3. olítica Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.4. Curva de hillips Keynesiana Carvalho et al. (2015: cap. 10 - apêndice) 17/09/2018 1
*COMLEMENTR Construção da Curva de Demanda gregada IS-LM com preços flexíveis IS: = C+j bi+g 1 c 1 t = α i i 2 i 1 i 0 C LM (M 0 / 2 ) LM (M 0 / 1 ) LM (M 0 / 0 ) LM: M = k hi IS 0 i = 1 h M + k h 2 2 C 1 0 1 0 d (M 0 ) 17/09/2018 2 1 0 2
*COMLEMENTR olítica Econômica e o deslocamento da demanda agregada IS: = C+j bi+g 1 c 1 t = α LM: M = k hi ou i = 1 h M + k h olítica Monetária olítica Fiscal Demanda gregada i i 0 i 1 LM (M 0 / 0 ) LM (M 1 / 0 ) i i 1 i 0 LM (M 0 / 0 ) 0 IS 0 IS 0 IS 1 d (M 0 ) 0 1 0 1 0 1 17/09/2018 3
*COMLEMENTR Construção da Curva de Oferta gregada Salários nominais rígidos Considerando a hipótese de salários nominais rígidos (tal como faz Keynes), a curva de oferta é positivamente inclinada, relacionando a elevação da produção à elevação de preços, de forma que a queda do salário real compense a produtividade marginal decrescente do trabalho (W/=MgN). Havendo desemprego involuntário, mesmo quando os trabalhadores percebem a elevação dos preços no período subsquente ( e = -1 ), não exigem elevação do salário nominal, pois o salário real permanece acima da desutilidade marginal do trabalho (DMgN). W/ W/ 0 W/ 1 Nd=MgN N s ( e = -1 ) N N 0 N 1 0 1 * 17/09/2018 4 1 0 s
*COMLEMENTR Construção da Curva de Oferta gregada Salários nominais rígidos Considerando, adicionalmente, que a economia opera com grande capacidade ociosa e que, portanto, o efeito da produtividade marginal decrescente é desprezível, então a curva de oferta pode ser traçada como uma horizontal para a faixa de produção relevante. W/ W/ 0 N s ( e = -1 ) s Nd=MgN N 0 N 1 0 1 N 0 0 17/09/2018 5 * 0 1 s
Construção da Curva de Oferta gregada Salários nominais rígidos lternativamente, pode-se considerar uma situação de concorrência imperfeita, em que as firmas definem seus preços por mark-up sobre um salário nominal rígido negociado no mercado de trabalho, junto à possibilidade de se contratar qualquer volume de mão-de-obra ao salário real vigente. Neste caso, a curva de oferta também seria horizontal ( = γw). W/ *COMLEMENTR N s ( e = -1 ) W/ 0 N d (W/= γ) 0 s N N 0 N 1 0 1 17/09/2018 6
*COMLEMENTR olítica Econômica e as curvas de oferta e demanda agregadas O modelo keynesiano retratado pela síntese neoclássica analisava os efeitos de política econômica supondo que a oferta seria capaz de atender a qualquer nível de demanda ao nível de preços dados. ssim, tanto a política fiscal como a política monetária, dados os determinantes de suas respectivas eficácias, seriam capazes de afetar o nível de atividade sem efeitos sobre a inflação. 0 s d d 0 1 17/09/2018 7
Keynesianos e o problema da inflação Tobin diz que os keynesianos não tinham uma resposta para o dilema entre inflação e desemprego (só tinham para as variáveis reais, ou seja, a produção e o emprego). No fundo, Tobin está dizendo que, para a corrente ser uma alternativa de fato, os keynesianos tinham que ter uma política para a inflação. orém, diz também que os keynesianos, e se inclui aí, não podem aceitar a proposição dos novos clássicos, monetaristas e também policymakers de que o pleno emprego é aquele que for consistente com a estabilidade de preços, seja lá qual for a taxa de desemprego. Em suas palavras: Neither are Keynesians prepared, as monetarists and new classical economists and policy makers often appear to be, to resolve the dilema tautologically by calling full employment whatever unemployment rate results from policies that stabilize prices. Tobin, J., olicies for rosperity, pg.11. 17/09/2018 8
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Com o problema da inflação tornando-se uma preocupação crescente, o arcabouço teórico da síntese neoclássica incorporou a relação entre desemprego e preços apontada pela Curva de hillips. curva original derivada por hillips relacionava a variação do desemprego à variação dos salários nominais no Reino Unido entre 1861 e 1957. 17/09/2018 9
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Solow e Samuelson estudaram esta relação para os Estados Unidos, mas substituíram a variação de salários pela variação de preços, relacionada aos salários por mark-up, dando origem à versão mais conhecida da Curva de hillips, que estabelece uma relação negativa entre desemprego e inflação. Em primeiro lugar, considera-se a relação inversa entre desemprego e salário nominal proposta originalmente por hillips: W = W -1 [1 δ(μ μ*) onde μ* corresponde à taxa de desemprego compatível com estabilidade de preços; e δ é a sensibilidade do salário nominal em relação ao desemprego. 17/09/2018 10
Inflação, desemprego e a Curva de hillips partir desta relação, (W = W -1 [1 δ(μ μ*)]), deriva-se a determinação de preços, considerando um adicional sobre os custos diretos, conforme regra de mark-up: = γw, onde γ > 1 é o mark-up = γw -1 [1 δ(μ μ*)] = -1 [1 δ(μ μ*)] Esta equação pode ser reescrita na versão tradicional da Curva de hillips, que relaciona desemprego e inflação: π = δ(μ μ*) π π 1 0 C C (π e =0) μ 1 μ* μ 17/09/2018 11
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Vale notar que, por trás da inflação associada a uma taxa de desemprego: π = δ(μ μ*) π <=> 0 μ >=< μ* π <=> 0 μ >=< 0 tem-se um preço que aumenta porque os salários nominais sobem continuamente conforme o desemprego é mantido em um nível (mesmo constante) abaixo do nível compatível com estabilidade de preços: = γw -1 [1 δ(μ μ*)] = -1 [1 δ(μ μ*)] W = W -1 [1 δ(μ μ*) 17/09/2018 12
Inflação, desemprego e a Curva de hillips explicação para a elevação contínua dos salários nominais quando μ < μ* seria a combinação: i) do fato de ser preciso pagar salários reais mais elevados para contratar mais trabalhadores diferentemente da situação inicialmente considerada pelos keynesianos, que admitia aumento do emprego com salários reais constantes ou até mesmo mais baixos, desde que por efeito de elevação de preços para dado salário nominal ; ii) iii) com a formação de expectativas dos trabalhadores, que definem o preço esperado com base nos preços passados e sem projetar inflação ( e = -1 e π e =0); e com o fato de os empresários repassarem as elevações de salários para preços por meio de mark-up. 17/09/2018 13
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Sendo assim, um aumento da demanda que estimule a contratação de trabalhadores levará ao aumento dos salários (W 1 ), fazendo com que os trabalhadores acreditem estar recebendo um salário real mais elevado (-Ns:W 1 / 0 ), e, pelo mark-up, ao aumento do nível de preços (-Nd:W 1 / 1 ), o que viabiliza o aumento do emprego e da produção (). W/ W 1 / 0 Ns (e = -1) W 0 / 0 =W 1 / 1 N d (W/= γ) 1 0 s s d d N 0 N 1 N 0 1 17/09/2018 14
Inflação, desemprego e a Curva de hillips No período seguinte, ao perceber a elevação dos preços, os trabalhadores contraem a oferta (C -Ns: W 1 / 1 ), sendo necessário elevar novamente os salários nominais para manter maior nível de emprego (C-Ns: W 2 / 1 ), com repasse via mark-up para preços (C-Nd: W 2 / 2 ), para atender à demanda. produção e o emprego resultantes ainda são maiores do que o nível inicial (C>), mas menores do que o nível anterior (C<), tendo em vista a queda da demanda pela elevação dos preços. sucessiva elevação de preços tende a exaurir o efeito inicial da elevação da demanda e a própria pressão inflacionária. W/ W 1 / 0 N s ( e = -1 ) W 2 / 1 W 0 / 0 =W 1 / 1 =W 2 / 2 =C =D =...=N C N d (W/= γ) 17/09/2018 N 0 N 2 N 1 N 0 2 1 15 n 2 1 0 D C N D C d s s s d
Inflação, desemprego e a Curva de hillips ara manter a economia num nível mais elevado de atividade, serão necessários estímulos recorrentes de demanda que compensem a elevação de preços. W/ W 1 / 0 =W 2 / 1 =W 3 / 2 W 0 / 0 =W 1 / 1 =W 2 / 2 =W 3 / 3 =C =D N s ( e = -1 ) =C=D N d (W/= γ) 3 2 1 0 D D C D C C s d s s s d d d N 0 N 1 0 1 17/09/2018 16
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Como resultado, ao incorporar a Curva de hillips, na visão dos keynesianos, os formuladores de política econômica se deparavam com um trade-off estável entre inflação e desemprego, i.e., poderiam optar por políticas econômicas que gerassem menor desemprego e maior inflação ou maior desemprego e menor inflação. 3 2 1 0 D D C C C s 0 1 D d s s s d d d π π 1 0 C C (π e =0) =C=D μ 1 μ* μ 17/09/2018 17
Inflação, desemprego e a Curva de hillips Conforme a Curva de hillips ilustrada no gráfico 10.5, a estabilidade de preços poderia ser obtida com um desemprego de 5,5% ou seria possível manter o desemprego em 3% às custas de uma inflação em torno de 4,5%. 17/09/2018 18
olítica Monetária e Curva de hillips Keynesiana W/ W 1 / 0 =W 2 / 1 =W 3 / 2 W 0 / 0 =W 1 / 1 =W 2 / 2 =W 3 / 3 =C =D N 0 N 1 N s ( e = -1 ) =C=D N d (W/= γ) N 3 2 1 0 D D C C C s 0 1 D d s s s d d *COMLEMENTR d i LM (M 0 / 0 ) LM (M 1 / 1 =M 2 / 2 =M 3 / 3 ) π C C (π e =0) 0 1 =C=D =C =D IS LM (M 1 / 0 =M 2 / 1 =M 3 / 2 ) π 1 0 =C=D μ 1 μ* μ 19
olítica Fiscal e Curva de hillips Keynesiana *COMLEMENTR W/ W 1 / 0 =W 2 / 1 =W 3 / 2 W 0 / 0 =W 1 / 1 =W 2 / 2 =W 3 / 3 =C =D N s ( e = -1 ) =C=D N d (W/= γ) 3 2 1 0 D D C D C C s d s s s d d d N 0 N 1 N 0 1 i C LM (M 0 / 2 ) LM (M 0 / 1 ) C LM (M 0 / 0 ) π C C (π e =0) π 1 =C=D IS IS IS 0 μ 1 μ* μ 0 1 20