a) A adoção de uma dieta variada, nutricionalmente equilibrada, rica em legumes,



Documentos relacionados
Na diabetes e dislipidemia

Avaliação do Risco Cardiovascular SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation) Departamento da Qualidade na Saúde

Abordagem terapêutica das dislipidemias Dislipidemias Médicos do Sistema Nacional de Saúde Departamento da Qualidade na Saúde

para homens asiáticos EM AUDIÇÃO E TESTE DE APLICABILIDADE ATÉ 31 DE MAIO DE 2012

Colesterol 3. Que tipos de colesterol existem? 3. Que factores afectam os níveis de colesterol? 4. Quando está o colesterol demasiado elevado?

1. As indicações para a prescrição da determinação laboratorial do perfil lipídico para avaliar o risco

Sessão Televoter Diabetes

O HDL é conhecido como o bom colesterol porque remove o excesso de colesterol e traz de volta ao fígado onde será eliminado. O LDL-colesterol é o

Ácido nicotínico 250 mg, comprimido de liberação Atorvastatina 20 mg, comprimido; Bezafibrato 400 mg, comprimido; Pravastatina 20 mg, comprimido;

1/13. período de tempo

EM DISCUSSÃO PÚBLICA ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 005/2013 DATA: 19/03/2013

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

O resultado de uma boa causa. Apresentação de resultados da campanha pela Obesidade do programa Saúde mais Próxima

Treinamento de Força e Diabetes. Ms. Sandro de Souza

Efeitos da Ampla Modificação no Estilo de Vida como Dieta, Peso, Atividade Física e Controle da Pressão Arterial: Resultado de 18 Meses de Estudo

NÚMERO: 002/2011 DATA: 14/01/2011 ASSUNTO: PALAVRAS CHAVE: PARA: CONTACTO:

Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Rafaella Cristhine Pordeus de Lima Concluinte do mestrado em Ciências da Nutrição UFPB Especialista em Nutrição Clínica UGF-RJ

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012)

Estado- Titular da autorização de Nome do medicamento introdução no mercado. Postfach Ludwigshafen DE Germany.

Os resultados desanimadores do EUROASPIRE III - o que estamos a fazer mal na prevenção cardiovascular?

DIABETES TIPO 2 PREVALÊNCIA DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM. Paula Bogalho. S. Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

O QUE SÃO OS TRIGLICERÍDEOS?

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de Dislipidemias

Hipert r en e são ã A rteri r a i l

Coração Saudável! melhor dele?

Sessão Televoter Diabetes

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

O que é O que é. colesterol?

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

Aumentar o Consumo dos Hortofrutícolas

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

Dimensão Segurança do Doente. Check-list Procedimentos de Segurança

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Pré diabetes. Diagnóstico e Tratamento

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

Prevenção da Angina e do Infarto do Miocárdio

Unidades prestadores de cuidados de saúde do SNS. Departamento da Qualidade na Saúde

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter

NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL

Check-list Procedimentos de Segurança

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

Sessão Televoter Diabetes. Jácome de Castro Rosa Gallego Simões-Pereira

Lípidos e dislipidemia. Cláudio David

Coração saudável. Dr. Carlos Manoel de Castro Monteiro MD,PhD

DISLIPIDEMIA. E 78.- Distúrbios do metabolismo de lipoproteínas e outras lipidemias

COMER DIFERENTE, COMER MELHOR: O QUE PODE A ORDEM DOS NUTRICIONISTAS FAZER PELA ALIMENTAÇÃO DOS PORTUGUESES?

DCI Nome de fantasia Dosagem Forma farmacêutica. Kemény kapszula. Capsules

O PAPEL DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO CARDIACA RAQUEL BOLAS

Saúde e Desporto. Manuel Teixeira Veríssimo Hospitais da Universidade de Coimbra. Relação do Desporto com a Saúde

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS

11º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica Diabetes. Diabetes: avaliação da evolução e do tratamento

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

3. Cópia dos resultados dos principais exames clínicos e os relacionados à obesidade Hemograma Glicemia Colesterol Triglicérides T3 T4 TSH

Sumário. Data: 19/11/2013 NTRR 224/2013. Medicamento X Material Procedimento Cobertura

O QUE SABE SOBRE A DIABETES?

Carta europeia para a saúde do coração

INTRODUÇÃO OBJETIVO APLICABILIDADE. Crianças e adolescentes. População excluída: Nenhuma. DIRETRIZ

das Doenças Cérebro Cardiovasculares

Colesterol O que é Isso? Trabalhamos pela vida

Gorduras, Alimentos de Soja e Saúde do Coração Análise das Evidências

Insuficiência Cardíaca Aguda e Síndrome Coronária Aguda. Dois Espectros da Mesma Doença

Carta europeia para a saúde do coração

EXERCÍCIO E DIABETES

PROGRAMA IV BRASIL PREVENT & II LATIN AMERICAN PREVENT DATA: 05 A 07 DEZEMBRO 2013 BAHIA OTHON PALACE HOTEL SALVADOR BAHIA

COMISSÃO EXECUTIVA DA ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA NO TRABALHO DA CONSTRUÇÃO PROCEDIMENTOS PARA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO ESPECIALISTA EM

Obesidade Infantil. O que é a obesidade

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA

Conheça o lado bom e o lado ruim desse assunto. Colesterol

Valor do sector do Diagnóstico in vitro, em Portugal. Principais conclusões APIFARMA CEMD. Outubro 2014

IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO!

Na comemoração anual do Dia Mundial da Criança cumpre recordar que o bem estar das crianças se realiza, ou não, no seio das famílias e que as

Nome Dosagem Forma farmacêutica. FENOFIBRATO PENSA 160 mg comprimidos recubiertos con película EFG

Deliberação n.º 939/2014, de 20 de março (DR, 2.ª série, n.º 75, de 16 de abril de 2014)

Autores: Cristina Somariva Leandro Jacson Schacht. SESI Serviço Social da Indústria Cidade: Concórdia Estado: Santa Catarina 27/10/2015

Nutrição e Doenças Crônicas Não Transmissível

Modificação do estilo de vida: dificuldades no controlo dos fatores de risco

Tensão Arterial e Obesidade na comunidade assídua do mercado municipal de Portalegre

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

NÚMERO: 007/2011 DATA: 31/01/2011

FGV GV Saúde. Condições Crônicas Fatores de risco e prevenção. Centro de Medicina Preventiva Hospital Israelita Albert Einstein Março de 2013

factos e mitos ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS

Programa Nacional para a Diabetes. Orientações Programáticas

Iremos apresentar alguns conselhos para o ajudar a prevenir estes factores de risco e portanto a evitar as doenças

CARTÃO DA PESSOA COM DOENÇA RARA Relatório de Acompanhamento Departamento da Qualidade na Saúde

APOGOM. Compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde

Triglicerídeos altos podem causar doenças no coração. Escrito por Fábio Barbosa Ter, 28 de Agosto de :19

- Unidade de Saúde Familiar Vimaranes

PROPOSTA DE LEI N.º 34/IX

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Elevação dos custos do setor saúde

Transcrição:

NÚMERO: 019/2011 DATA: 28/09/2011 ATUALIZAÇÃO: 30/07/2015 ASSUNTO: Abordagem Terapêutica das Dislipidemias no Adulto PALAVRAS-CHAVE: Dislipidemias PARA: Médicos do Sistema de Saúde CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.pt) Nos termos da alínea a) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 14/2012, de 26 de Janeiro, por proposta conjunta do Departamento da Qualidade na Saúde, do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares e da Ordem dos Médicos, emite a seguinte: NORMA 1. Na abordagem terapêutica das dislipidemias os médicos devem promover intervenções no estilo de vida, adequadas a cada pessoa, considerando-se nomeadamente (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 1-3,9,11 : a) A adoção de uma dieta variada, nutricionalmente equilibrada, rica em legumes, leguminosas, verduras e frutas e pobre em gorduras (totais e saturadas); b) A prática regular e continuada de exercício físico, 30 a 60 minutos, quatro a sete dias por semana; c) O controlo e a manutenção de peso normal, isto é, índice massa corporal igual ou superior a 18,5 mas inferior a 25; e perímetro da cintura inferior a 94cm, no homem, e inferior a 80 cm, na mulher; d) A restrição do consumo excessivo de álcool (máximo 2 bebidas/dia); e) A diminuição do consumo de sal (valor ingerido inferior a 5,8 g/dia); f) A cessação do consumo de tabaco. 2. É objetivo terapêutico, na pessoa com um risco cardiovascular baixo (SCORE < 1%) a moderado (SCORE 1% a < 5%), manter o valor de c-total inferior a 190 mg/dl a e c-ldl inferior a 115 mg/dl (Nível de Evidência C, Grau de Recomendação IIa) 3,9, 10,11. a Equivalências de todos os valores desta Norma referidos como mg/dl estão em Anexo I, Quadros 2 e 3 Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 1/17

3. É objetivo terapêutico, na pessoa assintomática e com um risco cardiovascular alto (SCORE 5% a <10%), assim como na pessoa com dislipidemia familiar aterogénica e hipertensão de grau 3 ( 180 e/ou 110 mmhg), obter um valor de c-ldl inferior a 100 mg/dl (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação IIa) 3,9,10,11. 4. É objetivo terapêutico, na pessoa com risco cardiovascular muito alto (doença CV clinicamente evidente, diabetes tipo 2 ou tipo 1 com um ou mais fatores de risco CV e/ou lesão de órgão-alvo, doença renal crónica grave [TFG < 30 ml/min/1.73 m 2 ] ou um nível de SCORE 10%), obter um c-ldl inferior a 70 mg/dl: a) Se não for possível atingir o valor alvo de c-total e c-ldl, é desejável atingir uma redução igual ou superior a 50% do c-ldl (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 3,5,9,11. 5. Na pessoa com risco cardiovascular baixo ou moderado e que não alcance os objetivos terapêuticos com intervenções no estilo de vida, conforme o ponto 1 desta Norma, justifica-se a introdução de tratamento farmacológico, iniciando-se com uma estatina, no caso a sinvastatina e em dose adequada às alterações analíticas. 6. Na pessoa com risco cardiovascular alto ou muito alto, merecedora de tratamento farmacológico, deve-se privilegiar o tratamento inicial com sinvastatina 40 mg (Anexo I, Quadro 1) compara a redução percentual do c-ldl versus as diferentes doses de cada fármaco (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação I) 3, considerar: a) Quando os objetivos terapêuticos não são alcançados, prescrever uma estatina até à dose máxima recomendada ou à dose mais elevada tolerada para atingir o nível alvo (Nível de Evidência A, Grau de Recomendação I) 3,5,7,10, mudando para uma estatina mais potente, se necessário (Anexo I, Quadro 2 e 3); b) As indicações para a associação a outros medicamentos antidislipidémicos, isto é, de outras classes farmacológicas são, em muitos casos, escassas e parcelares. Contudo quando os objetivos não são alcançados, a junção de ezetimiba, resina permutadora de iões ou niacina pode ser indicada (Nível de Evidência C, Grau de Recomendação IIb) 5,7,9,11. 7. No caso da presença de hipertrigliceridemia superior a 200 mg/dl devem ser prescritas intervenções no estilo de vida, nos termos do ponto 1 da presente Norma. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 2/17

8. Se com a indicação de intervenções no estilo de vida não ocorrer redução da trigliceridemia devem ser consideradas as seguintes opções farmacológicas: a) Nos casos de risco cardiovascular alto, as estatinas são os fármacos de primeira escolha por reduzirem o risco cardiovascular total e a hipertrigliceridemia; fibrato, niacina ou ácidos gordos ómega-3 também podem ser indicados; b) Na ausência de risco cardiovascular alto, para a redução da hipertrigliceridemia considerar os fibratos (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação I) a niacina (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação IIa) ou os ácidos gordos ómega-3 (Nível de Evidência B, Grau de Recomendação IIa) 6,9,11. 9. No caso de hipertrigliceridemia muito elevada, isto é, superior a 880 mg/dl, o principal risco clínico é o de pancreatite; nestes casos, são obrigatórias medidas de restrição dietéticas e o tratamento farmacológico. 10. Concentrações de c-hdl inferiores a 40 mg/dl no homem ou inferiores a 45 mg/dl na mulher são considerados marcadores de risco cardiovascular acrescido. 11. A Qualquer exceção à Norma é fundamentada clinicamente, com registo no processo clínico. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 3/17

12. O algoritmo clínico Avaliação de Dislipidemias Doentes com DCV, diabetes, DRC Indivíduos com fatores de risco ou risco cardiovascular aumentado Doseamento laboratorial CT, C-LDL, C-HDL, TG Sim C-LDL 100mg/dL Não 2ª Avaliação do perfil lipídico (intervalo mínimo de 4 semanas) Risco Cardiovascular Global Risco Cardiovascular Global 10% * RCV muito elevado 5% e < 10%** RCV alto 1% e < 5%*** RCV moderado < 1% RCV baixo e C-LDL 190mg/dL <1% RCV baixo e C-LDL <190mg/ dl 5% e < 10%** RCV alto 1% e < 5%*** RCV moderado < 1% RCV baixo Alterações no estilo de vida e terapêutica farmacológica imediata. Monitorização laboratorial trimestral até atingir o valor alvo e depois anualmente. Alterações no estilo de vida. Repetir perfil lipídico dentro de três meses e reavaliar Score. Ponderar terapêutica farmacológica se dislipidemia não controlada. Alterações no estilo de vida. Repetir perfil lipídico dentro de um ano e reavaliar Score. Não intervir nos lípidos. Repetir perfil lipídico dentro de 5 anos e reavaliar Score. * Em doentes com risco CV MUITO ELEVADO [DCV estabelecida, diabetes tipo 2 ou tipo 1 com um ou mais fatores de risco e/ou lesão de órgão alvo, DRC grave (TFG< 30 ml/min/1.73m3) ou SCORE 10%] o c-ldl alvo é < 70mg/dl e/ou uma redução 50% do valor basal do c-ldl, quando o valor alvo não pode ser atingido (Nível de evidência A, Grau de Recomendação I)1 ** Em doentes com risco CV ELEVADO [fatores de risco específicos marcadamente elevados, como hipertensão arterial grave (de grau 3) ou dislipidemia familiar, diabetes tipo 2 ou tipo 1, mas sem outros fatores de risco CV ou lesão de órgão-alvo, DRC moderada (TFG entre 30-59 ml/min/1.73m3) SCORE 5 e <10%] o c-ldl alvo é < 100 mg/dl (Nível de evidência A/ Grau de recomendação IIa)1 *** Em doentes com risco CV MODERADO ou BAIXO o c-ldl alvo é < 115mg/dl. (Nível de evidência C / Grau de recomendação IIa )1 Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 4/17

13. O instrumento de auditoria clínica Unidade: Data: / / Instrumento de Auditoria Clínica Norma Abordagem Terapêutica das Dislipidemias " Equipa auditora: 1: Educação para a Saúde Critérios Sim Não N/A EVIDÊNCIA/FONTE Existe evidência de que na p doente, a abordagem terapêutica das dislipidemias, inclui a promoção de intervenções no estilo de vida, considerando-se nomeadamente: a adoção de uma dieta variada, nutricionalmente equilibrada, rica em legumes, leguminosas, verduras e frutas e pobre em gorduras (totais e saturadas); a prática regular e continuada de exercício físico, 30 a 60 minutos, quatro a sete dias por semana; o controlo e a manutenção de peso normal, isto é, índice massa corporal igual ou superior a 18,5 mas inferior a 25; e perímetro da cintura inferior a 94cm, no homem, e inferior a 80 cm, na mulher; a restrição do consumo excessivo de álcool (máximo 2 bebidas/dia); a diminuição do consumo de sal (valor ingerido inferior a 5,8 g/dia); a cessação do consumo de tabaco Sub-total 0 0 0 ÍNDICE CONFORMIDADE % 2: Tratamento Farmacológico Critérios Sim Não N/A EVIDÊNCIA/FONTE Existe evidência de que no doente com um risco cardiovascular baixo (SCORE < 1%) a moderado (SCORE 1% a < 5%) o objetivo terapêutico é manter o valor de c- total inferior a 190 mg/dl e c-ldl inferior a 115 mg/dl Existe evidência de que no doente com na pessoa assintomática e com um risco cardiovascular alto (SCORE 5% a <10%), assim como na pessoa com dislipidemia familiar aterogénica e hipertensão de grau 3 ( 180 e/ou 110 mmhg), o objetivo terapêutico é obter um valor de c-ldl inferior a 100 mg/dl Existe evidência de que no doente, na pessoa com risco cardiovascular muito alto (doença CV clinicamente evidente, diabetes tipo 2 ou tipo 1 com um ou mais fatores de risco CV e/ou lesão de órgão-alvo, doença renal crónica grave [TFG < 30 ml/min/1.73 m 2 ] ou um nível de SCORE 10%) o objetivo terapêutico é a obtenção de um c-ldl inferior a 70 mg/dl e na sua impossibilidade de atingir o valor alvo de c-total e c-ldl obtém-se a redução a 50% do c-ldl Existe evidência de que no utente do sexo masculino concentrações de c-hdl inferiores a 40 mg/dl são considerados marcadores de risco cardiovascular acrescido Existe evidência de que no utente do sexo feminino concentrações de c-hdl inferiores a 45 mg/dl na mulher são considerados marcadores de risco cardiovascular acrescido Existe evidência de que na pessoa com risco cardiovascular baixo ou moderado e que não alcance os objetivos terapêuticos com intervenções no estilo de vida, nos termos do ponto 1 da presente Norma, é indicado o tratamento farmacológico inicial com uma estatina, no caso a sinvastatina e em dose adequada às alterações analíticas Existe evidência de que na pessoa com risco cardiovascular alto ou muito alto, merecedora de tratamento farmacológico, é indicado tratamento inicial com sinvastatina 40 mg e é efetuado o aumento até à dose máxima ou à dose mais elevada tolerada para atingir o nível alvo do c-ldl Existe evidência de que na pessoa quando os objetivos não são alcançados em relação à redução do valor c-ldl pode ser indicada a associação de ezetimiba, resina permutadora de iões ou niacina Existe evidência de que na pessoa com hipertrigliceridemia superior a 200 mg/dl são prescritas intervenções no estilo de vida, nos termos da presente Norma Existe evidência de que na pessoa com risco cardiovascular alto, se com as intervenções no estilo de vida não ocorrer redução da trigliceridemia são Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 5/17

consideradas fármacos de primeira opção as estatinas por reduzirem o risco cardiovascular total e a hipertrigliceridemia, podendo ser indicados fibrato, niacina ou ácidos gordos ómega-3 Existe evidência de que na pessoa com ausência de risco cardiovascular alto, se com as intervenções no estilo de vida não ocorrer redução da trigliceridemia são considerados fibratos ou ácidos gordos ómega-3 Existe evidência der que na pessoa com hipertrigliceridemia muito elevada, (> 880 mg/dl), sendo o principal risco clínico é o de pancreatite; são prescritas medidas de restrição dietéticas e tratamento farmacológico Avaliação de cada padrão: x 100= (IQ) de..% Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 6/17

14. A presente Norma, atualizada com os contributos científicos recebidos durante a discussão pública, revoga a versão atualizada de 28/09/2011, validada pela Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas a 11/07/2013 e será de novo atualizada sempre que a evolução da evidência científica assim o determine. 15. O texto de apoio seguinte orienta e fundamenta a implementação da presente Norma. Francisco George Diretor-Geral da Saúde Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 7/17

TEXTO DE APOIO Conceitos, definições e orientações A. O diagnóstico de dislipidemia deve ser confirmado por uma segunda avaliação laboratorial após jejum de 12 horas do colesterol total, colesterol das HDL e triglicerídeos, realizada com um intervalo de mínimo de 4 semanas, antes de se iniciar qualquer terapêutica. Importa excluir causas secundárias e frequentes de dislipidemia, como sejam: 1) Excesso de consumo de álcool; 2) Diabetes tipo 2; 3) Obesidade; 4) Hipotiroidismo; 5) Doenças renais ou hepáticas; 6) Fármacos, como corticosteroides, psicotrópicos ou ciclosporina. B. As pessoas submetidas a terapêutica farmacológica antidislipidémica devem ser reavaliadas em cada consulta: 1) Sobre a sua adesão a um estilo de vida saudável; 2) Quanto aos seus parâmetros laboratoriais: a) Se não controlados, em cada trimestre, de modo a monitorizar e obter os objetivos terapêuticos propostos, farmacológicos e não farmacológicos, eventuais reajustes de tratamento, efeitos adversos e avaliação na redução do risco cardiovascular; b) Se controlados, em cada ano. C. Em prevenção secundária o início imediato da terapêutica farmacológica antidislipidémica deve ser acompanhado de um planeamento da modificação de estilo de vida. D. A escolha de um fármaco antidislipidémico tem em conta: 1) Os efeitos nos objetivos vasculares e na mortalidade total; 2) A expressão das alterações laboratoriais da dislipidemia; 3) O perfil de efeitos adversos e de interações medicamentosas; Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 8/17

4) A relação custo-efetividade. E. Devem constituir prioridade na prevenção cardiovascular: 1) As pessoas com doença aterosclerótica clinicamente evidente; 2) As pessoas assintomáticas com um risco cardiovascular alto (SCORE 5% e < 10%) e muito alto (SCORE 10%), devido: a) À presença simultânea de múltiplos fatores de risco; b) A diabetes mellitus tipo 2 ou diabetes tipo 1; c) A doença renal crónica moderada ou grave (TFG < 60 ml/min/1.73 m 2 ); d) Ao aumento marcado de alguns fatores de risco individuais, com afetação dos órgãos alvo, de que são exemplos as dislipidemias familiares e a hipertensão arterial grau 3. 3) Os familiares de pessoas com doença cardiovascular prematura ou risco cardiovascular muito alto. F. Apesar das indicações de outros medicamentos antidislipidémicos serem fragmentadas (muitos dos estudos aleatorizados com estes medicamentos não mostraram benefícios cardiovasculares consistentes), pode estar indicado o uso da terapêutica combinada antidislipidémica: 1) A ezetimiba, coadministrada com uma estatina, está indicada, como terapêutica adjuvante em pessoas com hipercolesterolemia primária não controlada, apenas com a estatina; ou em monoterapia, quando as estatinas são contraindicadas ou não são toleradas (apesar da falta de evidência na redução de eventos, com a monoterapia). As resinas permutadoras de iões apresentam indicações terapêuticas similares; 2) Os fibratos estão indicados no tratamento das dislipidemias mistas e das hipertrigliceridemias isoladas que não respondem à modificações efetivas do estilo de vida e do plano alimentar; 3) O ácido nicotínico está indicado no tratamento da dislipidemia mista combinada e da hipercolesterolemia primária. Deve ser utilizado em associação com as estatinas, quando o efeito hipocolesterolemiante destas é considerado insuficiente, ou em monoterapia, se as estatinas são contraindicadas ou não são toleradas; Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 9/17

4) Os ésteres etílicos de ácido ómega-3 estão indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena em complemento do plano alimentar e nas dislipidemias de tipo IIb/III em combinação com estatinas, quando o controlo dos triglicerídeos é insuficiente. G. No caso particular das pessoas com síndrome coronário agudo deve ser preferida uma terapêutica intensiva com estatinas, redutora do colesterol. H. A utilização de alimentos enriquecidos em estanóis e esteróis vegetais pode reduzir o c-total e a c- LDL em cerca de 10%. A escolha do veículo alimentar transportador dos fitosteróis deve ter em consideração o conteúdo calórico. No entanto não existe evidência destas substâncias serem eficazes na prevenção primária ou secundária da doença cardiovascular. I. Não foi estabelecido se a redução da trigliceridemia para além da do c-ldl diminui o risco cardiovascular, sendo necessário maior investigação para validar a hipertrigliceridemia como fator de risco independente da doença cardiovascular. J. Nos doentes com hipertrigliceridemia devem-se considerar todas as possíveis causas secundárias dessa situação (em particular, a obesidade, a diabetes mellitus, o consumo etanólico, a ingestão excessiva de hidratos de carbono simples, o hipotiroidismo e a doença renal anote-se que vários fármacos são também causadores ou fatores de agravamento de hipertrigliceridemia) e avaliar o risco cardiovascular global. K. As alterações do estilo de vida são consideradas como a terapêutica principal da hipertrigliceridemia ( 150 mg/dl), nomeadamente, o aumento da regular atividade física, a redução do excesso ponderal, a redução/eliminação da ingestão de álcool, dos mono- e dissacáridos (particularmente a frutose, que se encontra em refrigerantes e frutas), e os hidratos de carbono (Nível de Evidência A) 5,6. A adoção e a manutenção de medidas de estilo de vida saudável são muito eficazes e podem diminuir os níveis de triglicéridos até 50%. L. A adoção de medidas farmacológicas, só deve ser considerada nos doentes que, apesar das mudanças de estilo de vida, mantêm TG > 200 mg/dl e risco cardiovascular alto. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 10/17

Fundamentação A. A avaliação do risco CV deve dar preferência ao algoritmo de risco SCORE, desenvolvido pelas sociedades científicas europeias, relacionado com a prevenção CV (Norma 005/2013 Avaliação do Risco Cardiovascular SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation). B. Num doente com dislipidemia, deve ser efetuada a avaliação clínica e laboratorial para despiste de causas secundárias de dislipidemia e de comorbilidades, nomeadamente, pressão arterial, índice de massa corporal ou outro parâmetro de obesidade, glicemia, creatinemia, transaminases e TSH. C. A abordagem terapêutica das dislipidemias tem como objetivo fundamental a redução do risco CV individual em todos os doentes, tenham ou não doenças CV bem definida. D. Na prevenção primária ou secundária da doença CV, a avaliação dos fatores de risco modificáveis deve ser considerada ab initio com o objetivo de intervir na promoção de medidas de modificação dos estilos de vida (dieta adequada, exercício físico regular, controlo do peso, restrição do consumo excessivo de álcool, redução do consumo de sal, e cessação tabágica). E. A intervenção terapêutica é dependente em todos os indivíduos do grau de risco CV avaliado. F. A opção fármaco terapêutica da dislipidemia deve ter em consideração os medicamentos para os quais foi demonstrada evidência em ensaios clínicos do seu benefício na morbilidade e mortalidade CV. G. O aumento do c-hdl em cerca de 10% pode ocorrer por alterações do estilo de vida, nomeadamente, o aumento da regular atividade física, a redução do excesso ponderal, a cessação tabágica e a ingestão moderada de álcool. Não existe evidência de que o aumento do c-hdl pela terapêutica farmacológica previna a doença cardiovascular. Avaliação A. A avaliação da implementação da presente Norma é contínua, executada a nível local, regional e nacional, através de processos de auditoria interna e externa. B. A parametrização dos sistemas de informação para a monitorização e avaliação da implementação e impacte da presente Norma é da responsabilidade das administrações regionais de saúde e dos dirigentes máximos das unidades prestadoras de cuidados de saúde. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 11/17

C. A efetividade da implementação da presente Norma nos cuidados de saúde primários e nos cuidados hospitalares e a emissão de diretivas e instruções para o seu cumprimento é da responsabilidade dos conselhos clínicos dos agrupamentos de centros de saúde e das direções clínicas dos hospitais. D. A implementação da presente Norma pode ser monitorizada e avaliada através dos seguintes indicadores: 1) Percentagem de pessoas com diagnóstico de dislipidemia: a) Numerador: n.º de pessoas com diagnóstico de dislipidemia; b) Denominador: n.º total de inscritos. 2) Percentagem de pessoas com o diagnóstico de dislipidemia controladas e não-controladas sob tratamento não-farmacológico (alterações do estilo de vida) e farmacológico: a) Numerador: n.º de pessoas com dislipidemia controladas e não-controladas sob tratamento não farmacológico (alterações do estilo de vida) e farmacológico; b) Denominador: n.º de pessoas inscritas com diagnóstico de dislipidemia. 3) Percentagem de eventos de enfarte do miocárdio e/ou acidente vascular cerebral em pessoas com dislipidemia sob terapêutica farmacológica só com estatinas, com estatinas e outros fármacos hipolipemiantes e só com outros hipolipemiantes: a) Numerador: n.º de casos de enfarte do miocárdio e/ou acidente vascular cerebral em pessoas com dislipidemia sob terapêutica farmacológica só com estatinas, com estatinas e outros fármacos hipolipemiantes e só com outros hipolipemiantes; b) Denominador: n.º de pessoas inscritas com diagnóstico de dislipidemia. 4) Custo per capita da terapêutica prescrita em pessoas com dislipidemia, controladas e não controladas: a) Numerador: valor PVP da terapêutica antidislipidémica prescrita em pessoas com dislipidemia, controladas e não controladas; b) Denominador: n.º de pessoas inscritas com diagnóstico de dislipidemia. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 12/17

Comité Científico A. A proposta da presente Norma foi elaborada no âmbito do Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral da Saúde, do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares e do Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Médicos, através dos seus Colégios de Especialidade, ao abrigo do protocolo existente entre a Direção-Geral da Saúde e a Ordem dos Médicos. B. A elaboração da proposta da presente Norma foi efetuada por Mário Espiga de Macedo e Carlos Gonçalves (coordenação científica), Alberto Melo e Silva, Carlos Canhota, Evangelista Rocha, José Manuel Silva, Luís Duarte Costa, Paula Alcântara, Pedro Marques da Silva. C. Todos os peritos envolvidos na elaboração da presente Norma cumpriram o determinado pelo Decreto-Lei n.º 14/2014 de 22 de janeiro, no que se refere à declaração de inexistência de incompatibilidades. D. A avaliação científica do conteúdo final da presente Norma foi efetuada no âmbito do Departamento da Qualidade na Saúde. Coordenação Executiva A coordenação executiva da atual versão da presente Norma foi assegurada por Cristina Martins d Arrábida. Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas Pelo Despacho n.º 7584/2012, do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, de 23 de maio, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 107, de 1 de junho de 2012, a Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas tem como missão a validação científica do conteúdo das Normas Clínicas emitidas pela Direção-Geral da Saúde. Nesta Comissão, a representação do Departamento da Qualidade na Saúde é assegurada por Henrique Luz Rodrigues. Siglas/Acrónimos Sigla c-hdl: c-ldl Acrónimo Colesterol das HDL, colesterol das lipoproteínas de alta densidade Colesterol das LDL, colesterol das lipoproteínas de baixa densidade Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 13/17

CV CT TFG TG TSH Cardiovascular Colesterol total Taxa de filtração glomerular Triglicerídeos Thyroid-stimulating hormone (TSH) Referências Bibliográficas 1. Third Report of The National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, And Treatment of High Blood Cholesterol In Adults (Adult Treatment Panel III). JAMA 2001;285:2486-97. 2. Fletcher B, Berra K, Ades P, et al.; Council on Cardiovascular Nursing; Council on Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology; Council on Basic Cardiovascular Sciences; Council on Cardiovascular Disease in the Young; Council on Clinical Cardiology; Council on Epidemiology and Prevention; Council on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism; Council on Stroke; Preventive Cardiovascular Nurses Association. Managing abnormal blood lipids: a collaborative approach. Circulation 2005;112:3184-209. 3. Graham I, Atar D, Borch-Johnsen K, et al.; European Society of Cardiology (ESC); European Association for Cardiovascular Prevention and Rehabilitation (EACPR); Council on Cardiovascular Nursing; European Association for Study of Diabetes (EASD); International Diabetes Federation Europe (IDF- Europe); European Stroke Initiative (EUSI); International Society of Behavioural Medicine (ISBM); European Society of Hypertension (ESH); European Society of General Practice/Family Medicine (ESGP/FM/WONCA); European Heart Network (EHN). European guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice: executive summary. Fourth Joint Task Force of the European Society of Cardiology and other societies on cardiovascular disease prevention in clinical practice (constituted by representatives of nine societies and by invited experts). Eur J Cardiovasc Prev Rehabil 2007;14 Suppl 2:E1-40. 4. Grundy SM, Cleeman JI, Merz CN, et al; Coordinating Committee of the National Cholesterol Education Program. Implications of recent clinical trials for the National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III Guidelines. Circulation 2004; 110: 227-39. Errata in: Circulation 2004;110(6):763. 5. Gupta A, Guyomard V, Zaman MJ, et al. Systematic review on evidence of the effectiveness of cholesterollowering drugs. Adv Ther 2010;27:348-64. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 14/17

6. Miller M, Stone NJ, Ballantyne C, Bittner V, et al. Triglycerides and Cardiovascular Disease. A Scientific Statement From the American Heart Association. Circulation 2011; 123:2292-2333. 7. NICE clinical guideline 67. Lipid modification: Cardiovascular risk assessment and the modification of blood lipids for the primary and secondary prevention of cardiovascular disease. National Institute for Health and Clinical Excellence, 2008 (reissued 2010). 8. Perk J, De Baker G, Gohlke H, et al. European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice (version 2012): full text. The Fifth Joint Task Force of the European Society of Cardiology and Other Societies on Cardiovascular Disease Prevention in Clinical Practice (constituted by representatives of nine societies and by invited experts). Developed with the special contribution of the European Association for Cardiovascular Prevention & Rehabilitation (EACPR). Eur Heart J 2012; 33:1635 701 9. Reiner Z, Catapano AL, De Backer G, et al. ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: The Task Force for the management of dyslipidaemias of the European Society of Cardiology (ESC) and the European Atherosclerosis Society (EAS). Developed with the special contribution of: European Association for Cardiovascular Prevention & Rehabilitation. Eur Heart J 2011; 32:1769 818. 10. Silva PM, Silva JM, Gil VM; Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Prevenção cardiovascular: recomendações para a abordagem do risco vascular associado às dislipidemias. Recomendações da Sociedade Portuguesa de Cardiologia em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose e o apoio da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral. Rev Port Cardiol 2002;21:1201-9. 11. Sociedade Portuguesa de Aterosclerose. Recomendações portuguesas para a prevenção primária e secundária da aterosclerose. Lisboa: SPA, 2008. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 15/17

ANEXOS Anexo I: Quadros, tabelas e gráficos Quadro 1 - Equivalência terapêutica das diferentes estatinas: redução percentual de C-LDL versus dose (exemplo: S10 = sinvastatina na dose de 10 mg) Fonte: Sociedade Portuguesa de Cardiologia, RECOMENDAÇÕES DA ESC/EAS PARA A ABORDAGEM CLÍNICA DAS DISLIPIDEMIAS Quadro 2 - Tabela de equivalência de mg/dl com mmol/l (colesterol) mg/dl mmol/l 40 1 (1,02) 70 1,8 (1,79) 100 2,5 (2,56) 115 3 (2.94) 150 4 (3.84) 155 4,2 (3.97) 175 4,5 (4.48) 190 5 (4.87) Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 16/17

Quadro 3 Fatores de Conversão mg/dl colesterol = 38,6 mmol/l x mg/dl triglicerideos = mmol/l x 88,5 Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 atualizada a 30/07/2015 17/17