Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas



Documentos relacionados
INOVAÇÃO, INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO E RELAÇÕES UNIVERSIDADE-EMPRESA.

Apoios ao Turismo Lições do QREN, desafios e oportunidades

Estratégia de Especialização Inteligente para a Região de Lisboa

Inovação. Desenvolvimento Sustentado da Inovação Empresarial

AS OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS NO PORL

inovação & nas empresas 2020 competitividade

Classificação e Tipologias de Inovação. A Inovação como um Processo Empresarial.

Portugal Inovação da Agricultura, Agroindústria. Pedro Cilínio

CONTRIBUTO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE IDI PARA O SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES 7 de Outubro de 2013

+Inovação +Indústria. AIMMAP Horizonte Oportunidades para a Indústria Porto, 14 outubro 2014

LET-In Laboratório de Empresas Tecnológicas. José Carlos Caldeira. 28 Fev Director

INICIATIVA ESTRATÉGICA CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005.

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO

FÓRUM DE PESQUISA CIES Olhares sociológicos sobre o emprego: relações laborais, empresas e profissões 18 de Dezembro de 2009

O Papel da Engenharia no Crescimento

INOVAÇÃO E SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

O reforço da gestão da inovação nas empresas portuguesas CCDR Algarve 6 de Maio de 2009 Isabel Caetano COTEC Portugal

Índice NOTA INTRODUTÓRIA SÍNTESE A I&D EMPRESARIAL TORNOU -SE MAIORITÁRIA A RAZÃO DO DESFASAMENTO ENTRE O CRESCIMENTO

Reindustrializaçãoda Economia Portuguesa: Impacto no Emprego, Profissões e Competências

Desenvolvimento Sustentável da Inovação Empresarial

Plano de Actividades do CEA para 2006

PROGRAMAS DAS UNIDADES CURRICULARES. Análise de Informação Económica para a Economia Portuguesa

Inovação e Competitividade Incentivos às Empresas 2020

20 Junho Outubro.2008

Estudo sobre Empreendedorismo e Criação de Emprego em Meio Urbano e Fiscalidade Urbana - Apresentação de resultados 13 /Novembro/2012

PROGRAMA OPERACIONAL DE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA ÁREA: GALIZA NORTE DE PORTUGAL UNIVERSIDADE DE VIGO (UVIGO) CHEFE DE FILA

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

Capacitação, conhecimento e inovação aberta Virgílio Cruz Machado

Apoios à Internacionalização e à Inovação. António Costa da Silva Santarém, 26 de setembro de 2014

SISTEMA DE APOIO A AÇÕES COLETIVAS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 1.2, 3.1, 3.2, 3.3 E 8.5) CA Versão Definitiva Consulta escrita Maio.

2ª Conferência. Internet, Negócio e Redes Sociais Financiar, Inovar e Empreender. 21 de novembro de 2013 Auditório do ISEGI

JORNADAS TÉCNICAS DA CERÂMICA 15

Victor Ferreira Plataforma Construção Sustentável Entidade Gestora do Cluster Habitat Sustentável

Calendário de Concursos

COMPETIR + Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial

TURISMO E COMPETITIVIDADE

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Serviços de Informação Assuntos Europeus Contratação Pública e Licitações Internacionais. aportamosvalor

Dinamizar o Empreendedorismo e promover a Criação de Empresas

Apoio à Inovação no sector agro-alimentar

Apoio à Internacionalização

1. IDT Consulting. 2. Gestão da Inovação: importância e ferramentas. 3. Promoção da Criatividade e Gestão de Ideias

Fundos Comunitários. geridos pela Comissão Europeia. M. Patrão Neves

SESSÃO DE CAPACITAÇÃO

Género e Empreendedorismo Imigrante Brasileiro em Portugal que impactos na integração e nas relações transnacionais?

Uma Agenda de Mudança

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020. Identidade, Competitividade, Responsabilidade

INTELI Centro de Inovação (PT)

Enquadramento Turismo Rural

POLÍTICA DE PME's Debate promovido pela AIP. 11 Setembro 2007

Conferência "12 anos depois de Porter. E agora? Como retomar a estratégia de crescimento para os vinhos portugueses?"

O contributo do Cluster Habitat Sustentável

Atelier SUDOE INTELIGENTE

Soluções com valor estratégico

Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização

ÍNDICE APRESENTAÇÃO 02 HISTÓRIA 02 OBJECTIVOS 02 CURSOS 04 CONSULTORIA 06 I&D 07 DOCENTES 08 FUNDEC & IST 09 ASSOCIADOS 10 PARCERIAS 12 NÚMEROS 13

CRER NO CENTRO DE PORTUGAL: um ambicioso desafio coletivo. 5 de março de 2013

Conferência Alemanha Europeia / Europa Alemã. 26 de novembro de 2014

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar?

UMA NOVA POLÍTICA DE INOVAÇÃO EM PORTUGAL:

Portugal CCILC, Junho 2014

Boletim de Janeiro Atractividade. Na competição global pela atracção de capital Janeiro 2014

PORTUGAL. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL DIAGNÓSTICO Hotel Boavista, 17 de Dezembro de Ciclo de Workshops INOVAR PARA COMPETIR

Estratégias empresariais de estímulo ao investimento privado em I&D

O empreendedorismo em Portugal

Programa Operacional Regional Alentejo 2014/2020

PÓLO DAS TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO

Isabel Salavisa. O Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, forças e fraquezas rumo a 2020

Redes de Nova Geração Impacto económico e social. Oportunidades e desafios

QREN Agenda de Competitividade

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

Acor do de Par cer ia Principais Apostas na Internacionalização

Center for Innovation, Technology and Policy Research Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento

Iniciativa PE2020. A Engenharia como fator de competitividade Projetos colaborativos. António Manzoni/Vilar Filipe

DESAFIO PORTUGAL 2020

Case study. II Encontro de Parceiros Sociais Microsoft CAMINHOS PARA A SUSTENTABILIDADE EMPRESA

MARKETING INTERNACIONAL

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Importância das sinergias para o desenvolvimento das Energias Renováveis Marinhas Frederico Pinto Ferreira

Apoio à Internacionalização. CENA 3 de Julho de 2012

O SEU PROJECTO É ELEGÍVEL PARA ESTES INCENTIVOS?

SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT

Alexandre Ulisses. Habilitações Académicas:

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

SISTEMA DE APOIO À INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA E TECNOLÓGICA CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 1.1) CA Versão Definitiva Consulta escrita Maio.

As Agendas de Inovação dos Territórios Algumas reflexões INSERIR IMAGEM ESPECÍFICA

DESTAQUE BIBLIOGRÁFICO

Domínio Competitividade e Internacionalização. Sistemas de incentivos às empresas

Novas Dinâmicas no Empreendedorismo Universitário

Memória descritiva do projecto Sanjonet Rede de Inovação e Competitividade

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

Teodoro, Francisco M. Ferreira

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE QUADROS


Seventh Research Framework Programme ( ) Paula Galvão

Valorização do Potencial Industrial do Alto Minho: Plano de Ação & Instrumentos de Financiamento Cluster Vitivinicultura - João Pereira

Transcrição:

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Isabel Caetano 12 de Dezembro 2012 1

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Sessão 3: A oferta do conhecimento Tiago Santos Pereira/Sandro Mendonça Temas principais: Produção científica/resultados (artigos, patentes,rh...) Processos: projectos e redes Impacto *** Alterações do sistema exigem novos centros de gravidade intelectual (reflexão) Diferentes tipos de inovação (para além da inovação tecnológica ou de produto...design, modelos de negócio, comercial; logística) Inovação de Mérito 2

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Sessão 3: A oferta do conhecimento Tiago Santos Pereira/Sandro Mendonça Principais takeaways: Alteração do padrão de produção científica e colaboração crescente e mais além do espaço europeu (BRIC s) Incerteza e Crise Papel do Estado Inovação de Mérito: valor, sustentabilidade, emprego... 3

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Sessão 3: Ricardo Mamede / Isabel Salavisa Principais takeaways: Papel do QREN: na criação/reforço de padrões de interacção e actores chave no estímulo a projectos e acções colaborativos na disponibilização de um conjunto de instrumentos de financiamento diversos Proximidade geográfica (relevante para a criação de uma base de confiança/capital social geradores de maior interacção e colaboração/redes) Perfis empresariais (empresas âncora?) Importância das Universidades e Instituições de I&D Redes (importância do capital social) e influência na criação de sectores de alta tecnologia (exemplos biotech e software): - cruciais para a inovação (acesso a conhecimento, networking, smart money) - reflectem um novo modo de organização: foco nas interacções - permitem ultrapassar debilidades próprias de um sistema fragmentado e incompleto 4

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Sessão 3: A oferta do conhecimento Ricardo Mamede / Isabel Salavisa Mas, Desafios, Forças e Fraquezas É preciso ir além destes dados do QREN (que são uma parte da fotografia do País mas não a fotografia) É preciso analisar: - Natureza e Impactos dos projectos (quantidade vs qualidade; montantes de financiamento; resultados) - Especificidades dos sistemas de incentivos e sua influência na procura Aspectos Comuns sobre os quais importa reflectir: - Indicadores e métricas existentes não são suficientes; é preciso abordagens globais para problemas globais. Mesmo para Portugal, é importante compreender que não temos um scoreboard robusto.. - Políticas públicas, se estáveis, permitem reduzir incerteza e desenvolver actividades de modo mais sistemático e focadas em resultados 5

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Sessão 4: A procura do conhecimento Aurora Teixeira/Francisco Veloso Temas principais: Transferência de tecnologia (diversas vias/etapas) - Estudo da rede UTEN: o caso português, na comparação internacional do estudo, revela uma situação muito desfavorável no licenciamento e I&D e uma situação mais favorável em termos de empreendedorismo) Takeaways: Importância da avaliação da tecnologia Fraca procura Métricas e retorno: definição de objectivos/métricas/métodos de avaliação/monitorização Redimensionar os gabinetes de TT Revisão das regras de financiamento (maior selectividade) 6

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Sessão 4: A procura do conhecimento Francisco Veloso Temas principais: Distanciamento de Portugal em termos de inovação face à média europeia no output económico Principais takeaways: 1. Os ratos e os elefantes...não criam crescimento e emprego... Focar nas empresas gazela É preciso: criar um observatório (análise, indicadores, comparações internacionais) para estudar os perfis destas empresas e as suas características em termos de desempenho 2. Reduzida diversidade institucional e falta de aposta na excelência 3. O exemplo dos semicondutores (região Santa Clara): Empresas lideres/talentos/mobilidade/valor (spinoffs...) Estudar a origem das empresas 4. Implicações para Portugal: - Empreendedorismo de base tecnológica; - Foco na Excelência - Novas medidas/estruturas de financiamento, tipo mini ERC, e revisão dos incentivos salariais e de progressão na carreira 7

Sistema Nacional de Investigação e Inovação: Desafios, Forças e Fraquezas Que desafios? Inovação: alguns dados do Barómetro de Inovação da COTEC Portugal (4 dimensões/10 pilares/67 indicadores): www.barometro.cotec.pt Competividade e Internacionalização: 1) Alguns dados do estudo publicado na Research Policy apontam para um comportamento empresarial tendencialmente cíclico, em tempo de crise, o que exige a manutenção de mecanismos de estímulo ao investimento em IDI. 2) O inquérito da PwC a empresários revela que a carteira de inovação nas empresas portuguesas se irá focar mais nos modelos de negócio e em inovações de processo. 3) As apostas sectoriais em Portugal reflectem sobretudo a dinâmica exportadora, segundo dados divulgados no Conselho para a Globalização da COTEC (Maio 2012). Emprego: alguns dados sobre as competências-chave 8

Inovação: alguns dados do Barómetro de Inovação da COTEC Portugal Análise do posicionamento - Conclusões para Portugal 9

Competividade e Internacionalização Estudo publicado na Research Policy 10

Competividade e Internacionalização Estudo publicado na Research Policy 11

Competividade e Internacionalização 12

Competividade e Internacionalização Uma análise da McKinsey, divulgada no Conselho para a Globalização a 3 de Maio de 2012, revela que Portugal tem capacidades sectoriais para o crescimento externo, destacando: 1. Sectores exportadores tradicionais Cortiça Cerâmica Vestuário e têxteis Calçado Minérios Fibras Moldes Vidro Mobiliário Turismo Pescas Vinhos 2. Sectores domésticos com potencial de internacionalização Construção Comércio e distribuição Engenharia Infra-estruturas (operação) 3. Sectores de futuro (associados a vantagens comparativas de Portugal) Turismo residencial Nichos específicos em -Saúde - Educação e conhecimento - Tecnologias - Entretenimento Outros: p. ex., nearshoring 13

Emprego: alguns dados sobre as competências-chave, soft skills serão determinantes 14

Isabel.caetano@cotec.pt 15