Associações Operárias no Brasil Oitocentista: apontamentos para uma avaliação historiográfica 1. David P. Lacerda Graduando em História Avaliar pouco mais de meio século de produção historiográfica a respeito da classe trabalhadora brasileira e suas instituições é tarefa laboriosa e por demais complexa. O que me proponho neste pequeno texto, portanto, é um balanço sumário de alguns estudos que se dispuseram a analisar a história do operariado brasileiro, direcionando a atenção especial para as sociedades beneficentes, de ofício e de classe erigidas na segunda metade do século XIX. Em outras palavras, o objetivo central é identificar o tratamento dispensado pela historiografia às associações operárias de auxílio mútuo ao longo do processo de formação da classe trabalhadora brasileira. Tendo em vista as dificuldades e limitações inerentes a qualquer exercício historiográfico duas considerações são necessárias. Primeiro, a bibliografia citada no decorrer da exposição restringe-se à produção acadêmica nacional, com início na década de 1950. Segundo, o eixo que norteia a análise recai essencialmente sobre o debate que se estabelece em torno do ano de 1888, considerado por grande parte dos autores como o marco divisor de águas entre a experiência incipiente da organização do mundo do trabalho no Império do Brasil e o moderno movimento operário e sindical da primeira República. Um dos primeiros estudos de orientação acadêmica foi publicado em 1952. O Problema do Sindicato Único no Brasil, de Evaristo de Moraes Filho 2, é considerada a primeira síntese sociológica que se debruçou sobre as características do sindicalismo 1 Este texto é resultado parcial da pesquisa que venho desenvolvendo como bolsista de iniciação científica junto ao projeto Solidariedades Horizontais no Império: o fenômeno associativo no Brasil monárquico escravista e a crise dos mecanismos de domínio senhorial (1860-1889) sob a orientação do Prof. Dr. Ronaldo Pereira de Jesus e com o apoio técnico e financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 2 MORAES FILHO, Evaristo de. O Problema do Sindicato Único no Brasil: seus fundamentos sociológicos. 2ª ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978. 1
brasileiro. No que se refere às associações profissionais da segunda metade do século XIX, a afirmação central do autor é que tais organizações não possuíam natureza operária, sendo desnecessário elege-las para os estudos do movimento operário. Pouco mais de dez anos depois, José Albertino Rodrigues 3 foi o primeiro intelectual a estabelecer uma divisão cronológica, linear e evolutiva do desenvolvimento do operariado brasileiro. Resumidamente, a primeira etapa da periodização construída pelo autor diz respeito à experiência mutualista vigente até 1888; a seguir o período de resistência, dos sindicatos profissionais e dos congressos operários que compreende os anos de 1888 a 1919; em terceiro, o momento de ajustamento situado entre 1919 a 1934; em quarto, o período do controle estatal que vai de 1934 a 1945 e por último, a fase competitiva entre 1945 a 1964. Outra contribuição para a história operária é a tese de doutorado de Luiz Werneck Vianna publicada em 1978. A partir da crítica à divisão etapista de Rodrigues, propõe uma nova periodização, na qual endossa que: (...) até 1889 (...) a ação operária e a sindical, embora livres, não reúnem condições para interferir na fixação da regulamentação de trabalho, limitando-se a atividades mutualistas; o mercado de trabalho não escravo se rege por suas funções naturais 4. Autores como Edgar Carone, Eulália Lobo e Eduardo Stotz 5 afirmam, em linhas gerais, que as associações beneficentes limitavam-se apenas à prestação de socorro aos enfermos e demais ajudas humanitárias aos trabalhadores. Enfatizavam, entre outras características, que as sociedades beneficentes, além de não exercer oposição ao sistema capitalista, representavam a fase anterior ao advento do moderno movimento operário, com suas manifestações públicas, concretizadas pela imprensa, greves, comícios e a criação de partidos. 3 RODRIGUES, José Albertino. Sindicato e Desenvolvimento no Brasil. São Paulo: Difel, 1968. 4 VIANNA, Luiz Werneck. Liberalismo e Sindicato no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, p. 38. 5 CARONE, Edgar. Movimento operário no Brasil (1877-1944). São Paulo: Difel, 1978;. Classes Sociais e Movimento Operário. São Paulo: Editora Ática, 1989. LOBO, Eulália M. Lehmeyer e STOTZ, Eduardo Navarro. Formação do movimento operário no Rio de Janeiro, 1870-1894. In: Estudos Econômicos. São Paulo, v. 15, 1985. 2
Em resumo, esses autores encabeçam as abordagens de sociologia e ciência política, característica predominante da produção científica brasileira na área de ciências humanas até pelo menos o fim da década de 1970. Todos os trabalhos acima aludidos tendem a classificar de maneira simplista as formas de organização dos trabalhadores criadas no segundo reinado. Justificam tal postura argumentando que a sociedade monárquica escravista e o tímido desenvolvimento industrial não configurariam um cenário propício para a organização coletiva do trabalho. De acordo com Ronaldo P. de Jesus, podemos considerar que o panorama historiográfico se configura da seguinte maneira: Teríamos portanto, antes, as associações beneficentes e de ajuda mútua (...) e depois, os partidos, os sindicatos, as greves, comícios e a imprensa operária (...) A força desse contraste, acentuado pelos desdobramentos heróicos do movimento operário e sindical de inspiração anarquista, nas primeiras décadas do século XX, de certa forma relevam as associações fundadas no século XIX para uma posição mais secundária do que efetivamente ocuparam no núcleo urbano da formação social monárquica escravista 6. A partir dos anos de 1980 intensas inflexões operaram no campo da historiografia brasileira sobre a classe trabalhadora. O alargamento dos temas e objetos de pesquisa, a diversificação das fontes, a ampliação da cronologia e as mudanças nos cortes espaciais definiram os novos caminhos seguidos pela história operária no Brasil. Em sua trajetória, que se estende aos dias atuais, tal produção trouxe variadas tendências interpretativas, porém como veremos adiante a maioria dos historiadores tratam do período republicano firmando então a tênue fronteira com o ano de 1888. Grande parte dessa multiplicidade de olhares e abordagens sobre o operariado brasileiro se deve ao impacto exercido pela historiografia marxista inglesa, em especial A Formação da Classe Operária Inglesa de E. P. Thompson e Trabalhadores e Mundos do Trabalho de Eric Hobsbawm 7. Formulações acerca da classe enquanto fenômeno historicamente constituído e do conceito de experiência contribuíram em grande medida para pensarmos o fazer-se da classe trabalhadora brasileira. 6 JESUS, Ronaldo Pereira de. O Povo e a Monarquia: a apropriação da imagem do imperador e do regime monárquico entre a gente comum da corte (1870-1889). Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 2001, p. 137. 7 THOMPSON, E. P. A Formação da Classe Operária Inglesa. 3 volumes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; HOBSBAWM, Eric. Trabalhadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981; Mundos do Trabalho: novos estudos sobre história operária. 4ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 3
Podemos citar, como exemplo desse quadro de mudanças, o livro de Sidney Chalhoub 8 cuja primeira edição é de 1986. Nele o autor se propõe a resgatar, interpretar e descrever a experiência cotidiana dos trabalhadores cariocas da primeira República a partir da leitura exaustiva de processos criminais, fontes de grande importância para os estudos de história social. As palavras do próprio Chalhoub revelam esse momento de efervescência no campo historiográfico: O interesse em ler e analisar processos criminais estava na expectativa de que tais documentos flagrassem trabalhadores homens e mulheres agindo e descrevendo os sentidos de suas relações cotidianas fora do espaço do movimento operário, do lugar da fala política articulada 9. Se antes a documentação se restringia aos periódicos de grande circulação e à legislação trabalhista, os novos tempos da historiografia da década de 1980 chamam a atenção para a importância de se utilizar outros registros documentais, sobretudo, porque o Estado e as instituições de classe cedem cada vez mais espaço para a investigação de outros objetos, tais como: a inserção da mulher no meio operário, a cultura política dos trabalhadores nacionais e imigrantes, bem como os aspectos e as condições de vida dos populares, seus espaços de lazer, festividade e conflito. Podemos observar, que a transição para as formas de trabalho assalariado, fruto do desenvolvimento das relações capitalistas de produção, justificam a escolha do objeto do autor. Não que este negligencie o período anterior, mas porque sem a afirmação da relação capital-trabalho, acompanhada de uma nova ideologia, é limitada a possibilidade de discussão acerca das condições de vida e experiência que determinam o cotidiano do operário. Mais adiante Chalhoub nos chama a atenção para seu objetivo específico e ao fazê-lo ressalta a importância dos anos iniciais da República brasileira: O processo de expropriação do homem livre e o esforço de enquadrá-lo na ordem social capitalista emergente, (...) equivalem, historicamente, à formação da classe trabalhadora na cidade do Rio de Janeiro no meio século compreendido aproximadamente entre 1870 8 CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do Rio de Janeiro da belle époque. 2ª ed. São Paulo: Editora da Unicamp, 2001. 9 CHALHOUB, Sidney, op. cit, 2001, p. vi. 4
início do período terminante de crise do escravismo e a conjuntura 1917 1920 marco fundamental da história do movimento operário na Primeira República 10. Na obra Nem Pátria, nem Patrão! o sociólogo Francisco Foot Hardman analisa a vida operária em meio a cultura anarquista. Apesar de ressaltar a necessidade de superar a (...) reconstrução heróico-contínua, cronológica e integral da história operária e de considerar os aspectos culturais no processo de formação das classes trabalhadoras, Hardman parece ser tributário da perspectiva analítica tradicional esboçada acima. Em linhas gerais o autor considera ser o mutualismo (...) uma das primeiras formas de expressão de traços sócio-culturais (...) da classe trabalhadora. Porém, logo em seguida afirma que: O mutualismo foi virtualmente soterrado pela luta de classes: a classe operária, sob influência anarco-sindicalista, desenvolveu as ligas de resistência e sindicatos de ofícios vários; a burguesia, através do Estado e da Igreja, tomava iniciativas no campo da filantropia e do paternalismo assistencialista. As associações mutualistas sobreviventes ao período da Primeira República são uma espécie de ruínas de uma passado irrecuperável em sua totalidade 11. Apesar de ser um dos trabalhos pioneiros em considerar as práticas culturais da classe operária em sua formação, o autor se situa na visão cunhada pela geração de intelectuais que considerava as associações de trabalhadores do século XIX como secundárias para os estudos de história operária. Uma questão nos salta aos olhos. Qual é a justificativa que se coloca para um estudo como o de Hardman para se deixar de lado a experiência associativa dos trabalhadores do XIX, em detrimento à cultura anarquista enquanto portadora da cultura operária dos anos iniciais do século XX? Logo na introdução de seu trabalho sobre o mutualismo em São Paulo, Tânia Regina de Luca 12 estabelece uma das primeiras críticas às perspectivas tradicionais da historiografia no que se refere aos estudos sobre as associações de socorros mútuos. Diante da extensa bibliografia a respeito do operariado, a autora afirma que essas organizações eram entendidas como elementos que pouco contribuiriam para o processo de reconstrução 10 Idem, Idem, pp. 50-51. 11 HARDMAN, Francisco Foot. Nem Pátria, nem Patrão! Vida operária e cultura anarquista no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, pp. 30-33. (grifos meus). 5
histórica da classe trabalhadora. Ressalta ainda que, apesar das inúmeras análises sobre a classe operária, a imensa maioria se refere às sociedades de ajuda mútua pela constatação de que são tributárias do caráter embrionário, ou mesmo do estágio de pré-consciência do movimento operário. Sua preocupação central reside em afirmar que as mutuais não antecederam aos sindicatos, uniões e ligas operárias. Ao contrário do que pregam os esquemas evolucionistas, todas essas agremiações conviveram lado a lado durante anos 13. Com A Invenção do Trabalhismo, Angela de Castro Gomes se debruçou sobre as origens da legislação trabalhista, acompanhando, simultaneamente, a experiência de mobilização e manifestação da classe trabalhadora na primeira República. Embora se fixando a partir de 1890, a grande contribuição da autora reside em considerar que: (...) o processo de constituição da classe trabalhadora em ator coletivo é um fenômeno político-cultural capaz de articular valores, idéias, tradições e modelos de organização através de um discurso em que o trabalhador é ao mesmo tempo sujeito e objeto 14. Os trabalhos de Cláudio Batalha 15 trouxeram novas questões para compor o quadro analítico da história operária no Brasil. Se aproximando da noção formulada por Thompson acerca do conceito de experiência, Batalha discute as diversas correntes ideológicas atuantes no meio operário, bem como problematiza o estabelecimento de uma identidade coletiva frente ao imbróglio da diversidade étnica e das dificuldades de mobilização do operariado. Todavia, essa produção não deixou de esbarrar no problema do marco cronológico de 1888. À exceção do estudo pioneiro de Tânia Regina de Luca, os demais trabalhos, apesar de trazerem novos suportes e abordagens, ainda se situam no período da primeira República 16. Novamente 1888, enquanto marco político, aparece como um tabu para os estudos de história social do trabalho. A organização dos trabalhadores livres urbanos em 12 LUCA, Tânia Regina de. O Sonho do Futuro assegurado (o mutualismo em São Paulo). São Paulo: Editora Contexto, 1986. 13 Idem, Idem, p. 173. 14 GOMES, Angela de Castro. A Invenção do Trabalhismo. São Paulo: Vértice, 1988, p. 23. 15 BATALHA, Cláudio Henrique de Moraes. Lê syndicalisme amarelo à Rio de Janeiro (1906-1930). These de Doctorat de I Université de Paris I, junho, 1986;. A identidade operária no Brasil. Revista Brasileira de História, vol. 12, (23/24), set. 1991 ago. 1992. 6
associações beneficentes, clubes literários, irmandades e grêmios recreativos ainda se coloca como obstáculo à nossa historiografia. Recentemente, novas pesquisas têm voltado a atenção para a organização coletiva do trabalho no Brasil da segunda metade do oitocentos. Refiro-me especialmente ao esforço de historiadores, nacionais e estrangeiros, ligados à história social do trabalho, na confecção de duas importantes obras, a saber, o volume 6 do Cadernos AEL Sociedades Operárias e Mutualismo e Culturas de Classe 17. Essas obras contemplam a diversidade temática, documental e espacial que o campo da história do trabalho vem adquirindo atualmente. Os assuntos abordados discutem as rupturas e continuidades entre as mutuais do período imperial e as sociedades de resistência da primeira república; as relações de gênero, etnia e a construção da identidade operária, as relações entre trabalhadores livres e escravizados e as práticas culturais que tais sujeitos históricos engendraram em seus espaços social e político de atuação cotidiana. Componentes desse quadro de diversidade temática, os conceitos de experiência e classe social aparecem articulados ao campo da cultura, pois tendem a problematizar os dois volumes e contribuem de forma significativa para o desenvolvimento dos estudos de história operária no Brasil. Outro trabalho que traz questões importantes para pensarmos o mundo do trabalho no século XIX é a tese de doutorado de Adhemar Lourenço da Silva Jr 18. Este estudo se destaca pela complexidade e abrangência com que discute o tema do mutualismo. Além de vasta bibliografia, o autor delineia a idéia central de sua tese que consiste em observar as mutuais enquanto organizações de trabalhadores, nacionais e estrangeiros, que implementam estratégias privadas dentro de determinadas condições econômicas, sociais e políticas propícias para a confecção de estratégias públicas. 16 Para maiores detalhes ver BATALHA, Cláudio H. M. A historiografia da classe operária no Brasil: trajetórias e tendências. In: FREITAS, Marcos Cezar. (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Editora Contexto, 1998. 17 Caderno AEL: Sociedades Operárias e Mutualismo. Campinas: UNICAMP/IFCH, v. 6, n. 10/11, 1999; BATALHA, Cláudio H. M. et all. (orgs.). Culturas de Classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Editora da Unicamp, 2004. 18 SILVA JR, Adhemar Lourenço. As Sociedades de Socorros Mútuos: estratégias privadas e públicas. (estudo centrado no Rio Grande do Sul-Brasil, 1854-1940). Tese de Doutorado. Porto Alegre: PUC/RS, 2004. 7
Outras pesquisas que trazem questões interessantes são os estudos de Cláudia Viscardi 19 sobre as associações mutualistas e filantrópicas criadas em Juiz de Fora, Minas Gerais, para o período que compreende o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. O foco principal recai sobre as relações entre essas organizações e o surgimento dos sindicatos, bem como a proximidade com a elite política local, procurando observar as diferentes estratégias adotadas pelos sujeitos históricos na busca pela ascensão social frente às adversidades da realidade econômica. Tendo em vista a exposição algumas considerações podem ser tecidas. Um primeiro dado que vem à tona circunscreve-se ao fato de que as maiorias dos autores citados direcionam suas questões para o período do pós-abolição, em parte por considerarem que o desenvolvimento industrial/capitalista/burguês, e as conseqüentes formas de controle social (legislação trabalhista, repressão policial, etc.) se colocam como pano de fundo para os desdobramentos da experiência de classe dos trabalhadores. É válido ressaltar que esses trabalhadores são aqueles que se reúnem em sindicatos profissionais de orientação anarquista, socialista ou comunista. São esses atores que vão desenvolver a consciência de classe a partir de suas experiências frente aos meios de produção. Essas posturas teóricas muitas vezes serviram para negligenciar as sociedades de ofício e de classe, criadas durante a segunda metade do século XIX enquanto formas de organização do mundo do trabalho. Apesar de eleito no rol de autores que estabelecem suas problemáticas em torno da primeira República, Chalhoub chama a atenção para o problema do trabalho que se coloca na segunda metade do oitocentos, tanto para a elite política, quanto para o imenso contingente de trabalhadores livres urbanos na corte imperial 20 (nota). Além disso, pode se dizer que mesmo com a pulverização do campo historiográfico a partir da década de 1980, as teses ainda incidiam sobre a Primeira República. Porém como apontamos acima, as pesquisas recentes têm demonstrado a importância da cultura para os estudos de história operária. É sobre essa abordagem que os autores chamam a atenção para a experiência do trabalho no contexto da sociedade escravista monárquica, 19 VISCARDI, Claudia M. R. Mutualismo e Filantropia. Anais do XIV Encontro Regional de História da ANPUH-MG, UFJF, Juiz de Fora, 2004;. Proteção e Socorro: um estudo das associações mutualistas e beneficentes no Pós-abolição. Anais XXII Simpósio Nacional de História, ANPUH, João Pessoa, UFPB, 2003. 20 CHALHOUB, Sidney, op.cit, 2001, pp. 59-148. 8
sobretudo, para evidenciar as continuidades e as rupturas entre as associações mutualistas e os sindicatos; a construção da identidade operária concretizada em práticas festivas, rituais comemorativos e nas relações entre trabalhadores nacionais e estrangeiros, livres e escravizados. 9
Bibliografia: BATALHA, Cláudio H. M. et alii. (orgs.). Culturas de Classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.. A historiografia da classe operária no Brasil: trajetórias e tendências. In: FREITAS, Marcos Cezar. (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Editora Contexto, 1998.. A identidade operária no Brasil. Revista Brasileira de História, vol. 12, (23/24), set. 1991 ago. 1992.. Lê syndicalisme amarelo à Rio de Janeiro (1906-1930). These de Doctorat de I Université de Paris I, junho, 1986. Cadernos AEL: Sociedades Operárias e Mutualismo. Campinas: UNICAMP/IFCH, v. 6, n. 10/11, 1999; CARONE, Edgar. Classes Sociais e Movimento Operário. São Paulo: Editora Ática, 1989.. Movimento operário no Brasil (1877-1944). São Paulo: Difel, 1978. CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do Rio de Janeiro da belle époque. 2ª ed. São Paulo: Editora da Unicamp, 2001. GOMES, Angela de Castro. A Invenção do Trabalhismo. São Paulo: Vértice, 1988, p. 23. HARDMAN, Francisco Foot. Nem Pátria, nem Patrão! Vida operária e cultura anarquista no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. JESUS, Ronaldo Pereira de. O Povo e a Monarquia: a apropriação da imagem do imperador e do regime monárquico entre a gente comum da corte (1870-1889). Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 2001. LUCA, Tânia Regina de. O Sonho do Futuro assegurado (o mutualismo em São Paulo). São Paulo: Editora Contexto, 1986. MORAES FILHO, Evaristo de. O Problema do Sindicato Único no Brasil: seus fundamentos sociológicos. 2ª ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978. RODRIGUES, José Albertino. Sindicato e Desenvolvimento no Brasil. São Paulo: Difel, 1968. 10
SILVA JR, Adhemar Lourenço. As Sociedades de Socorros Mútuos: estratégias privadas e públicas. (estudo centrado no Rio Grande do Sul-Brasil, 1854-1940). Tese de Doutorado. Porto Alegre: PUC/RS, 2004. VISCARDI, Claudia M. R. Mutualismo e Filantropia. Anais do XIV Encontro Regional de História da ANPUH-MG, UFJF, Juiz de Fora, 2004.. Proteção e Socorro: um estudo das associações mutualistas e beneficentes no Pós-abolição. Anais XXII Simpósio Nacional de História, ANPUH, João Pessoa, UFPB, 2003. 11