Mercados informação regulamentar Bélgica Condições Legais de Acesso ao Mercado Outubro 2010
Índice 1. Regime Geral de Importação 3 2. Regime de Investimento Estrangeiro 4 3. Quadro Legal 5 2
1. Regime Geral de Importação Como membro da União Europeia, a Bélgica faz parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum relativamente a países terceiros. O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, serviços/estabelecimento e pessoas, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no território comunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à qualidade e características técnicas. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adopção da mesma legislação neste domínio Código Aduaneiro Comunitário bem como a aplicação de iguais imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países exteriores à UE Pauta Exterior Comum (PEC). O regime de livre comércio com países terceiros não impede que os órgãos comunitários determinem restrições às importações (fixação de contingentes anuais), quando negociadas no âmbito da Organização Mundial de Comércio. A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias. As importações, assim como as transacções de bens e a prestação de serviços a título oneroso, encontram-se sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Este encargo, consoante os produtos, pode traduzir-se na aplicação das seguintes taxas: 21% (taxa normal) aplicável à generalidade dos bens; 12% (taxa intermédia) incidente sobre produtos agrícolas, farmacêuticos e a construção social; e 6% (taxa reduzida) recai sobre a maioria dos géneros alimentícios e na prestação de determinados serviços (ex.: culturais; desportivos; hotelaria). Há, ainda, a considerar o facto de certos bens se encontrarem sujeitos ao pagamento de Impostos Especiais sobre o Consumo, como sejam o álcool, as bebidas alcoólicas, o tabaco, o café, o açúcar e os produtos petrolíferos. A informação sobre os impostos e taxas belgas (assim como a relativa a outros Estados-membros) pode ser pesquisada no Site da Europa nas seguintes páginas: 3
Taxation and Customs Union em: http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.htm e Taxes in Europe Database em: http://ec.europa.eu/taxation_customs/taxation/gen_info/info_docs/tax_inventory/index_en.htm 2. Regime de Investimento Estrangeiro O investidor estrangeiro encontra neste país um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário, no sentido de uma maior liberalização do direito de estabelecimento e da livre circulação de capitais, embora apresentando algumas particularidades. Neste sentido, não existem restrições ou limites à participação externa, podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por capital externo. Note-se, no entanto, que o exercício de algumas actividades carece de licenças especiais, como por exemplo: transporte por estrada; seguradoras; bancos; empresas de construção; abertura de superfícies comerciais ou de cadeias de comércio a retalho; produção e venda de determinados produtos alimentares; lapidação e polimento de diamantes; e venda de armas e munições. De um modo geral, as operações de investimento não estão sujeitas ao cumprimento de formalidades especiais, pelo que todas as empresas devem providenciar no sentido de fazer publicar o respectivo acto constitutivo no Jornal Oficial do Estado ( Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad http://www.ejustice.just.fgov.be/cgi/welcome.pl), bem como cumprir todos os procedimentos em matéria de registo comercial junto do tribunal de comércio da área onde exercem a sua actividade. Decorrente do processo de federalização, existem neste país vários organismos competentes no domínio do investimento estrangeiro. Ao nível central destaca-se o Federal Public Service Economy, SMEs, Self-Employed & Energy (Service for Foreign Investments) http://investinbelgium.fgov.be/, do Ministério dos Assuntos Económicos http://economie.fgov.be/en/index.jsp, que se ocupa sobretudo da promoção do mercado belga. Na sua página de Internet é disponibilizada uma breve apresentação dos vários procedimentos e etapas inerentes ao investimento directo estrangeiro na Bélgica. Ao nível das regiões, encontramos a verdadeira captação de investimento. Assim, existe a Brussels Enterprise Agency http://www.bea.irisnet.be/, do Ministério da Região de Bruxelas, o Flanders Investment & Trade http://www.flandersinvestmentandtrade.com/, da região da Flandres, e o Wallonia Office for Foreign Investors (OFI) http://www.investinwallonia.be/ofibelgium/accueil.php, da região da Valónia. O promotor estrangeiro goza do direito de transferência para o exterior do produto da sua liquidação e dos rendimentos legalmente obtidos, após o cumprimento de todas as obrigações fiscais a que está sujeito. 4
Com o objectivo de criar as melhores condições para o acolhimento de projectos de investimento, as autoridades regionais belgas disponibilizam um conjunto diversificado de incentivos. A competência para a apreciação e atribuição dos benefícios pretendidos distribui-se entre as autoridades regionais e federais. Deste modo, são concedidos apoios fiscais, financeiros, de natureza laboral e à I&D. Para a obtenção de informações sobre o quadro fiscal em vigor, os interessados devem contactar o Fiscal Department for Foreign Investments http://minfin.fgov.be/portail2/belinvest/en/presentation/who.htm. Os sectores da distribuição, os serviços (os designados Coordination Centres e os Services Centres ) e as actividades de investigação científica beneficiam de programas especiais. Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foi assinada entre Portugal e a Bélgica a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, a qual entrou em vigor em Fevereiro de 1971, e uma Convenção Adicional àquela, que entrou em vigor a 5 de Abril de 2001. 3. Quadro Legal Regime de Importação Regulamento (CEE) n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de Outubro (com alterações posteriores) Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de Outubro (com alterações posteriores) Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário. Regime de Investimento Estrangeiro Código das Sociedades de 7 de Maio de 1999, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 6 de Agosto de 1999 Regula as formas jurídicas societárias. Lei de 4 de Maio de 1999, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 22 de Junho de 1999 Introduz a possibilidade das empresas incorrerem em responsabilidade criminal pelo não cumprimento, entre outras, das leis sociais, ambientais e contabilísticas. Lei de 29 de Junho de 1993, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 21 de Julho de 1993) Define o regime jurídico dos processos de fusão empresarial. 5
Nas páginas do JUSTEL Legislation Belge (http://www.juridat.be/cgi_loi/legislation.pl) e do Moniteur Belge (http://www.ejustice.just.fgov.be/cgi/welcome.pl, os interessados podem pesquisar documentos legais belgas. No Site LEXADIN - Legislation Belgium (http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/eur/lxwebel.htm) também é possível consultar legislação relevante por temas. Acordos Relevantes Decreto-Lei n.º 619/70, de 15 de Dezembro, e Resolução da Assembleia da República n.º 82/2000, de 14 de Dezembro Aprova e ratifica, respectivamente, a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e a Convenção Adicional entre Portugal e a Bélgica. Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global http://www.portugalglobal.pt/pt/internacionalizar/sobremercadosexternos/paginas/sobremercadosexternos.aspx ou a Livraria Digital http://www.portugalglobal.pt/pt/biblioteca/paginas/homepage.aspx Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt Capital Social 110 milhões de Euros Matrícula CRC Porto Nº 1 NIPC 506 320 120 6