Bebidas alcoólicas o que são e quais os seus efeitos

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Transcrição:

Alcoolismo

Apresentação O alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde no Brasil e em todo o mundo. E deve ser tratado como a doença que é. Além de afetar a vida profissional, o alcoolismo prejudica o dia a dia do trabalhador junto à família, entre os amigos e colegas. Mas esse é um problema com solução. Como toda doença, o alcoolismo tem sintomas fáceis de identificar, o que pode levar ao diagnóstico e ao tratamento. E o combate ao alcoolismo no setor do transporte é fundamental porque pode ajudar a reduzir riscos para o trabalhador, seus colaboradores, passageiros e toda a comunidade. Temos, então, um papel muito importante nessa cruzada em defesa da vida. E esta apresentação deve funcionar como uma ferramenta poderosa para nos auxiliar.

Bebidas alcoólicas o que são e quais os seus efeitos Há uma enorme variedade de bebidas alcoólicas vendidas no Brasil; algumas são mais fortes e outras, mais fracas. O que todas têm em comum é uma substância chamada álcool etílico. Também conhecido como etanol, o álcool etílico é considerado uma droga lícita na maior parte do mundo, incluindo o Brasil. Ele causa dois efeitos principais sobre as pessoas: o psicoativo e o depressor.

Efeito psicoativo Drogas psicoativas agem no sistema nervoso central, alterando o funcionamento do cérebro e mudando, por algum tempo, a percepção, o humor, a consciência e o comportamento da pessoa. Outras drogas psicoativas são maconha, cocaína, LSD e ecstasy. Existem também medicamentos psiquiátricos com efeitos psicoativos, como ansiolíticos, antidepressivos e antipsicóticos.

Efeito depressor Substâncias depressoras também influenciam o sistema nervoso central, principalmente o cérebro. O efeito é de diminuição do nível de atividade cerebral, o que faz o organismo ficar mais lento. As drogas depressoras são muito importantes para a medicina. Entre elas estão a morfina, sedativos e outros anestésicos. Já entre as drogas depressoras de uso ilegal estão a heroína e o lança-perfume.

O que é o teor alcoólico? Há no mercado uma grande variedade de bebidas alcoólicas disponíveis, cada uma com seu teor alcoólico. Quanto mais alta for a porcentagem de álcool, maiores os seus efeitos e maiores os riscos para a pessoa, em caso de abuso. Confira os níveis de álcool das bebidas mais consumidas: Bebida Teor alcoólico Cerveja 0,5% a 5%* Chope 4,5% a 5% Vinho 8,6% a 14% Saquê 13% a 16% Licor 15% a 54% Rum 35% a 54% Tequila 36% a 54% Vodca 36% a 54% Cachaça 38% a 48% Uísque 38% a 54% Gim 40% a 50% Conhaque 40% a 60% * Esses são os valores mais comuns para a cerveja

O que é o alcoolismo? A Organização Mundial da Saúde (OMS) se refere ao alcoolismo como Síndrome de Dependência do Álcool (SDA). Ela é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que podem se desenvolver após o uso repetido de uma substância.

Outra descrição, feita pela Sociedade Americana de Medicina da Dependência, lista várias características do alcoolismo: - Doença influenciada por fatores genéticos, ambientais e psicossociais - Doença geralmente progressiva: os sintomas e o agravamento da doença avançam com o tempo - Doença geralmente fatal: pode levar à morte Todas essas características indicam o perigo que o alcoolismo representa para o indivíduo, sua família e a sociedade.

O alcoolismo e a direção: perigo permanente Por conta das características do álcool, é mortal dirigir sob influência da substância. Fatores como a perda da coordenação motora e a lentidão no raciocínio podem causar acidentes de trânsito gravíssimos. Todos os motoristas devem estar sóbrios ao assumir o volante, para evitar tragédias. Lembramos que o Código de Trânsito Brasileiro determina que dirigir sob a influência de álcool é uma infração gravíssima, penalizada com multa e suspensão do direito de dirigir (artigo 165). E não se trata apenas de infração, mas também de crime, que prevê de seis meses a três anos de prisão (artigo 306).

Você sabia? O álcool está relacionado a 21 dos acidentes de trânsito no Brasil. Em uma pesquisa de 2013, o Detran de São Paulo revelou que, entre as vítimas, 22,3 dos motoristas, 21,4 dos pedestres e 17,7% dos passageiros tinham sinais de embriaguez.

Doenças causadas pelo abuso do álcool O uso moderado do álcool, nas horas e lugares adequados, sempre acompanhou o homem ao longo da História. Mas a ciência provou que, além dos efeitos imediatos do álcool no corpo, algumas doenças identificadas a seguir são geradas pelo consumo prolongado de álcool.

- Pelo menos dez tipos de câncer, entre eles os de estômago, pâncreas e esôfago. - Esteatose: acúmulo de gordura no fígado que, em sua forma mais grave, pode provocar a cirrose hepática, uma doença terminal. - Angina de peito: obstrução nas artérias que causa baixo abastecimento de sangue no coração e dores agudas. - Diabetes: grupo de doenças nas quais se observa alto nível de glicose no sangue, com sérias consequências para a saúde do paciente. - Gastrite: inflamação no revestimento do estômago. - Úlcera: o álcool em excesso causa lesões nas paredes do intestino. - Cálculos renais: mais conhecidos como pedras nos rins, podem obstruir a uretra, o canal por onde a urina é expelida, e causar dores fortíssimas. - Cálculos biliares: formação de pedras na vesícula biliar, que podem provocar dores fortes e inflamações. - Hepatite A: doença infecciosa aguda que ataca o fígado.

- Osteoporose: degradação dos ossos, que pode facilitar fraturas. - Doença de Parkinson: causa dificuldades nos movimentos e no controle do corpo. - Linfomas: formação de tumores nas células do sangue. - Pancreatite: Inflamação grave no pâncreas, órgão responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue e ajudar na digestão. - Artrite reumática: doença autoimune, ou seja, que faz com que as células ataquem o próprio corpo do paciente, gerando dor e inflamação nas articulações, como cotovelos e joelhos. - Doença de Alzheimer: pessoas que consomem álcool em excesso podem ter maiores chances de desenvolver essa forma de demência, marcada pela perda de memória. O alcoolismo também aumenta muito as chances de ocorrência de pressão alta, enfartes, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) e aterosclerose, quando gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias e limitam o fluxo sanguíneo.

Você sabia? O álcool, assim que é ingerido, muda toda a rotina do corpo humano. O fígado precisa metabolizar a substância para eliminá-la. Os rins, que filtram o sangue, trabalham dobrado para separar o álcool e jogá-lo fora pela urina. O cérebro passa pelas fases de estimulação (alegria, perda de inibição) e depressão (perda de coordenação motora e de autocontrole).

Causas do alcoolismo Uma pessoa pode desenvolver síndrome de dependência do álcool por muitas razões. Algumas são de nascença e relacionadas à saúde. Outras, resultados de hábitos e influências externas. Entre elas, estão:

Quantidade e frequência do consumo de álcool Quem bebe muito e de forma constante desenvolve resistência aos efeitos do álcool. Por isso, precisa aumentar cada vez mais as doses para sentir os mesmos efeitos. Esse consumo excessivo pode gerar o alcoolismo.

Fatores psicológicos Problemas psicológicos como ansiedade, pânico e depressão podem levar a pessoa à síndrome de dependência do álcool. Quem está passando por dificuldades, como desemprego, uma crise amorosa ou a morte de alguém próximo também pode se tornar mais propenso ao alcoolismo. Fatores genéticos Segundo uma pesquisa recente da universidade de Purdue, nos EUA, existem 930 genes que podem levar a pessoa a beber em excesso. Esses fatores genéticos fazem o cérebro ter compulsão por álcool. Não há apenas um gene responsável pelo desejo da bebida: cada um dessas centenas de genes exerce uma pequena influência. Fatores ambientais Estar com frequência em ambientes onde outras pessoas consomem bebidas alcoólicas pode estimular o consumo. Uma pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública, em 2005, ouviu 91 caminhoneiros, dos quais 63 afirmaram beber principalmente para acompanhar os amigos.

Você sabia? Uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que Brasil é o terceiro país que registra mais mortes por conta do consumo de álcool em todo o continente americano (América do Norte, América Central e América do Sul). As Américas apresentam um consumo médio de álcool superior a todos os outros continentes.

Como identificar o alcoolismo Há muitos sinais que identificam uma pessoa que sofre de alcoolismo. Quanto mais sintomas o indivíduo apresentar, maior a gravidade da doença. Entre estes sintomas estão: - Desejo forte ou incontrolável de beber; - Dificuldade de controlar o consumo de álcool e tendência a beber mais do que o planejado; - Consumo repetido apesar dos efeitos negativos; - Atividades do dia a dia prejudicadas pelo consumo de álcool; - Consumo de álcool visto como prioridade em relação a outras atividades e obrigações; - Aumento da tolerância ao álcool: o indivíduo sente menos os efeitos e precisa de doses cada vez maiores; - Síndrome de abstinência: caso esteja há muito tempo sem consumir álcool, o doente apresenta sintomas como sudorese (suor excessivo), tremedeira, ansiedade, irritação, náuseas e vômitos.

Há tratamento O SEST SENAT tem unidades de atendimento por todo o Brasil. Em grandes centros urbanos, também é possível ser atendido por profissionais de psicologia, que podem orientá-lo em relação ao alcoolismo. Os Serviços realizam campanhas nacionais de conscientização e prevenção de doenças, inclusive o alcoolismo, em datas comemorativas. As principais campanhas acontecem na Semana Mundial da Saúde (na semana de 7 de abril), no Dia do Caminhoneiro (30 de junho) e no Dia do Motorista (25 de julho). As atividades do SEST SENAT incluem palestras, seminários, exames e orientações.

Consultas médicas, centros de atendimento e o apoio de entidades como os Alcoólicos Anônimos (AA) também são muito importantes na luta contra a síndrome de dependência do álcool. Porém, o primeiro passo para tratar a doença é admitir que ela está afetando seu dia a dia. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes a maior dificuldade é fazer o doente reconhecer que tem um problema. E quanto antes isso acontecer, mais fácil será a recuperação. Como acontece com muitas outras doenças, o alcoolismo é melhor tratado se for identificado e combatido no início.

Você sabia? A família e os amigos próximos têm um papel fundamental no tratamento da síndrome de dependência do álcool. A orientação é do jornalista Ricardo Vespucci e do médico Emanuel Vespucci, autores de O Livro das Respostas: Alcoolismo. O aconselhamento para casais e a terapia familiar muitas vezes são recomendados para unir as famílias na luta contra o alcoolismo. O tratamento pode ser feito em consultórios, ambulatórios, hospitais, instituições de repouso e até em casa, dependendo do grau de evolução da doença. O processo pode incluir:

Desintoxicação É o movimento de cortar completamente, mas com segurança, o consumo de álcool. Todo doente que estiver se tratando precisa passar por isso. Medicamentos Só devem ser utilizados sob a supervisão de profissionais da saúde, sempre seguindo rigorosamente as orientações específicas de dosagem. Alguns medicamentos diminuem a compulsão pelo álcool e outros desenvolvem no paciente a aversão à substância.

Evitar as recaídas Durante o tratamento, com ajuda profissional, o doente será capaz de identificar o que pode levá-lo às recaídas e criar maneiras de lidar com essas tentações. Todo cuidado é pouco! Uma única dose de álcool pode fazer alguém que sofreu de alcoolismo voltar ao estágio mais grave da doença.

É importante lembrar que essas orientações não devem estar limitadas ao paciente, mas se estendem à família e aos amigos. Em caso de qualquer dúvida, o SEST SENAT está sempre disponível para ajudar, em todo o Brasil.