CACB 22º Congresso CARTA DE BELÉM



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Transcrição:

CACB 22º Congresso CARTA DE BELÉM A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, que abriga em seu guarda-chuva inúmeras entidades brasileiras, reunidas em 27 federações, 2.300 associações empresariais que representam 2 milhões de empresários, dos mais diversos setores e que constitui um sistema associativo politicamente independente, vem, por meio desta manifestação, consolidar suas necessidades para que, seus representados -, em sua maioria absoluta de micro e pequenas empresas -, possam garantir crescimento e sustentabilidade. Para tanto, como resultado de seu 22º Congresso, propõe algumas medidas que possam resultar no desenvolvimento e na manutenção de empregos. A ideia fundamental é marcar a continuidade do movimento de construção de um País onde se garanta a redução das desigualdades sociais e se consolide a promoção do bem comum. Vivemos num contexto de desaceleração da atividade econômica, com o PIB de 2011 mostrando um crescimento de apenas 2,7% e com claros sinais de estagnação em 2012. Apesar disso, a inflação ainda permanece acima do centro da meta de 4,5% e não há sinais de que irá convergir para ela em 2012. Nesse cenário, as medidas que estão sendo adotadas pelo governo federal ainda não são suficientes. Pode-se dizer que até mesmo a histórica redução das taxas de juros não estão produzindo efeitos para uma retomada vigorosa e consistente do crescimento econômico e tampouco para controlar a inflação em patamares mais baixos. Portanto, é preciso avançar e dar o salto necessário para um ciclo de desenvolvimento sólido, implementando a agenda de mudanças que o País ainda precisa fazer: 1 Estimular a área de crédito às micro e pequenas empresas, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo financiamento das empresas brasileiras de médio e grande porte, para que possa também alcançar as micro e pequenas empresas com taxas menores e, com isso, ampliar os investimentos, além de garantir o tão necessário capital de giro.

2 - Adotar medidas de simplificação e modernização das leis trabalhistas de forma a permitir o ingresso vigoroso de empreededores à formalidade e, com isso, fazer recuar o chamado custo Brasil e combater a pirataria. 3 - Controlar os gastos públicos, limitando-os a um percentual do crescimento da receita corrente e reduzir gradualmente a carga tributária, que atualmente atinge 35,2% do PIB, a mais alta entre os países emergentes, levando a arrecadação do governo federal a aumentar, muito acima do crescimento da economia. 4- Atingir o equilíbrio fiscal, para tornar possível reduzir mais a taxa de juros, que ainda está entre as maiores na comparação com as principais economias desenvolvidas e emergentes, e se constitui em um dos maiores entraves ao crescimento econômico do País. 5 - Juros mais baixos, por sua vez, levarão a uma menor pressão sobre o câmbio, permitindo uma desvalorização cambial duradoura e sem grandes flutuações. Essa atuação sugerida sobre o trinômio gastos públicos-juros-câmbio permitirá uma maior competitividade para as empresas brasileiras. 6 - Seguir na direção dos investimentos privados com prioridade absoluta para a recuperação da infraestrutura do País, que hoje é um dos grandes gargalos para o nosso crescimento econômico, com a adoção de parcerias público-privadas. 7 - Destinar uma parcela maior dos gastos à educação e adotar medidas de estímulo à inovação, que irão permitir ganhos de produtividade, o que é garantia de taxas de crescimento econômico maiores no futuro. Belém, 05 de setembro de 2012. José Paulo Dornelles Cairoli

1. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre FEDERACRE George Teixeira Pinheiro 2. Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas FEDERALAGOAS Kennedy Davidson P. Calheiros 3. Associação Comercial e Industrial do Amapá - ACIA Nilton Ricardo F. Farias e Sousa 4. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas FACEA Valdemar Pinheiro 5. Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia FACEB Clóvis Lopes Cedraz 6. Federação das Associações Comerciais do Ceará FACC João Porto Guimarães 7. Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal FACIDF José Sobrinho Barros

8. Federação das Associação Comercial, Industriais, Agropecuárias do Estado de Goiás FACIEG Ubiratan Silva Lopes 9. Federação das Associações Empresariais do Maranhão FAEM Júlio César Teixeira Noronha 10. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Mato Gross FACMAT Jonas Alves de Souza 11. Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul FAEMS Antônio Freire 12. Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais FEDERAMINAS Wander Luís Silva 13. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará FACIAPA Reginaldo Ferreira

14. Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Paraíba FACEPB Alexandre José Beltrão Moura 15. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná FACIAP Rainer Zielasko 16. Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco FACEP Djalma Farias Cintra Junior 17. Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro FACERJ Jésus Mendes Costa 18. Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte FACERN Sérgio Roberto de M. Freire 19. Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul FEDERASUL Ricardo Russowsky

20. Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Rondônia FACER Gerçon Szezerbatz Zanatto 21. Federação das Associações Empresarias de Santa Catarina FACISC Alaor Francisco Tissot 22. Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo FACESP Rogério Pinto Coelho Amato 23. Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Tocantins FACIET Pedro José Ferreira