NOVO REGULAMENTO DO CÓDIGO DE MINERAÇÃO. Principais alterações promovidas pelo Decreto 9.406/2018 na legislação minerária

Documentos relacionados
Decreto nº 9.406/2018

Decreto nº 9.406/2018

A MINERAÇÃO BRASILEIRA HOJE E AMANHÃ: O QUE ESPERAR E COM O QUE CONTAR

Alterações ao Código de Mineração Promovidas pela MP Nº 790/2017

Novo Regulamento do Código Minerário (Decreto federal nº 9.406/2018)

Análise e Considerações sobre as Principais Alterações Introduzidas pelo Novo Regulamento do Código de Mineração ao Regime de Exploração Mineral

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Ministério de de Minas Minas e e Energia PROPOSTA DE NOVO MARCO DA MINERAÇÃO

Reforma da Legislação Mineral

SEMINÁRIO Revitalização da mineração: as Medidas Provisórias 789, 790 e 791 e suas consequências jurídicas, estruturais e mercadológicas

1. Conforme quadro disponível na MP. 2. Novas alíquotas vigoram a partir de

Gestor dos Recursos Minerais do Brasil Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral a execução do Código de Mineração e dos seus Diplomas

Todos os direitos reservados 2017 Sion Advogados. É vedada a reprodução total ou parcial desta obra, seus componentes e conteúdo.

Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira: Os Novos Normativos

Práticas de controle e fiscalização da CFEM

Gestor dos Recursos Minerais do Brasil Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral a execução do Código de Mineração e dos seus Diplomas

RODOLFO GROPEN A D V O C A C I A

LEI Nº 1312/2014 De 08 de setembro de 2014.

DECRETO Nº 9.406, DE 12 DE JUNHO DE 2018.

EQUACIONAMENTO JURÍDICO E AMBIENTAL DA RENCA VII ENCONTRO DE EXECUTIVOS DE EXPLORAÇÃO MINERAL A AGENDA MINERAL BRASILEIRA ADIMB 29 DE JUNHO DE 2017

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 1312/2014 De 26 de agosto de 2014.

DECRETO Nº 9.406, DE 12 DE JUNHO DE 2018

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 22 DE OUTUBRO DE 1997 D.O.U. 24/10/97

Ano CLV N o Brasília - DF, quarta-feira, 13 de junho de 2018 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

MINERAÇÃO REGIME LEGAL

POLÍTICA MINERAL & NOVO MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL PORTARIA Nº 441, DE 11 DE DEZEMBRO 2009.

.: Versão para Impressão - DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral :.

LEGISLAÇÃO MINERÁRIA BRASILEIRA: Avaliação e Perspectivas. ANA SALETT MARQUES GULLI Procuradora-Chefe/DNPM

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 148 DE 30 DE ABRIL DE 2010

A POLÍTICA MINERAL E O NOVO MARCO REGULATÓRIO A DESCENTRALIZÃO DO REGIME DE LICENCIAMENTO MINERAL (?)

Clínica 2: Painel: Por dentro das mudanças da CFEM

Regime jurídico da mineração brasileira na vigência do decreto-lei 227/67

PESQUISA MINERAL I. Professora: Thaís Dornelas

Mineral. é um sólido natural, inorgânico, homogêneo, de composição química definida, com estrutura cristalina.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 05, DE 18 DE ABRIL DE D.O.U. de 08/09/2000 com republicação da nota de rodapé em 11/09/2000 O DIRETOR GERAL DO

PORTARIA Nº 400, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008.

LEI Nº 7.805, DE 18 DE JULHO DE D.O.U. 20/07/89

Revitalização do setor mineral brasileiro sob a perspectiva legal

Exploração Conjunta de Direitos Minerários Contíguos - Unitização

Proposta de MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO: Regimes de Aproveitamento e Aspectos regulatórios

Projeto de Lei nº 5.807/2013 Marco Regulatório da Mineração

WILLIAM FREIRE RISCOS JURÍDICOS NA MINERAÇÃO

MINERAÇÃO E SUA NOVA AGÊNCIA REGULADORA

CFEM: ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 789/2017

O QUE É A CFEM? COMPETÊNCIA SOBRE A CFEM

MINERAÇÃO REGIME LEGAL

PANORAMA REGULATÓRIO E SEGURANÇA JURÍDICA NA MINERAÇÃO NO BRASIL INFORMAÇÕES DIVERSAS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 790, DE 25 DE JULHO DE 2017

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DO EXTRATIVISMO MINERAL

O QUE É A CFEM? COMPETÊNCIA SOBRE A CFEM

MINERAÇÃO REGIME LEGAL

AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO ANM

Nº da aula 05 MINERAÇÃO:

DIREITO AMBIENTAL. Proteção do meio ambiente em normas infraconstitucionais. Recursos Minerais e legislação correlata- Parte 1. Prof.

Visão Empresarial sobre o Novo Marco Regulatório. Maio/2010

PORTARIA Nº 199, DE 14 DE JULHO DE DOU DE 17 DE JULHO DE 2006

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EXTRAÇÃO DE MINERAIS DE EMPREGO DIRETO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Considerando que aqueles que exercem a atividade minerária devem respeitar as normas ambientais, objetivando o desenvolvimento sustentável;

Agência Brasil Decretos assinados por Temer atualizam Código de Mineração

Problemas do Setor: (i) Principais questões existentes hoje; e. (ii) Situações que podem se configurar com o novo marco regulatório do setor.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL PORTARIA Nº 400, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008, Publicada no DOU 01/10/2008

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANÁLISE DOCUMENTAL (CHECK LIST) EXTRAÇÃO DE MINERAIS

Prefeitura Municipal de Andaraí publica:

O ENCERRAMENTO DE MINA E AS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS. Ricardo Carneiro

NOVO CÓDIGO DE MINERAÇÃO: PL 5263/2016, DO DEPUTADO FEDERAL SARNEY FILHO, DE 12 DE MAIO DE CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Programa de Revitalização da Mineração

Alterações realizadas pela MP

PROCESSO DE OUTORGA E CADASTRO MINEIRO

Anuário Mineral do Estado de São Paulo


Reportagem Especial: Fechamento de Mina: Aspectos Legais

LEI Nº 7.886, DE 20 DE NOVEMBRO DE Regulamenta o art. 43 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dá outras providências.

DECRETO Nº. 058 DE 19 DE MAIO DE 2017

Normas e Julgados do Setor de Mineração

DECRETO Nº 9.407, DE 12 DE JUNHO DE 2018

Instrução Normativa SEMA nº 1 DE 11/01/2017

ESTRUTURAS GEOTÉCNIAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS MINERÁRIOS NO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA BRITÂNICA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA NO BRASIL


Panorama atual da CFEM ANDRÉ ROBERTO DE SOUZA MACHADO ADVOGADO

RESOLUÇÃO SMA - 51, de

IX Congresso Catarinense de Municípios. Exploração de Cascalheiras pelos Municípios

P ORTARIA Nº. 10/2010

Gabinete de Auditoria e Qualidade APROVADO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SINTRA EM 8 DE FEVEREIRO DE 2008

Taxas Estaduais. Alteração na legislação

ANEXO ÚNICO. Carga horária mínima estimada para o desenvolvimento de atividades técnicas no âmbito da Modalidade Geologia e Engenharia de Minas:

NOVO REGIME JURÍDICO DOS ROYALTIES DA MINERAÇÃO

PORTARIA Nº 178 de 12 de abril de 2004

Deliberação n.º 1857/2013, de 26 de setembro (DR, 2.ª série, n.º 199, de 15 de outubro de 2013)

Fechamento de Mina Aspectos Ambientais e Sócio-econômicos

VOTO. INTERESSADO: Companhia Paulista de Força e Luz CPFL Paulista.

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 210DE 21 DE SETEMBRO DE 2016

O Direito Minerário na Constituição de 1988 e seus aspectos jurídicos

CONVERSANDO COM A SET

REPUBLICA-SE POR ERROS MERAMENTE FORMAIS NA ESTRUTURA DO TEXTO NORMATIVO. (Publicada no Diário Oficial de MG no dia 27/09/2016, págs.18 e 19).

Transcrição:

NOVO REGULAMENTO DO CÓDIGO DE MINERAÇÃO Principais alterações promovidas pelo Decreto 9.406/2018 na legislação minerária

Panorama Legislativo pré "Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira" Constituição Federal Decreto-Lei 227/1967 Código de Mineração Lei 6.567/78 Regime de Licenciamento Lei 7.805/89 Permissão de Lavra Garimpeira Lei 8.876/94 Transforma DNPM em Autarquia Decreto 62.934/68 Regulamento do do CM CM Decreto 3.358/00 Regulamenta o Regime de Extração Decreto 62.934/68 Regulamento do CM Decreto 98.812/90 Regulamenta a PLG Decreto 7.092/2010 Estrutura regimental DNPM

Panorama legislativo pós "Programa de Revitalização da Industria Mineral Brasileira" MPV 789/2017 Alterações na CFEM MPV 790/2017 Alterava o Código de Mineração e a Lei 6.567/78 MPV 791/2017 Cria a ANM e extingue o DNPM Lei 13.540/2017 Não foi votada pelo Congresso em 120 dias Lei 13.575/2017 Decreto n 9.406/2018 Caducou em 28/11/2017 Lei 8.876/94

Panorama legislativo pós "Programa de Revitalização da Industria Mineral Brasileira" CFEM Venda do bem mineral Receita Bruta FATOS GERADORES Aquisição de bem mineral em hasta pública Valor de arrematação BASES DE CÁLCULO Consumo do bem mineral Preço corrente ou Valor de Referência Aquisição de bem mineral extraído sob PLG Valor da primeira aquisição

Panorama Legislativo do Setor Agência e Código Lei 13.575/17 Criação da ANM Lei 6.567/78 Regime de Licenciamento Lei 7.805/89 Permissão de Lavra Garimpeira Decreto-Lei 227/1967 Código de Mineração Regimento Interno e Estrutura Organizacional Decreto 7.092/2010 Estrutura regimental DNPM Decreto 62.934/68 Regulamento do CM Decreto 98.812/90 Regulamenta a PLG Decreto n 9.406/2018 Decreto 62.934/68 Regulamento do CM Decreto 3.358/00 Regulamenta o Regime de Extração

Consequência da não apresentação do RFP Em caso de não apresentação de Relatório Final de Pesquisa, ou não cumprimento de exigência para sua aprovação, a área será posta em disponibilidade. Priorizou-se as hipóteses de áreas em disponibilidade, com vistas a diminuir a especulação. Ilegalidade da alteração, por decreto, das hipóteses em que as áreas eram consideradas livres?

Conceito de reserva Como era? Não havia conceito expresso. Dizia que as reservas seriam classificadas em Medida, Indicada e Inferida, conceituando-as A porção de um depósito mineral a partir da qual um ou mais bens minerais podem ser técnica e economicamente aproveitados. São classificadas em: (a) recursos inferido, indicado e medido; e (b) reservas provável e provada Resolução da ANM definirá os critérios a serem adotados, baseados, necessariamente, em padrões internacionalmente aceitos de declaração de resultados

Prorrogação do Prazo do Alvará de Pesquisa CM: Permitida a prorrogação, tendo por base a "avaliação do desenvolvimento dos trabalhos". Como era? Não havia previsão no Regulamento. Portaria 155/2016: Serão considerados, dentre outros critérios: características especiais de localização da área e justificativa técnica para o prosseguimento da pesquisa. A ausência de ingresso judicial na área ou do assentimento do órgão gestor da UC são justificativas para a prorrogação. A prorrogação do prazo do alvará de pesquisa não será concedida por prazo superior ao inicialmente outorgado Permitida a prorrogação por uma vez, por até igual período, de acordo com os trabalhos já realizados. Autorizada a prorrogação por mais de uma vez nos casos de impedimento de acesso à área ou de falta de assentimento ou de licença do órgão ambiental Até que haja decisão do requerimento de prorrogação do prazo apresentado tempestivamente, a autorização de pesquisa permanecerá válida

Continuidade dos trabalhos após entrega do Relatório Como era? Não havia previsão Permitida a continuidade dos trabalhos, inclusive em campo, após a apresentação do Relatório Final de Pesquisa, com o objetivo de aprimoramento das informações referentes às reservas, a serem consideradas no Plano de Aproveitamento Econômico As informações obtidas não podem ser utilizadas para complementar o Relatório Final de Pesquisa E no caso de descoberta de nova substância?

Vigência de Guias de Utilização Como era? O prazo de validade da GU não poderá ser superior à vigência da licença ambiental apresentada ou do alvará de pesquisa, quando em vigor, prevalecendo o prazo que vier a vencer primeiro. Será concedida uma vez, pelo prazo de um a três anos, admitida uma prorrogação por até igual período, conforme as particularidades da substância mineral, conforme vier a ser regulamentado pela ANM Permitidas sucessivas prorrogações

Aprovação do RFP - Exequibilidade econômica da lavra Como era? A exeqüibilidade do aproveitamento econômico resultará da análise preliminar dos custos da produção, dos fretes e do mercado A exequibilidade do aproveitamento econômico decorrerá do estudo econômico preliminar do empreendimento, baseado nos custos da produção, dos fretes e do mercado, nos recursos medidos e indicados, no plano conceitual da mina e nos fatores modificadores disponíveis ou considerados à época da elaboração do relatório, com base no fluxo de caixa simplificado do futuro empreendimento. Critérios mais rigorosos para análise da exequibilidade econômica da lavra, para fins de aprovação do RFP

Conceito de atividade de lavra CM: Conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extração das substâncias minerais úteis que contiver, até o beneficiamento das mesmas Como era? Regulamento: Conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial da jazida, a começar da extração das substâncias minerais úteis que contiver até o seu beneficiamento Portaria 155/2016: Conjunto de operações coordenadas realizadas de forma racional, econômica e sustentável, objetivando o aproveitamento da jazida até o beneficiamento das substâncias minerais nela encontradas, inclusive, maximizando-se o seu valor ao final de sua vida útil; Positivou-se que "operações coordenadas" compreendem, dentre outras atividades: o planejamento e o desenvolvimento da mina, a remoção de estéril, o desmonte de rochas, a extração mineral, o transporte do minério dentro da mina, o beneficiamento e a concentração do minério, a deposição e o aproveitamento econômico do rejeito, do estéril e dos resíduos da mineração e a armazenagem do produto mineral. Destaque para a inclusão da remoção de estéril e do aproveitamento econômico do rejeito, do estéril e dos resíduos da mineração

Suspensão da lavra Como era? Deveria ser requerida ao MME e somente poderia ser iniciada após decisão favorável O titular fica autorizado a interromper as atividades enquanto o requerimento de suspensão temporária de lavra estiver pendente de decisão da ANM Suspensão Interrupção Os trabalhos poderão ser interrompidos por mais de seis meses consecutivos, ou trata-se da interrupção prevista no art. 49 do CM?

Procedimento de disponibilidade Como era? Propostas avaliadas segundo critérios pouco objetivos, referentes aos trabalhos propostos pelos habilitantes. Procedimento realizado por meio de habilitações, abertura de propostas e julgamento por comissões de servidores do DNPM "Critérios objetivos de seleção e julgamento", a serem definidos por meio de Resolução da ANM. Procedimento tende a ser realizado por leilão eletrônico. A ANM poderá, a seu critério, no intuito de avaliar a atratividade de uma área, submetê-la a oferta pública prévia, sigilosa quanto a quantidade e identidade dos interessados, para posterior leilão.

Procedimento de Disponibilidade - Oferta Pública Prévia Nenhum interessado Dispensa-se a realização de leilão eletrônico e a área passa a ser considerada livre a partir do dia útil subsequente ao do término do prazo da Oferta Pública Apenas um interessado Dispensa-se a realização de leilão eletrônico e o interessado será notificado para protocolizar o seu requerimento de título minerário no prazo de trinta dias Mais de um interessado A ANM disponibilizará a área a interessados, por meio de "critérios objetivos de seleção e julgamento"

Procedimento de disponibilidade - Questionamentos Quais "critérios objetivos de seleção e julgamento" serão considerados? Apenas maior oferta? O que definirá quais áreas serão submetidas a Oferta Pública prévia? As propostas feitas na etapa de oferta pública são vinculantes? A ausência de manifestações de interesse em ofertas públicas poderia incentivar a fila do protocolo? Em caso de Oferta Pública com apenas um interessado, será necessário, ainda assim, pagar o valor proposto, considerando a ideia de "seleção e julgamento" e a dispensa de leilão? Apenas aqueles que manifestaram interesse na Oferta Pública poderão participar do Procedimento de Disponibilidade? Seria ilegal prever, em Decreto, a sujeição do procedimento de Disponibilidade às sanções previstas da Lei 8.666?

Declaração de Utilidade Pública para Servidão e Desapropriação Como era? A propriedade onde se localiza a jazida, bem como as limítrofes ou vizinhas, para efeitos de pesquisa e lavra, ficam sujeitas a servidões de solo e subsolo O titular poderá requerer à ANM que emita declaração de utilidade pública para fins de instituição de servidão mineral ou de desapropriação de imóvel Previsão de vários procedimentos a serem observados na tramitação da Ação de Constituição de Servidão de mina, que seria uma espécie de Servidão Administrativa Não havia previsão de DUP pela ANM(DNPM) para desapropriação Servidão de Mina passa a se aproximar da Servidão Administrativa "pura" (Decreto 3365/1941), com os requisitos de validade da DUP ali previstos Como indenizar o proprietário do imóvel superficiário à jazida, no caso de desapropriação?

Infrações e Sanções Poucas mudanças em suas essências: as alterações visaram principalmente tornar as infrações e as respectivas sanções mais claras. Multa em dobro, em caso de reincidência, apenas quando se tratar de reincidência específica, ocorrida no prazo de cinco anos Advertência isolada foi revogada tacitamente?

Disposições finais O Decreto será aplicável a todos os requerimentos e direitos minerários ativos quando de sua entrada em vigor Os valores constantes do Decreto, bem como multas e encargos devidos à ANM, serão corrigidos anualmente pelo IPCA, divulgados até 31/01 e passarão a ser exigidos a partir de 01/03 Os atos normativos do DNPM continuam aplicáveis, no que não contrariarem o Decreto, até que sejam substituídos por Resoluções da ANM A ANM deverá editar, em até 180 dias da data de sua instalação, Resolução que estabeleça o prazo máximo de tramitação dos processos minerários de sua competência

Entrada em vigor Revogação dos Decretos n 98.812/1990, que regulamenta o regime de PLG, e 3.358/2000, que regulamenta o Registro de Extração Demais dispositivos 10/12/2018 Prazo para que a ANM publique as resoluções que passarão a regulamentar a matéria Data em que a ANM vier a ser instalada (quando da aprovação da estrutura organizacional e do regulamento da Agência, por Decreto da Presidência da República)

Obrigado pela atenção Paula Azevedo de Castro paula.azevedo@mendodesouza.com.br /paula-azevedo-de-castro-78774731/ João Raso joao.raso@mendodesouza.com.br /joaoraso (31) 3286-3012 www.mendodesouza.com.br