Edilson Batista de Oliveira* Susete do R. C. Penteado Yeda M. M. de Oliveira Edson Tadeu Iede ABSTRACT



Documentos relacionados
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE À VESPA-DA-MADEIRA. Susete do Rocio Chiarello Penteado Edson Tadeu Iede Wilson Reis Filho

XV COBREAP - CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS - IBAPE/SP 2009

Treinamento em Cálculos Florestais Diversos Por Meio do Software FlorExcel

o Software SISPINUS Manual do Usuário Edilson Batista de Oliveira Veda M. Malheiros de Oliveira Embrapa Florestas BIBLIOTECA

CIRCULAR TÉCNICA N o 13 PROGRAMA DE MELHORAMENTO FLORESTAL DA C.A.F.M.A. *

Programa Nacional de Controle à vespa-da-madeira no Brasil

Aumento da produtividade da segunda rotação de eucalipto em função do método de desbrota

6 Construção de Cenários

QUANTIFICAÇÃO DE BIOMASSA FLORESTAL DE PINUS ELLIOTTII COM SEIS ANOS DE IDADE, EM AUGUSTO PESTANA/RS 1

OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL

SURGIMENTO NO BRASIL, DANOS E CONTROLE DE Sirex noctilio EM PINUS

Sirex noctilio F. em Pinus spp.: : Biologia, Ecologia e Danos

MANEJO DE FLORESTAS PARA SERRARIA NAS EMPRESAS NACIONAIS: ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE MANEJO DE EUCALIPTO PARA SERRARIA

VARIAÇÃO DA VIABILIDADE ECONOMICA FLORESTAL CONFORME O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

Utilização da Técnica de Análise de Tendências Impactadas para Projeção do Cultivo de Eucalipto no Brasil. Samir Lotfi Silvia Pela

Custos de Gestão e Produção do Sobreiro

LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE CUPINS ATACANDO RESIDÊNCIAS NOS BAIRROS DO MUNICIPIO DE GURUPI TO.

Guia para Monitoramento de Reflorestamentos para Restauração

Solo e Espaçamento. Sistema Operacional

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

DISTRIBUIÇÃO DA VESPA-DA-MADEIRA E DE SEUS INIMIGOS NATURAIS AO LONGO DO TRONCO DE PINUS

Simulado OBM Nível 2

AT073 INTRODUÇÃO EIM

Monitoramento de qualidade e quantidade de água superficial em área de reflorestamento de Pinus taeda e Pinus elliottis

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

A BIOMASSA FLORESTAL PRIMARIA

ELOBiomass.com. Como Comprar a Energia da Biomassa Lignocelulósica!

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA PREMISSAS TÉCNICAS

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável

A SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, no uso de suas atribuições legais, e

Klabin eleva produtividade e eficiência operacional e financeira de fábricas com SAP MII

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND

EUCALIPTO. plantio. Projeção de Receitas e Resultados. Fomento. Como suprir tamanha demanda preservando as florestas nativas?

CECAD Consulta Extração Seleção de Informações do CADÚNICO. Caio Nakashima Março 2012

REDUZINDO AS QUEBRAS ATRAVÉS DA MANUTENÇÃO PROFISSIONAL

NA BUSCA DO AUMENTO DA PRODUTIVIDADE FLORESTAL E REDUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL.

A RENTABILIDADE ECONÔMICA DA CULTURA DO EUCALIPTO E SUA CONTRIBUIÇÃO AO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

PLANEJAMENTO DA EXPLORAÇÃO

Núcleo de Pesquisa. Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina PEIC

Manejo florestal para prevenção e controle desirex noctilio em Pinus taeda

MODELO BASE DA CONTA DE CULTURA DO PINHEIRO MANSO ContaPm 1.0

TOMADA DE DECISÃO FINANCEIRA: PRODUÇÃO FAMILIAR OU PROGRAMA DE FOMENTO UM ESTUDO SOBRE A PRODUÇÃO DE EUCALIPTO EM SALESÓPOLIS/SP.

SP 07/94 NT 179/94. O efeito da utilização do telefone celular sobre a atenção do motorista. Engº Fernando J. Antunes Rodrigues

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL SEDAM.

5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE E DENSIDADE BÁSICA PARA ESPÉCIES DE PINUS E EUCALIPTO

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB /2013 Julho/2013

Capítulo XV Custos e Rentabilidade

GERAÇÃO DE ELETRICIDADE A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS PARA ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

PLANTIOS FLORESTAIS E SISTEMAS AGROFLORESTAIS: ALTERNATIVAS PARA O AUMENTO O DE EMPREGO E RENDA NA PROPRIEDADE RURAL RESUMO

ENG 337 MECÂNICA E MECANIZAÇÃO FLORESTAL

CHAPA DE FIBRA. não é tudo igual. PROCURE O RINO.

DEMARCAÇÃO DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados)

MATEMÁTICA t = = t = anos

COMO A MUDANÇA NA METODOLOGIA DO INEP ALTERA O CÁLCULO DA EVASÃO

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB): METAS INTERMEDIÁRIAS PARA A SUA TRAJETÓRIA NO BRASIL, ESTADOS, MUNICÍPIOS E ESCOLAS

UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA EFICIÊNCIA AMBIENTAL DE EMPRESAS INDUSTRIAIS

Gilberto Tozatti

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

cio-econômicos e ambientais dos SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIS: Helton Damin da Silva Chefe Geral da Embrapa Florestas Chgeral@cnpf.embrapa.

CUPINS DA CANA-DE- AÇÚCAR

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Papel. Etapa 6- Esta etapa trata-se do papel sendo utilizado por seus consumidores em diversas formas, como em livros, cartas, jornais, etc.

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS LCF-1581

APROVEITAMENTO DA BIOMASSA RESIDUAL DE COLHEITA FLORESTAL

Informativo CEPEA Setor Florestal Preços da Celulose se elevam pelo segundo mês consecutivo

O SOFTWARE SPP Eucalyptus

O evento não fará uso do vídeo (webcam), somente slides e áudio. Se necessário, ajuste o idioma da sala na barra de ferramentas superior

REDUÇÃO DE CUSTOS NO COMBATE ÀS FORMIGAS CORTADEIRAS EM PLANTIOS FLORESTAIS

ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Uso múltiplo de eucalipto em propriedades rurais

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

P L A N E J A M E N T O D E P R O C E S S O

O método de Monte Carlo: algumas aplicações na Escola Básica

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

Resultados de Segurança do Trabalho na Cadeia Produtiva do Papel

Estratégia de Manutenção em Oficinas utilizando Caminho Critico

Efeito dos custos dos insumos na rentabilidade dos projetos florestais

Módulo 4. Construindo uma solução OLAP

RENTABILIDADE ECONÔMICA DO EUCALIPTO CONDUZIDO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA SERRADA NO OESTE DO ESTADO DO PARANÁ

Reflorestamento de Uso Múltiplo: Modelos de reflorestamento com funções ecológicas e aproveitamento

Tecnologia de aplicação de Agrotóxicos

Economia Mineral de Pernambuco

VIII Simpósio Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalipto Para Usos Múltiplos SEGURO FLORESTAL. Gabriel Prata MSc. Eng. Florestal

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

CAPÍTULO 7 - ÁRVORES DE DECISÃO

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA.

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Melhorias de Processos de Engenharia de Software

Termo de Referência nº Antecedentes

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA

Transcrição:

A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE SisPinus NO PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE POVOAMENTOS DE Pi n u s elliottii ENGEL E Pi n u s taeda L. COM ATAQUE DE Slr ex noctilio FABRICIUS,1793 ( HYMENOPTERA: SIRICIDAE ) Edilson Batista de Oliveira* Susete do R. C. Penteado Yeda M. M. de Oliveira Edson Tadeu Iede RESUMO Foi estudada a utilização do software SisPinus na estimativa de perdas na produção de madeira provocadas por ataques de Sirex noctilio, e sua aplicação no planejamento da produção de povoamentos de Pinus e/liottii e Pinus taeda atacados. Diferentes níveis de ataque foram simulados e as perdas ocorridas na produção de madeira foram quantificadas, em termos de volume e em valores econômicos. Foi descrito um processo de determinação da idade ótima de rotação e demonstrada a utilidade do SisPinus no planejamento da produção, principalmente quando se torna necessário o estabelecimento de medidas preventivas para sanidade do povoamento, envolvendo épocas e intensidades de desbastes. RESUMEN EI uso dei SOFIW ARE SISPINUS en Ia predicción de pérdidas de madera, debido ai ataque de Sirex nocttlio y su uso en Ia planificación de Ia producción de plantaciones de Pinus e/liottii y Pinus taeda fue estudiado. Fuerón simulados diferentes niveles de ataque y estimadas Ias lpérdidas de madera, tanto en volumen, cuanto en valores económicos. Fue descrito un proceso para determinar Ia edad óptima de corte. Fuera de esto, fue demostrado el uso dei SISPINUS en Ia planificación de Ia producción usandose diferentes intensidades y momentos de raleos, especialmente cuando medidas sanitarias preventivas son necesarias. ABSTRACT The use of SisPinus software to forecast wood losses due to outbreaks of Sirex noctilio and its use on production planning of stands Pinus elliotti and Pinus taeda attacked were studied. Different levels of attack were simulated and wood losses estimated, both in terms of volume and economic vaiues. A process to determine optimum felling time is described. Besides, the use of SisPinus in planning production using difierent tbinning intensity and timing, specia1ly when sanitary preventive measures are needed, is demonstrated. CNPFloresta/EMBRAPA. Colombo, PR, Brasil 161

1. INTRODUÇÃO. Pinus taeda L. e Pinus elltottti ENGEL. são as espécies florestais mais plantadas no sul do Brasil, totalizando urna área de 1.200.000 ha. A sua utilização se dá principalmente nas indústrias de papel, celulose e serraria. Sirex noctilio (vespa-da-ma.deira) tem apresentado urna grande ameaça aos reflorestamentos de pinus do país. Seu histórico, nos países em que ela foi introduzida, possibilita a constatação de seu efeito daninho; em um curto espaço de tempo, milhares de hectares foram destruidos. Estimativa-se que a área atacada atualmente, no Brasil, atinge 100.000 ha. Os prejuízos provocados na produção de madeira dos povoamentos atacados por Sirex são elevados, porém, não são facilmente mensuráveis. A adoção de medidas preventivas, como técnicas silviculturais, envolvendo desbastes em épocas e intensidades adequadas, visando a sanidade dos povoamentos, são recomendáveis (NEUMANN et ai. 1987). Entretanto, tais técnicas são variáveis de povoamento para povoamento, em função de fatores como: idade, sítio, número de árvores por hectare e percentual de ataque. O objetivo deste trabalho é demonstrar como o software SisPinus pode ser utilizado na prognose da produção, nas decisões de épocas e intensidades ideais para desbastes e determinação da idade ideal para o corte final, visando o planejamento da produção de povoamentos atacados por S. nocttlio. São verificadas, também, as perdas ocorridas na produção de madeira em função de diferentes níveis de ataque. 2. O SOFTWARE SisPinul. O SisPinus (Sistema de Simulação do Crescimento e Produção de Plantios de P.e//iottii e P. taeda) trata-se de um software que foi desenvolvido originalmente na Universidade Estadual da Carolina do Norte - EUA. e elaborado para o Brasil pelo Dr. William Leroy Hafley e pesquisadores da EMBRAPAlCNPFlorestas, em 1988/1989. O SisPinus fornece, a partir de algumas informações sobre o povoamento em idade jovem: Tabelas de crescimento e produção para qualquer idade do povoamento, Tabelas com volume total, por classes de diâmetro, para árvores removidas nos desbastes e no corte final e, Tabelas de sortimento de madeira para laminação e serraria.(versão 2.0) O sistema é uma ferramenta básica para o planejamento de produção de florestas de P.elliottii e Pitaeda e, no Brasil, já é utilizado por, aproximadamente, 25 empresas que plantam estas espécies. 2.1 INPUTS NECESSÁRIOS Número de árvores plantadas por hectare. Tipos de desbastes previstos ou adotados (seletivo, sistemático ou misto). Época dos desbastes. Idades selecionadas para os relatórios. Equação de volume. Funções de forma e dimensões de toras. 162

2.2 OUTPUTS do SisPinus De acordo com a atividade de manejo estipulada pelo usuário, como por exemplo, um debaste misto aos 9 anos de idade e corte final aos 22 anos, para um povoamento de P. taeda com 2000 árvores plantadas e índice de sítio de 21 metros, o SisPinus apresenta os seguintes relatórios, conforme a TABELA 1. TABELA 1. Crescimento e produção de Pinus taeda (a), Produção por classes de diâmetro referentes ao desbaste aos 9 anos (b) e ao corte final aos 22 anos (c). a) TABELA DE CRESCIMENTO E PRODUCAO ipinus taeda) Indice de Sítio Densidade Porcentagem de Sobrev. Inicial (Idade Índice 15) (Árvores/HA) Sobrevivência (Árvores/HA) 21,0 m 2000 95 1900 Idade Alt. N/HA Diãm. Alt. Area Volume IMA ICA anos Dom. Med. Med. Basal Total m cm m m 2 m 3 (c/c) 2 2,6 1900 2,3 2, I 0,8 0,8 0,4 0,8 4 6,2 1900 7,6 5 3 8,6 2 I, 1 5,3 14,6 6 9,5 1899 11,6 8 2 20,2 77,5 12,9 32,3 8 12 5 1893 14,7 10,8 32,0 161 2 20,2 44,6 9 13,9 1887 15,9 12,0 37,6 2 10 1 23,3 48,9 Desbaste pela Remoção de 1 em cada 3 linhas e, em seguida, desbaste pela remocão de 58 árvores 1201 16 2 12, I 24,7 139,4 Removido=70,7 10 15,3 1199 17,7 13,2 29,5 181,3 25 2 41 9 12 17,7 1 191 19,9 15,2 37,0 263,4 27 8 42,0 14 20,0 1177 21,7 17,2 43,7 350,9 3 O, I 44 2 16 22 1 1157 23 4 19,0 49 6 439,5 31 9 44,2 18 24,0 1 13 1 24,8 20,6 54,5 525,5 33,1 42,5 20 25,8 1100 26 O 22 2 58,3 605,9 33 8 39,4 22 27,5 1064 27,1 23,7 61,2 678,7 34.1 35,3 (b) TABELA DE FREQÜÊNCIA PARA ÁRVORES REMOVIDAS NO DESBASTE (9 ANOS). Diâmetro N/HA Alt. Volume Volume Volume Volume Lim. de Classe Med. m 3 (c/c) Laminaçlo Serraria Restante 4,0-3,9 9 9 3 O I 0,0 0,0 0,1 6,0-7,9 48 10,2 0,8 O O 0,0 0,8 8,0-9,9 S3 10,5 1,6 0,0 0,0 1,6 10,0-11 9 77 1 1, 1 3 6 O O O O 3 6 12,0-13,9 96 11,5 6,6 0,0 0,0 6,6 14,0-15,9 108 I 1,8 10,2 0,0 O O 10,2 16,0-17,9 1 I 1 12,2 14,2 0,0 0,0 14,2 18,0-19,9 96 12,6 16, O 0,0 8,2 7,8 20 0-21,9 64 13 O 13 6 O O 6 8 6 8 22,0-23,9 22 13 3 S 8 0,0 4,5 1,3 24,0-2S,1 1 13,9 O 2 O O O 1 0,0 Totais 685 72 8 0,0 19 7 S3 I 163

(c) TABELA DE FREQÜÊNCIA PARA ÁRVORES REMOVIDAS NA IDADE 22 ANOS. Diâmetro NIHA Alt. Volume Volume Volume Volume Lim. de Classe Med. m 3 (c/c) Laminaçio Sararia RcstanIe 12,9-13,9 2 18,S 0,2 0,0 0,0 0,2 14,O-IS,O 27 19,7 4,2 0,0 0,0 4,2 16,0-17,9 60 20,7 12,6 0,0 4,4 8,2 18,0-19,9 84 21,S 22,9 0,0 13,2 9,7 20,0-21,9 101 221 346 00 256 90 22,0-23,9 111 22,7 47,3 0,0 34,4 12,9 24,0-2S,9 117 23,3 626 0,0 S3,1 9,S 26,0-27,9 119 239 76,1 23,7 401 123 28,0-29,9 117 24,4 88,4 27,0 S4,4 7,0 300-319 110 2S,O 97 S SO,2 38,6 86 32,0-33,9 97 2S,7 998 671 22,8 9,8 34,0-3S,9 74 26,S 89,1 S87 26,3 4,1 36,0-37,9 40 27 S SS,S 429 94 3,3 38.0-39,9 S 29,3 7,7 S7 1,7 0,2 Totais 1064 698,4 275.4 324,2 98,9 As estimativas dos volumes totais e dos volumes dos segmentos do tronco, referentes à laminação, serraria e ao restante (destinado a produção de celulose, polpa ou energia), são obtidas automaticamente, por processos de integração total ou parcial, do quadrado da função de forma contida na equação de volume. O sistema oferece outra opção para o sortimento de madeira, possibilitando a subdivisão do tronco em quatro segmentos em vez de três. Maiores detalhes sobre o SISPINUS podem ser encontrados em OLIVEIRA & OLIVEIRA (1991 e 1992). 3. MÉTODOS Em todas as simulações realizadas, foram considerados povoamentos de P. taeda, com plantios de 2000 árvores por hectare, e aos 9 anos de idade, a realização de um desbaste sistemático de 1 linha a cada 3 linhas, seguido por desbaste seletivo, deixando 1200 árvores por hectare. O índice de sítio considerado foi de 21.0 m. As dimensões de toras estabelecidas para cada uma das finalidades industriais foram: diâmetro mínimo de 25.0 em para laminação e 15.0 em para serraria; e comprimentos de 3.0 metros para ambos os casos. O volume restante refere-se a toras cuja menor extremidade não atingiu 15 em. Duas formas de utilização do software SisPinus foram aplicadas: 3.1. Na primeira foram prognosticadas as perdas em volume e em valores econômicos, em função de diferentes percentuais de danos provocados por Si r e x. Foram considerados os percentuais de 0, ls, 30, 4S e 60% de árvores atacadas, em idades que 164

variavam dos 12 aos 17 anos (TABELA 2), e o corte final do povoamento, realizado aos 20 anos. 3.2. Na segunda, considerando-se estas mesmas condições do povoamento, inclusive o desbaste aos 9 anos, e estabelecendo um percentual de ataque de Si r e x que se iniciou com 5% aos 12 anos, evoluindo para 10% aos 13 anos e para 15% aos 14 anos, foi descrito um processo de determinação da idade ótima de rotação. Para este estudo, foram realizadas simulações de crescimento e produção até os 26 anos de idade do povoamento. Nas simulações dos ataques de Sirex, foram consideradas que, até um nível de ataque de 10%, as árvores atacadas eram as menores do povoamento. A partir deste nível, 2/3 passam a ser compostos pelas menores árvores entre as 90% restantes e 1/3 é obtido, aleatoriamente, entre as demais. Considerou-se os valores de US$ 15.0, US$ 10.0 e US$ 5.0 por m3 de madeira, respectivamente, para laminação, para serraria e madeira restante. As dimensões de toras para as diferentes finalidades industriais foram as mesmas das simulações apresentadas no item 1.2. Toda madeira atacada por Sirex foi cotada a US$ 5.0 por m3. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através de simulações que forneceram tabelas semelhantes às do item 1.2, construiu-se a TABELA 2, referente ao resumo das informações e estimativas de perdas econômicas da produção, em função de diferentes percentuais de ataque de Sirex. Observa-se que para um nível de ataque de 15% ocorreriam perdas de renda bruta equivalentes a 526 dólares por hectare e para um nível de ataque de 30% as perdas seriam de 638 dólares por hectare. Com níveis de ataque superiores a 45% as perdas na produção total tornam se mais acentuadas devido ao aumento mais acentuado da sub-estocagem do povoamento. TABELA 2. Resumo das informações obtidas pela simulação e renda bruta para os totais do sortimento Evolução do Alaque Madeira Volume (m 3 ) RelIda Bruta Idade (anos) RcfCRlllc ao (US$) 12 13 14 15 16 17 Total T Serraria Restante 0"10 Desbulc 728 0,0 19,7 53 I 7170 Alaque 0,0 0,0 0,0 0,0 Corte Final 621,9 204,5 310,7 106,7 5% 10% 15% Desbaste 72,8 0,0 19,7 53,1 6644 AlaQue 176 07 4,6 12,3 Corte Final 558,7 184,1 291,9 82,7 5% 10% 15%30% Desbaste 728 00 19,7 53 I 6532 Alaaue 59,1 4,3 24,3 30,5 Corte Final 519,5 185,3 264,8 69,4 5% l00a,15% 30% 45% Desbaste 72,8 0,0 19,7 53,1 6237 Alaaue 113,7 93 58,3 461 Corte Final 458,4 181,4 220,1 56,9 5% 100/015%30%45%600'" Desbaste 72,8 0,0 19,7 531 5758 Alaaue 1840 18,0 1018 64.2 Com Final 374,8 167,4 165,6 41,8 165

Na TABELA 3 são apresentados os resultados da simulação, conforme o item 3.2, para o povoamento de P. taeda descrito. TABELA 3. Crescimento e produção de P. taeda com ao corte final aos 26 anos. Indice de Sítio Densidade Porcentagem de Sobrev. Inicial (Idade Índice 15) (Árvores/HA) Sobrevivência (Árvores/HA) 21,0 m 2000 100 2000 Idade Alt. N/HA Diâm. Alt. Area Volume IMA ICA anos Dom. Med. Med. Basal Total m cm m m 2 m 3 (c/c) 8 12,5 1893 14 7 10 8 32,0 161 2 20.2 44,6 9 13,9 1887 15,9 12,0 37,6 210,1 23 3 48,9 Desbaste pela Remoção de 1 em cada 3 linhas e, em seguida, desbaste pela remoção de 58 árvores 1201 16,2 12,1 24,7 139,4 Removido=70,7 10 15,3 1199 17,7 13,2 29,5 181,3 25,2 41. 9 12 17,7 1191 19,9 15,2 37,0 263,4 27,8 42,0 Ocorrência de Si r e x em 5% das árvores 1132 20 2 15.4 36,3 260,4 Removido=3,1 13 18 8 1124 21.3 16,3 40.0 305.3 29 2 44 9 Ocorrência de Srr e x em 10% das árvores 1074 21,6 16.4 39,2 300,8 Removido=4,5 14 19,7 1065 22,4 17,4 41,9 340,1 29,9 39,3 Ocorrência de St r e x em 15% das árvores 1014 22,6 17,4 40,5 330,4 Removido=9,7 16 21,7 992 24,2 19 3 45,4 409,2 31 1 39 6 18 23,7 963 25,5 21,0 49,3 483,8 31,8 36,6 20 25,6 929 26,8 22,6 52,2 551,4 32,0 32 8 22 27,3 890 27,8 24,1 54,1 610,1 31,7 28,1 24 29,0 847 28,8 25,6 55,0 658 7 31 1 23 O 26 30,5 802 29,6 27,0 55.2 696,7 30,2 17,7.a A TABELA 4 contém o resumo das informações obtidas pela simulação e a renda bruta em dólares para os totais do sortimento. TABELA 4. Resumo das informações obtidas pela simulação e renda bruta para os totais do sortimento. Idade Volumc(m 3 ) RENDA BRlTr A TOTAl.. (USS) total Iamin. 1aT. rest. IDcluídoo Vol. removido &019 IDOI e o Vol. aw:ado 14 334,5 43,1 1884 103,1 3596 16 414,2 88,2 234,5 91,4 4677 18 491,3 135,7 262,6 93,0 5692 20 558,7 184,1 2919 82,7 6794 22 620,1 248,9 289,5 81,7 7587 24 6709 310,6 287,9 72,4 8450 26 708,6 359,9 267,8 80,9 9011 166

o sistema possibilita, então, o planejamento da produção através de recursos como os de Pesquisa Operacional e a utilização de procedimentos como o Valor Esperado da Terra (VET), que levam em conta aspectos como custos e taxas de juros. Uma metodologia que fornece alguma informação sobre a idade ótima para rotação, é a utilização de modelos de regressão para o ajuste da Renda Bruta em função da Idade, como no procedimento descrito a seguir:. Utilizando-se os dados da TABELA 4, a seguinte equação é encontrada: RENDA BRUTA = -197.l91 + 45.931 2-0.96211 3 Com a divisão desta equação pela Idade (I) e posterior cálculo da primeira derivada, obtem-se a idade ótima para rotação, que, neste caso, será de 24 anos. Assim, se não forem levados em conta os custos e taxas de juros, 24 anos será a idade de máximo rendimento econômico ou de ótimo econômico para rotação. Observa-se que esta idade é superior à idade de rotação biológica (2l.0 anos), considerada no ponto de cruzamento do Incremento Médio Anual com o Incremento Corrente Anual (TABELA 3). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os principais objetivos do trabalho foram demonstrar a possibilidade de utilização do software SisPinus na estimativa de perdas na produção de madeira de povoamentos de Pinus atacados por S.noctilio e sua aplicação no planejamento da produção destes povoamentos. O sistema possibilita a simulação de perdas de produção de madeira em função de percentuais de ataques de Sirex em qualquer idade do povoamento, ou de aumentos progressivos de percentuais de ataques de Sirex em anos consecutivos. Foi demonstrado que o SisPinus é uma ferramenta básica para a determinação de épocas e intensidades ideais para desbastes, determinação da idade ideal para o corte final e verificação da produção a cada ano. Nestas determinações, o sistema pode fornecer os dados básicos para aplicações de técnicas de Pesquisa Operacional e de outros procedimentos, para definição de desbastes e rotação econômica. Ficou constatado que o software é de grande utilidade no planejamento da produção, principalmente quando se torna necessário, o estabelecimento de medidas preventivas para a sanidade do povoamento, envolvendo épocas e intensidades de desbastes. 6. LITERA TURA CITADA. NEUMANN, F.G.; MOREY,J.L. & MCKIMM, R.J. The Sirex wasp in Victoria. Lands and Forest Division BulI. 29: 1-4l.1987. OLIVEIRA, E.B. & OLIVEIRA, Y.M.M. SisPinus - Desenvolvimento e perspectivas. In: Encontro Brasileiro de Planejamento e Economia Florestal,2., Curitiba, 1991. Anais. Curitiba, EMBRAPNCNPF. 1991. (No prelo). OLIVEIRA, E.B. & OLIVEIRA, Y.M.M. SisPinus - Guia do usuàrio. Curitiba, EMBRAPNCNPF. 1992.24 p. 167