ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 20. Profª. Lívia Bahia

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Transcrição:

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 20 Profª. Lívia Bahia

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) no âmbito da Atenção Básica As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns no Brasil e em todo o mundo, sendo atualmente consideradas o principal fator facilitador da transmissão sexual do HIV; Algumas DST quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e óbito;

O serviços de Atenção Básica devem ser estruturados para possibilitar acolhimento, diagnóstico precoce, assistência e, quando necessário, encaminhamento dos portadores de DST, HIV/aids, hepatites e HTLV às unidades de referência;

A consulta de enfermagem aos usuários com DST é regulamentada pela lei do exercício profissional n 7.498/86 de 25 de junho de 1986 (regulamentada pelo Decreto n 94.406/87) prevê solicitação de exames laboratoriais, diagnóstico, (tratamento) e aconselhamento adequados (Resolução COFEN- 195/1997).

As ações da Atenção Básica devem incluir: Atividades educativas para promoção à saúde e prevenção; Aconselhamento para os testes diagnósticos e para adesão à terapia instituída e às recomendações da assistência; Diagnóstico precoce das DST, infecção pelo HIV, hepatites e HTLV; Tratamento adequado da grande maioria das DST; Encaminhamento dos casos que não competem a esse nível de atenção, realizando acompanhamento conjunto; Prevenção da sífilis congênita e da transmissão vertical do HIV; Manejo adequado dos indivíduos em uso indevido de drogas;

As atribuições da equipe de Atenção Básica no atendimento aos portadores de HIV/aids e outras DST se apoiam nas seguintes diretrizes: Contribuir para a superação do preconceito e discriminação que envolvem as questões relacionadas à sexualidade, ao uso de drogas etc; Promover a inserção social das pessoas vivendo com HIV/aids; Aumentar a conscientização da população com relação à promoção, prevenção, diagnóstico e assistência a esses agravos; Garantir acesso e atendimento às populações mais vulneráveis para essas infecções; Atuar de forma integrada com os profissionais dos serviços especializados no tratamento de pessoas com esses agravos; Identificar e desenvolver ações em parceria com os serviços existentes na comunidade (Casas de Apoio, Casas de Passagem etc.);

Vigilância epidemiológica permite à equipe da Atenção Básica conhecer melhor o perfil epidemiológico da população na sua área de atuação; Sistema Nacional de Agravos de Notificação SINAN facilita o processo de coleta, registro e transferência de dados de doenças de notificação compulsória;

O atendimento de pacientes com DST tem os seguintes objetivos: Interromper a cadeia de transmissão da forma mais efetiva e imediata possível; Evitar as complicações advindas das DST assim como a transmissão do HIV; A regressão imediata dos sintomas;

Abordagem sindrômica das DST Fluxogramas específicos foram desenvolvidos a partir da queixa principal que motivou o(a) paciente a buscar o atendimento, e pelos achados etiológicos mais prevalentes em cada síndrome e ajustados a partir de um estudo de validação nacional;

Paciente com queixa de úlcera genital Atenção Básica e Saúde da Família

Sífilis A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência quando não tratada; É causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta de transmissão sexual ou vertical, que pode produzir, respectivamente, as formas adquirida ou congênita da doença; O risco de infecção em um intercurso sexual é 60% nas lesões de cancro duro e condiloma plano;

Classifica-se em: o o o Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução): Primária; Secundária; Latente recente; Sífilis adquirida tardia (com mais de um ano de evolução): Latente tardia; Terciária; Sífilis congênita: recente (casos diagnosticados até o 2 ano de vida); tardia (casos diagnosticados após o 2 ano de vida);

O cancro duro é uma lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa; A lesão aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato sexual infectante; No homem, a lesão aparece com maior frequência na glande e sulco bálanoprepucial; Na mulher, dificilmente é detectada nesta fase; quando aparece é mais comumente observada nos pequenos lábios, paredes vaginais e colo uterino;

Teste rápido; Laboratorial: o Não Treponêmico VDRL (Venereal Disease Research Laboratory); teste quantitativo, importante para o diagnóstico e seguimento pós-terapêutico; o Treponêmico FTA- Abs (Fluorescent Treponema Antibody Absorvent Test); teste qualitativo, importante para a confirmação da infecção; Em geral, torna-se reativo a partir do 15 dia da infecção;

Cancro Mole É uma afecção de transmissão exclusivamente sexual, provocada pelo Haemophilus ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais; Denomina-se cancróide, cancro venéreo, cancro de Ducrey; Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo ser única) e habitualmente dolorosas, muito mais frequentes no sexo masculino; O período de incubação é geralmente de 3 a 5 dias, podendo se estender por até 2 semanas;

A borda da lesão é irregular, apresentando contornos eritematoedematosos e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil; No homem, as localizações mais frequentes são no frênulo e sulco bálano-prepucial; Na mulher, na fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios; O PCR é o padrão-ouro para diagnóstico, embora ainda de custo elevado, apenas disponível em alguns laboratórios de referência; A biópsia não é recomendada, pois não confirma a doença;

Tratamento Sífilis e Cancro Mole Em gestantes utilizar esquema de Penicilina G Benzatina para sífilis e Eritromicina para cancro mole

Herpes Genital É uma virose transmitida predominantemente pelo contato sexual (inclusive oro-genital). A transmissão pode-se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados; Caracteriza-se pelo aparecimento pápulas eritematosas de 2 a 3 mm, seguido por aparecimento de vesículas agrupadas com conteúdo citrino, que se rompem dando origem a ulcerações, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor;

Os herpes simplex virus (HSV), tipos 1 e 2 pertencem à família Herpesviridae, da qual fazem parte o Citomegalovírus (CMV), o Varicela zoster vírus (VZV), o Epstein-Barr vírus (EBV), o Epstein- Barr vírus (HHV-6) e o Herpesvírus humano 8 (HHV 8). Embora os HSV 1 e 2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais

Não existe tratamento que proporcione a cura definitiva do herpes genital, mas os antivirais são eficientes em reduzir a duração do episódio e reduzir as recidivas, além de reduzir a transmissão vertical e horizontal;

Tratamento Herpes Genital Em gestantes, sempre tratar primeiro episódio independente do trimestre da gestação Aciclovir 400 mg, VO 8/8h por 7 a 10 dias;

Donovanose Doença crônica progressiva que acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais; É frequentemente associada à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não sejam bem conhecidos, com contagiosidade baixa; É pouco frequente e ocorre mais comumente em climas tropicais e subtropicais. O período de incubação é de 30 dias a 6 meses. A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorre a partir de lesões genitais ou perigenitais primárias;

O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo se tornar vegetante ou úlcerovegetante. As lesões podem ser múltiplas, sendo freqüente a sua configuração em espelho, em bordas cutâneas e/ou mucosas;

Tratamento Donovanose Quando lesões > 4 semanas; Referenciar para a realização de biópsia e iniciar tratamento para donovanose