AVALIAÇÃO EM CAMPO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA PARA PLANTIO DE MILHO DE ALTA DENSIDADE



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AVALIAÇÃO EM CAMPO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA PARA PLANTIO DE MILHO DE ALTA DENSIDADE Evandro Chartuni Mantovani, Pesquisador, Embrapa Milho e Sorgo Engenheiro Agrônomo, PhD, Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG 31-30271897 evandro.mantovani@embrapa.br José Carlos Cruz, Pesquisador, Embrapa Milho e Sorgo Engenheiro Agrônomo, PhD, Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG Antônio Carlos de Oliveira, Pesquisador, Embrapa Milho e Sorgo Engenheiro Agrônomo, PhD, Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG RESUMO: Com a evolução dos níveis tecnológicos utilizados pelos produtores mais tecnificados no Brasil, aumentou também a preocupação com a plantabilidade. Uma melhor distribuição das sementes em plantios de milho de alta densidade, tanto em profundidade quanto em relação à distância entre as plantas nas fileiras e entre linhas, e a velocidade de plantio são fatores essenciais para aumentos significativos na produtividade do milho. O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho de uma semeadora-adubadora para o estabelecimento da cultura do milho com alta densidade de semeadura Neste contexto, testes comparativos entre quatro dosadores de semeadoras de milho, em sistema de plantio direto, foram realizados em uma área experimental de 7,2 mil m², na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG. Para o estabelecimento do estande de alta densidade (80 mil plantas ha-¹), os seguintes fatores foram estudados: três velocidades de plantio (5, 7 e 9 km/h), quatro dosadores (pneumático, disco, titanium e rampflow) e dois espaçamentos entre fileiras (45 e 90 cm). A utilização da maior velocidade de plantio aumentou a porcentagem de duplos e falhas, independentemente do espaçamento e tipo de dosador, assim como a dispersão da distribuição longitudinal de sementes, no espaçamento de 45 cm. PALAVRAS-CHAVE: Zea mays. L, plantabilidade de milho, teste de semeadora-adubadora, distribuição longitudinal. FIELD EVALUATION OF A SEEDER FOR HIGH DENSITY MAYZE PLANTING ABSTRACT: As the technology levels used by the high technological farmers in Brazil increased the concern about the plantability also raised. A better distribution of the seeds in high density maize crop, both in depth and in relation to the longitudinal distance between plants and rows, and the planting speed are essential to significant increases in yield. The objective of this study is to evaluate the performance of a seeder for the establishment a high density maize crop. In this context, comparative tests of four dosers of maize seeder, in no-tillage system, were

conducted in an experimental area of 7200 m² at Embrapa Maize and Sorghum, in Sete Lagoas, Minas Gerais. In order to establish a high density stand (80 000 plants per hectare), the following factors were studied: three planting speeds (5 km/h, 7 km/h and 9 km/h), four seed dosers (pneumatic, disc, titanium and rampflow) and two row spacing (45 cm and 90 cm). The use of high-speed planting increased the percentage of doubles and failures regardless of the row spacing and type of doser as well as the longitudinal distribution of dispersion of seeds, spaced 0.45 m. KEYWORDS: Zea mays.l field tests, maize planting, performance, longitudinal distribution, plantability. INTRODUÇÃO: Com a evolução dos níveis tecnológicos utilizados pelos produtores mais tecnificados no Brasil, aumentou também a preocupação com a plantabilidade. Ou seja, uma melhor distribuição das sementes em plantios de milho de alta densidade, tanto em profundidade quanto em relação à distância entre as plantas nas fileiras e entre linhas, e a velocidade de plantio, que são fatores essenciais para aumentos significativos na produtividade do milho. O aumento do número de plantas por hectare e a redução do espaçamento da cultura do milho têm ocorrido nas principais regiões produtoras brasileiras. Isto tem sido possível devido ao material genético das cultivares lançadas no mercado e também pela necessidade de os agricultores aumentarem a produtividade. A predominância de híbridos simples com sementes graúdas no mercado atual tem sido uma tendência, e isso muda muito com o formato arredondado e de menor comprimento, facilitando a regulagem dos dosadores de distribuição. De acordo com Cruz et al.(2007), o rendimento de grãos cresceu linearmente com o aumento da densidade de plantas em ambos os espaçamentos (50 e 80 cm). Entretanto, no espaçamento de 50 cm entre fileiras, a produtividade apresentou uma maior amplitude, porque passou de 40.000 plantas.ha -1 para 77.500 plantas.ha -1, do que no espaçamento de 80 cm, indicando que a redução de espaçamento é mais vantajosa quando se utilizam maiores densidades de plantas. Entretanto, o número ideal de plantas por área é variável, uma vez que a planta de milho altera o rendimento de grãos de acordo com o grau de competição intraespecífica proporcionado pelas diferentes densidades de planta (Silva et al.,1999). Neste aspecto, a necessidade de estabelecer estande adequado de plantas tem sido sempre um dos grande desafios na implantação da cultura. Os equipamentos atuais de plantio, convencionais e de plantio direto, evoluíram muito desde a última década, e praticamente todos os sistemas de distribuição de sementes, discos, dedos prensores e pneumática estão disponíveis no mercado nacional. Entretanto, percebe-se que o sistema de discos continua sendo o mais usado na grande maioria das propriedades brasileiras, principalmente pelo menor valor de custo. Neste sentido, vale ressaltar a importância de uma boa classificação de sementes para a regulagem deste sistema, que, nas observações dos especialistas, não avançou muito, deixando toda responsabilidade para o disco e as respectivas regulagens resolverem os problemas durante a operação de plantio. O conjunto semeadora-adubadora convencional é constituída de quatro sistemas importantes: distribuição de sementes, distribuição de adubo, profundidade de plantio e compactação da semente, e, se for em plantio direto, adiciona-se mais um sistema: o de corte de palhada. É imprescindível que cada um dos sistemas tenha um bom desempenho para que o plantio seja bem feito. A falha de um ou mais de um destes sistemas pode comprometer o conjunto e dificultar a implantação de uma determinada cultura, no estabelecimento do estande recomendado.

O assunto plantabilidade estava praticamente resolvido no final da década passada, principalmente pelas contribuições dos testes de semeadoras-adubadoras realizados na Embrapa Milho e Sorgo, no período de 1986-1992, em conjunto com a ABIMAQ, (Mantovani et al.(1992) e (1999), Kurachi, et al (1989), no Departamento de Engenharia Agrícola - DEA/IAC, Casão Junior, et al. (2003), no IAPAR, e em outras instituições, para solução dos problemas tecnológicos dos equipamentos de plantio, que realmente impediam o estabelecimento dos estandes técnicos recomendados entre 40-60 mil plantas ha - ¹. Com o desenvolvimento de novas cultivares e a melhoria das técnicas de manejo do solo/planta, os agricultores estão implantando novas lavouras de milho com estande de alta densidade, de até 80 mil plantas ha - ¹, e com a redução do espaçamento entre fileiras. Entretanto, nessa faixa de alta densidade de plantio, os problemas de plantabilidade começaram a ser evidenciados, necessitando uma atenção especial para saber se novamente o problema é tecnológico ou de conhecimento técnico. O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho de uma semeadora-adubadora para o estabelecimento de uma cultura de milho de alta densidade. MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho foi desenvolvido na Embrapa Milho e Sorgo, no município de Sete Lagoas - MG, cujas latitude e longitude são respectivamente, 19 28' S e 44 15' W.Gw e altitude de 732 metros, em um Latossolo Vermelho Escuro, Álico de textura argilosa. Os testes de avaliação de desempenho no campo foram realizados em parceria com as empresas Marchesan e Apollo Agrícola, com a metodologia da Embrapa Milho e Sorgo. Neste contexto, testes comparativos entre quatro dosadores de semeadoras de milho, em sistema de plantio direto, foram realizados em uma área experimental de 7,2 mil m², na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas. O delineamento experimental utilizado para análise do experimento foi blocos ao acaso, com parcelas sub-subdivididas, com 3 repetições, sendo, na parcela, espaçamento (45 e 90 cm); na subparcela, velocidade (5, 7 e 9 km/h) e na sub-subparcela, dosadores (disco, pneumático, titanium e rampflow). As análises de variância foram feitas para estande, % de duplos, % de falhas e % de aceitáveis. Foi estudada a dispersão entre plantas ou distribuição longitudinal no intervalo aceitável. Uma semeadora-adubadora PST 4 FLEX, da empresa Marchesan, com 10 linhas de plantio, sendo 5 linhas com discos de plantio e 5 linhas com sistema de distribuição pneumática, foi utilizada com quatro dosadores, em dois sistemas de distribuição: um pneumático e um de disco convencional, em sistema de plantio direto. Além dos discos convencionais que acompanham a PST4 FLEX, dois dosadores da empresa parceira (Apollo Agrícola) foram testados: 1. um disco, denominado rampflow, com a seguinte característica mencionada: reduz o atrito das sementes no processo de semeadura, diminuindo assim em até 60% os erros, seja com o número de falhas ou de duplos na linha. 2. um conjunto dosador, denominado titanium, que apresenta indicação de maior precisão de plantio. Sensores eletrônicos, da empresa Pró-Solus, que acusam a correta distribuição de sementes e de adubo também foram instalados nas 10 linhas do equipamento de plantio, para garantir que os sistemas de distribuição funcionassem adequadamente durante o plantio.

A população utilizada para a realização dos testes foi de 75 mil plantas por hectare, em dois espaçamentos, 45 cm e 90 cm, justificados para facilitar a operacionalidade do plantio, sem que houvesse a necessidade de parar o equipamento para movimentação das linhas de plantio, em um outro espaçamento. Neste caso, a semeadora-adubadora estava equipada com 10 linhas para o espaçamento de 45 cm e com 5 linhas com o espaçamento de 90 cm, apenas com o isolamento de 5 linhas intercaladas. Para avaliar a distribuição de adubo e semente, três velocidades de semeadura foram utilizadas: 5, 7 e 9 km/h. Os testes de distribuição de adubo foram realizados em uma área de 30 m de comprimento, ao lado da área de plantio, para não atrapalhar os testes de plantabilidade, onde o plantio de milho deverá ser avaliado até a colheita. O híbrido simples de milho Pioneer 30F53 foi utilizado nos testes, para regulagem dos discos e sistema pneumático, e os testes de análise de qualidade foram realizados no Laboratório de Análise de Semente da Embrapa Milho e Sorgo, com Poder Germinativo de 98% e Envelhecimento Acelerado de 99%. A semeadora-adubadora PST4 FLEX foi regulada por um técnico da empresa Marchesan, que orientou a equipe da Embrapa Milho e Sorgo na realização dos testes de campo. Para os dosadores rampflow e titanium, dois técnicos da empresa Apollo ficaram responsáveis pela indicação de discos, que são disponibilizados pela empresa para a realização dos testes. Os sensores eletrônicos utilizados para verificação de queda de semente e adubo, nos tubos das 10 linhas da semeadora-adubadora, utilizados nos testes, foram montados na PST4 FLEX por um técnico da Pró-Solus, que veio especificamente da empresa para garantir o perfeito funcionamento durante o plantio. Para garantir a emergência e germinação da semente, um sistema de irrigação foi montado na área, que imediatamente após o plantio iniciou a irrigação para garantir a quantidade de água necessária para os testes de plantabilidade. A profundidade de plantio foi medida, cortando-se a parte superior da planta e medindo do ponto cortado até a semente. A avaliação do estande e da distância entre plantas foi realizada medindo-se todas as plantas, dentro de uma área de 10 metros. Como a marcação iniciava-se na primeira planta, media-se a distância da planta anterior até a primeira planta e finalizava-se, medindo-a até a última planta dentro deste intervalo. A Norma da ABNT (1996) considera espaçamentos aceitáveis todos aqueles de 0,5 a 1,5 vez o espaçamento médio. Os valores obtidos fora desse limite são considerados como falha: acima de 1,5 vez em espaçamento médio e duplos e os que estão abaixo de 0,5 vez em espaçamento médio. De acordo com Kurachi et all (1989), a porcentagem de ocorrências nesse intervalo, que representa parte da população de espaçamentos analisada, é considerada como sementes normalmente semeadas ou com espaçamentos normais/aceitáveis, do ponto de vista da DEA/IAC. A dispersão das distâncias entre plantas foi medida pelo Desvio Médio Absoluto-DMA, definido como: DMA= n i=1 d i - ref

n onde, d i = distância observada entre plantas; ref = distância de referência, que é igual a 15, para o espaçamento de 0,90 m, e 30, para o espaçamento de 0,45 m; n = número de observações. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados da distribuição de adubo são mostrados nas Figuras 1 e 2 e indicam os comportamentos das linhas de plantio, nas três velocidades de plantio, com 90 e 45 cm de espaçamento entre linhas, respectivamente. A quantidade de adubo distribuída varia entre 364 a 432 kg ha - ¹, com uma variação de 15,7% entre o menor e o maior valor, para o espaçamento de 90 cm, e 340,53 a 411,94kg ha - ¹, com uma variação de 17,33% para o espaçamento de 45 cm. A análise estatística mostrou diferença significativa, a 5,0% de probabilidade, para o espaçamento entre linhas. O espaçamento de 45 cm superou o de 90 cm, independentemente da velocidade de plantio, com média de 394.36 kg ha - ¹, valor próximo da recomendação, indicando que a semeadora-adubadora tem uma melhor distribuição ou estabilidade de distribuição de adubo quando está operando com todas as 10 linhas. Figura 1 Avaliação da distribuição de adubo da Semeadora Adubadora PST4 FLEX Figura 2 Avaliação da distribuição de adubo da Semeadora Adubadora PST4 FLEX Quantidade de adubo, kg/ha 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00 Recomendação de adubação: 400 kg/ha Espaçamento entre linhas de 0,90m 5 km/h 7 km/h 9 km/h Distribuição de adubo nas 3 velocidades Linha 01 Linha 03 Linha 05 Linha 06 Linha 08 Linha 10 Quantidade de adubo, kg/ha 500 400 300 200 100 0 Recomendação de aplicação 400 kg/ha Espaçamento entre linhas de 0,45m 5 km/h 7 km/h 9 km/h Distribuição de adubo nas 3 velocidades de plantio Linha 01 Linha 02 Linha 03 Linha 04 Linha 05 Linha 06 Linha 07 Linha 08 Linha 09 Linha 10 Entretanto, a Figura 2 mostra que a variação de velocidade em cada linha, com espaçamento de 45 cm, não foi significativa estatisticamente, indicando a estabilidade das linhas na distribuição de adubo,o que é bem próximo da recomendação de 400 kg ha - ¹. As Figuras 3 e 4 mostram o comportamento do sistema de controle de profundidade da semeadora-adubadora PST 4 FLEX, da Marchesan. Inicialmente, a semeadora foi regulada para plantar em uma profundidade entre 3 e 5 cm, entretanto, após o início das operações, no espaçamento entre linhas de 45 cm, percebeu-se que ela estava plantando a semente bem superficialmente, entre 2 e 4 cm, o que foi corrigido para o espaçamento de 90 cm. Como a operação não pode ser interrompida quando se inicia o teste, optamos por fazer a regulagem nas parcelas de 90 cm e avaliar a estabilidade do sistema de controle de profundidade. Como pode ser visto nas Figuras 3 e 4, o sistema é eficiente e estável, mantendo a semente dentro dos limites aceitáveis, de 2 a 4 cm, nas parcelas, com espaçamento entre linhas de 45 cm, e de 3 a 5 cm nas parcelas de 90 cm.

Figura 3. Avaliação da profundidade de plantio da Semeadora Adubadora PST4 FLEX Recomendação de profundidade = entre 3 e 5 cm Espaçamento entre linhas = 0,45 m Figura 4. Avaliação da profundidade de plantio da Semeadora Adubadora PST4 FLEX Recomendação de profundidade: entre 3 e 5 cm Espaçamento entre linhas = 0,90m Profundidade de plantio, cm 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 Disco Pneumático Titaniu Ramp Flow m Linhas da Semeadora Adubadora em 3 velocidades de plantio 5 km/h 7 km/h 9 km/h Profundidade de plantio, cm 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Disco Pneumático Titanium Ramp Flow Linhas da Semeadora Adubadora em 3 velocidades de plantio 5 km/h 7 km/h 9 km/h Os valores obtidos para a população de plantas para a semeadora-adubadora são apresentados nas Figuras 5 e 6. Observa-se que nenhum dos tratamentos, com o espaçamento de 90 cm, alcançou a recomendação agronômica da população desejada (75.000 plantas ha -1 ), e diferente do espaçamento de 45 cm, que ficou muito próximo da recomendação, com uma variação muito pequena entre dosadores. O estande de plantas inicial nas Figuras 5 e 6 indica o comportamento dos quatro tipos de dosadores utilizados para o plantio, nas três velocidades de plantio. No espaçamento de 45 cm, o número de plantas ha -¹ varia entre 70.370 e 81.484 plantas ha -¹, com uma variação de 13,6%, entre o menor e o maior valor. Do mesmo modo, essa redução do estande ocorre para o espaçamento de 90 cm, mantendo-se abaixo de 75.000 plantas ha -¹, com uma variação 61.111 a 73.333 plantas ha -¹ ; entre o valor máximo e mínimo existe uma variação entre com uma variação de 16,7%. Figura 5. Estande de plantas inicial semeado por 4 dosadores e 3 velocidades de plantio Estande recomendado: 75.000 plantas/ha Espaçamento entre plantas: 0,45 m Figura 6. Estande de plantas inicial semeado por 4 dosadores e 3 velocidades de plantio Estande recomendado: 75.000 plantas/ha Espaçamento entre plantas: 0,90m Número de plantas/ha 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 01 04 06 07 Disco Pneumático Titanium Ramp Flown 5 km/h 7 km/h 9 km/h Número de plantas/ha 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 01 04 06 07 Disco Pneumático Titanium Ramp Flown 5 km/h 7 km/h 9 km/h Tipos de dosadores, nas 3 velocidades de plantio Tipos de Dosadores, nas 3 velocidades de plantio A análise de variância dos valores obtidos para estande na Tabela 1 mostrou significância, ao nível de 5%, para espaçamento, velocidade e tipo de dosador. Tabela 1. Análise de variância para estande de plantas no teste da semeadora-adubadora, em três velocidades de plantio, dois espaçamentos entre fileiras e quatro tipos de dosadores e três repetições. Sete Lagoas-MG, 19/04/2013. Fonte GL Anova SS Quadrado Médio Valor F Pr > F rep 2 36449904 18224952 0.83 0.4440 esp 1 1935799012 1935799012 88.20 <.0079* esp*rep 2 30968477 15484239 0.71 0.5005 vel 2 226460624 113230312 5.16 0.0414* esp*vel 2 57195576 28597788 1.30 0.2842 vel*rep(esp) 8 186072195 23259024 1.06 0.4120 ndosa 3 477774445 159258148 7.26 0.0006* esp*ndosa 3 75314815 25104938 1.14 0.3445 vel*ndosa 6 53086359 8847726 0.40 0.8720 esp*vel*ndosa 6 80243148 13373858 0.61 0.7211

Os testes de média para espaçamento, mostrados abaixo na Tabela 2, indicam que não há diferença significativa para duplos e significativos para falhas e aceitáveis, com valores percentuais de falhas de 16,52 e 7,553, e aceitáveis de 71,22 e 80,45, nos espaçamentos entre fileiras de 90 e 45 cm, respectivamente. Para velocidade, indicam que há diferença significativa para duplos, falhas e aceitáveis, com uma redução expressiva de espaçamento aceitáveis de 83,342%, na velocidade de 5 km/h para 67,654%, na velocidade de 9 km/h. Para tipo de dosador, indicam que há diferença significativa para duplos e aceitáveis entre o dosador disco e titanium e não há diferença entre dosadores para falhas. A diferença para duplos entre o dosador disco e titanium é quase o dobro, 8,511% e 16,028%, e no caso dos aceitáveis, uma redução de 79,128% para 72,739%. Tabela 2. Resumo da análise de médias das variáveis: espaçamento, velocidade e dosador, que foram significativas na análise de variância de estande de plantas. Sete Lagoas-MG, 19/04/2013. Espaçamento Velocidade Dosador 0,45 m 0,90m 5 km/h 7 km/h 9 km/h Disco Pneumático Titanium Rampflow Duplos 12,014A 12,278A 9,167B 11,633B 15,638A 16,028A 11,500C 8,511C 12,544A Falhas 7,553B 16,522A 7,500C 11,888B 16,725A 11,239A 12,744A 13,372A 11,794A Aceitáveis 80,451A 71,222B 83,342A 77,483B 67,654C 72,739B 75,778AB 79,128A 75,661AB Obs: Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na mesma coluna não diferem entre si. Duplos: < 15 cm para o espaçamento entre linhas, de 0,90 m e de < 7,5cm, para o espaçamento entre linhas, de 0,45 m Falhas: > 45 cm para o espaçamento entre linhas, de 0,90 m e de > 22,5, para o espaçamento entre linhas, de 0,45 m. Aceitáveis: de 15 a 45 cm, para o espaçamento entre linhas, de 0,90 m e de 7,5 a 22,5cm, para espaçamento entre linhas, de 0,45 m Para avaliar a dispersão da distribuição longitudinal no intervalo de espaçamentos aceitáveis, foi realizado um estudo calculando-se o Desvio Médio Absoluto, que é mostrado na Tabela 3. Independentemente do tipo de dosador, o espaçamento de 0,45 m apresentou uma maior dispersão para a velocidade de 9 km/h, com valores de DMA de 10,89 a 12,54. Tabela 3. Dispersão das distâncias entre plantas medida pelo Desvio Médio Absoluto DMA, no intervalo aceitável de 30 cm, para o espaçamento entre linhas de 0,45 m, e de 15 cm, para o espaçamento entre linhas de 0,90 m, nas três velocidades e quatro tipos de dosador. Obs esp. vel. dosador FREQ DMA 1 1 1 1 114 7.0307 2 1 1 2 113.4204 3 1 1 3 105 4.6857 4 1 1 4 113 5.6770 5 1 2 1 108 9.4954 ESP=45 6 1 2 2 107 7.9299 Ref-30 cm 7 1 2 3 107 7.9533 8 1 2 4 104 9.6490 9 1 3 1 111 12.5405* 10 1 3 2 106 11.8019* 11 1 3 3 103 10.8932* 12 1 3 4 110 11.9500*

13 2 1 1 203 5.3867 14 2 1 2 202 4.9950 ESP=90 15 2 1 3 185 4.7243 Ref=15 cm 16 2 1 4 194 4.8299 17 2 2 1 203 5.6700 18 2 2 2 194 5.4923 19 2 2 3 172 6.6250 20 2 2 4 191 5.7670 21 2 3 1 199 5.9799 22 2 3 2 178 6.7697 23 2 3 3 167 6.8353 24 2 3 4 178 7.0843 A velocidade de 9 km/h promoveu uma redução significativa para os espaçamentos aceitáveis entre plântulas para os diferentes dosadores, com o aumento substancial de duplos e falhas. afetando o estande final. Moreira et al. (1978) mencionam que se a semente tiver mais tempo disponível para ser liberada, o desempenho da máquina tende a ser melhor. A semeadora com dosadores titanium, rampflow e pneumática obteve resultados mais satisfatórios, para as velocidades de 5 e 7 km/h, com um maior percentual de espaçamentos aceitáveis e menor de falhas e duplos. Observou-se que o aumento de velocidade periférica do disco dosador aumenta os espaçamentos duplos e falhas. Esses resultados estão em consonância com os resultados descritos por Bisognin et al. (2009), FURLANI et al. (1999), SILVA et al. (2000) e MAHL et al. (2004). CONCLUSÕES: O espaçamento entre linhas de 45 cm superou o de 90 cm, na distribuição de adubo, independentemente da velocidade de plantio, com de média 394.36 kg ha -¹, valor próximo da recomendação, indicando que a semeadora-adubadora tem uma melhor distribuição ou estabilidade de distribuição de adubo quando está operando com todas as 10 linhas. O sistema de controle de profundidade é eficiente e estável, mantendo a semente dentro dos limites aceitáveis, de 2 a 4 cm, nas parcelas, com espaçamento entre linhas de 45 cm, e de 3 a 5 cm, nas parcelas de 90 cm. A utilização da maior velocidade de plantio aumentou a porcentagem de duplos e falhas, independentemente do espaçamento e tipo de dosador, assim como a dispersão da distribuição longitudinal de sementes, no espaçamento de 45 cm. Os testes de campo para avaliação de uma semeadora-adubadora utilizada para o estabelecimento de uma cultura de milho de alta densidade obtiveram um bom desempenho quando operada nos limites de velocidades de 5 a 7 km/h, utilizando-se dosadores pneumático, titanium e rampflow, no espaçamento entre fileiras de 45 cm. AGRADECIMENTOS: Empresa Marchesan, pela parceria no trabalho e cessão da semeadora-adubadora PST 3 FLEX, de plantio direto, de 10 linhas, com metade das linhas a disco e metade com o sistema pneumático; Apollo Agrícola, pela parceria e cessão dos discos rampflow e titanium; Empresa Pró-Solus, pela contribuição e montagem dos sensores de controle eletrônico de queda de semente e adubo, em cada linha da semeadora-adubadora. Embrapa Milho e Sorgo, pela infraestrutura e pessoal de apoio na condução e avaliação dos dados de campo.

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