DST COMO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UM CURSO SUPERIOR NO IFMT - CAMPUS BELA VISTA



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Transcrição:

DST COMO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UM CURSO SUPERIOR NO IFMT - CAMPUS BELA VISTA Jailson Alves Balduíno Discente do Curso Técnico em Meio Ambiente integrando ao Ensino Médio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista James Moraes de Moura Docente dos Cursos Superiores - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista Discente do Curso de Doutorado em Química Ambiental Universidade Estadual de São Paulo Campus Araraquara Endereço: Rua Trinidad Tobago, 305, Bairro Jardim Califórnia Cuiabá/MT, CEP 78070-290. Fone (65) 3634-1447/ 8143-9727. E-mail: nenojailson@gmail.com RESUMO Grandes pandemias, epidemias e doenças generalizadas são reflexos de uma má educação adotada pelo sistema, passando de geração sem nenhuma reforma. O tema adotado são as DSTs, que acaba sendo um assombro na população Brasileira. As DSTs são doenças infecciosas transmitidas pelo contato sexual. Vários são os agentes que podem causar estas doenças entre os principais estão: bactérias, fungos ou vírus para cada agente um tipo diversificado de DST. Estas são consideradas um problema de saúde publica mais comum em todo o mundo. Em ambos os sexos tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. O principal objetivo do projeto de pesquisa é levar aos jovens estudantes, de forma. O principal objetivo do projeto de pesquisa é levar aos jovens estudantes, de forma simples e compreensível opiniões e resultados que os ajudariam a se prevenirem e evitarem possíveis contaminações, e prepará los para suas futuras relações a par. Seguindo sempre a linha da Educação Ambiental como base, para que possamos formar cidadões críticos, educadores e multiplicadores de informações e conceitos sobre o assunto abordado através do Programa de Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) do IFMT Campus Cuiabá Bela Vista.O projeto encontra-se em andamento mas, de acordo com os resultados preliminares observa-se a incidência do despreparo e ignorância dos estudantes em se exporem as DSTs mesmo tendo acesso ao conhecimento das formas sexualmente preventivas. PALAVRAS-CHAVE: DSTs, IFMT, prevenção, Curso Superior. INTRODUÇÃO Na tese do mestrado estudo de um programa de prevenção de DST/ AIDS a presença do jovem, a psicóloga Tereza Cristina conta que no inicio de sua carreira atuando nos postos de saúde e em contato com a diversa área social juvenil de camadas populares, viu perante determinadas situações que precisava de algumas respostas que sanar dúvidas comuns que até então eram obscuras a tal população. Mediante isso ela resolveu realizar uma pesquisa junto ao programa DST/AIDS na cidade de Santo André SP, com o objetivo de buscar quais informações atingiriam com impacto os jovens para o alerta da prevenção, e saber qual era a força em que o governo local disponibilizava para tal acontecimento. A experiência lhe mostrou que era quase impossível falar de sexualidade de uma maneira saudável porque SEXO estava ligado a tudo que havia de ruim, doenças sexualmente transmissíveis, epidemias e até mesmo gravidez. Prevenção não era um assunto que era tratado com freqüência e muito menos com clareza. O espaço público priorizava assuntos maternos infantis, e parte da população não era vista de forma muito aceitável. Ou seja, o adolescente não encontrava continência nesse local, e nem se sentiam seguros para que pudessem ser esclarecidas suas dúvidas. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 1

Foi então que ela começou a fazer oficinas de sexualidade onde a prioridade era a participação dos jovens que discutia assuntos como namoro, corpo erótico, fisiologia, em diversas maneiras, através de dinâmicas. A idéia inicial era mostrar o lado bom do sexo, o sexo com liberdade, mostrar pra eles que era possível se relacionar com o menor risco possível. Em meio a que trabalhou nesse conjunto, o que lhe chamou atenção foi um grupo de jovens ligados ao movimento de Hip- Hop que queria saber sobre, e levar a mensagem para os demais amigos, pelo fato de ter um alto índice de relacionamentos na sua comunidade, relataram ainda que precisavam de informações sobre tais assuntos pois não encontravam lugares que se tratava do mesmo, para que pudessem tirar suas dúvidas. Começaram a realizar palestras e oficinas com diversos temas relacionados a sexualidade. Iniciaram uma negociação com órgãos públicos na área da saúde e na área da educação, pois o poder de convencimento e a linguagem que eles utilizavam facilitava a transmissão de mensagens e assim eram mais aceitas pelos adolescente. Nascia então o protagonismo juvenil que era constituído no Ministério da Saúde, embora fosse só no papel. Em 1992 o Ministério da Saúde em virtude de dados estatístico constaram que jovem e adolescente estavam com alto índice de HIV. Assim reconheceram a necessidade de ações preventivas abordadas pelos mesmos. Mas para que isso pudesse ocorrer os jovens deveriam ter um perfil compatível com o que foi estabelecido. A proposta era o jovem como um sujeito de direitos, de um ator social que pudesse intervir na área social, política e cultural, percebendo suas responsabilidades mediante a epidemia e buscando maneiras de intervenção para que fosse realizada uma medida de prevenção, porem tal atuação não teve um total êxito pois em contrapartida não tiveram um apoio do poder executivo de órgãos governamentais do ministério da saúde. Assim a idéia defendida por alguns especialistas de que jovens falando com jovens sobre sexualidade fosse um estouro, mediante a clareza com que o assunto seria tratado acabou não tendo o resultado esperado. O Brasil tem vários indícios de discriminação, casos de DST/AIDS e ainda a falta de estruturação no ensino público e privado para oferecer respostas que ás vezes parece ser simples. Nas escolas de hoje no Brasil, meninas gostam e se identificam mais com as letras e os meninos com a matemática e as ciências logo teremos um desafio a seguir, elaborar táticas como uma instituição no Canadá para fazer nossas meninas a gostarem mais de matemática e nossos meninos a se interessarem pelas letras e ser amenos na questão comportamento. Isso nos remete ao gênero que por certo está correlacionado com a sexualidade. Heilborn sustenta que o campo da sexualidade mantém uma estreita ligação com o gênero, cujo desenvolvimento está estreitamente ligado aos movimentos sociais, como o feminista e a liberação homossexual. Salienta, no entanto que, a sexualidade não ocupa o mesmo grau de importância para todos os sujeitos, pois valores e práticas sociais modelam e orientam nossos desejos transformando os corpos em entidades categorizadas, definidas pelo gênero, que em última instancia é definido pela cultura (Heilborn, 1999). Menciona as respectivas mudanças na literatura expressiva que aponta uma mudança significativa neste último século nas relações entre gêneros. Tais exemplos disso é a entrada mais efetiva da mulher no mercado de trabalho, sua escolarização e o direito do voto feminino e a separação entre sexualidade e reprodução. Valendo lembrar que o objetivo deste trabalho é tratar de forma sucinta a propagação e posteriormente seus devidos impactos, sabemos que as mulheres estão mais passivas ás DSTs. O motivo? Homens por questões de um preconceito enraizado socialmente. O Patriarquismo. Por ser modelo antigamente como um patriarca o homem por ser homem era o ativo na família estando filhos e esposa passivos á ele, logo a maior incidência de DSTs nas mulheres se dá pelo fato de á maioria das esposas não opinar na hora da relação deixando isso a critério do homem, ou seja, só usar preservativo se o parceiro quiser. Isto remete ao grande número de mulheres com DSTs no Brasil, vale lembrar, que por volta de 1985 para cada mulher contaminada havia em média 36 homens. Este quadro em 00 já apontava para quase a equiparação estatística entre homens e mulheres, sendo que á faixa etária de 13 á 29 contabilizávamos mais mulheres do que homens contaminadas no Brasil (MS, PNDST/AIDS-00). 2 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Tendo em mente que este movimento machista tem que acabar abriremos as portas para um assunto bastante delicado que é o caso do LGBT, iniciamos a reflexão sobre os números do HIV/AIDS no Brasil, ou seja, essa epidemia que surge com os primeiros casos conhecidos na década de 1980 entre os homossexuais masculinos, no decorrer de duas décadas desloca-se e vem ancorar-se entre as mulheres, resultando em uma grande feminilização da epidemia. O campo da sexualidade hoje está se tornando cada dia mais perigoso e ofensivo para a sociedade, pois, apesar de todas as campanhas e divulgações da mídia para que se faça sexo seguro, ou seja, usando preservativo, as DSTS ainda tem assolado grande parte da população brasileira. Isso já vem de primórdios da década 80, mas até então se acreditava que as DSTS provinham dos homossexuais, situação a qual foi mudando ao longo do tempo afetando todo tipo de gênero e sexo. Hoje, não se tem idade, nem cor, nem raça, nem sexo específico que reúnam dados que mostram em que fator mais se predomina essas doenças. Os jovens começam suas atividades sexuais muito cedo, e nas baladas eles vão ficando com quem nunca viram na vida praticando ato sexual sem usar camisinha, de qualquer maneira, porque acham constrangedor ou não gostam de utilizar o preservativo. A nossa cultura também influencia muito nessa questão. É praxe, que o homem sempre tem o domínio da relação, então cabe a ele ditar as regras, de tudo que é cabível na hora do prazer. Isso faz com que a mulher se sinta inferior e submissa ao comando dele, se ele não tomar a atitude devida de se proteger, não será ela quem vai dizer. Enquanto o home atinge seu ápice de prazer e se sobressai nas relações amorosas/sexuais a mulher é sempre mais oprimida dos seus desejos e até mesmo na hora do clímax, ela tende a simular um orgasmo só pra não desapontar o parceiro, não se preocupando com o seu momento de prazer, de se dar ao prazer. O papel social da mulher sempre foi visto pelo viés da maternidade, sufocando e reprimindo os desejos sexuais ocultos. É preciso entender as condutas, os deveres e os papéis de cada um na hora da relação, pois só assim cada um sairá satisfeito e sem se preocupar com o dia de amanhã. Vale ressaltar que em qualquer circunstancia ou dúvida o uso do preservativo é imprescindível para a sua saúde e bem estar. OBJETIVO Tem-se também como objetivo, verificar como se encontra a situação atual dos jovens que freqüentam o âmbito escolar no âmbito do conhecimento popular e científico sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), esclarecer dúvidas e propor discussões em cima do tema abordado, estimulando sempre a curiosidade alheia, difundindo assim as informações apresentadas. MATERIAL E MÉTODOS O método de trabalho escolhido foi o de pesquisa investigativa por meio de questionário semi-estruturado, onde foram propostas questões organizadas de maneira que auxiliasse o aluno a respondê-las. O questionário era composto de 21 questões, das quais eram abordados temas sobre o nível de conhecimento de DST, e também o nível de envolvimento. Foi apresentado aos alunos em classe e solicitado que os mesmos fizessem à leitura, compreensão e que no final respondessem as questões com sinceridade, lembrando que o aluno não tinha obrigação de se identificar no questionário. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 3

A correção e revisão dos resultados foram feitas de maneira singular, ou seja, questionário por questionário, gerando assim um banco de informações onde, a partir desse foi possível obter - se resultados coerentes. RESULTADOS A turma analisada foi a de engenharia de alimentos o 2 semestre, dentre os questionários aplicados foram selecionadas aproximadamente quatro questões de cada um deles que diriam o perfil de cada aluno. Dentre as citadas as que mais se mostraram foi: 1. Idade da primeira relação sexual 60 50 40 30 10 relação sexual não responderam 0 14 16 18 Figura 1: Freqüência (%) dos alunos que já tiveram relação sexual Nota-se que a maioria não respondeu a questão, mais os que responderam, de acordo com o gráfico nós vemos que são dos 15 aos 18 que a maioria teve sua primeira relação sexual, isso nos trás que uma pessoa aos 15 de idade não tem ainda certa maturidade para enfrentar sua primeira relação sexual, das 29 pessoas que participaram somente 14 respondeu a questão. 2. Usou preservativo na 1 relação sexual? 15 14,8 14,6 14,4 14,2 14 13,8 13,6 13,4 Sim Não Figura 2: Freqüência (%) dos alunos fizeram o uso de preservativo na primeira relação sexual 4 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Isso nos dá uma idéia de que o Brasil ainda tem que investir na educação sexual das crianças, imagine o povo de um grande país deste, nos refletir resultados assim. São praticamente 48,3% dos 29 alunos entrevistados que não usaram preservativos na 1 relação sexual. 3. Usaram preservativos na última transa? 60 50 40 30 Sim Não 10 0 Figura 3: Freqüência (%) dos alunos que fizeram o uso do preservativo na ultima relação sexual. Sabe-se que a melhor e mais eficaz forma de prevenção contra as DSTs são os preservativos, se cerca de 48,2% não usaram na ultima transa. Que tipo de Brasileiros que estamos deixando para as futuras gerações? São grandes propagadores de DSTs? Tirem as próprias conclusões. RECOMENDAÇÕES No Brasil temos índices elevadíssimos de DSTs se não repensarmos uma maneira viável para educarmos nossos jovens o Brasil atingirá um grande impacto social.os gastos com tratamentos com as DSTs são grandes e vemos que em uma simples pesquisa como essa, obteve resultados que não foge da nossa realidade de hoje. Avante Brasil, que dentre outras mil és pátria amada! REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CARLETO, A. P; Faria, C.S; Martins, C.B.G; Souza, S.P.S; Matos, K.F. Conhecimentos e Práticas dos Adolescentes da Capital de Mato Grosso quanto às DST/Aids. Cuiabá, 10; 2. Dias, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1991 3. GOMES, A.W; COSTA, O.C.M; SOBRINHO, N.L.C; SANTOS, T.S.A.C; BACELAR, B.C. Nível de informação sobre adolescência, puberdade e sexualidade entre adolescentes. Jornal de Pediatria - Vol. 78, Nº4, 02; 4. NORONHA, G.P. Sexualidade e fontes de informação entre adolescentes estudantes do ensino médio. Tese (Mestrado em Saúde Pública) Universidade de São Paulo, 09. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 5