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Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 26 de agosto de 2016 Mercado de trabalho deverá reduzir a necessidade de ajuste nos próximos meses, diante da estabilização da atividade econômica Ariana Stephanie Zerbinatti Os sinais de estabilização da atividade econômica têm se acumulado nos últimos meses, com a melhora da confiança em diversos setores, os resultados positivos da produção industrial e o crescimento disseminado das importações. Assim, ainda que o mercado de trabalho reaja de forma mais defasada à atividade, de acordo com as informações mais recentes, os ajustes já têm se mostrado menos intensos do que os observados em 2015 e no início deste ano. Acreditamos que esse movimento continuará neste segundo semestre, com saldos menos negativos de emprego formal e moderação no ritmo de alta da taxa de desemprego. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Assim como a melhora da economia tem se dado de forma diferente nos diversos setores, o emprego formal também tem mostrado desempenho heterogêneo. Com isso, o emprego na indústria foi o primeiro a apresentar reduções de menor magnitude. Chama atenção o comportamento do comércio, que também manteve a trajetória menos negativa de fechamento de vagas em julho. Do lado negativo, destaca-se o desempenho do emprego formal no setor de construção civil que, em termos dessazonalizados, tem revertido a melhora observada no final do ano passado. A despeito da expectativa de que o ajuste do mercado de trabalho começará a perder força, acreditamos na continuidade da desaceleração dos ganhos salariais nominais. Isso, por sua vez, deverá impactar negativamente o consumo das famílias até o final deste ano, embora corrobore para a desinflação em curso dos preços de serviços. Membros do FOMC têm visões diversas sobre mercado de trabalho e salários no futuro Estevão Augusto Oller Scripilliti A última ata do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve, relativa à reunião de julho, trouxe importantes discussões internas ao comitê sobre a dinâmica futura da economia norte-americana. Dada a aproximação do nível de pleno emprego, qual o ritmo de criação de empregos daqui em diante compatível com o mercado de trabalho equilibrado? Em nossa avaliação, há elementos para acreditar que houve sim uma mudança na relação entre a criação de vagas e a taxa de desemprego. Assim, parece-nos que a primeira tese é a mais plausível. Ou seja, a PEA deve continuar com menor crescimento e boa parte da queda da taxa de participação é permanente (demografia), o que fará com que a criação de vagas ao redor de 170 mil mensais seja compatível com o atingimento do pleno emprego ao longo dos próximos 12 a 18 meses. Com a aproximação do pleno emprego, qual deverá ser o grau de preocupação com alta de salários? Acreditamos que ainda existe alguma ociosidade remanescente no mercado de trabalho. Uma melhora gradual do mercado de trabalho não deverá levar a uma alta indesejada da inflação, assim como a maioria dos membros tem argumentado. O mais provável, em nossa avaliação, é que os salários continuem sua trajetória suave de alta, se o mercado de trabalho continuar melhorando gradualmente. Isso permitirá ao Fed manter sua abordagem bastante gradualista de normalização das condições monetárias, o que é compatível com nosso cenário de mais uma alta de juros em dezembro de 2016, e apenas duas altas adicionais dos Fed Funds ao longo de 2017, terminado o ano que vem em 1,25%. 1

Mercado de trabalho deverá reduzir a necessidade de ajuste nos próximos meses, diante da estabilização da atividade econômica Ariana Stephanie Zerbinatti Os sinais de estabilização da atividade econômica têm se acumulado nos últimos meses, com a melhora da confiança em diversos setores, os resultados positivos da produção industrial e o crescimento disseminado das importações. Assim, ainda que o mercado de trabalho reaja de forma mais defasada à atividade, de acordo com as informações mais recentes, os ajustes já têm se mostrado menos intensos do que os observados em 2015 e no início deste ano. Acreditamos que esse movimento continuará neste segundo semestre, com saldos menos negativos de emprego formal e moderação no ritmo de alta da taxa de desemprego. A queda da produção do setor industrial foi uma das mais intensas nos últimos anos. Por se tratar de um componente cíclico da economia, foi um dos primeiros a emitir sinais de melhora, com forte recuperação da confiança e crescimento da produção nos últimos quatro meses. Com isso, o emprego na indústria também foi o primeiro a apresentar reduções de menor magnitude. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, divulgados nesta última quinta-feira, apontaram para fechamento líquido de 13 mil vagas na indústria, bastante acima da demissão de cerca de 65 mil pessoas, observada no mesmo período do ano passado. Em termos dessazonalizados, o saldo passou de uma demissão líquida de 57 mil vagas no início deste ano para outra de 23 mil no mês passado. No mesmo sentido, especificamente em relação ao emprego industrial paulista, os últimos resultados divulgados pelo sistema Fiesp/Ciesp também indicaram saldos negativos de menor magnitude que os apresentados em junho e julho em 2014 e 2015, visto que a atividade da indústria no estado de São Paulo tem mostrado expansão bem acima da média nacional. Ademais, os Programas de Demissão Voluntária (PDV) e lay-offs também têm reduzido o número de demitidos no setor. 110,0 105,0 100,0 95,0 97,5 105,1 103,3 105,1 102,6 97,6 105,7 99,2 97,3 98,9 93,3 Nível da produção industrial Dados dessazonalizados 90,0 93,1 85,0 80,0 82,8 85,7 83,3 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 86,2 Fonte: FGV Cenário Doméstico Saldo de emprego formal industrial: média móvel trimestral Dados dessazonalizados Fonte: Caged 100.000 50.000 0-50.000-100.000-150.000 35.901-54.639 63.739 37.628 7.367 3.453 8.406-12.835-52.729 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16-22.394 2

65 55 45 35 25 15 5-5 -15-25 -35-45 -55-65 -75 2010 2012 2013 2014 2015 2016 10,5 6,5 3,0 2,5-6,0-15,0-41,0-53,5-60,0-61,5-68,5 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Saldo do emprego industrial paulista Fonte: Fiesp/Ciesp Assim como a melhora da economia tem se dado de forma diferente nos diversos setores, o emprego formal também tem mostrado desempenho heterogêneo. Chama atenção o comportamento do comércio, que também manteve a trajetória menos negativa de fechamento de vagas em julho. Houve demissão líquida de 16 mil trabalhadores, ante saldo negativo de 36 mil pessoas no mesmo período do ano passado. Do lado negativo, destaca-se o desempenho do emprego formal no setor de construção civil que, em termos dessazonalizados, tem revertido a melhora observada no final do ano passado. 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 29.110 38.117 44.582 27.312 20.033 9.636 Saldo de emprego formal no comércio: média móvel trimestral Dados dessazonalizados 0-10.000 6.361-6.798-20.000-21.668-30.000-40.000-31.574-50.000 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 Fonte: Caged Saldo de emprego formal na construção civil: média móvel trimestral Dados dessazonalizados 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 7.733 26.494 34.431 20.220 3.224 0-10.000-20.000-9.417 Cenário Doméstico Fonte: Caged -30.000-40.000-50.000 A despeito da expectativa de que o ajuste do mercado de trabalho começará a perder força, acreditamos na continuidade da desaceleração dos ganhos salariais nominais. Isso, por sua vez, deverá impactar negativamente o consumo das famílias até o final deste ano, embora corrobore para a desinflação em -35.122-39.081 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16-33.946 curso dos preços de serviços. De acordo com a última divulgação da Pnad Contínua mensal, o rendimento médio nominal total apresentou desaceleração importante em junho, ao registrar aumento de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015, após ter crescido 6,4% em maio. Ainda que a série seja volátil, a média 3

móvel dos últimos três meses aponta para alta de 5,6%, bastante inferior ao ganho de 8,5% registrado em junho do ano passado e de 7,7% em janeiro. Já no mês passado, a alta interanual dos salários dos trabalhadores formais foi de 8,4%, de acordo com os dados do Caged, marcando ligeira redução do ritmo de aumento, visto que havia subido 8,5% no final do trimestre anterior. 15,0 13,0 11,0 10,4 13,5 12,6 12,7 11,2 12,0 9,8 Caged Pnadc (adiantada 6m) 11,1% 9,7% Rendimento nominal: Pnad Contínua e admitidos Caged - variação interanual 9,0 8,6 8,4 7,0 7,3 6,9 6,4% 5,0 3,0 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 3,8 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 4,6% jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 4,8% Fonte: Caged, IBGE A melhora da confiança aponta para continuidade de recuperação dos saldos do Caged. Para agosto, os indicadores das sondagens da FGV sugerem uma destruição líquida aproximada de 85 mil postos de trabalho, descontados os efeitos sazonais. Ainda que não acompanhe todas as variações dos dados efetivos, o modelo captura bem a tendência da geração líquida total. Além disso, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) da FGV registrou duas quedas consecutivas em junho e em julho, situando-se no mesmo patamar de abril. Assim, esperamos altas menos intensas da taxa de desemprego para os próximos meses. O que temos visto na Pnad Contínua é que a ocupação tem ensaiado alguma redução da queda interanual, mas ainda bastante incipiente. Cabe destacar também que a contração não foi maior dada a aceleração do crescimento do emprego informal, que ainda levará algum tempo para começar a cair. 259 Caged 198 220 201 Sondagens 169 137 149 106 82 53 33 13-39 -86-126 -148-167 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 300 250 200 150 100 50 0-50 -100-150 -200-250 Saldo de emprego formal dessazonalizado - efetivo e sugerido pelas sondagens Fonte: Caged, FGV Cenário Doméstico Indicador coincidente de Desemprego (ICD) e taxa de desemprego dessazonalizada (%) Fonte: IBGE, FGV 105,0 95,0 85,0 75,0 65,0 55,0 101,9 9,4 96,5 86,3 7,4 90,4 9,0 69,4 8,0 ICD FGV Pnad Contínua (retropolada) 60,4 7,4 7,5 67,4 74,4 90,8 6,8 7,1 100,0 jul/06 out/06 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 7,6 9,0 11,5 11.0 96,8 10,5 9,5 8,5 7,5 6,5 4

Dessa forma, a moderação do ajuste do mercado de trabalho deverá se confirmar nos próximos meses. Entretanto, diante da redução de aproximadamente 650 mil vagas de emprego formal acumulada até julho, estimamos saldo negativo de 1,1 milhão para este ano (lembrando que as demissões, por questões sazonais, são maiores em dezembro). Para 2016, esperamos criação de 700 mil vagas, refletindo os efeitos da retomada da economia, quando o PIB deverá crescer 1,5%. Para a taxa de desemprego, como já dissemos anteriormente, esperamos altas de menor intensidade, com a população ocupada registrando sua primeira elevação no primeiro trimestre do próximo ano. Para 2016, projetamos taxa média de 11,0%. 2.000 1.500 1.000 500 762 645 1523 1254 1229 1617 1452 995 2137 1566 868 731 397 700 Saldo de emprego formal anual (em milhares) 0-500 -1.000-1.500-1100 -2.000 2002 2003 2004 2005 2006-1625 Taxa de desemprego média anual (em %) Cenário Doméstico 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Caged Elaboração e projeção: BRADESCO 12,0 11,0 11,0 11,9 10,0 9,0 8,0 9,6 9,7 8,8 9,3 9,9 10,2 9,8 9,4 9,9 8,9 8,1 8,6 8,3 7,7 8,4 7,0 7,3 7,2 6,8 Fonte: IBGE Elaboração e Projeção: BRADESCO 6,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 5

Membros do FOMC têm visões diversas sobre mercado de trabalho e salários no futuro Estevão Augusto Oller Scripilliti A última ata do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve, relativa à reunião de julho, trouxe importantes discussões internas do comitê sobre a dinâmica futura da economia norte-americana. Em geral, os analistas tendem a se apegar à comunicação da maior parte dos membros e às projeções gerais do comitê. Entretanto, nessa ata apareceram duas importantes discussões entre os membros com relação ao mercado de trabalho e aos salários: 1. Dada a aproximação do nível de pleno emprego, qual o ritmo de criação de empregos daqui em diante compatível com o mercado de trabalho equilibrado? Na tabela a seguir simulamos quais seriam nos números de vagas criadas compatíveis com determinadas taxas de desemprego ao final de 2017 para diferentes relações entre criação de vagas e queda de desemprego. Criação de vagas por mês compatível com taxa de desemprego ao final de 2017 Desemprego (final de 2017) 4,5 4,7 4,9 Relação até 2007 253 205 169 Relação Recente 193 169 144 Cenário Externo Há divergência de visões dentro do comitê, evidenciadas pelas citações contidas no documento. De um lado: ALGUNS acreditam que a criação de emprego deverá desacelerar para não gerar pressões inflacionárias adiante. Com visão diferente: OUTROS ainda julgam que estamos abaixo de pleno emprego e o mercado de trabalho está melhorando mais lentamente, com desemprego estável nos últimos meses e ausência de melhora de emprego em tempo parcial, e de outras medidas do mercado de trabalho, no período recente. A essência da discussão está na dúvida sobre o tamanho da ociosidade remanescente no mercado de trabalho, tendo como questão central o potencial retorno de parte da mão-de-obra que saiu da população economicamente ativa (PEA) e reduziu a taxa de participação desde a crise de 2008. Um exercício simples, que relaciona a criação de vagas (como proporção do estoque de mão-de-obra) com a queda da taxa de desemprego, mostra que houve uma alteração dessa relação após a crise de 2008. Para o mesmo número de criação de vagas, temos hoje uma queda de desemprego maior do que tínhamos até 2007. Uma parcela desse fenômeno deriva da alteração da estrutura etária da população americana, com crescimento mais lento da PEA nos últimos anos. Os membros que defendem que a proximidade do pleno emprego requer que haja desaceleração do ritmo de vagas geradas daqui em diante, estão com a avaliação de que as relações recentes devem prevalecer por conta das mudanças estruturais do mercado de trabalho verificadas nos últimos anos. Nessa hipótese, criação de 170 mil vagas mensais seria suficiente para gerar uma queda gradual do desemprego até 4,5% (piso das estimativas do Fed para a taxa desemprego de longo prazo). Se considerarmos o ponto central das estimativas do Fed (desemprego de 4,8% no longo prazo), uma geração de 150 mil vagas mensais seria suficiente para manutenção desse nível de desemprego. Outro grupo defende que ainda há maior grau de ociosidade remanescente no mercado de trabalho do que o sugerido pelos dados de desemprego. Essa leitura é baseada no fato de que existe um contingente relevante de trabalhadores em tempo parcial, mas que de desejam trabalhar em tempo integral. Além disso, outros indicadores qualitativos mostram que há um contingente de empregados com boa qualificação em funções mais básicas. Na avaliação desses membros, poderia haver criação maior de vagas, e de melhor qualidade, para se atingir de fato uma condição de pleno emprego. Se houvesse uma volta ao padrão de longo prazo, seria necessária a geração de 170 6

mil vagas mensais apenas para manter a taxa de desemprego estável. E, para atingir o limite inferior de projeção do Fed para o longo prazo, 205 mil vagas mensais deveriam ser geradas. Em nossa avaliação, há elementos para acreditar que houve sim uma mudança na relação entre a criação de vagas e a taxa de desemprego. Assim, parecenos que a primeira tese é a mais plausível. Ou seja, a PEA deve continuar com menor crescimento e boa parte da queda da taxa de participação é permanente (demografia), o que fará com que a criação de vagas ao redor de 170 mil mensais seja compatível com o atingimento do pleno emprego ao longo dos próximos 12 a 18 meses. 2. Com a aproximação do pleno emprego, qual deverá ser o grau de preocupação com alta de salários? Há divergências também dentro do comitê em relação à intensidade com que a aproximação do pleno emprego pode se traduzir em aumento de salários nesse ciclo. Citações das diferentes visões expressas pelos membros do comitê apontam que: (i) de um lado: a MAIORIA enxerga baixos riscos de que a melhora adicional gradual de emprego gere alta indesejada da inflação ; (ii) por outro lado, POUCOS acreditam no risco de que, se a taxa desemprego cair além do pleno emprego, isso poderá causar alta mais acelerada da inflação As evidências, por ora, apontam para uma alta de salários inferior ao sugerido pelo nível corrente de desemprego. Há muita discussão acadêmica em relação a uma alteração na curva de Philips 1 na economia norte-americana. Sob essa tese, as taxas de desemprego próximas de pleno emprego hoje gerariam menos inflação (inclusive via salários menos pressionados) do que no passado. De fato, conforme ilustrado no gráfico a seguir, taxas de desemprego abaixo de 5%, conforme as atuais, seriam compatíveis com altas salariais mais próximas de 4%, se considerados os parâmetros da curva de Phillips que prevaleceu nos Estados Unidos até a crise de 2008. Entretanto, a taxa de desemprego de 4,9% tem produzido, até o momento, uma alta de salários bem mais moderada (ao redor de 2,5% nos últimos oito meses). Se considerarmos, alternativamente, a medida de desemprego ampliado (hoje em 9,6%), que contabiliza como desempregadas as pessoas que trabalham em tempo parcial por motivos econômicos (desejam ter emprego em tempo integral, mas não conseguem), teríamos uma alta de salários sugerida ligeiramente acima de 3%. -0,5% 0,5% 1,5% Salários Desemprego Desemprego Ampliado 17,1% 1,6% 1,6% 18,0% 15,0% Estados Unidos: Taxa de desemprego e Salários (variação interanual) Salários 2,5% 3,5% 12,0% 2,4% 9,6% 9,0% Desemprego 4,5% 5,5% 4,2% 3,8% fev/95 jun/95 out/95 fev/96 jun/96 out/96 fev/97 jun/97 out/97 fev/98 jun/98 out/98 fev/99 jun/99 out/99 fev/00 jun/00 out/00 fev/01 jun/01 out/01 fev/02 jun/02 out/02 fev/03 jun/03 out/03 fev/04 jun/04 out/04 fev/05 jun/05 out/05 fev/06 jun/06 out/06 fev/07 jun/07 out/07 fev/08 jun/08 out/08 fev/09 jun/09 out/09 fev/10 jun/10 out/10 fev/11 jun/11 out/11 fev/12 jun/12 out/12 fev/13 jun/13 out/13 fev/14 jun/14 out/14 fev/15 jun/15 out/15 fev/16 jun/16 4,4% 6,0% 4,9% 3,0% Fonte: Bloomberg Cenário Externo A diferença entre a alta de salários sugerida pelos parâmetros históricos da Curva de Phillips para economia norte-americana (3,1%) e a alta efetiva atual (2,5%) pode ser, em parte, explicada pelo fato de que a inflação corrente e as expectativas de inflação estão baixas. A inflação corrente e as expectativas baixas tendem a afetar a dinâmica de todos os demais preços da economia, inclusive dos salários. Em relação a essa segunda divergência, acreditamos que ainda existe alguma ociosidade remanescente no mercado de trabalho. Uma melhora adicional gradual do mercado de trabalho não deverá levar a uma alta indesejada da inflação, assim como a maioria dos membros tem argumentado. O mais provável, em nossa avaliação, é que os salários continuem sua trajetória suave de retomada, se o mercado de trabalho continuar melhorando gradualmente. 1 Que revela o trade-off entre inflação e desemprego. No curto prazo, uma menor taxa de desemprego poderia levar a um aumento da inflação. O contrário também é válido. 7

Esse debate se reflete, em nosso cenário de que a criação de vagas será mais modesta daqui em diante, chegando a 170 mil vagas por mês. Com isso, (i) a taxa de desemprego caminhará muito lentamente para 4,5% ao final do ano que vem; (ii) os salários deverão acelerar de uma alta de 2,5%, atualmente, para 3,0% em 2017 e (iii) a inflação 2 mostrará alta ligeiramente abaixo de 2% ao final de 2017. Isso permitirá ao Fed manter sua abordagem bastante gradualista de normalização das condições monetárias, o que é compatível com nosso cenário de mais uma alta de juros em dezembro de 2016, e apenas duas altas adicionais dos Fed Funds ao longo de 2017, terminado o ano que vem em 1,25%. Cenário Externo 2 Inflação medida pelo índice de gastos de consumo pessoal. 8

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2007-2017 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016p 2017p Países Desenvolvidos 2,8 0,1-3,6 3,0 1,7 1,2 1,1 1,8 1,9 1,4 1,1 Estados Unidos 1,9-0,3-3,5 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 1,5 1,7 Área do Euro 3,0 0,4-4,3 1,8 1,5-0,6-0,4 0,9 1,5 1,5 1,3 Alemanha 3,4 0,8-5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,6 1,7 1,7 1,7 França 2,3-0,1-3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 1,1 1,3 1,5 Itália 1,7-1,2-5,5 1,8 0,4-2,7-1,9-0,3 0,4 1,3 1,2 Reino Unido 3,6-1,0-4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 2,7 2,2 1,4 0,4 Japão 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,5 1,5 0,0 0,4 0,5 0,0 Países Emergentes 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,2 5,0 4,4 4,0 3,7 4,0 China 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 6,9 6,5 6,3 Coréia 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 3,3 2,6 2,0 2,0 Rússia 8,5 5,2-7,8 4,5 4,3 3,4 1,3 0,6-3,7-0,9 0,5 Índia 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 7,6 7,2 6,7 América Latina 5,8 4,3-1,3 6,1 4,9 3,1 2,9 1,4 0,0-0,5 1,9 Brasil 6,0 5,0-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,0 1,5 Argentina 8,0 3,1 0,1 9,1 8,4 0,8 2,9 0,5 2,1-0,8 1,5 Chile 5,2 3,3-1,1 7,5 4,8 5,5 4,3 1,9 2,1 1,8 2,5 Colômbia 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,9 4,6 3,1 2,6 3,1 México 3,2 1,2-6,2 5,1 4,0 4,0 1,4 2,1 2,5 2,3 2,5 Peru 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,4 3,3 3,3 4,0 Mundo 5,4 2,9-0,6 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1 2,7 2,8 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 9

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2007-2017 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 6,1 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,0 1,5 Agropecuária (%) 3,2 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 0,4 1,8 1,5 2,5 Indústria (%) 6,0 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,2-6,2-3,5 2,5 Serviços (%) 5,8 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 0,7-2,7-2,7 1,0 Consumo Privado (%) 6,3 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 0,9-4,0-4,0 1,0 Consumo da Adm. Pública (%) 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 1,3-1,0-2,5 0,5 Investimento (FBKF) (%) 12,0 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,4-14,1-7,0 4,5 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 6,2 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,1 9,0 5,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 19,6 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,0-14,3-12,0 3,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.687 5.904 6.190 6.674 PIB (US$) - bilhões 1.397 1.695 1.669 2.208 2.611 2.459 2.464 2.417 1.772 1.780 2.051 População - milhões 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 PIB per capita - US$ 7.281 8.717 8.469 11.084 13.229 12.344 12.256 11.919 8.668 8.639 9.876 Produção Industrial - IBGE (%) 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-6,5 1,9 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 8,9 8,1 8,6 8,3 7,6 7,3 7,2 6,7 8,4 11,0 11,9 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,2-5,0 0,9 IPCA - IBGE (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,2 5,0 IPC - FIPE (%) 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 7,5 5,5 IGP-M - FGV (%) 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 8,0 5,5 IGP-DI - FGV (%) 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 7,8 5,5 Taxa Selic (final de período) % 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,25 10,25 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 13,95 11,08 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 6,3 5,8 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 5,5 5,2 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial (US$ bilhões) 40,0 24,8 25,3 20,1 29,8 19,4 2,6-3,9 19,7 47,1 42,4 Exportações (US$ bilhões) 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 191,1 193,1 215,2 Importações (US$ bilhões) 120,6 173,0 127,6 181,6 226,2 223,1 239,6 229,0 171,5 146,0 172,7 Corrente de Comércio (% PIB) 20,1 21,9 16,8 17,4 18,5 18,9 19,6 18,8 19,7 19,1 18,9 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -42,5-57,3-52,9-70,3-107,5-94,2-78,8-100,3-79,4-71,1-85,4 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 1,6-28,2-24,3-47,3-77,0-74,1-74,8-103,6-58,9-22,7-39,9 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,1-1,7-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,3-3,2-1,3-2,0 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 96,9 75,1 63,0 68,5 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,08 2,35 2,65 3,90 3,20 3,30 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,48 3,25 Desvalorização nominal ponta (%) -17,15 31,94-25,49-4,09 12,58 10,86 12,81 12,96 47,35-18,05 3,12 Desvalorização nominal média (%) -10,53-5,82 8,98-9,93-4,85 16,67 10,43 9,06 41,54 4,36-6,40 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 379,7 387,3 395,0 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 193,2 198,3 198,2 256,8 298,2 312,9 308,6 348,7 355,6 347,4 361,3 Dívida Externa / Exportações 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,9 1,8 1,7 Reservas Internacionais / Importações 1,5 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,2 2,7 2,3 Rating Soberano Moody's Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 - - Rating Soberano S&P BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ - - IBOVESPA - Pontos 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 - - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 88,1 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 91,3-32,5-110,8-156,2-139,4 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-2,5-2,1 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,7-2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,0-6,0-10,3-9,3-8,2 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.542,9 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.243,6 2.583,9 2.748,0 3.252,4 3.910,7 4.553,1 5.297,5 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,2 73,6 79,4 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 45,0 41,4 46,7 39,4 36,2 37,7 35,1 39,7 42,0 53,9 56,7 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 44,5 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,0 50,6 52,9 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) será descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 26/agosto/2016 (*) Estatísticas referentes ao Balanço de Pagamentos seguem metodologia nova BPM6. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 10

Equipe Técnica Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa Superintendente Executivo Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Ariana Stephanie Zerbinatti / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Bruno Sanchez Honório / Carlos Henrique Gomes de Brito / Christian Frederico M. Moraes / Fabio Rafael Otheguy Fernandes / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 11