Palavras Chaves: Monitorias; Jogos; Resolução de Problemas.



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Transcrição:

1 Resumo Este trabalho se refere a um projeto do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) que é realizado com alunos das séries finais do Ensino Fundamental em uma escola municipal da cidade de Jataí-GO. Os bolsistas do projeto desempenham como atividade o papel de monitores, sob uma escala de atividades que abrange todos os dias da semana, durante o período matutino e vespertino na escola. As monitorias são atendimentos nos quais se contribui para que os sujeitos solucionem as suas dúvidas e dificuldades, despertem a sua autoestima, construam por si próprios os conceitos matemáticos, e sejam capazes de enfrentar e resolver determinadas situações e, quando possível, relembrem conteúdos importantes de ensinos anteriores. São selecionados pela professora para a monitoria os alunos que possuem maiores dificuldade em matemática. Os atendimentos aos alunos acontecem nos contra turnos da escola. O intuito é buscar interesse em aprender matemática, através de oficinas, tutorias e aulas diferenciadas, pois abrangem os objetivos em trabalhar a matemática de uma forma diferente dos métodos tradicionais, em ajudar os alunos com as principais dificuldades nos conteúdos e em estimular a importância da resolução de problemas. Foi desenvolvida no primeiro semestre uma gincana, onde o grande alvo era estimular os alunos a usarem conceitos básicos como jogos de sinais e números inteiros. Foram utilizados também alguns jogos para motivar os alunos em seu raciocínio e um Teatro Geométrico, onde o objetivo era trabalhar os sólidos geométricos em um contexto diferente. A gincana e o teatro atingiram os objetivos estabelecidos e os alunos conseguiram assimilar os conceitos, de modo que a melhora da aprendizagem dos mesmos é percebida pela professora por meio das avaliações aplicadas nas aulas, além de um visível aumento de interesse por parte dos alunos em relação à aprendizagem da matemática. Palavras Chaves: Monitorias; Jogos; Resolução de Problemas. 1. Introdução O presente trabalho trata-se de um relato sobre algumas experiências desenvolvidas pelo subprojeto da licenciatura em matemática da Regional Jataí, Universidade Federal de Goiás (UFG), no qual nós, bolsistas, atuamos no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Estas experiências foram desenvolvidas em uma escola do município de Jataí. Essa escola atende alunos da primeira e segunda fase do ensino fundamental. No que se refere aos trabalhos que estão sendo realizados nesta escola, a equipe da matemática atende a segunda fase, ou seja, alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Observamos que os trabalhos do subprojeto de matemática iniciaram em meados de abril deste ano corrente.

2 Para tanto, nós, bolsistas realizamos um período de observação e acompanhamento das atividades escolares ligadas à matemática junto com a professora supervisora, bem como, posteriormente, buscamos fazer intervenções no ensino e aprendizagem dos alunos, sob orientação dos professores coordenadores de área e da própria professora supervisora. Evidenciamos que após nossas observações em sala de aula e da exposição pela professora acerca das dificuldades e facilidades dos alunos em entender determinados conceitos matemáticos, elaboramos oficinas e monitorias a serem desenvolvidas com o objetivo de minimizar as dificuldades sobre os conteúdos matemáticos. Assim, as reflexões deste trabalho serão divididas entre as ações realizadas nas monitorias e as atividades desenvolvidas com o uso da resolução de problemas, do lúdico, e arte com a matemática. 2. As Monitorias As monitoras vêm sendo desenvolvidas tanto na sala de aula, como também em horários extraclasse marcados pela professora supervisora. Nesse aspecto, há um acompanhamento efetivo da aprendizagem dos alunos que frequentam as monitorias, onde se é possível acompanhar, por exemplo, aqueles que dentro da sala de aula são calados e apresentam dificuldades em entender a explicação da professora. Assim, durante o atendimento extraclasse, há um ambiente de maior proximidade entre bolsistas e alunos para a concretização da aprendizagem. Segundo os pesquisadores Bezerra, Araújo e Borges (2008, p. 04), as monitorias são indispensáveis, pois contribuem; para melhorar o processo ensino-aprendizagem, e uma melhor compreensão dos objetivos e da importância das disciplinas [...], além do mais, tem auxiliado a desenvolver no que diz respeito ao monitor, tanto no âmbito pessoal, melhorando o seu relacionamento com os demais alunos, quanto no profissional, proporcionando um maior conhecimento dos conteúdos inerentes a disciplina. (BEZERRA; ARAÚJO; BORGES 2008, p. 04). Nesse sentido, entendemos que um dos objetivos das monitorias é esclarecer dúvidas específicas decorrentes aos conteúdos trabalhados em sala de aula. Para tanto, utilizamos especialmente a metodologia de Resolução de Problemas atrelada a outras

3 metodologias. Desta forma, as monitorias se entrelaçaram o trabalho desenvolvido pelo professor em sala de aula. Segundo Onuchic ( apud HUNCA 2008, p. 3) Os alunos devem ser desafiados a resolver um problema e devem desejar fazê-lo. O problema deve conduzi-los a utilizar seus conhecimentos anteriores. Por outro lado, problema deverá exigir que busquem novas alternativas, novos recursos, novo conhecimentos para obter a solução, caso contrário não será para os alunos um problema. No que se refere ao desenvolvimento do projeto, percebemos até o momento que o trabalho com monitoria foi composto por pontos positivos e negativos. Um ponto que nos chamou atenção foi o fato da baixa frequência por parte dos alunos, cuja procura se dava somente em períodos próximos às avaliações, ou quando havia algum trabalho para ser feito. Isso nos levou a questionar sobre as metodologias adotadas nessas aulas e sobre o interesse desses alunos com a escola. Nesse sentido, os alunos relatam que apesar de terem bastantes dificuldades na referida disciplina perceberam que com o auxílio das bolsistas, tiveram a oportunidade de esclarecer suas dificuldades não somente nos momentos de sala de aula que tem com a professora,mas também no atendimento (monitoria) desenvolvido pelas bolsistas em período extra classe. Com tudo que foi dito anteriormente, finalizamos este momento mostrando que as monitorias constituem um espaço que possibilita trabalhar com as reais dificuldades dos alunos, sob as quais não se consegue perceber dentro da sala de aula. Isto nos possibilita também compreender que enquanto professores há a exigência do atendimento de um número maior de alunos e nem sempre é possível oferecer a devida atenção ao aluno com maior dificuldade no aprendizado. Assim a monitoria tem nos possibilitado a oportunidade de ver qual e o melhor método de ensinar determinado conceito para o aluno, confluindo em uma aproximação efetiva do monitor (bolsista) com os alunos. 3. As Oficinas Já nas oficinas, procuramos exemplificar/enunciar/elucidar de forma lúdica e dinâmica os conceitos matemáticos e com isso desenvolver o gosto pela disciplina. Compreendemos, tal como Ponte (1997 p.1), que é necessário proporcionar aos alunos

4 experiências diversificadas, baseadas em tarefas matematicamente ricas, realizadas num ambiente de aprendizagem estimulante. Destacamos também que estas oficinas, geralmente, ocorreram no horário regular das aulas e com a turma toda da sala. No que tange as oficinas, elas foram desenvolvidas com ênfase em atividades que envolvem a resolução de problemas, na qual priorizamos enquanto recursos didáticos os materiais concretos manipuláveis, o lúdico, a arte e as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Entendemos que é importante o uso de diversos recursos didáticos para a produção de conhecimento da matemática escolar. Com essa perspectiva, buscamos utilizar e brincar com a ludicidade, a arte, os materiais manipulativos sólidos geométricos e as tecnologias de informação e comunicação (TIC) computadores no desenvolvimento de uma oficina intitulada Teatro de Fantoche Geométrico e a Gincana das quatro operações, as quais serão descritas com mais detalhes a diante. No que se refere ao lúdico, acreditamos que a criança e o adolescente têm o desejo de brincar, e que esse desejo pode contribuir para a compreensão de alguns conceitos matemáticos, caso este seja utilizado a favor do conhecimento, no nosso caso especificamente, o matemático. Compreendemos, assim como Moratori (2003 p.5), que: o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. Acerca da arte, defendemos como Antoniazzi (2006, p. 2), que é importante dar condições para que o aprendiz expresse a sua sensibilidade, a sua criatividade e o gosto por atividades que envolvem a Matemática. A utilização do artístico que envolve noções as composições geométricas, construções e transposições com diferentes figuras, enfim, o trabalho vai proporcionar a criatividade do aluno, que tem demonstrado interesse na parte do aluno. A oficina Teatro de Fantoche Geométrico foi aplicada com as turmas dos alunos dos sétimos anos do ensino fundamental e tinha como objetivo a compreensão dos conceitos de vértice, face e aresta, bem como que os alunos soubessem identificar,

5 diferenciar e nomear alguns objetos geométricos, tal como a esfera, o cone, o cilindro e alguns tipos de prisma. Desse modo, a oficina foi dividida em etapas e em cada uma delas os alunos tiveram que desenvolver atividades. Assim, na primeira etapa, os alunos realizaram pesquisas a fim de verificar o que era geometria espacial e os conceitos de aresta, vértice e face. É válido enfatizar que a oficina foi realizada depois que a professora supervisora introduziu algumas noções do conteúdo de geometria espacial. Na terceira etapa, trabalhamos com as TIC. Para tanto, os alunos pesquisaram informações em sites da internet a fim de conhecer seus objetos de estudo. Esta etapa foi desenvolvida na escola, no laboratório de informática aonde todos os alunos iam fazendo a sua própria pesquisa, sobre o conteúdo estudado, os que eles achavam os mesmos estavam anotando para depois discutissem com o seu grupo que será divido e explicado na segunda etapa. Com auxílio do monitor a falar dos fantoches estavam sendo desenvolvidas. Na segunda etapa, nós dividimos a turma em grupos, distribuímos alguns temas acerca da geometria espacial De posse desses temas, os alunos pesquisaram e elaboraram uma peça de teatro de fantoche que, posteriormente, foi apresentado à turma. Para essa apresentação, cada grupo teve a responsabilidade de criar os personagens, suas falas e uma estória que contasse/explicasse algumas das características de uma determinada figura espacial, tal como a esfera, o cone, o cilindro e alguns tipos de prisma. Dessa forma, evidenciamos que os alunos produziram, juntamente com nós bolsistas, materiais manipuláveis geométricos e artísticos, que tiveram como intenção auxiliar na explicação de determinados conceitos que apareceram durante as apresentações de teatros. Observamos que os fantoches foram construídos no formado de sólido geométricos. Para finalizar, no que se refere a esta oficina especificamente, enfatizamos que conseguimos atingir parcialmente nossos os objetivos, pois, por um lado, percebemos que, na maioria, os alunos conseguiram compreender de forma significativa os conceitos e noções geométricas presentes nas pesquisas na internet e em suas apresentações teatrais, bem como comunicaram matematicamente suas ideias e participaram ativamente desta oficina. Por outro lado, percebemos que os grupos, no

6 geral, compreenderam somente os conceitos que cada um pesquisou e apresentou no teatro de fantoche e aqueles demais conceitos que eram parte da pesquisa e das apresentações de outros grupos não foram aprendidos com real significado. Em outro momento, trabalhamos também uma gincana que envolvia atividades com as quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão), resoluções de problemas e raciocínio lógico. O objetivo desta era trabalhar as quatro operações dentro de um contexto diferente, tentando assim despertar o interesse dos alunos. Para tanto, separamos as turmas em equipes. Destacou-se que para os alunos vencerem a gincana, estes deveriam realizar algumas atividades matemáticas, ou seja, eles tiveram a necessidade de relembrar, estudar e resolver algumas tarefas que envolviam conteúdos matemáticos a fim de ajudar sua equipe a vencer o jogo. Essa gincana foi realizada na quadra do bairro que se localiza nas proximidades da escola. Desse modo, elaboramos as seguintes tarefas: passa ou repassa da multiplicação, esfera quente, avance com resto, desafio lógico. Cada atividade foi elaborada encima das quatro operações, na mesma continham problemas envolvidos. Estes problemas foram desenvolvidos na lista onde cada aluno recebeu uma copia pra estudar e resolver em sala de aula ou nas monitorias. O desafio lógico tinha como ser resolvido através de contas, mais com este jogo queríamos estar observando como eles conseguiriam sair de um problema sem ajuda da professora ou de um monitor. A equipe vencedora teve como prêmio um pote de sorvete. Evidenciamos que no decorrer das atividades pudemos perceber que os alunos haviam estudado os tópicos matemáticos e estavam bastante participativos. O objetivo geral dessa gincana era proporcionar aos alunos uma maior compreensão dos conteúdos matemáticos estudados e a troca de experiências entre bolsistas e estudantes a cerca do processo de ensino-aprendizagem da matemática. Para finalizarmos tivemos como intuito buscar o interesse dos alunos em aprender matemática. Para isto, foram desenvolvidos projetos que auxiliavam o mesmo no ensino e na aprendizagem da Matemática. E também queríamos estabelecer umas ligações entre a Matemática e os conteúdos de outras áreas, assim dinamizar o processo de ensino aprendizagem, fazendo com que o aluno tenha maior interesse pela matemática, apesar de suas dificuldades.

7 4. Conclusão No que se refere ao trabalho no geral desta equipe do PIBID, observamos que o trabalho tem sido promissor, contribuindo para o aprendizado dos alunos escolares, sendo que os mesmos reconhecem o quanto são positivos os auxílios dos monitores nas dificuldades que vão surgindo no decorrer das aulas. Destacamos, ainda, que desde o início dos trabalhos na escola, passamos a vivenciar e adquirir experiências, tanto na teoria como na prática docente e no contexto geral do cotidiano escolar. Tivemos contatos com a realidade no âmbito escolar, onde se não fosse pelo o PIBID não conseguiríamos nos preparar para o nosso futuro. Daí, passamos a trabalhar com o ensino e aprendizagem de conceitos matemáticos, principalmente, os básicos. Além disso, ao participar do dia-a-dia da escola pudemos observar, analisar e a compreender, discutir e refletir as práticas utilizadas pela professora supervisora para resolverem inúmeras situações problemas que surgem a todo o momento no interior da sala de aula. Tendo em vista os aspectos observados, destacamos que procuramos trabalhar constantemente com a finalidade de promover um bom resultado acadêmico e uma boa aprendizagem matemática. Como bolsista do PIBID, observamos ainda que o projeto nos proporcionou um contato com o cotidiano escolar o que possibilitou uma troca de saberes, além do crescimento pessoal e como futuro profissional. 5. Referências Bibliográficas ANTONIAZZI, Helena Maria. Matemática e arte: uma associação possível. Disponível em: http://miltonborba.org/cd/interdisciplinaridade/encontro_gaucho_ed_matem/cientific os/cc49.pdf. Acesso em: 15 set. 2014. BEZERRA, F. T. C.; ARAÚJO, L. M.; BORGES, P. de F.. Monitoria para o ensino e contextualização da matemática para os cursos de agronomia, ciências biológicas e zootecnia do CCA-UFPB. Anais... XI Encontro de Iniciação à Docência. Cidade Universitária - João Pessoa, PB: Universidade Federal da Paraíba, p. 1-5, 9 a 11 de abr. 2008. Disponível em: http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/anais/area4/4cca DCFSMT05.pdf. Acesso em: 23 ago. 2014. HUANCA, R. R. H. Um olhar para a sala de aula a partir da resolução de problemas e modelação matemática. In: SEMINÁRIO EM RESOLUÇÃO DE PROBLEMA (I SERP), Monteiro PB: UEPB. Anais... Paraíba: UEPB; 2008.

MORATORI, Patrick Barbosa. Porque Utilizar Jogos Educativos no Processo de Ensino e Aprendizagem. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2003/t_2003_patrick_barbosa_m oratori.pdf. Acesso em: 15 set. 2014. PONTE, J. P.; BOAVIDA, A.; GRAÇA.; ABRANTES, P.). Didáctica da Matemática. Lisboa: DES do ME, 1997. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/fdm/textos/ponte-boavida-graca-abrantes(ca p4-dinamica).pdf. Acesso em: 01 set. 2014. RIBEIRO, Erika da Costa. Material Concreto para o Ensino de Trigonometria. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Minas Gerais, 2011. Disponível em: <http://www.mat.ufmg.br/~espec/monografias_noturna/monografia_erikacribeiro.pdf >. Acesso em 15 set. 2014. 8