UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL - GESTÃO AMBIENTAL E AÇÕES SOCIAIS Por: Tomaz Fernandes Mello Orientador Prof. Ms. Marco A. Larosa Rio de Janeiro 2005

2 Apresentação de monografia à Universidade Cândido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior, no Curso de Marketing. São os objetivos da monografia perante o curso e não os objetivos do aluno.

3. Agradeço, primeiramente, a minha família, mulher e filhos, que a todo o momento me dão força para enfrentar os desafios do dia a dia, agradeço também a Deus pela saúde e luz que sempre me foi dada.

4 Dedico este trabalho a todos os meus amigos, especialmente a os da turma do Voleibol, onde periodicamente nos reunimos para nos exercitarmos o físico a mente.

5 RESUMO O presente estudo tem por objetivo abordar a atuação social de empresas, demonstrando que no mundo dos negócios globalizados, elas são forçadas a adquirir ou alterar sua postura frente ás pressões de uma sociedade atuante que vem exigindo compromisso social por parte das mesmas. Esse compromisso social, que abrange as ações sociais e o compromisso de executar uma boa gestão ambiental, além de tudo, legitima as empresas como agentes de promoção social e favorece uma relação mais saudável de credibilidade entre empresa e sociedade. Destacam-se dessas empresas, conceitos como ética, Gestão ambiental e responsabilidade social, que norteiam os valores, a missão e as ações de empresas cidadãs.

6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi a de pesquisa, pois através de livros, Internet, revistas e jornais foram retiradas as informações necessárias para o bom aproveitamento desta leitura, no que se refere, o que é Responsabilidade Social e Gestão ambiental, seus tipos, formas e consequentemente, o que leva uma empresa a ter participações sociais. Foi utilizada, também, a pesquisa de campo, porque foram visitados setores onde pode-se observar melhor a ação das empresas no que se refere a ações sociais, como por exemplo a fundação Mangueira e associação Beneficente São Martinho. Foram feitas comparações entre a Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga e a Petróleo Brasileiro ( Petrobrás ). A importância deste estudo é mostrar o diferencial que uma empresa poderá ter sobre outra, divulgando as suas ações sociais.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.... 08 CAPÍTULO I - Indicadores de Responsabilidade Social Instituto Ethos 13 CAPÍTULO II Forma de divulgação de Ações Sociais das Empresas...18 CAPÍTULO III Estudo de Caso 1 - Atuação da Ipiranga... 24 CAPÍTULO IV - Estudo de Caso 2 - Atuação da Petrobras...38 CONCLUSÃO... 49 Avaliação do processo das empresas e recomendações...52 Referências Bibliográficas... 55 ANEXOS...56

8 INTRODUÇÃO Com a globalização houve uma aceleração no que se diz respeito as grandes transformações tecnológicas, o desemprego, as desigualdades sociais e a degradação ambiental marcam profundamente a nossa sociedade. Há uma afirmação evidente ao retorno do que chamamos preocupação com a ética, a nova concepção de organizações responsáveis e a busca do efetivo acesso das populações economicamente desfavorecidas à riqueza e ao conhecimento produzidos pela sociedade, colocando-se em destaque o debate acerca do papel das organizações como um ator importante para a promoção da cidadania e ao cumprimento das leis ambientais vigentes. Relatamos o que aconteceu no plano internacional, como a agenda 21 advinda da convenção da ONU realizada em 1992 no Rio de Janeiro (que para muitos foi o início de um controle maior sobre as responsabilidades ambientais ) e as convenções sobre Direitos humanos ( Viena 1993 ) e Desenvolvimento Social ( Copenhague, 1995 ) e a declaração Universal de Responsabilidades Humanas, constituem marcos para a orientação da ação dos países membros nos seus planos de desenvolvimento, firmando a compreensão de que os direitos sociais, econômicos e culturais são verdadeiros direitos fundamentais e, por isso, devem ser reivindicados como direitos e não como caridade ou generosidade. Em todas as empresas, há muito tempo, vem sendo questionadas em relação a responsabilidade social que devem assumir. Esse questionamento têm sido ampliado nos últimos anos e tem partido dos diferentes públicos ligados direta ou indiretamente às empresas, sejam eles consumidores, funcionários, comunidade, imprensa, governos e outros. Partindo dessas informações, podemos dizer que, no mundo dos negócios globalizados, as empresas são forçadas a adquirir ou alterar sua postura frente as pressões de uma sociedade que vem exigindo compromissos sociais por parte das mesmas. Esse compromisso social, além de tudo, legitima as empresas como agentes de promoção social e favorece o estabelecimento de uma relação mais saudável de credibilidade entre a empresa e a sociedade. De

9 fato, há claros indícios de que as empresas estão investindo mais em questões sociais porque isso significa ganhar a preferência do consumidor, ter suas ações valorizadas no mercado, contar com os melhores parceiros, representando ganhos em termos de negócios. Essas considerações levam-nos a acreditar que o público que mais tem provocado o repensar das empresas nesse contexto social é em primeiro lugar o seu consumidor, um segmento de público no qual a empresa depende diretamente para garantir a sua sobrevivência. Mediante a aceitação dos valores de uma empresa para com o consumidor, indiretamente cria-se uma corrente que pode-se chamar público formador de opinião. O perfil de um consumidor mais consciente e exigente, principalmente no que se refere aos impactos sociais e ambientais ainda é mais reconhecido em países de primeiro mundo, onde a postura de empresa - cidadã já não é novidade. Podemos afirmar que no Brasil, diferentemente dos países mais desenvolvidos, os investimentos sociais são considerados como novo, apesar de que o mercado do consumidor mais consciente, exigente, ou mesmo ético, vem também crescendo. Afinal, se falarmos em mercado globalizado, não se pode também conceber que as empresas no Brasil fiquem aquém das novas tendências contemporâneas que alertam cada vez mais para a necessidade de construção e defesa da cidadania. Houve uma importante sinalização de mudança de mentalidade dos empresários Brasileiros, já pode ser concebida, principalmente com o investimento que alguns setores vêm fazendo em produtos ecologicamente corretos e em iniciativas ( projetos ) que contribuem, por exemplo, para melhorar a qualidade de vida de diversas comunidades de baixa renda. A atuação das empresas brasileiras tiveram uma mudança importante há bem pouco tempo voltavam suas atenções quase que exclusivamente para o interesse individual, onde a obsessão das mesmas era a de apenas buscar a geração de lucros, hoje, percebe-se que para a sobrevivência no mercado exige-

10 se que se incorpore o interesse social na própria missão da empresa. Muitas empresas têm atribuído uma dimensão estratégica para o compromisso social. Podemos perceber de certa forma o quanto já tem se refletindo positivamente junto à sociedade, mesmo que essa mudança de mentalidade esteja sendo impulsionada, basicamente, por uma visão mercadológica. Para todos nós o que mais importa é que está havendo uma mudança positiva em todas as empresas, uma mudança que está fazendo seus empresários refletirem sobre a função social do setor privado. Temos como prova dessas mudanças, é que passamos, recentemente a ouvir termos antes desconhecidos, como : Meio ambiente, controle de poluentes, empresa - cidadã, responsabilidade social do setor privado, balanço social e controle das ações. Podemos ver ainda, empresas incluírem em suas pesquisas de clima junto aos empregados o relacionamento com a comunidade que a cerca. Sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, várias empresas têm realizado investimentos na área social e ambiental, mesmo que seja para atender exigências das novas normas vigentes. É evidente, no entanto, que o porte da empresa é um dos determinantes ( mas não único ) do volume investido. As empresas têm direcionado sua atuação, principalmente, para as necessidades da comunidade onde está inserida. Devido ao fato de que as ações sociais próximas as áreas onde estão localizadas, repercutirem com maior intensidade, pois afeta diretamente grande parte de seus funcionários, já que a maioria das empresas dão prioridade para contratar funcionários que moram próximos a empresa. Várias empresas, atuam numa área mais ampla. De qualquer forma porém, o grande foco da atuação social dessas empresas tem sido o desenvolvimento de ações locais, ou seja, a empresa investindo no que está no seu entorno. Para que uma empresa seja socialmente responsável, deve ter em sua política de incluir, objetivos e missão, compromissos que envolvam desde a utilização de materiais nocivos ao meio ambiente até a preocupação com o ser humano, seja ele integrante de seu público interno, pertencente a comunidade

11 ou ao público consumidor de seus produtos e serviços. Suas ações devem incluir, também, o investimento cultural e a gestão de regras que permitam a inclusão e a adaptação as novas leis ambientais. Com isso, as empresas devem estar constantemente preparadas para contar com a flexibilidade necessária para adaptarem-se ás exigências de um novo mercado que está mais competitivo, globalizado e que cobra cada vez mais o a qualidade, ética, responsabilidade social e o cuidado e a obrigação de proteger o meio ambiente. Podemos apresentar uma referência especial aos conceitos de ética e responsabilidade social, direcionando-os para o papel da empresa nesse contexto. Assim para Willian Pride Ferrel, que escreveu sobre Marketing Concepção e Estratégia o termo ética relaciona-se aos valores de preferências e foca os padrões, regras e códigos de conduta que governam o comportamento dos indivíduos. A ética comparada a responsabilidade social representa conceitos mais amplos, segundo apresentação da definição feita por Margarida Kunsch ( 1997 : 143 ) o termo pode ser definido como; Responsabilidade social é um conceito que começou a se fortalece nos Estados Unidos na década de 60. Isso ocorreu por conseqüência do ; Aumento das contestações sociais de vários movimentos da sociedade devido a maior disseminação deste assunto no meio acadêmico. Aqui na América do Sul, especificamente no Brasil, a responsabilidade social passou a merecer atenção de todas as empresas, em especial as multinacionais, já a partir da década de 70. Responsabilidade social é um termo muito forte hoje em dia. Ele significa algo, mas nem sempre a mesma coisa, para todos. Para algumas pessoas, ele representa a idéia de responsabilidade ou obrigação legal; para outros, significa um comportamento de responsabilidade para o sentido da ética, e existem ainda outras pessoas, o significado transmitido é o de responsável por, num modo causa. Existem muitas pessoas que simplesmente equiparam essas ações a uma contribuição de caridade; outras toman-no pelo sentido de executar uma

12 ação socialmente consciente; muitos daqueles que o defendem fervorosamente vêem-no como simples sinônimo de legitimidade : umas poucas pessoas vêemno como um espécie de dever de fidelidade, impondo aos administradores dessas empresas padrões mais altos de comportamento que aqueles impostos aos cidadãos em geral. Existem diversos conceitos sobre responsabilidade social. Contudo, de acordo com uma pesquisa da Sra Cláudia Naciolini 1999: 64, existem alguns pontos em que os estudiosos do assunto entram num consenso: - A responsabilidade das empresas ultrapassa o restrito âmbito dos acionistas - As responsabilidades empresariais estão além das obrigações legais, envolvendo também as obrigações morais de cunho ético; - A adequação às demandas sociais, num dado contexto sócio-econômico.

13 CAPÍTULO I Indicadores de Responsabilidade Social Instituto Ethos. O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social foi fundado em 1998. É uma organização não-governamental criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Seus 1006 associados empresas de diferentes setores e portes têm faturamento anual correspondente a cerca de 30% do PIB brasileiro e empregam cerca de 1 milhão de pessoas, tendo como característica principal o interesse em estabelecer padrões éticos de relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, acionistas, poder público e com o meio ambiente. Idealizado por empresários e executivos oriundos do setor privado, o Instituto Ethos é um pólo de organização de conhecimento, troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas que auxiliam as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seus compromissos com a responsabilidade corporativa. É hoje uma referência internacional no assunto e desenvolve projetos em parceria com diversas entidades no mundo todo. O Instituto divulga a prática da responsabilidade social por intermédio de intercâmbio de experiências, publicações, programas e eventos voltados para os seus associados e para os administradores em geral. Possui como associados centenas de empresas brasileiras, de diferentes portes e setores de atividade. Com o intuito de aprimorar o seu trabalho na área social, o Instituto Ethos tornou-se parceiro de diversas entidades internacionais, entre as quais o Prince of Wales Business Leadership Forum, do Reino Unido e o Business for Social Responsibility, organização empresarial sediada nos Estados Unidos que desenvolve projetos e programas em nível global, buscando incentivar empresas a alcançarem sucesso em seus negócios, implementando as práticas da Responsabilidade O Instituto 1. ampliação Social. Ethos do trabalha movimento de em cinco linhas responsabilidade social de atuação: empresarial

14 (sensibilização e engajamento de empresas em todo o Brasil, articulação de parcerias, sensibilização da mídia para o tema da RSE, coordenação da criação do comitê brasileiro do Global Compact etc); 2. aprofundamento de práticas em RSE (Indicadores Ethos de RSE incluindo versões para micro e pequenas empresas e alguns setores da economia, Conferência Nacional anual para mais de 1 mil participantes, constituição de redes de interesse, promoção da publicação de balanços sociais e de sustentabilidade, produção de publicações e manuais práticos); 3. influência sobre mercados e seus atores mais importantes no sentido de criar um ambiente favorável à prática da RSE (desenvolvimento de critérios de investimentos socialmente responsáveis com fundos de pensão no Brasil, desenvolvimento de programa de políticas públicas e RSE, participação em diversos conselhos governamentais para discussão da agenda pública brasileira). 4. Articulação do movimento de RSE com políticas públicas: 4.a) desenvolvimento de políticas para promover a RSE e desenvolver marcos legais; 4.b) promoção da participação das empresas na pauta de políticas públicas do Instituto Ethos; 4.c) fomento à participação das empresas no controle da sociedade, por meio de acompanhamento e cobrança das responsabilidades legais, transparência governamental e conduta ética; 4.d) divulgação da RSE em espaços públicos e eventos; 4.e) estruturação de processos de consulta a membros e parceiros da companhia. 5. Produção de informação (pesquisa anual Empresas e Responsabilidade Social Percepção e Tendências do Consumidor, produção e divulgação de conteúdo e um site de referência sobre o tema na internet, coleta e divulgação de dados e casos das empresas, promoção do intercâmbio com entidades internacionais líderes no tema da responsabilidade social). Recentemente o Instituto lançou os Indicadores Ethos, que representam um sistema de avaliação do estágio em que se encontram as práticas de

15 responsabilidade social nas empresas. As empresas devem preencher o questionário dos indicadores e enviá-lo para o Instituto. Os indicadores foram elaborados pela equipe do Instituto Ethos que contou com a contribuição da Fundação Dom Cabral e de inúmeros colaboradores, parceiros e membros das empresas associadas. Podemos dizer que são múltiplas as dimensões do papel social das empresas. Por isso, o instituto Ethos de Responsabilidade Social, utiliza sete temas como indicadores de responsabilidade social. São eles: 1) Valores e Transparência, 2) Público Interno, 3) 3) Meio Ambiente, 4) 4) fornecedores, 5) 5) Consumidores, 6) 6) Comunidade, 7) 7) Governo e Sociedade. Para o instituto Ethos, A Noção de responsabilidade social empresarial decorre da compreensão de que a ação das empresas deve, necessariamente, buscar trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização profissional dos empregados, promover benefícios para os parceiros, para o meio ambiente e trazer retorno para os investidores. O primeiro indicador apresentado por valores e transparência, contempla a auto-regulação da conduta da empresa, que inclui compromissos éticos e enraizamento na cultura organizacional. O indicador contempla, também, relações transparentes com a sociedade, exigindo diálogo com partes interessadas, relações com a concorrência e elaboração de balanço social. O segundo indicador inclui diálogo e participação do público interno ( mantendo-se relações com os sindicatos, gestão participativa e participação nos lucros ou resultados ); respeito ao indivíduo ( estabelecendo compromisso com o futuro das crianças e valorização da diversidade); respeito ao trabalhador (fixando comportamento frente demissões, compromisso com o desenvolvimento profissional e a empregabilidade, cuidando com a saúde, segurança e condições de trabalho e preparação para a aposentadoria).

16 O terceiro indicador aborda o gerenciamento do impacto ambiental (conhecimento sobre o impacto no meio ambiente, minimização sobre entradas e saídas do processo produtivo, responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos e serviços ) e responsabilidade frente a gerações futuras (compensação da natureza pelo uso de recursos e impactos ambientais e educação ambiental ). O quarto indicador inclui a seleção e parceria com fornecedores, estabelecendo critérios de seleção, relações com trabalhadores terceirizados, apoio ao desenvolvimento de fornecedores. O quinto indicador trata da dimensão social do consumo, abordando a política de Marketing e comunicação, a excelência do atendimento e o conhecimento dos danos potenciais dos produtos e serviços. O sexto indicador refere-se às relações com a comunidade local ( gerenciamento do impacto da atividade produtiva na comunidade e relações com organizações atuantes na comunidade e relações com organizações atuantes na comunidade ); filantropia / investimentos sociais ( mecanismos de apoio a projetos sociais, estratégias de atuação na área social e mobilização de recursos para o investimento social); e trabalho voluntário ( reconhecimento e apoio ao trabalho voluntário dos empregados). O sétimo indicador inclui transparência política ( contribuições para campanhas políticas e práticas anti-corrupção e propina) e liderança social (liderança e influência social, participação em projetos sociais governamentais). A Associação Viva o Centro, por exemplo, é uma organização nãogovernamental criada e mantida por contribuições de um quadro de associados entre os quais estão o BankBoston e a Nossa Caixa-Nosso Banco, e que tem por finalidade a revitalização da área central da cidade de São Paulo. A Fundação Orsa, por sua vez, é mantida pelo Grupo Orsa, que destina a projetos sociais aproximadamente 1% de seu faturamento anual bruto. A entidade tem como proposta promover a formação de menores, principalmente carentes. Outras empresas partiram para a vertente do trabalho voluntário de seus associados, como por exemplo a Natural, que possui uma Gerência de Ação

17 Social que coordena atualmente trabalhos de assistência a crianças vítimas de câncer e de violência doméstica. Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) A FIRJAN, em parceria com a Fundação AVINA, criou o Núcleo de Responsabilidade Social Corporativa. O Núcleo tem a finalidade de criar um movimento e uma rede de ações capazes de sensibilizar, motivar e facilitar o investimento social dos empresários brasileiros, potencializando as iniciativas existentes e promovendo o seu desenvolvimento. NÚCLEO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESARIAL DO SISTEMA FIRJAN Instalado em 2000, juntamente com o Conselho Empresarial de Responsabilidade Social, tem como finalidade levar às empresas fluminense informações sobre o tema, para que possam adotar a responsabilidade social na gestão de suas atividades. A FIRJAN, consciente de sua Responsabilidade Social, e disposta a estimular e difundir as práticas de cidadania, lançou no dia 25 de maio de 2000 o seu primeiro Balanço Social. Entre os anos de 2001 e 2002, foram instalados os Núcleos Regionais em todas as Representações Regionais da FIRJAN, de modo a facilitar a disseminação de cocneitros e práticas de responsabilidade social em todo o Estado.

18 CAPÍTULO II Forma de divulgação de Ações Sociais Das Empresas - Balanço Social das Empresas Esse documento é o que expressa o investimento e o comprometimento das empresas na área social. O Balanço social é uma prática recente entre as empresas, pois ainda é uma prática ainda restrita a algumas empresas mais avançadas no que se diz respeito a visões futuristas. Por exemplo, já nos meados dos anos 70, enquanto alguns países mais desenvolvidos apresentavam dados da crescente valorização do papel social das executado pelas empresas, no Brasil essas ações já acontecia alguns casos, porém de uma maneira ainda muito tímida e mais decorrente de políticas adotadas por multinacionais em seus países de originais. Podemos relatar que na Europa, especificamente na França, desde 1977, as empresas que possuíam mais de 750 funcionários eram obrigadas a publicar um Balanço, que se intitulava de Balanço Social. Já a partir de 1982 essa lei foi estendida a todas as empresas que possuíam mais de 300 funcionários, hoje faz-se necessário ter esse procedimento como uma rotina. A América do Norte e a Inglaterra vêm se destacando no desenvolvimento e consolidação de um conjunto de padrões que podem ser auditáveis, que integram diversos processos de certificações referentes ao respeito aos direitos humanos e às adequadas condições e relações trabalhistas na produção. Existe ainda uma resistência muito grande de diversas empresas quanto a divulgação de suas políticas sociais. Entretanto, mesmo que algumas não façam questão de aparecer, divulgando o seu compromisso com o social, porque seus dirigentes acreditam que sua participação não deve ser usada para fins mercadológicos, é considerado que as que investem no social deveriam divulgar as suas ações, porque isso estimularia outras empresas a fazerem o mesmo, asseguraria mais sua participação e compromisso mais efetivo; garantiria a sua valorização diante da sociedade; diferencia as empresas que assumem sua responsabilidade social, daquelas que não o fazem, principalmente tendo em vista o mercado totalmente globalizado.

19 Ao divulgar o seu balanço social, as empresas estão divulgando para o seu público interno, bem como para clientes e, até mesmo para concorrentes. É certo e reconhecidamente que muitos dos Balanços Sociais ainda restringem seu enfoque às políticas de recursos humanos. A cada dia as empresas estão sendo chamadas a assumir a sua parcela de responsabilidade junto a sociedade. Cada empresário está sendo obrigado a enxergar sua empresa com parte de um mundo formado não mais por públicos-alvo, mas por seres humanos. A sociedade, por sua vez, começa a diferenciar os que oferecem perspectivas dos que oferecem apenas esmolas. Com o Balanço Social forma-se um instrumento de demonstração das atividades das empresas, que tem por finalidade conferir maior transparência e visibilidade às informações que interessam não apenas aos sócios e acionistas das companhias, mas também a um número maior de atores : empregados, fornecedores, investidores, parceiros, consumidores e comunidade. Aqui no Brasil o debate em torno do Balanço Social alcança uma maior projeção somente a partir da companha lançada no ano de 1997 pelo Instituto IBASE, que foi liderada à época por seu então presidente, o sociólogo Herbert de Souza ( Betinho). O que é o IBASE Instituto Brasileiro de Análises Econômicas? É uma instituição de utilidade pública federal, sem fins lucrativos, sem vinculação religiosa e a partido político e foi criado em 1981. Sua missão é a construção da democracia, combatendo desigualdades e estimulando a participação cidadã. De uma forma simples, democracia para o Ibase é cidadania ativa, participativa, de sujeitos sociais em luta, nos locais em que vivem, agindo e construindo com igualdade na diversidade a sociedade civil, a economia e o poder. Entre as temáticas e campos de atuação que o Ibase julga prioritários estão o processo Fórum Social Mundial, Alternativas democráticas à globalização, Participação da sociedade civil no espaço público, Monitoramento de políticas públicas, Democratização das cidades, Segurança alimentar, economia solidária e Responsabilidade social e ética nas organizações.

20 Direciona as suas ações a um público composto por movimentos sociais populares; organizações comunitárias; agricultores(as) familiares e trabalhadores(as) sem terra; lideranças, grupos e entidades de cidadania ativa; escolas, estudantes e professores(as) da rede pública de ensino fundamental e médio; rádios comunitárias e experiências em comunicação alternativa; formadores(as) de opinião nos meios de comunicação de massa; parlamentares e assessores(as); gestores(as) de políticas públicas. Algumas iniciativas que visam estimular e valorizar a atuação social das empresas. Uma delas diz respeito à criação do selo Selo Balanço Social fornecido pelo O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), às empresas que publicam o balanço social anualmente. As empresas públicas e privadas mantém a responsabilidade com o bemestar da comunidade é o princípio da empresa - cidadã, ou seja, aquela que é comprometida com a qualidade de vida da sociedade e que, através da divulgação do seu Balanço Social, apresenta os seus investimentos nos mais diversos projetos sócio - culturais. Para isso existe o selo do Ibase de Balanço social, que permite as empresas com preocupação social possam mostrar, através de seus anúncios, embalagens de produtos, balanço social e campanhas publicitárias, que investem em educação, saúde, cultura, meio ambiente, enfim, em tudo aquilo que é preciso preservar. O tema sobre Balaço Social passou a ser objeto do projeto de Lei 3.116 no ano de 1997 de autoria das deputadas federais Marta Suplicy, Maria da Conceição Tavares e Sandra Starling, estabelecendo obrigatoriedade da publicação do Balanço Social para empresas privadas brasileiras com mais de 100 funcionários e para todas as empresas públicas, concessionárias e permissionárias de serviços públicos. Essa mudança de mentalidade nas empresas sobre a responsabilidade social pode ser notada e vem sendo estimulada por meio de instituição de certificados de reconhecimento, como é o caso do (AS) 8000 Certificado Social Accountability 8000 de Responsabilidade Social, que representa uma conquista de expressão mundial, firmando perante a sociedade um compromisso com o

21 bem-estar e a dignidade das pessoas, fazendo com que as empresas adotem uma posição clara na luta pela erradicação de problemas como o trabalho infantil, o trabalho forçado ou a discriminação. A busca por tal certificação leva as empresas a cobrarem essa mesma postura de todos os fornecedores e parceiros que se relacionam com as mesmas, formando um elo cada vez maior de empresas de empresas engajadas nesta luta. A SA 8000 foi criado pela CEPAA - Council on Economic Priorities Accreditation Agency dos EUA, em 1997. Segundo a SA 8000, a empresa deve incluir em sua administração o compromisso com melhoria contínua e transparência, mantendo dados publicamente disponíveis, o que requer, portanto, a divulgação do balanço social. Existem também outros tipos de responsabilidade social das empresas, são exemplificados com o selo Abrinq por exemplo - Empresa amiga da Criança, que demonstra o engajamento social empresarial na prevenção e erradicação do trabalho infantil e no investimento em projetos sociais voltados à infância e adolescência; O Selo SENAC - SP - que valoriza a empresa que educa jovens para o trabalho: a norma AA 1000, que se refere ao diálogo com as partes interessadas; e a BS 8800, que estabelece normas de relações de trabalho. O que permite as empresas é a valorização das mesmas com a atuação com responsabilidade social também vem ocorrendo com a instituição de prêmios, como o que é promovido pela câmara Americana de Comércio Prêmio Eco. Existem também outros selos criados por entidades Norte-Americanas e Européias que atestam a origem de Matérias -Primas. Como é o caso do selo Fairtrade, da Inglaterra, que assegura que produtores de cacau, banana, café, chás e açúcar de Países Africanos, Asiáticos e Latino-Americanos, que recebem o preço justo pelo que plantam. Na Europa especificamente na Alemanha, existe o selo verde, para produtos que são classificados como ecologicamente corretos. As certificações ISO 9000 e ISO 14000, demonstram aspectos que envolvem a atuação social das empresas, seja pela garantia de qualidade no

22 caso da ISO 9000, ou pela preocupação com o meio ambiente, no caso da ISO 14000. Existe por parte das empresas uma forma de atuar socialmente, por meio do incentivo ao trabalho voluntário dos seus funcionários em entidades sociais, fazendo doações e investindo em projetos sociais, empregando deficientes, expresidiários, abrindo seus espaços ociosos para o desenvolvimento de atividades educativas, esportivas, recreativas ou profissionalizantes para comunidades carentes, etc. As empresas podem criar Fundações ou Institutos, que permitem sinalizar seus investimentos e a sua política de empresa-cidadã. No Brasil existem alguns exemplos que podemos destacar, são: Fundação educar D paschoal; Fundação Roberto Marinho; Fundação Bradesco; Instituto C&A de Desenvolvimento Social : Instituto Credicard e o Instituto Pão de açúcar de desenvolvimento social, essas fundações visam o comprometimento de empresas com o Social. Na organização desses institutos e fundações tem sido notória, a ponto de contarem com associações, como o GIFE Grupo e Institutos, Fundações e Empresas, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, e as Câmaras Americanas de Comércio, que congregam as empresas que atuam socialmente. Isso tem demonstrado que as empresas estão preocupadas em aprimorar os seus trabalhos nessa área e estão cada vez mais estruturadas para assumir sua responsabilidade social de maneira mais estratégica. A relação e terceiro setor tem se tornado tão próxima que, às vezes, causa certa confusão. Isso ocorre, porque as empresas mais estruturadas para atuarem na área social, têm procurado criar seus institutos e fundações, que passam a se dedicar de maneira mais específica às questões sociais, assumindo, com maior visibilidade e, em geral com maior comprometimento, sua Responsabilidade Social. Os institutos e fundações, por atuarem nitidamente voltados para o atendimento das necessidades sociais, e, sendo subsidiados por um empresa, não visam lucros, o que os caracterizam como integrantes do terceiro setor, até