta e Tecnologias - 1.5 própria Empresariais 2.7 5.6 Ensino 0.2 1.8 Total 1.1 6.3 Agrárias 3.6 2.2 Outro e Tecnologias 1.5 1.5 Empresariais - - Ensino 0.5 1.3 Total 1.6 1.5 Período Área 1º emprego Emprego actual Agrárias 16.7 5.4 Menos de 6 meses e Tecnologias 14.7 6.1 Empresariais 23.3 5.6 Ensino 13.1 3.4 Total 15.3 4.5 Agrárias 22.9 7.2 De 6 a 12 meses e Tecnologias 16.2 10.6 Empresariais 23.3 5.6 Ensino 44.8 11.5 Total 33.1 9.4 Agrárias 17.6 10.8 De 12 a 24 meses e Tecnologias 14.7 13.6 Empresariais 12.3 11.3 Ensino 4.9 4.4 Total 10.7 8.0 Agrárias 6.5 10.1 De 24 a 36 meses e Tecnologias 10.3 4.5 Empresariais 9.6 7.0 Ensino 4.4 5.2 Total 6.1 7.0 Agrárias 36.3 62.8 Mais de 36 meses e Tecnologias 42.6 57.6 Empresariais 30.1 64.8 Ensino 27.7 69.7 Total 32.1 65.9 12

Quadro 12 Remuneração mensal. Período Área 1º emprego Emprego actual Agrárias 15.4 4.7 Menos de 500 e Tecnologias 4.4 - Empresariais 16.4 1.4 Ensino 13.3 6.8 Total 13.6 5.0 Agrárias 30.7 11.6 De 500 a menos de e Tecnologias 27.9 1.5 750 Empresariais 34.2 15.5 Ensino 24.7 10.7 Total 24.7 10.7 Agrárias 27.1 26.4 De 750 a menos de e Tecnologias 22.1 18.2 1000 Empresariais 16.4 25.4 Ensino 33.6 23.5 Total 29.0 24.2 Agrárias 18.3 42.2 De 1000 a menos de e Tecnologias 33.8 48.5 1500 Empresariais 13.7 29.6 Ensino 23.1 50.7 Total 21.5 45.7 Agrárias 4.2 7.2 De 1500 a menos de e Tecnologias 7.4 15.2 2000 Empresariais 11.0 18.3 Ensino 1.4 2.9 Total 3.7 6.8 Agrárias 1.0 2.9 Mais de 2000 e Tecnologias 1.5 15.2 Empresariais - 5.6 Ensino 0.7 1.6 Quadro 13 Tempo de espera na procura do emprego. Total 0.8 3.5 Período Área Até ao 1º emprego Até actual emprego Agrárias 34.3 10.1 Antes do fim do Curso e Tecnologias 41.2 15.2 / Menos de 1 mês Empresariais 31.5 9.9 Ensino 17.9 8.4 Total 26.6 9.7 Agrárias 26.5 52.0 Mais ou menos 1 mês e Tecnologias 41.2 63.6 Empresariais 31.5 63.4 Ensino 48.0 58.7 Total 38.6 57.2 Agrárias 25.2 15.9 Mais ou menos meio e Tecnologias 14.7 7.6 ano Empresariais 27.4 14.1 Ensino 19.6 10.7 Total 21.8 12.5 Agrárias 8.8 9.0 Mais ou menos 1 ano e Tecnologias 2.9 3.0 Empresariais 8.2 5.6 Ensino 6.8 5.0 Total 7.3 6.3 Mais de 1 ano Agrárias 4.9 5.8 e Tecnologias - 3.0 Empresariais - - Ensino 3.7 4.7 Total 3.5 4.5 13

Quadro 14 Estratégias usadas para a obtenção do emprego. Período Área 1º emprego Emprego actual Agrárias 15.4 15.9 Resposta a anúncios e Tecnologias 14.7 18.2 Empresariais 6.8 12.7 Ensino 7.0 6.5 Total 10.5 11.3 Agrárias 1.3 4.3 Aviso no Diário da e Tecnologias 1.5 - República Empresariais 5.5 14.1 Ensino 17.0 21.1 Total 9.4 12.9 Agrárias 47.7 37.9 Conhecimentos e Tecnologias 41.2 37.9 pessoais Empresariais 45.2 36.6 Ensino 16.1 12.5 Total 31.5 25.6 Agrárias 17.0 17.3 Contacto directo com e Tecnologias 22.1 22.7 os empregadores Empresariais 26.0 22.5 Ensino 6.8 9.1 Total 13.1 14.3 Agrárias 4.2 3.2 Inscrição nas e Tecnologias 7.4 6.1 empresas ou Empresariais 6.8 2.8 organismos Ensino 8.2 7.8 Total 6.6 5.6 Agrárias 2.0 1.4 Inscrição no Centro de e Tecnologias 4.4 3.0 Emprego Empresariais - - Ensino 3.0 2.1 Total 2.5 1.8 Por intermédio da Universidade Agrárias 4.2 2.9 e Tecnologias 7.4 3.0 Empresariais 5.5 1.4 Ensino 4.2 0.8 Total 4.6 1.8 Concurso Ministério Ensino 27.0 29.8 Total 13.2 14.3 Agrárias 6.2 11.9 Outra e Tecnologias 1.5 9.1 Empresariais 2.7 9.9 Ensino 3.0 2.3 Total 4.0 6.9 Entre os aspectos favoráveis para a obtenção do emprego salientam-se a especificidade do curso, o relacionamento social, a nota final do curso e a importância do estágio curricular. Pelo contrário, como factor desfavorável foi salientada a crise do emprego, embora a falta da experiência também assuma particular significado. A realização profissional foi o principal motivo que contribuiu para a mudança de emprego, sendo a remuneração, a estabilidade e a perspectiva de progressão na carreira profissional outros aspectos que merecem relevância. 14

Quadro 15 Factores favoráveis ou preponderantes na obtenção do emprego. Factores Agrárias Tecnologias Empresariais Ensino Boa formação teórica do curso 13.4 10.3 16.4 9.3 11.4 Boa formação prática do curso 14.1 11.8 8.2 9.8 11.3 Estágio 35.6 8.8 8.2 29.1 28.1 Curso específico 29.1 42.6 28.8 38.7 34.8 Actividades extracurriculares 19.3 7.4 21.9 6.8 12.4 Grau de diplomado 20.9 33.8 28.8 33.8 28.9 Nota final de curso 13.7 13.2 16.4 62.9 38.0 Bom relacionamento social 48.7 39.7 45.2 20.0 33.7 Possibilidade de exercer diversas actividades 37.9 39.7 49.3 11.7 26.1 Acções desenvolvidas pela UTAD 1.3 - - 1.4 1.1 Prestígio da UTAD 7.8 1.5-2.6 4.1 Gabinete de Saídas Profissionais da UTAD 0.3-1.4 0.2 0.3 Nenhum em particular 9.8 2.9 15.1 5.4 7.5 Outro 9.8 7.4 4.1 6.3 7.4 Total Quadro 16 Factores desfavoráveis na obtenção do emprego. Factores Agrárias Tecnologias Empresariais Ensino Desconhecimento do curso 9.2 11.8 26.0 0.5 6.5 Falta de empregos 37.6 20.6 16.4 40.6 36.0 Formação insuficiente 4.2 1.5 2.7 2.6 3.1 Falta de experiência 26.1 25.0 28.8 6.1 16.4 Curso muito teórico 13.7 7.4 11.0 5.8 9.1 Falta de reconhecimento pelas Associações Profissionais 7.2 5.9 1.4 2.1 4.1 Curso não adaptado à realidade 16.3 5.9 15.1 9.1 11.9 Curso muito específico 5.2-1.4 7.7 5.7 Preferência pelo sexo oposto 8.8 7.4 4.1 0.5 4.2 Falta de apoio da UTAD 16.0 13.2 31.5 6.8 12.6 Nenhum em particular 23.2 29.4 27.4 32.4 28.5 Outro 5.6 10.3 2.7 5.6 5.7 Total 15

Quadro 17 Factores que contribuíram para a mudança de emprego. Factores Agrárias Tecnologias Empresariais Realização profissional 45.8 48.5 54.8 21.0 34.6 Remuneração 33.3 32.4 38.4 15.2 24.8 Adequação da formação às tarefas que desempenha 10.5 5.9 13.7 8.6 9.5 Estabilidade do emprego 31.0 20.6 21.9 22.4 25.2 Perspectivas de progressão na carreira profissional 31.4 45.6 38.4 17.2 26.1 Perspectivas de melhoria salarial 22.5 27.9 31.5 10.3 17.7 Actualização de conhecimentos/ desenvolvimento profissional 23.2 41.2 21.9 10.0 18.0 Ambiente sócio-profissional 15.0 16.2 15.1 5.8 10.6 Localização do emprego 20.3 14.7 15.1 18.2 18.4 Horário laboral 8.8 7.4 5.5 5.4 6.7 Prestígio social 5.2 10.3 4.1 4.4 5.1 Outro 9.8 4.4 5.5 29.4 18.6 Ensino Total Realização profissional 35% Perspectivas de progressão na carreira profissional Estabilidade do emprego Salário/Remuneração 25% 25% 26% Outro Localização do emprego Actualização de conhecimentos/desenvolvimento profissional Perspectivas de melhoria salarial 19% 18% 18% 18% Ambiente sócio-profissional Adequação da formação às tarefas desempenhadas 10% 11% Horário Laboral 7% Prestígio social 5% Gráfico 11 - Motivos que contribuíram para a mudança de emprego. A análise do Quadro 18 revela bons resultados ao nível do grau de satisfação dos inquiridos relativamente ao emprego actual, em particular, no plano da realização profissional, da remuneração e da adequação da formação às tarefas que desempenham. Os domínios da actualização de conhecimentos e do desenvolvimento profissional também merecem uma avaliação positiva. 16

Quadro 18 Grau de satisfação relativamente ao emprego actual. Período Área Insatisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Muito satisfeito Agrárias 3.6 11.9 50.2 33.6 Realização e Tecnologias 1.5 7.6 45.5 42.4 profissional Empresariais 4.2 16.9 54.9 23.9 Ensino 4.2 15.4 51.4 27.9 Total 3.8 13.7 50.8 30.7 Agrárias 4.7 30.0 57.8 6.9 Remuneração e Tecnologias - 22.7 59.1 15.2 Empresariais 7.0 23.9 59.2 9.9 Ensino 10.7 34.5 47.8 6.0 Total 7.4 31.0 53.2 7.4 Adequação da Agrárias 7.9 23.8 52.3 14.8 formação às tarefas e Tecnologias 3.0 16.7 63.6 13.6 que desempenha Empresariais 5.6 26.8 54.9 12.7 Ensino 5.0 12.0 56.1 25.3 Total 5.9 17.8 55.3 19.6 Agrárias 14.4 15.9 43.0 26.4 Estabilidade do e Tecnologias 1.5 12.1 50.0 33.3 emprego Empresariais 9.9 16.9 47.9 25.4 Ensino 26.1 20.9 34.2 17.8 Total 18.6 18.1 39.8 22.7 Perspectivas de Agrárias 13.4 27.1 46.2 11.6 progressão na carreira e Tecnologias - 22.7 47.0 25.8 profissional Empresariais 15.5 19.7 52.1 12.7 Ensino 32.6 38.1 22.5 5.5 Total 21.7 31.4 35.4 9.9 Agrárias 11.9 36.8 39.7 9.7 Perspectivas de e Tecnologias - 28.8 53.0 13.6 melhoria salarial Empresariais 12.7 26.8 52.1 8.5 Ensino 29.2 48.6 16.7 4.2 Total 19.3 40.9 30.9 7.3 Actualização de Agrárias 6.9 21.3 49.1 21.7 conhecimentos/ e Tecnologias 3.0 7.6 66.7 19.7 desenvolvimento Empresariais 4.2 23.9 56.3 15.5 profissional Ensino 3.4 24.0 61.1 10.2 Total 4.6 21.7 57.0 15.4 Agrárias 2.2 9.0 56.3 31.0 Ambiente sócioprofissional Empresariais 1.4 15.5 64.8 18.3 e Tecnologias 1.5 4.5 63.6 27.3 Ensino 2.6 10.7 60.1 25.1 Total 2.3 10.0 59.5 26.7 Agrárias 2.2 9.7 43.3 43.3 Localização do e Tecnologias 1.5 12.1 53.0 30.3 emprego Empresariais 4.2 11.3 54.9 29.6 Ensino 14.1 16.4 33.7 34.5 Total 8.0 13.3 40.5 36.8 Agrárias 2.9 10.8 51.6 33.6 Horário laboral e Tecnologias 4.5 10.6 62.1 18.2 Empresariais 1.4 9.9 60.6 28.2 Ensino 5.7 13.6 55.6 23.5 Total 4.3 12.0 55.2 27.0 Agrárias 2.5 12.3 58.8 24.5 Prestígio social e Tecnologias 1.5 6.1 66.7 22.7 Empresariais 8.5 11.3 63.4 16.9 Ensino 18.0 28.7 43.6 7.6 Total 10.4 19.6 52.6 15.6 17

Insatisfeito Satisfeito Ambiente sócio-profissional Horário laboral Realização profissional Localização do emprego Adequação da formação às tarefas desempenhadas Desenvolvimento profissional Prestígio social Estabilidade do emprego Remuneração Perspectivas de progressão na carreira profissional Perspectivas de melhoria salarial 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Gráfico 12 - Grau de satisfação com o emprego actual. A maioria dos licenciados exerce a sua actividade profissional na Região Norte, sendo que 18% se manteve em Vila Real. A proporção de licenciados que se deslocaram para o estrangeiro é muito reduzida (2%). Vila Real 18% Outros Distritos 19% Braga 10% Porto 22% Lisboa 7% Viseu 6% Aveiro 6% Açores e Madeira 5% Bragança 5% Estrangeiro 2% Gráfico 13 - Localização do emprego actual. 18

Ensino Básico Ensino Secundário Área Agrária Ensino Superior Ministérios Públicos Construção e Engenharia Câmaras Municipais Clínica Veteninária Outras áreas Comércio e Serviço Associações/Cooperativas Formação e estudos Finanças / Contabilidade Jardins de Infância Instituições de Solidariedade Social Desporto e Aventura Outras Empresas Públicas Centros Hospitalares e Saúde Hotelaria/Turismo Forças Armadas/Autoridades Policiais 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20% Gráfico 14 - Área de actividade do emprego actual. 3. Opinião sobre o curso e aprendizagem ao longo da vida Quanto à opinião sobre o curso, o gosto pessoal foi o factor determinante na escolha do curso, embora as saídas profissionais e a localização também assumam um papel importante. A qualidade científica e pedagógica do curso, a formação teórica e prática do curso, a adequação às expectativas e exigências profissionais foram satisfatórias. No entanto, existem alguns aspectos que devem ser objecto de melhoria, designadamente no plano da componente prática, do apoio no domínio da inserção activa, em particular, ao nível dos estágios. Um número expressivo de licenciados recorre ao apoio da UTAD com diversas finalidades, sendo privilegiado o contacto com os docentes e a utilização de recursos bibliográficos e de serviços. 19

Quadro 19 Factores determinantes na escolha do curso. Factores Agrárias Tecnologias Empresariais Ensino Gosto pessoal 86.3 80.9 65.8 93.2 87.6 Curso c/ saídas profissionais 23.2 64.7 23.3 26.8 28.2 Qualidade vida académica e convívio 9.5 7.4 13.7 13.5 11.6 Localização 26.5 33.8 35.6 27.5 28.3 Curso c/ boa componente teórica 6.9 2.9 4.1 12.1 8.9 Curso c/ boa componente prática 19.6 5.9 1.4 15.4 15.0 Médias de entrada acessíveis 23.2 22.1 34.2 21.2 23.1 Quadro 20 Avaliação do curso. Período Área Insatisfatório Pouco satisfatório Satisfatório Muito satisfatório Agrárias 0.3 12.4 77.8 8.8 Qualidade pedagógica e Tecnologias - 7.4 80.9 11.8 Empresariais 2.7 19.2 71.2 6.8 Ensino 1.9 9.8 71.6 16.6 Total 1.3 11.3 74.4 12.7 Agrárias 0.7 11.1 71.2 16.7 Qualidade científica e Tecnologias - 10.3 79.4 10.3 Empresariais 2.7 21.9 71.2 4.1 Ensino 0.7 8.6 67.4 22.4 Total 0.8 10.7 70.0 17.9 Formação teórica Agrárias 0.7 8.2 74.2 17.0 e Tecnologias - 7.4 77.9 14.7 Empresariais - 13.7 78.1 8.2 Ensino 0.7 6.3 69.9 22.6 Total 0.6 7.6 72.7 18.8 Agrárias 10.1 39.5 35.3 15.0 Formação prática e Tecnologias 2.9 42.6 44.1 10.3 Empresariais 16.4 41.1 38.4 4.1 Ensino 4.7 26.8 47.6 19.8 Total 7.4 33.7 42.2 16.1 Contacto com a realidade exterior Agrárias 25.2 44.4 27.8 2.3 e Tecnologias 8.8 70.6 19.1 1.5 Empresariais 23.3 53.4 19.2 4.1 Ensino 10.0 32.4 44.1 12.6 Total 16.3 41.3 34.4 7.4 Agrárias 25.2 46.4 25.8 2.6 Divulgação no e Tecnologias 14.7 47.1 35.3 2.9 mercado de trabalho Empresariais 39.7 45.2 15.1 - Ensino 9.1 23.8 56.2 7.5 Total 17.7 35.3 40.5 4.8 Adequação às Agrárias 11.8 37.3 46.1 4.2 necessidades actuais e Tecnologias - 16.2 72.1 11.8 Empresariais 6.8 38.4 52.1 2.7 Ensino 13.5 26.6 51.5 7.2 Total 11.3 30.5 51.3 6.2 Agrárias 11.1 27.5 51.3 9.5 Adequação às suas e Tecnologias 1.5 8.8 80.9 8.8 expectativas iniciais Empresariais 8.2 23.3 64.4 4.1 Ensino 9.3 19.8 57.8 12.6 Total 9.2 21.9 57.9 10.5 Adequação às exigências profissionais Agrárias 10.1 32.0 51.0 5.9 e Tecnologias - 22.1 63.2 14.7 Empresariais 5.5 34.2 57.5 2.7 Ensino 6.8 18.9 61.1 12.4 Total 7.3 25.0 57.4 9.5 Total 20

Quadro 21 Aspectos do plano do curso que deveriam ser reforçados. Aspectos/Áreas Agrárias Tecnologias Empresariais Ensino Componente teórica 12.4 13.2 12.3 21.0 16.7 Componente prática 78.4 76.5 80.8 73.0 75.8 Criar novas disciplinas 34.0 27.9 20.5 45.9 38.2 Desenvolver disciplinas específicas 57.2 50.0 35.6 42.9 47.8 Desenvolver disciplinas básicas 4.9 7.4 6.8 15.4 10.4 Alterar unidades curriculares 42.5 33.8 41.1 53.8 47.3 Apoio aos estágios 61.1 39.7 54.8 53.4 55.1 Contacto com o mundo empresarial 84.3 91.2 93.2 26.1 57.1 Nenhum em particular 0.3 - - 0.7 0.5 Outro 4.6 10.3 6.8 4.7 5.3 Total Quadro 22 Participação em programas de mobilidade internacional. Área Participou Não participou S/ resp Agrárias 12.1 85.9 2.0 e Tecnologias - 95.6 4.4 Empresariais 5.5 91.8 2.7 Ensino 6.3 88.6 5.1 Total 7.8 88.5 3.8 Quadro 23 Participação noutros tipos de oferta educativa após a conclusão do curso. Área % participantes Agrárias 55.9 e Tecnologias 58.8 Empresariais 68.5 Ensino 43.6 Total 51.1 Quadro 24 Tipos de oferta educativa que frequentou após a conclusão do curso. Área Pós-graduação Mestrado Outra Agrárias 42.1 36.3 46.8 e Tecnologias 45.0 12.5 55.0 Empresariais 46.0 38.0 36.0 Ensino 34.2 47.1 33.7 Total 39.5 38.8 40.8 21

Quadro 25 Fins para os quais já recorreu à UTAD após a conclusão do curso. Fins/Áreas Agrárias Tecnologias Empresariais Ensino Contacto com docentes 43.8 27.9 17.8 31.5 34.4 Documentação 28.8 14.7 17.8 28.0 26.4 Utilização de recursos informáticos 2.6 1.5 4.1 6.5 4.6 Serviços à comunidade 2.3 1.5 4.1 3.5 3.0 Participação em projectos 8.5 2.9 6.8 6.5 7.0 No exercício da sua actividade profissional 24.5 14.7 23.3 16.6 19.7 Contacto com o Gabinete Saídas Profissionais da UTAD 5.6 4.4 8.2 0.2 3.1 Frequência de Cursos de Formação 11.8 2.9 2.7 7.7 8.3 Frequência de Cursos de Pós-graduação 4.9 4.4 11.0 9.3 7.5 Outro 10.8 5.9 17.8 13.3 12.2 Total 22