RELATÓRIO. Escola Profissional Vasconcellos Lebre. Mealhada. Área Territorial de Inspeção do Centro

Documentos relacionados
RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional de Gaia VILA NOVA DE GAIA RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II ACOMPANHAMENTO DAS. Escola Profissional do Alto Lima ARCOS DE VALDEVEZ RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA 2017

RELATÓRIO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DO BAIRRO. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Escola Profissional Agostinho Roseta - Pólo de Castelo Branco. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior Pólo de Monção MONÇÃO. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. EFTA - Escola de Formação em Turismo de Aveiro. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO. Escola Tecnológica e Profissional da Sertã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO II

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins CHAVES. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Lousada. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS DE MELO Covilhã. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO. Escola Profissional de Braga BRAGA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO. Escola Secundária Prof. Doutor Flávio Pinto F. Resende CINFÃES. Área Territorial de Inspeção do Norte

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite S. JOÃO DA MADEIRA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arouca AROUCA. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Arcos de Valdevez. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus VILA REAL. Área Territorial de Inspeção do Norte

CURSOS PROFISSIONAIS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO, PARTICULAR E COOPERATIVO E NAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

RELATÓRIO. Escola Profissional de Espinho. Área Territorial de Inspeção do Norte

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

RELATÓRIO. Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena RIBEIRA DE PENA. Área Territorial de Inspeção do Norte

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (FCT)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho

RELATÓRIO POMBAL ETAP - ESCOLA TECNOLÓGICA, ARTÍSTICA E PROFISSIONAL DE POMBAL. Área Territorial de Inspeção do Centro

RELATÓRIO INTERVENÇÃO - II

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

RELATÓRIO EPTOLIVA OLIVEIRA DO HOSPITAL ESCOLA PROFISSIONAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL, TÁBUA E ARGANIL. Área Territorial de Inspeção do Centro

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. FRANCISCO SANCHES (AvAEFS) ANO LETIVO 2015/2016

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA PRÁTICA SIMULADA DOS CURSOS VOCACIONAIS (9º ANO)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Regulamento da Formação Contexto Trabalho (Nos termos do artigo 18º da Portaria n.º 235-A/2018 de 23 de agosto)

REGULAMENTO FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (CURSOS PROFISSIONAIS)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

REGULAMENTO INTERNO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO 2018/19

Regulamento Interno EPADRC. Índice

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

2- A matriz curricular de referência dos cursos vocacionais do ensino básico de 3º ciclo é a seguinte:

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

REGULAMENTO DE FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

CAPÍTULO I ÂMBITO E DEFINIÇÃO. Artigo 1.º

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

RELATÓRIO. Escola Profissional de Penafirme. Área Territorial de Inspeção Sul

Normas e Critérios Gerais de Avaliação. Cursos Profissionais

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

Regulamento Geral da Formação em Contexto de Trabalho. (Nos termos do artº 5º da Portaria nº 74-A/2013, de 15 de fevereiro)

Regulamento FCT. (Formação em Contexto de Trabalho) Cursos Profissionais

Cursos Profissionais Nível 3

Página 1 de 5. Anexo VII - Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho dos Cursos Profissionais

Regulamento da Prova de Aptidão Profissional

CURSOS PROFISSIONAIS

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

PLANO ANUAL DE ATIVIDADES

REGULAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS

Projeto: Aferição da qualidade do sistema educativo na RAM

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

Colégio Torre Dona Chama

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo PLANO DE INTERVENÇÃO. Avaliação Interna da EPDRR

DOCUMENTO ORIENTADOR DE AVALIAÇÃO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório

REGULAMENTO DOS CURSOS VOCACIONAIS

I - Regulamento para a constituição, funcionamento e avaliação de turmas com Percursos Curriculares Alternativos (PCA) para o ano letivo de 2015/2016

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR JOSÉ DE BRITO EB 2,3/S DE PINTOR JOSÉ DE BRITO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Dr. Ramiro Salgado TORRE DE MONCORVO

ANEXO III ANEXO AO CAPÍTULO XV FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

PROGRAMA ACOMPANHAMENTO. ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório. Agrupamento de Escolas de Resende

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS HENRIQUES NOGUEIRA

Escola Secundária /3 de Amarante

ACTIVIDADES (expressas nas fontes)

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Agrupamento de Escolas da Moita Sede Escola Secundária da Moita E S C O L A S E C U N D Á R I A D A M O I TA REGULAMENTO

Reunião de Rede LVT Fevereiro de Equipa Regional de Lisboa e Vale do Tejo

CRITÉRIOS GERAIS E NORMAS DE AVALIAÇÃO 2018/2019

Critérios Gerais de Avaliação do 1º Ciclo ANO LETIVO

EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS

Avaliação e Promoção da Qualidade ISCE Douro. Enquadramento Geral

PLANO DE AÇÃO 2018/2021

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MOITA

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO EXPERIMENTAL DAS CIÊNCIAS

Transcrição:

RELATÓRIO 2017 Escola Profissional Vasconcellos Lebre - Mealhada Área Territorial de Inspeção do Centro

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de escolaridade. Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a concretização deste objetivo. Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profissionais no Ensino Público, Particular e Cooperativo e nas Escolas Profissionais que tem como objetivos: Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais; Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes; Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos com vista à elaboração de propostas de alteração. O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade cursos profissionais nos estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo e nas escolas profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos formandos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas. Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da formação profissional dos jovens. A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção. 1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspetores formula as seguintes considerações: IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 1. A Escola Profissional Vasconcellos Lebre, doravante designada por Escola, situada na Rua da Juventude, Mealhada, é um estabelecimento de natureza privada, com a Autorização Prévia de Funcionamento n.º 18, de 20 de agosto de 1999. A entidade proprietária é a Escola Profissional da Mealhada Lda. e é representada junto do Ministério da Educação pelo seu Diretor-Geral, Nuno Gonçalo Castela Canilho Gomes. 1. A Escola é frequentada por 280 formandos dos cursos profissionais de nível IV (16 turmas). Das 16 turmas, seis estão agregadas: no primeiro ano, as de Técnico de Design Gráfico e de Técnico de Gestão, no segundo ano, as de Restauração - variantes Restaurante/Bar e Cozinha/Pastelaria e no terceiro ano, as de Técnico Auxiliar de Saúde e Técnico de Restauração - variante Restaurante/Bar. 2. O corpo docente é constituído por 31 trabalhadores: 12 pertencem ao quadro, 17 são contratados e dois são formadores externos. Os professores que lecionam exclusivamente cursos profissionais são 29. O pessoal não docente é constituído por 25 trabalhadores: sete assistentes técnicos, 14 assistentes operacionais, dois psicólogos, o Diretor-Geral da Escola e a Diretora Pedagógica. 3. A Escola tem instalações construídas de raiz e, na generalidade, equipamentos adequados aos cursos que ministra. Para além do centro de recursos educativos/biblioteca, salas de aula específicas, espaços de apoio educativo, espaços sociais e de convívio, de direção e de administração e gestão, dispõe ainda de diversos gabinetes de apoio aos cursos, nomeadamente dos Serviços de Psicologia e de um auditório. Contudo, é também evidente a inexistência de certas instalações, nomeadamente de laboratórios de apoio à componente prática de disciplinas como Físico-Química (Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando) e de Biologia (Curso Técnico de Auxiliar de Saúde). A componente técnica dos Cursos de Restauração é lecionada na freguesia da Pampilhosa, que dista cerca de 6 Km da Escola, em instalações (antiga fábrica de adubos, requalificada) cedidas pela Câmara Municipal. A Escola dispõe de uma padaria tradicional, devidamente equipada, sendo contudo um recurso pouco rentabilizado. O acervo da biblioteca revela-se escasso para alguns dos cursos ministrados (p. ex.: Restauração), não correspondendo às necessidades dos formandos. Esta situação também é constatada ao nível do laboratório de informática. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1.- Documentos Orientadores 1.1. A comunidade educativa e os representantes da comunidade local foram ouvidos na construção do projeto educativo, com destaque para as empresas e autarquia, parceiros estratégicos com influência no funcionamento e desenvolvimento da Escola. Este documento (2015-2018) contempla objetivos gerais, específicos e estratégias de desenvolvimento, não apresentando, no entanto, quaisquer metas avaliáveis a alcançar para as diferentes dimensões de progresso delineadas. 1.2. O plano anual de atividades contém a planificação e a programação de acções, embora sem uma relação articulada para a concretização de metas avaliáveis que deveriam estar definidas no projeto educativo. 1.3. O regulamento interno define o funcionamento da coordenação pedagógica; a periodicidade das 2

reuniões das equipas pedagógicas; os mecanismos de promoção do cumprimento dos planos de formação; os mecanismos de reposição das horas de formação; os mecanismos de recuperação dos módulos em atraso; o controlo da assiduidade e o regime de avaliação dos formandos (apesar de não mencionar os domínios a avaliar e as respetivas ponderações), constando a organização e funcionamento da formação em contexto de trabalho (FCT), a calendarização, conceção e desenvolvimento da prova de aptidão profissional (PAP) de regulamentos específicos. Contudo, não contempla as parcerias e os protocolos de colaboração estabelecidos com as diversas entidades locais e regionais nem define o número de horas para o desempenho de cargos (p. ex., orientador educativo e diretor de curso). 2.- Oferta Formativa e sua divulgação 2.1. A oferta formativa está homologada pela DGEstE. Teve em consideração as necessidades do setor empresarial e dos formandos, bem como, na generalidade, a adequabilidade das instalações e equipamentos. 2.2. Os cursos e as qualificações, de modo a incentivar a aceitação do ensino profissional pela comunidade educativa, são divulgados através da revista da Escola, da página eletrónica da Escola, do envio de uma carta e da organização de ações junto dos encarregados de educação pelos orientadores educativos, e da participação e promoção em eventos diretamente ligados ao ensino profissional (Feiras de Formação). 2.3. O Serviço de Psicologia e Orientação dispõe de uma psicóloga afeta exclusivamente ao apoio aos formandos e à Educação Especial, existindo um outro psicólogo, afeto à direção, que é também responsável pela dinamização do Serviço de Psicologia e Apoio à Inserção na Vida Ativa (SPAIVA). 2.4. A Escola dispõe de mecanismos para monitorizar as exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais, nomeadamente através do seu Conselho Consultivo. 3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais 3.1. No presente ano letivo (2016-2017), as dezasseis turmas em funcionamento foram assim constituídas: 1.º ano (seis turmas) - uma com 27 formandos do curso de Técnico de Informática de Gestão; uma com 23 formandos do curso de Técnico de Mecatrónica; uma com 19 formandos do curso de Técnico de Restauração, variante Restaurante/Bar; uma com 20 formandos do curso de Técnico de Restauração, variante Cozinha/Pastelaria e outras duas turmas que agregam nas disciplinas das componentes de formação sociocultural e científica com 28 formandos nove do curso de Técnico de Gestão e 19 do curso de Técnico de Design Gráfico; 2.º ano (seis turmas) - uma com 21 formandos do curso de Técnico de Design Gráfico, uma com 26 formandos do curso de Técnico de Gestão, uma com 22 formandos do curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, uma com 21 formandos do curso de Técnico de Restauração, variante Cozinha/Pastelaria e outras duas turmas que agregam nas disciplinas das componentes de formação sociocultural e científica com 18 formandos - 12 do curso de Técnico de Restauração, variante Restaurante /Bar e seis do curso de Técnico de Cozinha/Pastelaria; 3.º ano (quatro turmas) - uma com 20 formandos do curso de Técnico de Mecatrónica, uma com 16 formandos do curso de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos e outras duas turmas que agregam nas disciplinas das componentes de formação sociocultural e científica com 19 formandos: uma com 11 formandos do curso de Técnico Auxiliar de Saúde e oito do curso Técnico de Restauração, variante Restaurante/Bar. 3

3.2. A constituição das seguintes turmas não cumpre a legislação em vigor (art.º 21º, n.º 6 e art.º 22º, n.º5 do Despacho normativo n.º 7-B/2015, de 7 de maio, alterado pelo Despacho normativo n.º 1- H/2016, de 14 de Abril), na medida em que incluem formandos com necessidades educativas especiais de caráter permanente (NEE), cujo respetivo programa educativo individual prevê a sua integração em turma reduzida: 1.º ano: turma de Técnico de Mecatrónica (23 formandos, dois com NEE); turma de Técnico de Restauração, variante Cozinha/Pastelaria (20 formandos, quatro com NEE); turma de Técnico de Restauração, variante Restaurante/Bar (19 formandos, cinco com NEE); turma de Técnico de Gestão (nove formandos, um com NEE) agregada na componente sociocultural com a turma de Técnico de Design Gráfico (19 formandos, dois com NEE), num total de 28 formandos, três com NEE; 2.º ano: turma de Técnico de Design Gráfico, com 21 formandos, três com NEE; turma de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, com 22 formandos, quatro com NEE; turma de Técnico de Restauração, variante Cozinha/Pastelaria, com 21 formandos, quatro com NEE; 3.º ano: turma de Técnico de Mecatrónica (21 formandos, quatro com NEE); turma de Técnico Auxiliar de Saúde (11 formandos, dois com NEE) agregada na componente sociocultural com a turma de Técnico de Restauração, variante Restaurante/Bar (com oito formandos, um com NEE), num total de 19 formandos, três com NEE. 3.3. Não foram definidos critérios gerais para a elaboração dos horários dos formandos. No entanto, existem critérios específicos para a sua distribuição pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT. 3.4. A distribuição da carga horária global tem, no conjunto dos três anos, um número de horas igual ou superior ao previsto na matriz curricular para as diferentes disciplinas. 3.5. Relativamente à duração diária da FCT, verificou-se que no curso de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, 2.º ano, 2.ª e 3.ª feira, constam oito horas por dia. O mesmo se verificou no curso de Técnico de Design Gráfico, 2.ª feira, com oito horas. Existem cadernetas de estágio e protocolos de FCT assinados que não definem a respetiva duração diária e semanal, ou que a definem como sendo de oito horas diárias. Há registos (horários) de formação onde constam oito horas diárias de trabalho (p. ex., formando com o processo n.º 1591 do curso de Técnico de Restauração, variante de Cozinha/Pastelaria). Apurou-se também a existência de situações (p. ex., nos cursos de Técnico de Restauração, nas variantes de Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar) em que o horário semanal da FCT ultrapassa as 35 horas semanais. 4.- Formação em contexto de trabalho 4.1. A Escola celebrou protocolos (Protocolo de Estágio) com as entidades públicas e privadas que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais, no âmbito da FCT, compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos frequentados pelos formandos. 4.2. O contrato de formação (Protocolo Individual de Formação em Contexto de Trabalho) está assinado pelo formando e/ou respetivo encarregado de educação, pela entidade de acolhimento e pela Escola e integra o plano de trabalho individual (Plano de Estágio Individual). 4.3. O plano de trabalho individual (Plano de Estágio Individual) está devidamente assinado por todas as partes (Escola, formando/encarregado de educação e tutor) e tem a indicação dos objetivos gerais e específicos a desenvolver na FCT. Carece, no entanto, de identificar os conteúdos, a programação, o local, o período e horário de realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento, a identificação dos responsáveis, os direitos e deveres de todos os intervenientes (Esco- 4

la e entidade de acolhimento onde se realiza a FCT). 5.- Serviço docente 5.1. Os critérios para a distribuição do serviço docente não estão definidos pela direção. 5.2. No respeito pelos normativos em vigor, a direção designou os diretores de curso, os professores orientadores e acompanhantes da PAP e os orientadores da FCT, assim como a afetação das horas para o desempenho dos cargos. Os horários estão elaborados de modo a permitir o acompanhamento dos formandos e as deslocações às entidades de acolhimento. 5.3. A Escola não elaborou um plano de formação para o pessoal docente que vise satisfazer as necessidades no âmbito do desenvolvimento profissional. Constatou-se que, nos últimos anos, sete docentes frequentaram ações de formação externa e quatro ações de formação interna (folha de cálculo e empreendedorismo). Nenhuma destas foi acreditada no âmbito dos cursos profissionais, nomeadamente no que diz respeito às respetivas áreas didáticas. 6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica 6.1. A Escola tem na sua orgânica de funcionamento um conselho consultivo, composto por representantes de várias empresas, instituições de solidariedade social e da autarquia, entre outros. É uma estrutura de apoio que serve fundamentalmente de ligação entre a escola e o meio envolvente. Os elementos deste conselho são auscultados anualmente no que respeita às possibilidades de diversificação da oferta formativa, tendo como base o conhecimento sobre a perspetiva de empregabilidade num horizonte temporal de três anos. 6.2. São promovidas reuniões regulares das estruturas de orientação educativa e de coordenação de curso. A diretora pedagógica reúne periodicamente com os orientadores educativos e com os diretores de curso, visando promover a articulação e a gestão modular na aplicação do currículo. 6.3. O diretor de curso assegura a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso. Organiza e coordena as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica, intervém na orientação e no acompanhamento da PAP e assegura a articulação entre a Escola e as entidades de acolhimento da FCT. 6.4. O orientador educativo acompanha o progresso dos formandos, procede ao levantamento das necessidades educativas e propõe os formandos para atividades de recuperação e informa, pelo menos uma vez por período, os formandos e/ou os encarregados de educação sobre os progressos escolares alcançados, tendo elaborado para o efeito relatórios descritivos sucintos contendo, nomeadamente, a referência explícita a parâmetros de atitudes e competências das diferentes disciplinas e assiduidade. 6.5. O orientador da FCT assegura, em conjunto com a Escola, as condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT e avalia, em conjunto com o tutor, o desempenho do formando, propondo a classificação ao conselho de turma, com base na fórmula de apuramento que consta do regulamento específico da FCT. 6.6. Apesar de estarem previstas, para o orientador da FCT, duas deslocações periódicas a cada entidade de acolhimento, esta periodicidade nem sempre é cumprida. 6.7. O tutor da FCT acompanha os formandos de forma individualizada, aconselhando-os e orientandoos nas tarefas que permitem a execução do plano de trabalho individual. A articulação é realizada com o professor orientador da FCT e com o diretor de curso. 6.8. O professor orientador e acompanhante da PAP norteia os formandos na escolha do projeto a de- 5

senvolver, acompanha a sua realização e a redação do relatório final e decide se o relatório está em condições de ser apresentado ao júri. 7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais 7.1. A Escola estabeleceu parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas para assegurar a FCT e desenvolver atividades que concorrem para o fomento das competências sociais e profissionais, contribuindo, deste modo, para uma melhor convergência entre os interesses dos formandos e as necessidades do setor socioeconómico. 7.2. As instituições locais e regionais reconhecem o bom desempenho dos formandos, nomeadamente nas áreas da Restauração, da Gestão, da Informática, da Eletrónica e o contributo da Escola para a qualificação dos recursos humanos da região. Algumas das entidades de acolhimento têm integrado nos seus quadros formandos da Escola. 8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais 8.1 No registo individual do percurso escolar dos formandos consta a ficha biográfica, identificação do orientador educativo da turma e do diretor de curso, perfil de desempenho à saída do curso, saídas profissionais, Protocolo de Formação em Contexto de Trabalho, Plano de Estágio, Caderneta de Estágio, grelha de avaliação qualitativa por período, termo do aluno, registo da assiduidade, plano de recuperação de horas/módulos/disciplina, identificação e classificação de cada um dos módulos concluídos em cada disciplina, identificação e classificação da FCT, nome da empresa em que decorreu e a identificação do projeto da PAP com a respetiva classificação, entre outros. GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1.- Gestão curricular 1.1. O planeamento pedagógico tem em consideração as saídas profissionais dos respetivos cursos e os perfis de desempenho. A modularização do currículo considera, para além dos conteúdos programáticos, as capacidades que os formandos devem adquirir no final de cada módulo, a diferenciação de estratégias e atividades e a previsão de modalidades de avaliação, bem como a utilização de instrumentos diversificados de avaliação. 1.2. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso é assegurada pelo diretor de curso, pelos orientadores educativos e pela diretora pedagógica. 1.3. As aprendizagens visadas no Plano de Estágio da FCT têm em conta a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica, a integração de saberes e capacidades transdisciplinares das várias componentes e o acréscimo de competências específicas na área de educação e formação e no âmbito da saúde e segurança no trabalho. 1.4. A conceção do projeto da PAP centra-se em temas selecionados pelos formandos e desenrola-se tendo em conta os contextos de trabalho, a integração de saberes e capacidades numa perspetiva transdisciplinar, as avaliações intermédias do professor orientador, a autoavaliação do formando e a apresentação do relatório final. 1.5. A Escola implementa algumas medidas educativas por forma a dar resposta às necessidades dos formandos com necessidades educativas especiais de caráter permanente e dos que apresentam dificuldades em atingir os objetivos dos diferentes módulos e com módulos em atraso. As medidas 6

implementadas, de um modo geral, têm-se revelado ajustadas às necessidades dos formandos. 1.6. Os projetos e atividades desenvolvidos pela Escola promovem a aquisição de conhecimentos, a autonomia, o espírito de iniciativa e de criatividade, de trabalho em equipa e de cooperação entre formandos. 2.- Avaliação das aprendizagens 2.1. Foram definidos critérios gerais de avaliação. Todavia, estes critérios não estabelecem as ponderações para as diferentes dimensões do processo avaliativo que ficam dependentes do que é determinado por cada disciplina/professor, não havendo, por tal motivo, qualquer aferição entre as mesmas. 2.2. A avaliação diagnóstica é efetuada, na generalidade dos casos, no início do ano letivo. Contudo, não é realizada de forma generalizada por todos os docentes no início de cada módulo, situação que condiciona a adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos. 2.3. A avaliação formativa apresenta um caráter contínuo e é utilizada essencialmente para informar o formando e o encarregado de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos. 2.4. A classificação de cada módulo é registada na plataforma informática e em suporte de papel. Em reunião de conselho de turma são registadas as classificações do conjunto dos módulos concluídos, da FCT e da PAP. É entregue ao formando o relatório de avaliação qualitativa do seu perfil de progressão, de acordo com o normativo em vigor. Até ao momento não se registaram reclamações ou recursos. 2.5. Os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, incluindo o peso relativo a atribuir às suas diferentes etapas de concretização, constam de regulamento específico (a classificação final resulta da média ponderada das duas avaliações: da empresa - 40% e do Coordenador de Curso - 60%). A classificação dos formandos é proposta ao conselho de turma pelo professor orientador, ouvido o tutor. Existem procedimentos internos de registo de assiduidade, de acompanhamento, de avaliações intermédias e finais do professor orientador e do tutor e da autoavaliação do aluno que constam da Caderneta de Estágio. Os relatórios de estágio estão classificados e assinados pelo orientador. 2.6. Foram definidos critérios de classificação a observar pelo júri da PAP em regulamento específico (apresentação Intermédia - 20%, apresentação final - 55% e apresentação oral e defesa do projeto - 25%). A avaliação da PAP é realizada por um júri designado pelo Diretor-Geral da Escola, em conformidade com o estatuído no art.º 20.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro. 2.7. A Escola tem dado cumprimento aos requisitos para a conclusão dos cursos. Os certificados de qualificação emitidos indicam o nível de qualificação, a média final do curso e discriminam as disciplinas do plano de estudos e respetivas classificações finais, as disciplinas da componente de formação técnica, a designação do projeto e a classificação obtida na PAP, assim como a classificação da FCT. Para os formandos que manifestaram a intenção de prosseguir estudos no Ensino Superior foi emitido um certificado de curso com o cálculo da classificação sem e com a disciplina de Educação Física. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1.- Resultados por curso e ciclo de formação 1.1. Fazendo a análise dos resultados dos cursos ministrados, nos ciclos de formação de 2010-2011 a 2012-2013, de 2011-2012 a 2013-2014, de 2012-2013 a 2014-2015 e de 2013-2014 a 2015-2016, verifica-se que nenhum dos cursos foi ministrado ininterruptamente nos quatro ciclos de formação. Foram ministrados em três ciclos de formação os cursos de Técnicos de Eletrónica, Automação e Comando e de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria, em dois ciclos os de Técnico de Energias Renováveis 7

e de Técnico de Informática de Gestão e apenas num único ciclo, os cursos de Técnico de Contabilidade, de Desenho Digital 3D, de Restauração variante Restaurante/Bar e de Turismo. 1.2. As taxas de conclusão, na globalidade, são baixas, registando-se uma tendência descendente nos cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando (73,9%, 66,7% e 55,2%) e de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria (52,2%, 54,8% e 50%) e um agravamento nos de Técnico de Energias Renováveis (de 65,2% para 52%) e de Técnico de Informática de Gestão (de 73,3% para 63,3%). Nos restantes cursos as taxas oscilam entre os 60,9% (Técnico de Desenho Digital 3D) e os 50% (Técnico de Turismo). 1.3. As taxas de não conclusão resultam em todos os cursos, maioritariamente, por desistência, contrariamente aos de Técnico de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria e de Técnico de Energias Renováveis, cujo motivo advém de módulos em atraso. As taxas médias de desistência cifram-se nos 22,6%, oscilando os valores médios entre 35% (Técnico de Turismo) e 17,9% (Técnicos de Eletrónica, Automação e Comando e de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria). Relativamente aos módulos em atraso, as taxas médias ficam-se pelos 18,2%, e variam entre 6,7% (Técnico de Informática de Gestão) e 29,8% (Técnico de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria). 1.4. As taxas de empregabilidade geral apresentam uma tendência descendente nos cursos de Técnicos de Eletrónica, Automação e Comando (76,5%, 83,3% e 43,8%) e de Restauração-Cozinha/Pastelaria (75%, 76,5% e 57,1%), enquanto o de Técnico de Informática e Gestão regista um agravamento (de 72,7% para 63,2%). O curso de Técnico de Energias Renováveis, por sua vez, apresenta uma melhoria, já que a taxa passou de 20% para 53,8%. Nos restantes cursos, a empregabilidade foi de 100% no curso de Técnico de Restauração variante Restaurante/Bar e bastante considerável nos de Técnicos de Desenho Digital 3D (85,7%), de Contabilidade (83,3%) e de Turismo (80%). 1.5. As taxas de empregabilidade na área de educação e formação são inferiores às da empregabilidade geral, verificando-se taxas médias respetivamente, de 53,9% e 69,4%. Os cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando (76,5%, 83,3% e 43,8%) e de Restauração-Cozinha/Pastelaria (58,3%, 76,5% e 50%) apresentam uma tendência descendente. O curso de Técnico de Energias Renováveis apresenta uma ligeira melhoria (passou de 13,3% para 15,4%)., enquanto o curso de Técnico de Informática de Gestão regista um agravamento (passou de 68,2% para 36,8%). Nos cursos que funcionaram apenas num único ciclo de formação é de salientar as taxas dos cursos de Técnico de Contabilidade, de Restauração variante Restaurante/Bar e de Desenho Digital 3D, cujas taxas atingiram valores consideráveis (75%, 72,7% e 64,3%, respetivamente), contrariamente ao verificado no curso de Técnico de Turismo, em que apenas 20% dos formandos ficou empregado na respetiva área do curso. 1.6. O prosseguimento de estudos revela ter sido uma opção para 47 (22,4%) dos 210 formandos que concluíram os respetivos cursos, sendo nos cursos de Técnico de Energias Renováveis (17), de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando (10) e de Técnico de Restauração-Cozinha / Pastelaria (8) aqueles onde se regista um maior número a enveredar por essa via. 2.- Monitorização e avaliação dos resultados 2.1. A Escola definiu alguns indicadores para aferir a qualidade das aprendizagens e da formação profissional: taxas de conclusão do ciclo de formação, empregabilidade e prosseguimento de estudos. Falta, porém, criar indicadores para as seguintes dimensões: resultado das aprendizagens por disciplina e componente de formação, percurso modular, desistências/abandono, segurança e grau de satisfação das entidades onde é realizada a FCT 2.2. A análise dos resultados, que ocorre nas reuniões das diversas estruturas e órgãos é feita de uma forma pouco estruturada, não revelando intencionalidade em todo o processo, conducente à identificação das causas explicativas do sucesso e insucesso dos formandos. 8

2.3. A Escola não tem constituída uma equipa de autoavaliação responsável pela análise crítica do desenvolvimento organizacional e particularmente da avaliação dos resultados dos formandos que permita traçar um plano estratégico de melhoria. 3.- Capacidade de melhoria 3.1. O projeto educativo elenca os mecanismos de autoavaliação organizacional e pedagógica, integrando a análise SWOT (Forças - Fraquezas - Oportunidades e Ameaças). Esta autoavaliação recorre a inquéritos de satisfação aplicados a formandos e trabalhadores. 3.2. Este processo de autorregulação, no entanto, tem um impacto limitado na construção de planos de ação que visem a melhoria da organização, funcionamento e sucesso escolar dos formandos dos cursos profissionais ministrados. 9

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1. Definir, no projeto educativo, metas avaliáveis para diferentes dimensões de progresso, nomeadamente no que diz respeito ao sucesso dos formandos. 2. Explicitar, no regulamento interno, as parcerias e protocolos de colaboração estabelecidos com as diferentes entidades locais e regionais. 3. Cumprir o disposto no Anexo A2 ao Despacho Normativo n.º 27/99, de 25 de maio, no que respeita à existência de laboratórios de Físico-Química e de Biologia, situação que condiciona as aprendizagens experimentais dos formandos dos cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Comando e Técnico Auxiliar de Saúde. 4. Cumprir o disposto no n.º 6, art.º 21º e n.º5, art.º 22º, do Despacho normativo n.º 7-B/2015, de 7 de maio, alterado pelo Despacho normativo n.º 1-H/2016, de 14 de Abril: quanto à constituição das turmas que apresentam um número de formandos com NEE de caráter permanente, cujo respetivo PEI prevê a sua integração em turma reduzida. 5. Definir critérios para a elaboração dos horários dos formandos, conforme estabelecido no 17.º, n.º 1, do Despacho normativo n.º 7-B/2015, de 7 de maio, retificado pela Declaração de Retificação n.º 511/2015, de 18 de junho com as alterações introduzidas pelo Despacho normativo n.º 1-H/2016, de 14 de abril. 6. Cumprir o estipulado no n.º 7, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho, para que a carga da FCT não ultrapasse a duração de 35 horas semanais e de sete horas diárias. 7. Elaborar, no que diz respeito à Formação em Contexto de Trabalho, os protocolos (Protocolo de Formação em Contexto de Trabalho), contratos de formação (Protocolo de Estágio) e planos de trabalho individuais (Plano de Estágio Individual) de acordo com os n.º s 4, 5 e 6 do artigo 3.º da Portaria n.º 74- A/2013, de 15 de fevereiro. 8. Definir critérios para a distribuição de serviço docente, no que respeita aos cursos profissionais, de acordo com o n.º 28 e seguintes, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 23 de julho. 9. Elaborar um plano de formação para o pessoal docente que vise satisfazer as necessidades no âmbito do desenvolvimento profissional, através da frequência de ações de formação, nomeadamente nas áreas didáticas e acreditadas no âmbito do ensino profissional. 10. Cumprir o estipulado no artigo 4.º, n.º 2, alínea b, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho, e no art.º 10.º do regulamento específico da FCT, elaborado pela Escola, quanto ao número de duas deslocações periódicas, pelo orientador da FCT, a cada entidade de acolhimento. 10

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1. Cumprir o n.º 2, do artigo 10.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março, e n.º 165-B/2015, de 3 de junho, quanto à implementação, com caráter sistemático e contínuo, da avaliação diagnóstica, de modo a potenciar a diferenciação de estratégias e a adequação do planeamento aos ritmos de aprendizagem dos formandos, promovendo o sucesso e reduzindo o número de módulos em atraso. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1. Definir indicadores e mecanismos de monitorização dos processos e dos resultados escolares dos formandos adequados aos cursos profissionais, nomeadamente os que se referem aos resultados das aprendizagens por disciplina e componente de formação, ao percurso modular, às desistências/abandono, à segurança e ao grau de satisfação das entidades onde é realizada a FCT, para um melhor conhecimento da organização e para orientar e gerir o trabalho dos docentes. 2. Promover uma análise dos resultados nas diversas estruturas e órgãos que permita identificar de forma objetiva as causas explicativas para o sucesso e insucesso dos formandos. 3. Constituir uma equipa de autoavaliação que conceba um processo autoavaliação sistemático e sistematizado que permita avaliar o grau de concretização do projeto educativo, o desempenho dos órgãos de direção, o sucesso escolar e a prática de uma cultura de colaboração entre os membros da comunidade educativa, entre outros, conforme preceitua o artigo 6.º, da Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, e que permita traçar um plano estratégico com impacto na melhoria da eficácia dos indicadores estabelecidos pela Escola. Mealhada 25-01-2018 A equipa inspetiva José Azevedo Eduardo Oliveira Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência O Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Centro Marcial Mota 2018-01-30 Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 10918/2017, de 15 de novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 238, de 13 de dezembro de 2017 11