Introdução a Disciplina de Controle Supervisório. Prof. Leandro Castilho Brolin

Documentos relacionados
Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos. Teoria de Controle Parte 1

Tipos de Malha de Controle de Processos Industriais

Instrumentação Básica

Instrumentação Básica

Fundamentos de Automação. Controle de Processos

Controle Básico Realimentado (Feedback)

Controle de Processos Aula: Controle em Cascata

Controle de Processos Aula: Controle em Cascata

Capítulo 7 Controle em cascata

Controle de Processos Aula: Introdução ao controle de processos

Controle em Cascata. TCA: Controle de Processos 2S / 2012 Prof. Eduardo Stockler Universidade de Brasília Depto. Engenharia Elétrica

PQI-2407 Controle de Processos da Indústria Química Exercícios Lista 1

Controle de Processos Aula: Introdução ao controle de processos

Aspectos do Projeto de um Sistema de Controle de Processos. Aspectos do Projeto (CP1) DEQ/UFSCar 1 / 25

Caderno Ilustrativo de Malhas de controle

Controle de Processos Aula: Controle Antecipatório (Alimentação ou Feedforward)

AULA 08 - LTC38B. Controle Supervisório. Prof. Leandro Castilho Brolin

Controle de Processos Aula: Controle com restrições (Override)

Lista de Exercícios 1

Departamento de Engenharia Química e de Petróleo UFF Disciplina: TEQ102- CONTROLE DE PROCESSOS. Controle em Cascata. Sumário

Controle Antecipatório (Alimentação ou Feedforward)

Introdução a Disciplina de Controle Supervisório. Prof. Leandro Castilho Brolin

Instrumentação Mecatrônica III. Professor: Anderson Borges /01

Estratégias de Controlo

O controle automático tem desempenhado um papel fundamental no avanço da engenharia e da ciência. Ex: sistemas de veículos espaciais, sistemas de

Departamento de Engenharia Química e de Petróleo UFF Disciplina: TEQ102- CONTROLE DE PROCESSOS. Controle em Cascata. Sumário

Lista de Exercícios Controle de Processos 2

TEQ Sistemas de Instrumentação e Controle de Processos Lista de Exercícios nº 4 RESPOSTAS

UNIVERSIDADE CEUMA CAMPUS RENASCENÇA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

Capitulo 5 Projeto dos Controladores

Controle e automação Eletromecânica. Professora: Adriellen Lima de Sousa /01

Controle de Caldeiras

GUIDELINES DE CONTROLADORES PID PARA CICLO DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL

Ronaldo Guimarães Corrêa. Aula #3: Configurações de Controle

SUMÁRIO: Estratégias de Controle

ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL. IFRN Campus Nova Cruz Curso Técnico em Química Prof. Samuel Alves de Oliveira

INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Vilmair E. Wirmond 2018

AULA 07 - LTC38B. Controle Supervisório. Prof. Leandro Castilho Brolin

Simbologia e Identificação

Resolução da Lista 5. Questão 1:

A Instrumentação pode ser definida como a arte e ciência da medição e controle.

Lista de Exercícios 2

09/03/15. Revolução Industrial. Conceito: Automação Industrial. Revolução Industrial. Automação - Histórico. O que é Automação?

Terminologia: Tipos de Variáveis

REDUÇÃO DO CONSUMO ENERGÉTICO DO PROCESSO DE DESTILAÇÃO

TEORIA DE CONTROLE - REVISÃO NP1

1) Em relação a figura abaixo relativa a um sistema de controle em malha fechada responda:

2. TROCADOR DE CALOR FEIXE TUBULAR

ESTRUTURAS ESPECIAIS DE CONTROLE

Sistema de Controle Um sistema de controle é realizado por meio de hardware e software. Este sistema processa os sinais de entrada e converte estes

Controle de Processos Aula: Controle Seletivo, Split-Range, Gain- Scheduled e Inferencial

INSTRUMENTAÇÃO, METROLOGIA

Ronaldo Guimarães Corrêa. Aula #2: Configurações de Controle

Teoria de Controle. Helio Voltolini

Introdução a Disciplina de Controle Supervisório. Prof. Leandro Castilho Brolin

Disciplina : Termodinâmica. Aula 13 Análise da massa e energia aplicadas a volumes de controle - Regime Transiente

Aula IV Simbologia e Diagramas de Instrumentação

SISTEMAS DE CONTROLE SIC

AÇÃO DIRETA (NORMAL) = PV-SP

1. SISTEMAS DE CONTROLE: CONCEITOS. Prof. JOSÉ RODRIGO DE OLIVEIRA

Normas de Instrumentação Industrial: Simbologia e Identificação

Livro Eletrônico Aula 00 Conhecimentos Específicos p/ TRANSPETRO (Técnico de Operações Júnior)

SEM561 - SISTEMAS DE CONTROLE

Exercício #3 Controle de Processos Químicos

TÍTULO: ESTUDO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM CONTROLADOR PI EM UM SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE ÓLEO DA CASCA DA LARANJA

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS CONTROLADORES - ESCOLHA

Instrumentação Industrial

Eletromecânica Medição de temperatura. Professora: Adriellen Lima de Sousa /02

Capítulo 12. Projeto no Espaço de Estados

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

3. MODELOS MATEMÁTICOS

ENGC42: Controle I. Controle Antecipativo. Departamento de Engenharia Elétrica - DEE Universidade Federal da Bahia - UFBA. Prof. Tito Luís Maia Santos

Controle II. Márcio J. Lacerda. 2 o Semestre Departamento de Engenharia Elétrica Universidade Federal de São João del-rei

MANUAL DESSUPERAQUECEDOR RADIAL SÉRIE 710

SEM Sistemas de Controle I Aula 1 - Introdução

Documentação e Assuntos Relacionados Parte III

Simbologia e Terminologia de Instrumentação da Norma ISA 5.1

Estudo de caso SIMple

Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas. (Introdução a disciplina de Sistemas de Controle)

Métodos Experimentais em Física dos Materiais FMT2501

Lista de Figuras. Capitulo 1. Capitulo 2. Capitulo 3

Prova 2 (Parte Computacional)

Aula 2 Instrumentação na Ind. Química. Prof. Gerônimo

Departamento de Engenharia Química e de Petróleo UFF. Outros Processos de Separação Técnicas de Controle Avançado

Elementos Finais de Controle Válvulas de Controle

Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico

SEM561 - SISTEMAS DE CONTROLE

PMI3915 Lista de Exercıćios 22 de abril de Questão 5 Desenhar uma linha de fornecimento de vapor e anexar o indicador de vazão na linha.

Introdução ao Controle de Processos. Introdução ao Controle de Processos (CP1) DEQ/UFSCar 1 / 49

Condensadores. Principais Tipos. Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial

2.ª Prática Controle (PID) do Nível da Caldeira (Tanque 02) da Planta de Instrumentação Industrial e Controle de Processos da De Lorenzo

Os processos industriais são operados em condições dinâmicas... resultantes de constantes perturbações no sistema

Aula Simbologia. INS23403 Instrumentação. Professor: Sergio Luis Brockveld Junior Curso Técnico em Mecatrônica Módulo /1

Monitoras: Patrícia dos Reis Campos Maria Fernanda de Almeida

TEORIA DE CONTROLE MECATRÔNICA

Lista de Exercícios 2

MANUAL DESSUPERAQUECEDOR S705 TIPO VENTURI

Símbolos e Identificação

Transcrição:

AULA 12 - LTC36B Introdução a Disciplina de Controle Supervisório Prof. Leandro Castilho Brolin UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAELN Departamento de Eletrônica

RESUMO (1) Controle por Antecipação (Feedforward) (2) Controle em Cascata (3) Exemplos

Controle por Antecipação (Feedforward) Enquanto o controle por realimentação responde ao efeito de um distúrbio, o controle por antecipação responde diretamente aos distúrbios. Antecipando assim o sinal de controle;

Controle por Antecipação (Feedforward)

Controle por Antecipação (Feedforward) CONSIDERAÇÕES Sensor para medição dos distúrbios; Mais caro; Mais complexo; Necessita conhecimento sobre o processo; Na maioria das aplicações não é utilizado isoladamente.

Controle por Antecipação (Feedforward) EXEMPLO Considere o processo a seguir:

Controle por Antecipação (Feedforward) Variável Controlada: Variável Manipulada: Distúrbios: Considerando um balanço energético de regime estacionário, o valor desejado para a vazão de vapor pode ser dado como:

Controle por Antecipação (Feedforward) Variável Controlada: Temperatura de saída do líquido; Variável Manipulada: Abertura da válvula de entrada de vapor (vazão do vapor); Distúrbios: Variação temperatura do líquido de entrada e a vazão do mesmo no trocador de calor; Considerando um balanço energético de regime estacionário, o valor desejado para a vazão de vapor pode ser dado como:

Controle em Cascata Esta estratégia de controle é utilizada em situações em que uma única malha de controle de realimentação negativa não tem a precisão e a qualidade necessárias; É aplicada quando os efeitos dos distúrbios sobre a variável manipulada afetam a variável controlada; Ex. Considere o trocador de calor abaixo:

Controle em Cascata Variável Controlada: Variável Manipulada: Distúrbio: Caso ocorram frequentes perturbações na variável controlada, também ocorrerá frequentes atuações na válvula de controle, por conseguinte, será mais difícil o controle da variável de processo; O controle em cascata neste caso consiste na instalação de uma malha de controle de vazão, cujo valor desejado seja o ponto de ajuste enviado pelo controlador de temperatura; Sendo assim, é proposto um controle em cascata para amenizar o problema conforme exemplificado na figura seguinte.

Controle em Cascata Variável Controlada: Temperatura de saída do fluido; Variável Manipulada: Posição da válvula de entrada de vapor; Distúrbio: Variação da pressão de vapor que é a variável manipulada do processo; Caso ocorram frequentes perturbações na variável controlada, também ocorrerá frequentes atuações na válvula de controle, por conseguinte, será mais difícil o controle da variável de processo; O controle em cascata neste caso consiste na instalação de uma malha de controle de vazão, cujo valor desejado seja o ponto de ajuste enviado pelo controlador de temperatura; Sendo assim, é proposto um controle em cascata para amenizar o problema conforme exemplificado na figura seguinte.

Controle em Cascata

Controle em Cascata CONSIDERAÇÕES Cada controlador tem a sua variável medida; O sinal de saída do TIC é o ponto de ajuste do FIC. Há uma comparação entre o fluxo de vapor real e o fluxo solicitado pelo TIC; TIC é chamado mestre e o FIC é chamado escravo; O FIC corrige as variações do fluxo antes que possam afetar a malha principal (TIC); A malha escrava deve ser mais rápida que a malha mestra; Para variações no líquido de entrada o TIC enviará normalmente o ajuste para que o FIC possa atuar na válvula de entrada de vapor controlando assim a temperatura de saída do líquido.

Controle em Cascata EX 02 Controle de nível por realimentação, com base na manipulação da vazão de saída do tanque.

Controle em Cascata Problema: Uma variação na pressão no líquido de saída provoca uma variação em seu fluxo, alterando assim o nível do tanque; Solução: Instalar uma malha escrava FIC para controlar o fluxo de saída antes que o mesmo altere o nível do tanque.