ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS
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- Eduardo Barreiro Barros
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1 ANEXO XIII ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS - ESTUDOS GEOTÉCNICOS INTRODUÇÃO Os Estudos Geotécnicos foram realizados com o objetivo de conhecer as características dos materiais constituintes do subleito sobre o qual será implantado o pavimento da Rua Madre Brígida Pastorina. Com esta finalidade foram realizados a sondagem, coleta e ensaios dos materiais. Estes serviços foram realizados de acordo com a sistemática descrita a seguir SONDAGENS E ENSAIOS DO SUBLEITO No segmento da Rua foram executados quatro (4) furos de sondagem a trado, com o auxílio de pá, picareta e alavanca, com distâncias variadas, nunca maiores que quarenta (40) metros, até uma profundidade média de dois (2,0) metros sob o terreno natural, respeitando o item do termo de referência do edital. Durante a realização das sondagens foi feita à verificação dos horizontes de cada uma das camadas, definidas a partir da identificação visual dos materiais, anotando-se suas espessuras, além da coleta das amostras para a realização dos ensaios. Também foi verificada a profundidade do lençol freático em relação ao terreno natural. Na Rua Madre Brígida Pastorina os furos foram realizados alternadamente no eixo, lado direito, lado esquerdo e no eixo. A posição dos furos é apresentada no croqui anexo. Imediatamente após a realização das sondagens os furos foram devidamente tapados, visando restituir as condições de normalidade, evitando a ocorrência de danos aos usuários da via. Com os materiais coletados na sondagem do subleito foram procedidos os ensaios de caracterização: granulometria e ensaios físicos (limite de liquidez e limite de plasticidade); Índice Suporte Califórnia e ensaio de Proctor na energia normal. Os resultados dos ensaios realizados, bem como a sua classificação segundo os critérios do H.R.B. (Highway Research Board), foram agrupados em uma
2 planilha onde constam também as principais informações da sondagem. Esta planilha é apresentada em anexo, ao final deste relatório. A análise das sondagens e ensaios realizados permite que se teçam as seguintes considerações: - Este segmento da Rua Madre Brígida Pastorina apresenta um revestimento constituído de areia siltosa, com espessura média de 22,5 cm; - O terreno original é composto de uma areia siltosa ou argila arenosa (solos tipo A4, A2-6, A6 e A7-6) com predominância da cor marrom; - Não foram detectados solos com elevada expansão. Nos ensaios de ISC realizados todas as expansões ficaram abaixo de 1,00%. A cada furo de sondagem foram executados ensaios de umidade natural numa profundidade de aproximadamente cinqüenta (50) centímetros, com o objetivo de melhor avaliar as variações da saturação do subleito. Nestes locais também foram executados ensaios para a determinação da densidade local visando determinar o grau de compactação do subleito natural. Os resultados dos ensaios de laboratório, bem como as classificações visuais e de solos, permitiram a classificação geotécnica de acordo com a TRB Antigo HRBH/AASHTO, onde esta embasada o projeto de pavimento das ruas. Foram realizados quatro (4) furos principais, todos espaçados a uma distância menor que cinqüenta (50) metros e três (3) duros intermediários para comprovação da semelhança visual dos materiais ensaiados. No local se constatou a presença de três materiais e a divisão em dois horizontes apenas no furo 2, excluindo a camada superficial. Observou-se a predominância dos solos do grupo A6 com cerca de 40% das ocorrências, os demais solos do tipo A4, A2-6 e A7-6 com 20% das amostras para cada. Não foi levada em conta a camada superficial que será removida na escavação para implantação do pavimento. Todos os solos no subleito da rua de acordo com a sondagem têm um bom comportamento e sua capacidade de suporte, de acordo com os ensaios é satisfatória.
3 2.3 - DETERMINAÇÃO DO PAVIMENTO CÁLCULO DO ISP O Greide de Pavimentação é praticamente colante, a camada superficial de solo existente deverá ser removida de acordo com as seções transversais de projeto. Com base nos resultados dos ensaios realizados, procedeu-se à tabulação dos valores encontrados para o Índice Suporte Califórnia de cada uma das camadas identificadas na sondagem. Primeiramente foram tabulados os resultados de todos os materiais ensaiados. Como a pequena quantidade de ensaios e a presença de apenas quatro tipos de materiais, a análise estatística detalhada foi descartada. Atendendo orientações da fiscalização da SMOV, foi definido pela utilização da média aritmética para determinar o Índice de Suporte de Projeto (ISP). Assim, obtiveram-se os seguintes resultados: Resultados individuais dos ensaios de CBR, na camada de interesse: 12% (S1, profundidade entre 0,24 e 2,00m); 17% (S2, profundidade entre 0,26 e 1,05m); 6% (S2, profundidade entre 1,05 e 2,00m); 7% (S3, profundidade entre 0,26 e 2,00m); 12% (S4, profundidade entre 0,14 e 2,00m). Média aritmética = 10,8% questão. Logo foi adotado ISP=10%, valor que representará o subleito da via em A SMOV forneceu um relatório da EPTC, informando sobre a previsão de linhas de ônibus na rua em questão. Como mostra este relatório a seguir, não há previsão de passagem de uma linha de ônibus pela via.
4 2.3.2 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO N Conforme os termos de referência do edital, o número de operação do eixo padrão (N), foi calculado para um período de projeto estimado em 10 anos, isso de acordo com o Manual de Pavimentação do DNER de Para cálculo do número N, inicialmente temos que definir o volume médio de tráfego no ano de abertura (V1), num sentido, e uma taxa em percentagem de crescimento anual, em progressão aritmética. O volume total do tráfego num determinado período é dado pela equação: Vm = (V1. (2+P-1). T/100) / 2 onde: Vm => Volume diário médio durante o período do projeto.; V1 => Volume médio do tráfego no ano de abertura; T => Taxa de crescimento anual; P => Período em anos. O número N é dado por: N = 360 x Vt x (FE) x (FC), sendo (FE) x (FC) = (FV), logo: N=Vt x Fv, onde: FE=> Fator de eixos; FC=> Fator de carga; FV=> Fator de veículo. Para análise de composição de frota e definição do volume diário médio do tráfego, deve-se levar em conta: A rua atualmente só possui tráfego local, pois não tem saída; Segundo informações obtidas junto ao DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), a carga e a freqüência dos caminhões de lixo é feita por um veículo coletor com 15m³ (caminhão toco) cujo peso bruto total corresponde a 19 toneladas, tara com 10 toneladas, distribuídos em 70% no eixo traseiro e 30% no eixo dianteiro. A passagem se dá três vezes por semana, sendo que este em seu itinerário passa uma única vez na via na ida e uma na volta, porem, tendo em vista a largura da via, o caminhão acaba passando repetidamente sobre o mesmo local. Para efeito de cálculo de carga por eixo, foi considerado a média do caminhão com plena carga (70% 19,0ton. = 13,3 ton. no eixo traseiro) e meia carga (70% de 14,5 ton. = 10,15 ton. no eixo traseiro), que é aproximadamente 12toneladas no eixo traseiro e no eixo dianteiro 8 toneladas. Como a rua não tem ligação, o caminhão do lixo vai e volta, o que em média passa uma vez ao dia.
5 dias. O abastecimento de gás é feito por veículo de pequeno porte a cada 15 desprezível. Não foram considerados os veículos de passeio, pois sua influência é Não há atualmente pontos comerciais na rua. No quadro anexo esta apresentado um resumo geral da natureza e da estimativa de composição da frota de caminhões, como também o VDM (Volume Diário Médio) para o ano de abertura. De acordo com a estimativa do VDM (Volume Diário Médio), em anexo, temos que a rua se enquadra como CLASSE 2, VDM menor ou igual a um veículo por dia conforme o termo de referência. Com uma taxa anual de crescimento adotada com t=5% e um período de P=10 anos, temos a estimativa do valor de N: N = 3,86 x DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DO PAVIMENTO O pavimento foi dimensionado segundo as orientações emanadas do termo de referência. Temos com ISP=10%, de acordo com os estudos geotécnicos já apresentados. O numero N, de acordo com o estudo de tráfego corresponde a N=3,86 x 10 4, que é menor que 10 6, sem previsão de ônibus, a via se enquadra na CLASSE 2 (via local). A espessura do revestimento asfaltico (CBUQ) para uma CLASSE 2 tem uma espessura de 4cm a ser aplicada sobre uma base granular. A camada de concreto deverá se enquadrar na Faixa II do caderno de encargos da SMOV. Para tanto temos a seguinte estrutura do pavimento: Camada Tipo de material Espessura Real (cm) Revestimento CBUQ 4,0 Base granular Brita graduada 20,0 TOTAL 24,0
6 Entre as estaca 5+10 e 8+00, o furo F3 possui CBR 7, na profundidade de 0,26m à 2,0m, pelo termo de referência temos para este local um reforço de 15cm de areia, com volume de 37,5m³. Todos os trabalhos devem estar de acordo com as especificações do caderno de encargos da SMOV/PMPA, caso não sejam encontradas as devidas referências, as especificações gerais do DNER deverão ser aplicadas.
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